Eu odeio ter que tomar uma postura menos gentil, mas esse tópico precisa disso.
AD&D foi uma mudança tão significativa de seu ancestral quanto D&D 4E foi em relação a D&D 3E ( ou mais ainda: D&D 4E seguiu uma trajetória lógica baseado nos últimos livros do D&D 3.5, olhando em
retrospectiva ). Enquanto D&D era mais próximo do que hoje é chamado de "Dark Fantasy", com raízes mais próximas de Conan e Lankhmar, ou seja, de mundo mais sombrios, onde os "heróis" eram impulsionados mais por ambição ( ouro ) e desejo de explorar, sem haver muito foco na questão de Bondade ( tanto que 0D&D tinha os alinhamentos Leal, Neutro e Caótico, nada de "Bom" ou "Mal" ) e predominava a suposta "Gygaxian Fantasy", AD&D era mais açucarado e "feliz", mais focado em heróis bondosos, mundos de campanha menos "sombrios" e mais medievalescos ( vide Forgotten Realms e Dragonlance, os cenários mais vendidos durante a AD&D Era, que dão a aura medieval para AD&D. Já D&D tinha como "setting" Mystara, que entre outras, não tinha divindades, tinha níveis tecnológicos incrivelmente oscilantes e os jogadores podiam virar divindades - digo, Immortals ). AD&D só passou a fugir do medievalesco com outros cenários que surgiram posteriormente á FR e Dragonlance, mas nenhum deles chegou a superar o sucesso da "dupla".
Aliás, é até estranho ver um fã de AD&D criticando D&D 4E por ser "diferente", quando AD&D foi tão problemático em sua transição do que foi D&D 3E-4E. E mais estranho ainda é esquecer que provavelmente D&D 4E é tematicamente mais próximo de AD&D do que é de D&D 3.5.
Posso falar que Eberron funciona MELHOR na 4e do que no 3.X. O Elfo que se dane !
Eu ainda estou em uma posição de dúvida sincera, oscilando a dizer que é provável que Eberron funciona melhor mesmo na 4E.
"Eu não sou católica, mas considero os princípios cristãos - que tem suas raízes no pensamento grego e que, no transcorrer dos séculos, alimentaram todas as nossas civilizações européias - como algo que uma pessoa não pode renunciar sem se aviltar" Simone Weil
When you decide to grant power to government, start by thinking "What powers would I allow the government to have over me if I knew that my worst enemy in the world was going to be in charge of this government?" - Hastings & Rosenberg.