Battle Royale - Adaptação

Essa é a seção para conversas gerais sobre RPG, que não são sobre um sistema específico ou envolvem a sociedade em discussão sobre aspectos culturais, religiosos, comportamentais e educacionais do RPG, a popularização do jogo e o combate ao preconceito.

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Battle Royale - Adaptação

Mensagempor Anonimous000 em 31 Ago 2007, 17:36

Gostei da sugestão Tabris.

Alias, isso me lembra um outro ponto importante: o quanto os personagens (e por consequência, os jogadores) sabem?

Alguns poderiam estar bem a parte do que se passa (como o Mimura no Battle Roayle) e ter uma posição bem definida contra o governo. Outros podem ser contra o governo por discordarem dele (como o Shuya) e outros podem não ter posições muito definidas. Acredito que nesse tipo de cenário dificilmente um adolescente estaria do lado do governo.

Estou com algumas idéias para o jogo. Basicamente o seguinte:

Pontuação (vou entrar um pouco em regras, quem não conhece GURPS pode ignorar se quiser):

    Personagens com pontuação variando entre 25 e 75 pontos, com a média mais próxima de 40 do que de 50.

    Não entram na ficha coisas como status, e riqueza, reputeções que se apliquem dentro da turma pagariam custo total.

    Vantagens/Desvantagens puramente sociais seriam ignoradas em sua maioria.

    Limite de de desvantagens entre -30 e -40, ainda não decidi.

Armas:

    Armas Brancas seriam cerca de 50% a 60% do total.

    Armas de fogo seriam entre 30% e 40%.

    Armamentos alternativos (granadas, kevlar, venenos, rastreadores, etc.) seriam de 5% a 10%.

    Armas de fogo viriam com dois pentes carregados e mais alguma munição extra, talvez algo suficiente para 5 ou 6 pentes a mais (faz diferença se as balas vem num pente ou não pra algumas armas).

    Itens comsumíveis (granadas, doses de venenos) seriam quantificados com base no poder destrutivo/facilidade de uso.

Local:

Ainda não decidi se uso também uma ilha com uma cidade evacuada ou se faço algo diferente. Já pensei em usar um presídio ou um hospital. Me sugeriram um campus de faculdade (particularmente me sugeriram usar o mapa da USP como base).

Também me sugeriram umas idéias absurdas como um shopping center ou uma loja de departamentos (algo como um Wallmart em termos de tamanho).

Outros NPCs:

Ainda não decidi se fasso algum NPC muito significativo além dos alunos. Pensei em colocar um "professor" sádico como o Kamon.
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Mensagempor guca0 em 31 Ago 2007, 18:18

hey!
Vc pretende ainda fazer o PBF?
Me inclui ai! :pidao:
nao só um professor sádico, mas também uns oficiais do exercito crueis, q colocam armadilhas por aí!
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Mensagempor Youkai X em 31 Ago 2007, 18:23

E cachorros selvagens! Não se esqueçam de cachorros selvagens! :frenzied: :banger:
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Mensagempor Roquen em 02 Set 2007, 17:34

Puta coincidência, vi o filme ontem sem nem saber desse tópico. Fiquei impressionado, sobretudo, com o "timing" dos japoneses em fazer discursos antes de bater as botas. Era só terminar de falar que eles fechavam os olhos e morriam ... quase cômico no final.

Bom, algumas sugestões:
- talvez não seja o mais legal para o primeiro jogo mas gostaria de ver os jogadores improvisando armas numa cidade/shopping/supermercado. Num jogo na ilha eu certamente iria esconder ítens, identifcando as áreas com placas ou semelhantes;
- definitivamente a metralhadora estaria fora;
- ítens que pudessem ser utilizados para obter vantagens (como o "GPS") definitivamente ficariam. Óculos de visão noturma, gás lacrimogênio, bínoculos, comidas em pacotes, etc. Coisas do gênero;
- eu colocaria uma porção de adolescentes de outras turmas, para que os jogadores não se enrolem muito com o dilema moral de matar ou não outras crianças (algo como o que ocorre em DnD, que certos monstros são "maus" e portanto devem morrer, morrer, morrer!!!);
- o programa teria 1 mês de validade, onde novas turmas chegariam no meio da "brincadeira" com o tempo, talvez trazendo alguns "upgrades" nas armas.
- eu certamente gostaria de criar NPCs de "bandos": um grupo de jogadores de basquete, outro de raps, outro de emos, outro daqueles caras que adoram anime e, por acaso, estavam fantasiados quando foram pegos, outro ainda de skatistas, outro de ...

Ei, parece dar um bom jogo! :)

Abraços,
There's a hole in the world like a great black pit,
And the vermin of the world inhabit it,
And its morals aren't worth what a pig could spit,
And it goes by the name of London.


Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street
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Mensagempor Anonimous000 em 02 Set 2007, 18:00

Sugestões interessantes Roquen, mas elas quebram um pouco o clima de Battle Royale, que tem como um dos focos o dilema de ter que matar seua amigos para sobreviver.

Um Programa com duração prolongada, e novos participantes chegando também quebra o clima de choque. Afinal, depois de algum tempo, e enfrentando desconhecidos, se perde o o choque da mudança, de onde você sai de sua vida comum para um jogo de vida ou morte.

Sobre receber comida, o kit que cada jogador recebe contém suprimentos para alguns dias, um mapa com a divisão dos quadrantes, uma bussola, a arma dele e, caso seja necessário, munição.

O "cenário" onde se passa o jogo contém todo e qualquer objeto que seria esperado nele, mas o Japão tendo uma politica sobre armas muito semelhante a Europa, em especial a Inglaterra, pessoas não tem armas em casa. Mas como vemos no manga o Mimura consegue um laptop, uma beteria de carro e um adaptador, combinando com o celular modificado dele, ele consegue acesso a internet, algo que nenhum aluno deveria ter.

E definitivamente, alguns grupos se formam, mas por se tratar de apenas uma turma (no mangá e no livro são 42 alunos) não são grupos grandes. Temos dois alunos do time de basquete (Shuya e Mimura, mas que não se encontram), a gangue do Kiriyama, que acabou sendo exgterminada por ele próprio, mostrando que ás vezes contar com grupos formados antes do Programa pode ser uma má idéia, enquanto um grupo recém formado, como o trio Shuya, Kawada e Noriko, pode funcionar.
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Mensagempor Corvo da Tempestade em 05 Set 2007, 19:50

*Spolier*





























enquanto um grupo recém formado, como o trio Shuya, Kawada e Noriko, pode funcionar.

...ou aquelas 8 que se reuniram na torre.
Mas acho que o lance é ter um histórico bem trabalhando e não ser "um cubo de gelo com uma metralhadora"

































































*Spolier*
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Mensagempor Ironsoul em 06 Set 2007, 15:02

Battle Royale possui um argumento muito interessante, de fato. Eu tenho como referencia o mangá - não li o livro, nem vi o filme, mas spoilers dos dois é algo fácil de encontrar.

O sistema não parece ser o problema para uma adaptação de BR. O difícil, na minha opinião, é conseguir criar o clima de tensão da história. O elemento de horror da trama é que os inimigos são seus próprios amigos e companheiros. Da mesma maneira que há pessoas que jogam para valer (como a Souma e o Kiriyama), há pessoas que começam a matar os outros porque enlouqueceram devido a tensão do Programa. Isso é algo muito inquietante.

Alem disso, há o clima de paranóia ("será que fulano é confiável?"; "será que ele vai entrar no jogo?") e a pressão de tempo (se não ocorrerem mortes em 24 horas seguidas, todos morrem).

Pessoalmente, eu acho difícil reproduzir este tipo de tensão em uma sessão de RPG, independente do sistema. Seria necessário, em primeiro lugar, fazer algumas sessões de prólogo, para os personagens jogadores montarem seus prelúdios e estabelecer seus vínculos (amizade, indiferença, rancor) com os NPCs e entre os próprios jogadores. Um aluno abatido, não deveria ser "apenas mais um" (exceto para os personagens mais insensíveis), mas sim um companheiro de turma (ou mesmo um amigo próximo) que foi assassinado por você.

É notável que muitos alunos passam a ter mudanças de comportamento por conta do choque da situação (seja pelo fato de ser obrigado a se tornar um assassino para não morrer; seja por encontrar um cadáver; seja pelo medo de morrer). Estas situações minam a sanidade dos alunos envolvidos (como pode ser visto no mangá). Dessa forma, utilizar o sistema de sanidade do Call of Cthulhu (ou uma adaptação do mesmo - como as Verificações de Pânico do GURPS), pode ser um recurso de regras que ajude a representar todo o estresse vivido pelos jogadores.
"Under the iron bridge we kissed
And although I ended up with sore lips
It just wasn't like the old days anymore
No, it wasn't like those days"
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Mensagempor Anonimous000 em 07 Set 2007, 02:25

O efeito de paranóia e o impacto que o Programa tem nos participantes são coisas que realmente não tem como trazer para um jogo de RPG.

O mais próximo que se poderia chegar seria ter algumas sessões de jogo só introduzindo os personagens e criando as realação, sem que os jogadores soubessem o que vem depois. Algo praticamente inviável.

Embora eu tenha interesse em passar parte desse clima para o jogo, não é meu objetivo principal. O foco seria mais na ação e na estratégia. E nas decisões dos PCs, sobre o que fazer e quais alianças formar.

Em um jogo de mesa só seria interessante se os PCs se unirem para tentar escapar, ou talvez para jogar para valer, eliminando os outros e depis se confrontando entre si para que um seja o vencedor.

Já em PBFs ou PBEMs qualquer coisa poderia acontecer, até os jogadores tentarem agir de forma independente, sem nenhum grupo.
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Mensagempor Duric em 21 Set 2007, 15:33

Bem interessante a sua idéia de fazer uma aventura de Battle Royale! Acho que um bom sistema para ela seria o OPERA. Você só vai precisar das regras básicas, que são bem simples. Mas dá também pra incluir artes marciais, tem até um personagem no mangá que luta kempo, não é?
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Mensagempor Anonimous000 em 21 Set 2007, 17:41

Não usarei OPERA por alguns motivos:

1: Já estou começando a preparar material com GURPS.

2: Não conheço as regras de OPERA.

Infelizmente a faculdade tomou boa parte do meu tempo livre nessas últimas semanas, reduzindo o ritmo do trabalho.
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