Evolução do RPGista

Essa é a seção para conversas gerais sobre RPG, que não são sobre um sistema específico ou envolvem a sociedade em discussão sobre aspectos culturais, religiosos, comportamentais e educacionais do RPG, a popularização do jogo e o combate ao preconceito.

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Mensagempor Youkai X em 30 Ago 2007, 12:48

Por isso que quando narro prefiro primeiro ver que tipos de personagens os jogadores criam (e os objetivos desses e alguns dos gostos dos jogadores) e depois que crio as histórias, e que de preferência estejam ligadas aos jogadores (ainda não tenho a experiência necessária pra construir a campanha logo de cara para os personagens jogadores, tanto é que agora eles estão meio que presos a uma missão, ainda sem tanto espaço para os próprios personagens por hora). Apenas acho desanimador quando o jogador quer apenas encher de porrada tudo que aparecer pela frente, mas acabo também sendo adepto do uso da força bruta muitas vezes. E me frustro quando ao jogar mais pareço apanhar que vencer e sentir a glória das lutas e não poder aproveitar o personagem.
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Mensagempor Cebolituz em 30 Ago 2007, 12:54

No meu caso, perdi o interesse no meu antigo grupo porque eles gostavam de bater eu eu já era mais chegado numa boa história.

O fato é que eu comecei a encarar aquele jogo do meu jeito, e vi que eu estava sendo um estorvo para o grupo. Aquilo foi ficando chato demais e então eu parei de jogar.

E desde então já são alguns meses sem nada de RPG.

Mas é aquilo que todos já disseram acima. Encontre um grupo que possua as mesmas características do seu estilo favorito e divirta-se.

Confesso que nesse fim de mundo está muito difícil! Eu preciso morar em uma grande metrópole brasileira senão é melhor eu esquecer!
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Mensagempor Agnelo em 30 Ago 2007, 13:06

_Virtual_Adept_ escreveu:É como jogar GTA:
Eu posso me divertir concluindo as missões, procurando missões secretas, matando todos que passam na minha frente ou fazendo o código do tanque de guerra para sair destruindo a cidade. :linguinha:

Nenhuma dessas formas é errada, desde que eu esteja me divertindo.

Concordo em 100% como que o virtual disse, exceto que eu odeio GTA :P
Eu amo você. Você é meu único filho e tenho orgulho de você. Você trouxe à sua mãe e a mim mais alegria do que eu achei que houvesse. Seja bom pra ela e cuide bem dela.

Seja um dos mocinhos. Você tem que ser como John Wayne: Não aguente merda de nenhum idiota e julgue as pessoas pelo que elas são, não pela aparência.

E faça a coisa certa. Você tem que ser um dos mocinhos: Porque já existem Bandidos demais.
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Mensagempor kimble em 30 Ago 2007, 13:09

Na minha visão, isso é, em grande parte, culpa da antiga Dragão Brasil, que adorava passar exatamente essa idéia sobre o RPG. Até mesmo quando tentavam fazer uma matéria dizendo que havia vários tipos de jogo e que o que importava era se divertir, uma rápida análise de discurso revelava facilmente que eles deixavam subentendido - de forma bem clara - qual consideravam o estilo "mais evoluído".


Explicando melhor para quem não pegou a época. A muito tempo atrás quando o Trio ainda trabalhava para a DB, eles não haviam ido para a moda do anime, infantilização e matérias fáceis (adaptações mensais do filme/desenho do mês) e D&D não era a nova onda, Storyteller e seus títulos (e jogos de clima punk-gótico-metido-a-besta) dominavam.

Naquela época, em vez da matéria mensal para D&D, era matéria mensal para algum jogo de Storyteller. Normalmente mais de uma. Teve de tudo, até vampiro biônico.

E eles mantinham o discurso 'seja feliz como quiser', mas sempre que começavam a falar sobre os diferentes sistemas, caia para um ar condescendente quando se tratava de Ad&d. Algo como 'E de vez em quando, é divertido ATÉ jogar um hack´and slash(Ad&d) sem preocupação.' (ênfase no "até"). Ou seja, o topo em termos de rpg eram jogos 'sérios' e 'adultos' enquanto D&D (e similares) era o que você ia fazer quando queria jogar algo sem cérebro e que envolvia somente chutar a porta.
E o engraçado é que logo depois eles colocavam uma matéria sobre armas flamejantes para Storyteller ou algo do tipo.

Não que esse pessoal metido a besta tenha aparecido só aqui. Isso é algo que surgiu em muitos lugares, infelizmente incentivado pela própria White Wolf e pela moda (e o Trio adora estar 'na moda'). Mas considerando o pequeno acesso a Internet e a material importado na época, muito da culpa desse pessoal ter aparecido até aqui no Brasil foi da DB da época e a facilidade com que são influenciados pelo que é a 'onda' (vide Cassaro ser fã de Eberron hoje em dia e tentar defender que Tormenta é seu 'Eberron brasileiro').
Material que disponibilizei no 4shared (tudo criação minha e/ou gratuito) pros jogadores das minhas campanhas. Inclui house rules e erratas do Exalted:
[Link]http://www.4shared.com/dir/10183502/4d808442/sharing.html[/Link]
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Mensagempor _Virtual_Adept_ em 30 Ago 2007, 13:20

Locke Winchester escreveu:
_Virtual_Adept_ escreveu:É como jogar GTA:
Eu posso me divertir concluindo as missões, procurando missões secretas, matando todos que passam na minha frente ou fazendo o código do tanque de guerra para sair destruindo a cidade. :linguinha:

Nenhuma dessas formas é errada, desde que eu esteja me divertindo.

Concordo em 100% como que o virtual disse, exceto que eu odeio GTA :P

Outra forma válida! Se divertir com GTA não se divertindo com GTA porque você odeia GTA! :rolando:
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Mensagempor Lofwyr em 30 Ago 2007, 14:29

kimble escreveu:Naquela época, em vez da matéria mensal para D&D, era matéria mensal para algum jogo de Storyteller. Normalmente mais de uma. Teve de tudo, até vampiro biônico.


Cara, você merecia uma advertência só por ter tocado neste assunto. :linguinha:

Agora que você me lembrou, chego a conseguir visualizar a página na minha mente... vampiro biônico, com um lançador de estacas no braço que disparava pela palma da mão, e coisas do tipo. Fases traumáticas na vida de qualquer um. Acho que também é desta época aquela armadura simbiótica meio "homem aranha negro".

Sem contar aquele híbrido lobisomem vampírico que eles lançaram, também nesta época.
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Mensagempor Youkai X em 30 Ago 2007, 14:50

E depois os jogadores de AD&D é que seriam os apelões que não interpretam, certo?
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Mensagempor Madrüga em 30 Ago 2007, 15:07

Youkai X escreveu:E depois os jogadores de AD&D é que seriam os apelões que não interpretam, certo?


Mas em Storyteller, não importa que você tenha uma abominação vampiro/lobisomem/meio-espectro/com pacto com demônio/caçador, isso é sempre fruto de uma boa história e de uma bela interpretação. Não importa que você faça prelúdios, crie personalidade, desenhe, caracterize ou seja o que for seu personaegm de D&D: ele tem tendências, logo não é o verdadeiro roliplêi.
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Mensagempor Aluriel de Laurants em 30 Ago 2007, 16:23

Youkai X escreveu:E depois os jogadores de AD&D é que seriam os apelões que não interpretam, certo?


Tempos tenebrosos aqueles, tempos muito tenebrosos !!!

Mas em Storyteller, não importa que você tenha uma abominação vampiro/lobisomem/meio-espectro/com pacto com demônio/caçador, isso é sempre fruto de uma boa história e de uma bela interpretação. Não importa que você faça prelúdios, crie personalidade, desenhe, caracterize ou seja o que for seu personaegm de D&D: ele tem tendências, logo não é o verdadeiro roliplêi.


Eu tenho convulsões quando alguém fala Roleplay.

Em Storyteller, o tal do Roleplay é diferente dos vários cenários de D&D, não porque um seja melhor que outro, é que as propostas e o contexto dos cenários são distintos, existe desde o mundo mais classico a la dragonlance ao mundo steampunk de iron kingdoms, e eles são diferentes do Mundo das trevas, seria ridículo um personagem todo, óh minha doce humanidade, com todo aquele jeitão Anne Rice em Greyhawk, devido as baixas probabilidades de tal pessoa existir, embora não seja de todo impossível, assim como um cara dando uma de Paladino chuta bunda de demônios, não é lá a melhor postura pra mundo das trevas.
SPOILER: EXIBIR
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Mensagempor Darin em 30 Ago 2007, 16:31

Eu tenho problemas com tendencias... quando jogava no meu cenário próprio, eu abominei elas e criei certos arquétipos só para os caras serem coerentes...

Mas como agora jogo Eberron, e vejo que lá a tendência não significa quase nada, deixo ela como figurativa... e as vezes, só depois de algumas aventuras eu percebo que nem sei a tendencia de alguns personagens (eles acham que realmente não tem, hehehe)
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Mensagempor Elven Paladin em 01 Set 2007, 16:29

Mas em Storyteller, não importa que você tenha uma abominação vampiro/lobisomem/meio-espectro/com pacto com demônio/caçador, i


Havia, oficialmente, nos idos da 1ª-2ª Edição, um NPC que não era muito diferente disso. Era o Samual Haight, ele era um Parente/Feiticeiro/Ghoul/Lobisomem ( o primeiro Skin Dancer)/Com um Cajado fo*** que dava poderes similares aos de um Mago.
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Mensagempor Veritas em 01 Set 2007, 20:48

Fico pensando que, se existe diferença entre o jogador "inicante" e o "veterano" é a quantidade de eXPeriência.

Esta entidade amorfa e invisível não pode ser mensurada senão de modo subjetivo e impreciso, a menos que se objetive a mesma em número de momentos que gastou jogando, o que é muito criticável, mas é mais real e aí entendo mais interessante chamar meus jogadores em aqueles que jogam a pouco tempo e os que jogam a muito tempo havendo jogadores medíocres nos 2 grupos igualmente, mas no segundo há mais jogadores chatos.

:P
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Mensagempor Allefcapt em 02 Set 2007, 11:58

Olá a todos,

Sinceramente?
Acredito que a INTERPRETAÇÃO se sobressai e em muito ao conhecimento de regras.

Bons jogadores no meu ponto de vista são aqueles que conseguem interagir com os demais jogadores plenamente, que absorvem todas as características que proporam aos personagens, que não tomam atitudes baseados em visões espaciais de fora e sim com todas as relações com o personagem, que atuam com moderação em suas atitudes em jogo, sem forçar atos heóicos ou conhecimentos inexistentes ao personagem, ou seja, que tenham talento para a interpretar.

As regras são consequencia. Afinal, um dos papéis do mestre é exatamente trazer para o conjunto de regras aquela interpretação abstrata demais, que foge ao controle de lagumas ações mais imediatas.

Bons jogadores valem ouro.

Um abraço a todos,
"É o seu navio que faz o porto.
Lance ferros com sabedoria"

Diários do Capitão Allef: http://www.fotolog.net/allefcapt
Aventura: http://www.alqadim.blogger.com.br/index.html

"Todo o homem é culpado do bem que não fez." Voltaire
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Mensagempor Madrüga em 02 Set 2007, 13:25

Aluriel de Laurants escreveu:(...) assim como um cara dando uma de Paladino chuta bunda de demônios, não é lá a melhor postura pra mundo das trevas.


Alguém falou em Hunter: the Reckoning?
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Mensagempor Sampaio em 02 Set 2007, 22:09

Olha, não sei se é culpa do Storyteller essa onda de super-valorização da história e da interpretação, como vcs estão dizendo, mas TOMARA que seja. Pq é a melhor coisa que fizeram pelo RPG.

Não sou nada relativista nesse assunto. Considero sim um jogo superior, aquele que foca na história e interpretação, ao invés de um clássico hack´n slash. Ambos podem ser divertidos, mas o primeiro pode ter uma boa dosagem de combates e poderá trazer não só satisfação libidinal, um gozo de sair arrancando cabeças irracionalmente e torcer por rolagem de dados, mas pode tb trazer uma maior satisfação, um maior exercício de inteligência.

Ele é superior justamente por demandar mais coisas que o hack´n slash, e se atribuem isso ao Storyteller, eu como fã, só agradeço.
Me trás uma satisfação muito maior tanto desenvolver como participar de uma história bem bolada, ter de pensar para solucionar algo, ter de interpretar e criar personagens verdadeiramente verossímeis. Se alguns não têm prazer ao fazer isso, recomendo algo muito mais adequado a sua necessidade desenfeada de brincar de bonequinhos e dilacerar cabeças: jogos de computador. Sério, faz mais sentido.
Aqueles que não têm a capacidade ou a condição mental de desenvolver e aproveitar algo que demanda algum nível de inteligência, ficaria até feliz se descobrissem logo o video-game ou jogos online. Se a carência é pelo contato humano, jogue de dois ou jogue conversando com alguem.

Nada contra video-games ou jogos online, curto ambos, mas que estes serviriam muito melhor aos propósitos desses jogadores, isso serviriam...
Spell: não somos bonzinhos, somos sinceros!
http://www.spellrpg.com.br/portal/index ... &Itemid=72

Perguntem qualquer coisa lá:
http://www.formspring.me/Pedrohfsampaio
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