Despertando emoções

por **Emil** em 22 Mar 2010, 01:22

Mas eu gostei bastante das dicas do Iuri, e espero usar algo parecido na minha vez de mestrar.

Mas tipo em Vampiro... eu nunca consegui muito o tal do horror pessoal. Claro, às vezes tinha um jogador mais criativo, mas no fim virava tudo executar missões. Eu sempre achei que tinha a ver com o fato de o meu grupo ter começado jogando capa e espada... a gente nunca conseguiu fazer a transição completa. Mas eu joguei com outros grupos depois, e foi mais ou menos a mesma coisa. E com vocês?

por **GoldGreatWyrm** em 22 Mar 2010, 01:29

Emil escreveu:Mas eu gostei bastante das dicas do Iuri, e espero usar algo parecido na minha vez de mestrar.

Mas tipo em Vampiro... eu nunca consegui muito o tal do horror pessoal. Claro, às vezes tinha um jogador mais criativo, mas no fim virava tudo executar missões. Eu sempre achei que tinha a ver com o fato de o meu grupo ter começado jogando capa e espada... a gente nunca conseguiu fazer a transição completa. Mas eu joguei com outros grupos depois, e foi mais ou menos a mesma coisa. E com vocês?

Cidade de Deus, mas com vampiros. Yeah.

por **Iuri** em 22 Mar 2010, 01:46

pois é, isso me leva a dúvida (pra vocês que são mais experientes com outros sistemas): além do já citado SAGA, quais sistemas vocês acham que é mais próprio para aventuras de terror (se é que existe algum)?

Eu particularmente nunca saí muito do D&D, e minhas parcas experiencias com Vampiro foram com mestres obviamente mau preparados (ou simplesmente com uma noção de divertimento diferente da minha, prefiro não pensar que foi falha do sistema) então não poderia opiniar.

por **Emil** em 22 Mar 2010, 02:35

Acho que o pequeno problema com Vampiro é que é quase impossível ser ao mesmo tempo um jogo de horror pessoal e um jogo de cinco, seis pessoas ao mesmo tempo. O horror pessoal vem dos conflitos internos da personagem, e não do grupo. E pra jogar com todo mundo se divertindo, é quase impossível que todos os jogadores aceitem que seus personagens sejam coadjuvantes na história alheia, e é quase impossível criar conflitos que abarquem igualmente as especificidades de cada personagem do grupo...

Por isso eu acho que Lobisomem funciona melhor dentro do que se propõe. O cenário é mais heróico, e aquela coisa meio missões ecoterrorista faz com que as relações entre os personagens sejam menos artificiais.

por **planes** em 22 Mar 2010, 12:21

Emil escreveu:Acho que o pequeno problema com Vampiro é que é quase impossível ser ao mesmo tempo um jogo de horror pessoal e um jogo de cinco, seis pessoas ao mesmo tempo. O horror pessoal vem dos conflitos internos da personagem, e não do grupo.

Realmente este é o ponto. É muito complicado lidar com horror pessoal com muita gente em jogo, a única coisa que se pode fazer é focar em um jogador por sesão e deixar os outros em órbita na história (na verdade é bem parecido com a antiga série de Vampiro, mesmo com a falta de grana dos caras ela ainda tinha seu drama). Para isso funcionar o grupo tem que aceitar este tipo de estratégia e acaba sendo bem complicado.

Sobre bons sistemas de Terror/Horror, existem vários lá fora (Witchcraft, Chill, Unknown Armies e outros, alguns com boas sacadas próprias), no Brasil fica um pouco mais restrito. GURPS acaba sendo uma ótima opção se curtir o sistema, o Storyteller também pode quebrar o galho (não acho nenhuma das duas versões realmente interessante, mas podem funcionar). A idéia é ter um sistema onde os personagens sejam mais pe´no chão.