O título é para chamar atenção. Por favor, quem quiser desviar o assunto para ficar latindo sobre as palavras que eu usei... bom, não posso impedir ninguém de postar, mas peguem leve e relevem.
O post do Paragons sobre RPG ser "arte" gerou essas discussões. Eu cheguei a dizer, nos comentários da primeira parte, que o artigo era meramente uma tentativa de valorizar o hobby forçando uma análise extremamente tendenciosa... e me pareceu mesmo.
A questão é: até onde iriam os verdadeiros benefícios do RPG na educação? Onde está o limite entre estudos sérios e gente pegando carona numa moda e defecando TCCs, mestrados e doutorados só chovendo no molhado e enfiando funções e benefícios imaginários em algo que é apenas um jogo? Não estariam eles, até inconscientemente, só reagindo às opiniões preconceituosas sobre RPG para supervalorizar o que não existe?
Discutimos isso no chat da Spell hoje. É claro que o RPG é um jogo sem vencedores, que pode ensinar a trabalhar em conjunto, etc. Mas os trabalhos costumam focar demais em tentativas que deram certo em sala de aula, ignorando um pouco as tentativas que fracassam, as impossibilidades de usar RPG com muitos alunos, coisas assim. Fora veicular conteúdos, que é bastante complicado dependendo da quantidade e complexidade... e usar jogos nessa situação é realmente difícil.
Essas tentativas de valorizar o RPG chegam a extremos, como a "constatação" de que RPG é arte, ou uma menina com quem conversei na faculdade que achava que dava pra pôr RPG em TUDO, que é uma panacéia na sala de aula, etc. Mas talvez as benesses parem em um certo ponto.
Que acham?