Regras e Interpretação - Concordam?

[Lumine Miyavi]

Dirty Secrets of the Black Hand é o meu livro favorito pra transformar Vampiro em "Jojo Bizarre Adventure: O RPG", devido a suas disciplinas terrivelmente "borkeds" e divertidas, como parar o tempo~

[Madrüga]

Nada contra detalhes, mas que eles sejam direcionados ao que realmente importa no jogo. Há jogos em que a distinção entre um 38 e a glock são importantes -- mas no Vampiro? Não creio que esse tipo de detalhe seja necessário -- "arma de fogo, sim/não", eu diria, é distinção o suficiente. Quando uma parte do sistema é estupidamente detalhada, ela pode monopolizar a atenção.

Mas como o Elven disse, a violência está prevista na própria ideia de mundo das trevas. Existem apenas 10 tipos diferentes de arma de fogo no livro básico de Vampiro (3a edição), e as tais "granadas de fósforo branco" estão no "Storyteller Companion", um livro extra e direcionado ao Narrador. Você pode argumentar que são muitas armas de fogo, mas ei, é o mundo moderno punk-gótico-emo-das-trevas.

Ou seja, nada de errado.

Itálico por ser palavra estrangeira, mas eu joguei o Vampiro, sim, meu primeiro contato foi com a tradução. Mas depois comecei a usar (fotocópias* de) suplementos importados. Hoje em dia, penso que não deveria tê-lo feito -- jogar uma coisa como o Dirty Secrets of the Black Hand na mão de um grupo iniciante é, sei lá, errado. Mas eram outros tempos, de internet muito limitada e um pouco daquele ranço de "RPG, coisa misteriosa", com esse tipo de suplememento gringo sendo quase objeto de culto.

SEGREDOS SUJOS DA MÃO PRETA, . Eu tava só espicaçando um pouco. É que geralmente usamos o nome original de coisas que não foram traduzidas, etc.

BTW, como se pronuncia teu nick? "Madriga"?

Madruga mesmo. O trema é só um lembrete do que perdemos com a nova reforma ortográfica, mesmo que não seja precedido de "q" ou "g". Descanse em paz, trema.

[Agnelo]

Mas como o Elven disse, a violência está prevista na própria ideia de mundo das trevas. Existem apenas 10 tipos diferentes de arma de fogo no livro básico de Vampiro (3a edição), e as tais "granadas de fósforo branco" estão no "Storyteller Companion", um livro extra e direcionado ao Narrador. Você pode argumentar que são muitas armas de fogo, mas ei, é o mundo moderno punk-gótico-emo-das-trevas.

Pense em Poderoso Chefão e pense em Rambo. Ambos tem violência como tema recorrente. Ambos resolvem essa "violência" de forma muito diferente.

Creio que o sistema influencia muito nisso.

[Elven Paladin]

Itálico por ser palavra estrangeira, mas eu joguei o Vampiro, sim, meu primeiro contato foi com a tradução. Mas depois comecei a usar (fotocópias* de) suplementos importados. Hoje em dia, penso que não deveria tê-lo feito -- jogar uma coisa como o Dirty Secrets of the Black Hand na mão de um grupo iniciante é, sei lá, errado. Mas eram outros tempos, de internet muito limitada e um pouco daquele ranço de "RPG, coisa misteriosa", com esse tipo de suplememento gringo sendo quase objeto de culto.

Eu diria que Dirty Secrets of the Black Hand é algo que não deva ser jogado nas mãos de grupo algum de RPG. Junto com World of Darkness: Gypsies e a "Red Death Trilogy" (E um pouco posterior a isso, o lendário Sam Haight e Rasputin) eles representam os piores excessos (e uma das melhores piadas, no caso de Rasputin, mas isso era no tempo onde a White Wolf era engraçada e não tinha sido dominada pela "goth-grimdarkness") que a White Wolf cometeu.

Nada contra detalhes, mas que eles sejam direcionados ao que realmente importa no jogo. Há jogos em que a distinção entre um 38 e a glock são importantes -- mas no Vampiro? Não creio que esse tipo de detalhe seja necessário -- "arma de fogo, sim/não", eu diria, é distinção o suficiente. Quando uma parte do sistema é estupidamente detalhada, ela pode monopolizar a atenção...

Em se tratando do Vampiro, no momento em que o sistema passa a oferecer motosserras e granadas de fósforo branco, se está pecando pelo excesso -- são opções com potencial enorme de perturbar o foco proposto. (O que não raro acontece.)

Eu vou ter que me repetir um pouco: Vampiro nunca foi apenas um jogo de "Horror Pessoal", esse elemento do jogo era superenfatizado por alguns grupos que associavam "Horror Pessoal" com "Politicagem" e pesadamente influenciados pelos escritos de Justin Achilli (que foi o responsável por cortar a maioria dos excessos na linha Vampire e que realmente passou a enfatizar tal idéia) passou a ver Vampiro como algo limitado a isso.

Porém, uma breve visita a alguns Clanbooks (Como Tzimisce e Tremere), no Guide to the Sabbat (e os seus ancestrais) e no Anarch's Cookbook mostram uma faceta que era (e muitas vezes é até hoje) esquecida pelos fãs de Horror Pessoal (que sempre soaram para mim como uma minoria extremamente vocal), onde Vampire era também um jogo que tem um certo senso de humor bizarro, um apelo aos Trash e Gore (Olá Sabbat!) e que afinal de contas lida com um conflito milenar entre duas facções que não raramente brigam muito entre si e tem aventuras ou grandes eventos ligados à tomada ou retomada de uma cidade. E para quem quer jogar esse estilo de jogo, sim, a presença de motosserras e diferenciação de um .38 para uma 9mm faz a diferença.

Essa "natureza dual" de Vampiro causou aneurismas cerebrais em quem é adepto da idéia de que um sistema de RPG deve realizar bem uma tarefa e não tentar desviar muito seu foco dessa tarefa - uma das características que define os "Forgistas", por exemplo(a oposição à idéia de um RPG Universal). E Vampiro foi escrito muito antes dessa idéia de design e fez sucesso agradando um público que ia desde quem deseja transformar RPG em um Teatro até quem achava que um Vampiro Brucutu em sua Harley Davidson empunhando uma Katana de Prata em direção a um Garou Brucutu era o que havia de mais cool no universo (Os fãs dessa forma de jogo são hoje muito bem servidos por Scion e Exalted) e fazia o possível para agradar todos esses públicos - assim como a TSR tentava fazer o mesmo em AD&D (que tinha desde o bizarro e "filosófico" Planescape à "Fantasia Cute-Cute" de Forgotten Realms 2e e "Mad Max encontra Conan" em Dark Sun).

Compara com o Houses of the Blooded, que também tem violência na temática -- a diferença é como o sistema trata disso. Os duelos são um pouco mais crunchy (com manobras e tal), mas há uma justificativa na ambientação (são formalizados, leis que regem os procedimentos de vingança, etc), e não há ênfase obsessiva em armamento e coisas assim (a única distinção é entre espada e "não-arma"/ferramenta -- tudo o que não for espada). E no momento em que não é duelo, passa a ser mass murder -- quando é atingido, está mortalmente ferido, sem preocupação alguma com dano de ataques individuais e outras considerações táticas.

(E o crunch não está majoritariamente concentrado no "capítulo de combate" -- há opções de complexidade mecânica interessante para outras coisas pertinentes ao tema, como insultos, romance, venenos.)

Eu me delonguei muito na porção anterior justamente para responder essa: Eu adoraria jogar Vampire com um sistema e mecânica similares aos de Houses of the Blooded - se eu quisesse um jogo focado no Camarilla e apenas nela ou em Dark Ages: Vampire. Para um jogo com uma proposta mais "violenta", a idéia de batalhas (Mass Murder) entre múltiplos oponentes e cuja consideração pela arma utilizada é nula, Houses seria bem inadequado( E Vampiro também, mas Vampiro ao menos tenta se adequar a tal forma de jogo ).

[Metal Sonic]

Acho que para simular o lado de "Vampiro porradeiro ultra cool" M&M poderia se dar muito bem.

[Madrüga]

Porém, uma breve visita a alguns Clanbooks (Como Tzimisce e Tremere), no Guide to the Sabbat (e os seus ancestrais) e no Anarch's Cookbook mostram uma faceta que era (e muitas vezes é até hoje) esquecida pelos fãs de Horror Pessoal (que sempre soaram para mim como uma minoria extremamente vocal), onde Vampire era também um jogo que tem um certo senso de humor bizarro, um apelo aos Trash e Gore (Olá Sabbat!) e que afinal de contas lida com um conflito milenar entre duas facções que não raramente brigam muito entre si e tem aventuras ou grandes eventos ligados à tomada ou retomada de uma cidade. E para quem quer jogar esse estilo de jogo, sim, a presença de motosserras e diferenciação de um .38 para uma 9mm faz a diferença.

Ou mesmo o "Guide to the Anarchs", onde reina um clima de conspiração, "abaixo ao sistema", etc.