shido_vicious escreveu:O D&D tem suas formas de condicionamento -- mas estamos tão costumados com elas que passam batido, é como o ruído do ar condicionado que, depois de um tempo, você sequer nota (só percebe quando o aparelho é desligado e o ruído termina). XP é uma forma de condicionamento -- ao definir um prêmio e as condições para obtê-lo, se está condicionando. A 3E com aquele atrelamento estranho entre mecânica e conceito acabava por tolher algumas escolhas temáticas pelo fato de o sistema recompensar (com vitórias) aquelas associadas a classes/talentos/etc. que resultavam em um personagem mecanicamente otimizado.
Talvez se o Vampire houvesse incluído nas regras melhor orientação de como jogar dentro da sua proposta, teríamos tido menos mesas com Tremere usuários de katana de prata e o frenesi das bolinhas em Disciplinas apelonas.
E o condicionamento é necessário -- o RPGista é meio dogmático, amarrado ao hábito; a menos que haja algo no jogo que o "force" na direção do foco, são enormes as chances de o gameplay descambar para um D&D com maquiagem diferente. (É só ver o Vampire.) Se se quiser que uma proposta não-tradicional de fato aflore em jogo, o condicionamento se faz necessário para que os jogadores não entrem no "piloto automático" de seus hábitos de jogo -- o que pode arruinar a realização da proposta.
Concordo totalmente!