Spell RPG

http://www.dot20.com.br/2010/08/19/regras-e-interpretacao-1/

O texto parece bom, mas acho que esse negócio de Roleplay Vs. Game é perda de tempo.

Em parte é perda de tempo sim (digo, eu acho que é). O motivo pelo qual mecânicas de combates recebem muito mais espaço que mecânicas de roleplay é pelo simples fato que uma mecânica de combate mau entendida ou vaga pode causar apelações, desequilibrios entre personagens e consequente estrelismo de jogadores, ou ainda (no outro extremo) desafios frustantemente intransponíveis. Já uma mecânica de interpretação muito vaga ... bem, é mais difícil que o jogo seja arruinado por isto.

Iuri e Kear já disseram tudo que eu ia dizer, com um adendo.

Uma "mecânica" ruim de roleplay serve apenas para ser ignorada; quem quer interpretar mesmo não vai ficar preso em regras.

Mas nem todo mundo tem essa veia artísticas. Existem tímidos, gagos e introvertidos e isso não necessariamente deveria ser motivo pra pessoa não aproveitar a experiência do jogo completamente. Um jogo com mecanismos de regras que compreendam a parte interpretativa e recompense isso faz mais jus ao nome do jogo do que aqueles que só tem mecanismos que compreendem a parte de simulação da realidade e onde a intrepretação só encontra voz por um esforço do jogador e não do jogo.

Um jogo com mecanismos de regras que compreendam a parte interpretativa e recompense isso faz mais jus ao nome do jogo do que aqueles que só tem mecanismos que compreendem a parte de simulação da realidade e onde a intrepretação só encontra voz por um esforço do jogador e não do jogo.

Sim, claro. Tem que saber separar personagem de jogador; forçar essa é fazer jogador tímido com Diplomacia épica falhar porque ele não sabe fazer um discurso, enquanto o jogador "bom de papo" jogando com um orc bruto passaria no mesmo teste.

Até hoje, de tudo que li do Shido, este artigo...

é exatamente como os outros.

O Shido parece uma relíquia perdida, aqueles jogadores de Vampiro que acham que Interpretação > Tudo, e Regra de Ouro é a melhor coisa já inventada. E que não aceita qualquer opinião em contrário.

Ah! Esse Shido! Por que ele não vai logo jogar uns freeforms de fórum logo daqueles que você pode ser o que quiser e fazer o que deseja já que as regras só servem pra atrapalhar?

(menos nos sistemas undergrounds dele, esses são totalmente cool e cult)

b. A grande maioria dos projetos de RPG tradicionais, apesar de serem chamados de RPG, são jogos de alguma outra coisa (geralmente combate tático) com interpretação acoplada — e não integrada — com maior e menor grau de sucesso.

Derp. Ou seja, as regras devem DEFINIR meu personagem COMPLETAMENTE, pois elas estão INTEGRADAS. Não eu que devo criar (ACOPLAR) uma personalidade e dar vida ao meu conjunto de números num papel.

O pior é a babação de ovo. No mesmo blog que tem >9000 fichas de Tormenta.

Tirando a parte citada pelo GoldGreatWyrm ( sobre a definição de RPG retirada do "Johnny Wicked" e o que deriva dela, ou seja, a idéia de que a maioria dos RPGs anteriores aos "Deuses Narrativistas do The Forge" não são "RPGs o Bastante" - embora muito que seja feito por lá nem se denomina RPG, e sim Story Games) , eu concordo com praticamente tudo o que o Shido colocou nesse artigo. Aliás, eu vou ter que fazer ( de novo ) o papel de Advogado do Diabo ( vocês são cruéis comigo, eu já tive que defender Tormenta, agora o Shido. )

O Shido parece uma relíquia perdida, aqueles jogadores de Vampiro que acham que Interpretação > Tudo, e Regra de Ouro é a melhor coisa já inventada. E que não aceita qualquer opinião em contrário.

Nope, ao contrário. Para ele, as regras são importantes para definir e expressar o feeling do jogo, e "definir" a identidade do mesmo. Isso coloca ele ( e a filosofia de design de RPGs que ele se simpatiza ) milênios a frente dos fãs de Vampiro.

Ah! Esse Shido! Por que ele não vai logo jogar uns freeforms de fórum logo daqueles que você pode ser o que quiser e fazer o que deseja já que as regras só servem pra atrapalhar?

Eu tenho que ser rude, mas... você leu o artigo? Esse trecho é bem claro que ele defende o oposto que você ( e o GGW, acima ) pensam que ele defende: Já encontrei muitas vezes a afirmação de que “sem regras, é puro faz de conta, não RPG”. Eu concordo. Mas discordo do que as regras gerenciam

Advogado de Regras escreveu:Eu tenho que ser rude, mas... você leu o artigo? Esse trecho é bem claro que ele defende o oposto que você ( e o GGW, acima ) pensam que ele defende: Já encontrei muitas vezes a afirmação de que “sem regras, é puro faz de conta, não RPG”. Eu concordo. Mas discordo do que as regras gerenciam

E ele se contradiz diversas vezes nesse mesmo ponto dizendo que as regras são limitadoras e outras choradeiras, principalmente quando falando do tão terrível D&D.

E ele se contradiz diversas vezes nesse mesmo ponto dizendo que as regras são limitadoras e outras choradeiras, principalmente quando falando do tão terrível D&D.[/quote]

Não vejo contradição nenhuma. O artigo trata justamente sobre criar regras que auxiliem/suportem/recompensem o jogador na interpretação e menciona jogos como o D&D, que deixam essa tarefa a cargo do jogador e só tratam nas regras da parte de simulação da realidade (de jogo) deixando o roleplay em segundo plano.

Advogado, não estás sozinho nessa

O Shido pra mim é uma figurinha bem "característica", mas quando fala sobre "metaRPG" (o que é um absurdo já que metacoisas são coisas da spell) acho que ele se mostra até bem coerente e racional.

Lógico que ele sempre mantém evidente a opinião dele contra dnd, mas isso não parece nublar o resto do discurso. Lógico que regras podem e devem agir sobre elementos dramáticos, nos seus devidos jogos, dentro da proposta.

Eu comprei o Pdf de Shotgun diaries pela resenha do nume finórdio, e não me arrependo ótimo jogo onde tu consegue ver um sistema leve de regras e que agem sobre interpretação sem amarrar ninguém, sem obrigar ninguém a estudar arte dramática e sem deixar de ser um jogo, leiam é um ótimo livro.

O que fode é que todo mundo começa a ler os artigos dele já com ranço "esse é o poser malvado que não gosta de dnd", aí ficam incapazes de perceber que novas idéias podem sim ajudar.

Sério, leiam alguns desses jogos que ele tanto alardeia como sendo a solução pro rpg, cês não vão abandonar dnd por isso, mas vão entender melhor o ponto do cara.

Shido sabe escrever quando quer, infelizmente, o ranço anti-D&D se torna um ranço anti-Shido aqui na spell, pelo menos.

Esse artigo é prova de que pelo menos ele sabe levantar um ponto relevante, apesar de que como o Kear disse, pode ser sumariamente ignorado.

E vocês que reclamaram, cadê o artigo de vocês? =P

Lumine Miyavi escreveu:E vocês que reclamaram, cadê o artigo de vocês? =P

RPG não merece artigos. Não é ciência e as discussões são sempre pobres. Cada vez que alguém tenta levar RPG a sério, sai uma bobagem dessas.