Cenários de fantasia "realistas" ?

[arghsupremo]

Aliás, na era do sengoku jidai, os japoneses aprenderam praticamente sozinhos, a partir das armas de fogo deixadas pelos portugueses, a fabricar suas próprias armas de fogo.

Que época é isso?

[Sr. Pichu]

Aliás, na era do sengoku jidai, os japoneses aprenderam praticamente sozinhos, a partir das armas de fogo deixadas pelos portugueses, a fabricar suas próprias armas de fogo.

Que época é isso?

mais ou menos de 1467 até 1573

[arghsupremo]

Deveriam ser armas de fogo bem ruins já que o aço japonês era de péssima qualidade.

[Sr. Pichu]

Deveriam ser armas de fogo bem ruins já que o aço japonês era de péssima qualidade.

acho que seria tão ruins quanto os arcabuzes e mosquetes da época (se bem que eu acho que o mosquete apareceu só beeem depois, mas, posso estar errado)

[Madrüga]

Séculos XV a XVII, época do Oda Nobunaga, Hattori Hanzo, Miyamoto Musashi. Diz a Wikipedia que o período também serviu para espalhar a ideia de moeda unificada.

Editado: Galera quickfingers

[arghsupremo]

Deveriam ser armas de fogo bem ruins já que o aço japonês era de péssima qualidade.

acho que seria tão ruins quanto os arcabuzes e mosquetes da época (se bem que eu acho que o mosquete apareceu só beeem depois, mas, posso estar errado)

Veja bem, eu falo tudo o campo da suposição já que sou total ignorante nisso (e em quase todo o resto), mas o aço europeu era beeem melhor que o japonês. Daí fico imaginando um mosquete com aço inferior sob pressão de explosões com chumbo quente. Sei lá, não me parece muito seguro.

[Elven Paladin]

Que época é isso?

Ao redor de 1540, quando Fernão Mendes Pinto foi um dos primeiros "ocidentais" a estabelecer contato e habitar o Japão (e ele próprio alega que introduziu o arcabuz em Tanegashima) e durante uma boa porção do meio até o final do século XVI, havia interações relativamente constantes entre japoneses com missionários jesuítas (que foram os responsáveis por introduzir e ensinar o uso de diversas práticas e tecnologias desconhecidas no Japão na época, uma delas as próprias armas de fogo) e comerciantes holandeses (entre eles o lendário William Adams).

Deveriam ser armas de fogo bem ruins já que o aço japonês era de péssima qualidade.

Nope, eram tão boas quanto suas equivalentes portuguesas, holandesas e espanholas. E essas belezinhas autoram consideravelmente o equilíbrio de poder no Japão, e progrediram rapidamente por lá entre sua introdução até a Era Tokugawa - e aço não era um problema tão sério, já que nesse período o japão era aberto a trocas comerciais com a China.

[Lector]

Nessa segunda hipótese, a "história" será o sub-produto da interação dos jogadores com os elementos do cenário, mas não seria o motivo principal, - a "razão de ser" - , do cenário.

apesar de ter tentado o contrário, você apenas rearfirmou o que eu disse.
a principal função dos elementos do cenário é o de serem adequados para os personagens interagirem e que o resultado disso resultem em boas histórias

[Armitage]

Lector, eu apenas atentei para a importante diferença entre "sentar ao redor da mesa para contar uma estória" e "sentar ao redor da mesa para agir dentro um papél e interagir com um ambiente imaginário". O primeiro caso é a prerrogativa dos story-games, enquanto o segundo é a dos RPGs tradicionais. E não, não é a mesma coisa (apesar de existir um certo overlapping entre eles).

[Madrüga]

Mas ficar tentando categorizar/separar essas coisas é bobagem, Silva. Não leva ninguém a nada. É a velha discussão de gênero (tivemos uma recente no chat): de que me importa se esse livro é "blood pulp space-opera science fiction" se ele é uma droga?

[Armitage]

Depende, Madruga.

Se a diferença de classificação implica em diferentes na forma de se jogar, então ela é importante. Mas se a diferença de classificação é um mero detalhe estético-masturbativo, então tanto faz. E no ponto em questão – RPG VS Story-Games – essa diferença de categorias infere premissas e formas de se jogar diferentes, então é importante.

[Lumine Miyavi]

A forma de jogar diferente não vem da categorização. Vampiro é Horror Pessoal e isso não impede pessoas de jogarem "Supers de Sobretudo, Katana e Shotgun".

[Youkai X]

Gênero contribui e ajuda, mas não é tudo, não? Nesse sentido Vampiro não tinha muitos mecanismos eficazes para impedir esse tipo de abordagem e lançaram nos livros básicos e suplementos muito material que estimulava esse lado combativo exacerbado.

[Lumine Miyavi]

Sim, Yuka. E rotular ele como Horror Pessoal não mudava o conteúdo, é exatamente esse o ponto que eu quero chegar.

[Armitage]

A forma de jogar diferente não vem da categorização. Vampiro é Horror Pessoal e isso não impede pessoas de jogarem "Supers de Sobretudo, Katana e Shotgun".

Lu, não é “a forma de jogar diferente que vem da categorização”, mas sim a “categorização é que vem da forma de jogar diferente”. E não dá pra ilustrar o ponto pegando apenas Vampiro. Temos que pegar jogos de categorias distintas.

Ex: Vampiro e Polaris: chivalric tragedy at the utmost North.

O primeiro (Vampiro) é um rpg tradicional onde os jogadores assumem papéis e interagem com um ambiente imaginário em função das motivações desses papéis ou do próprio ambiente, e a história será um sub-produto dessa interação. Nesse caso os jogadores agem em função do ambiente do jogo.

Já no segundo (Polaris) os jogadores também assumem papéis distintos com motivações próprias. Porém as atitudes e escolhas dos jogadores serão feitas em função da história, baseado no quê seria mais interessante do ponto de vista da estória em si, e não necessariamente do ponto de vista do próprio personagem.

Conclusão: existem diferenças significativas na forma de jogar esses jogos. Por isso é interessante gastar tutano pra classificá-los cuidadosamente. E é isso que eu tentei ilustrar para o Lector.

( agora, uma classificação que não vale muito a pena perder tempo é a do Tekumel. Se ele é high fantasy, ou sci-fi, ou science-fantasy, ou sword & sorcery, ou sword & planet, etc. não importa muito, já que nenhuma diz respeito à forma como ele será jogado )