Alguém aí já tentou levar um personagem para o lado negro da força? Alguém já teve sucesso? Têm alguma dica para mim? E como lidar com a atitude inconsistente do jogador?
Minha opinião de quem já FEZ ISSO INGAME.
Quando comecei a jogar GURPS (Campanha eterna rodando em 2030 com magia e tendendo mais pra SUPERS, na época, personagens com 600-700 pontos [atualmente, personagens com 3000 pontos], entrei na trama do personagem principal com um atirador.
Utilizava pistolas e rifles. Especialista em "assault", fazendo parte de uma organização mundial. O personagem entrou no grupo com a missão de ajudar o protagonista, pois naquele momento, a organização tinha interesse que este tivesse sucesso em sua empreitada. Naquele momento.... Era o primeiro personagem meu que entrava na campanha, um jogador saiu do grupo e o personagem dele morreu, o que deixou meu char levemente deslocado.
Inicialmente, conversei com o Mestre acerca da questão. Chegamos ao consenso de criar um novo personagem para mim. Mas como o personagem em foco já estava "levemente" descumprindo as ordens da organização para apoiar o grupo (contrariando o próprio background que eu tinha feito livremente), não daria para simplesmente fazê-lo sumir ou deixá-lo morrer arbitrariamente.
Ta Da! Adivinhe o que foi feito? O personagem levou o restante do grupo diretamente para uma armadilha (que por coincidência já introduzia o meu novo char auxiliando o grupo), houve um combate brutal em que o grupo quase não sobreviveu (não fosse o novo auxílio meu). O char traidor virou NPC e saiu vivo do ataque.
Não obstante, ele (e a organização dele) foram reintroduzidos na história 2x já, fazendo um bom anti-heroi, o Mestre manteve a ficha do jeito que eu tinha planejado, com as minhas especificações iniciais, aumentando o número de pontos pra mantar a paridade com o grupo.
No último combate, o char vilão deu um trabalho enorme para o grupo, tendo finalmente sido morto depois de deixar 2 chars gravemente feridos. Não excluindo o fato do grupo ter que fugir como galinhas para não morrer ninguém.
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Acho válida a iniciativa se for combinada com o jogador. Se ele topar a idéia e aceitar que em determinado momento o personagem se tornará NPC, ótimo. Caso contrário, deixe ele fazer o personagem do jeito dele, mas com as consequências do que fizer.
No meu caso, adorei o que foi feito e ficou demonstrado que um traidor do grupo é um inimigo odiado e que gera prejuízo (no bom sentido) para as situações. Isso sem falar dos diversos NPC's que o Mestre já virou contra o grupo e vice-versa. (Inimigos que viram aliados e aliados que viram inimigos)