Partem da idéia de que criaturas não tem moral ou se tem são deliberadamente malignas, logo, é ok matá-los. Sim, é uma ideia simplista, mas funciona no contexto certo.
Vê Super Mario Bros. Você joga e faz o mesmo. ;D
Moderador: Moderadores
Howondalander escreveu:sim, falo de ideais românticos, nada de realidade.
estava falando que não consigo imaginar de onde surgiu essa idéia de colocar paladinos e personagens LG em jogos cujo objetivo era invadir covis de criaturas, matá-las e roubar seus tesouros.
eu já acho que havia algo de perverso naquilo. os MMs da época faziam questão de mensurar a quantidade de mulheres e crianças (fêmeas e filhotes talvez?) nos lares a serem invadidos...
"mamãe, o que o moço de armadura brilhante fez com o papai?"
mas realmente essa coisa de invadir/ pilhar/ matar não combina bem com ideais heróicos de cavalaria
estava falando que não consigo imaginar de onde surgiu essa idéia de colocar paladinos e personagens LG em jogos cujo objetivo era invadir covis de criaturas, matá-las e roubar seus tesouros.
eu já acho que havia algo de perverso naquilo. os MMs da época faziam questão de mensurar a quantidade de mulheres e crianças (fêmeas e filhotes talvez?) nos lares a serem invadidos...
"mamãe, o que o moço de armadura brilhante fez com o papai?"
E como qualquer um que conhece a Terra-Média sabe, Orcs são todos malignos
E mais, ainda enfrentamos monstros... mas os monstros passam a lutar por suas famílias, por mulheres e crianças indefesas! claro que você pode racionalizar essa invasão, com mil razões diferentes, mas eu estou na premissa básica (invadir, pilhar, matar, ganhar níveis).
o sistema sempre incentivou a matança em troca de níveis, mas com os anos as aventuras deixaram de ser unidimensionais. os jogadores de gygax quiseram explorar a cidade de greyhawk etc.
se a guarda ou qualquer instrumento equivalente começar a questionar os PCs após cada matança vista como "desnecessária", isso pode causar uma mudança de paradigma.
Howondalander escreveu:eu já acho que havia algo de perverso naquilo. os MMs da época faziam questão de mensurar a quantidade de mulheres e crianças (fêmeas e filhotes talvez?) nos lares a serem invadidos...
"mamãe, o que o moço de armadura brilhante fez com o papai?"
Howondalander escreveu:acho que arriscamos perder um pouco o contexto da discussão, que é o, digamos, "dilema de nibelung".
se assumirmos o axioma "todos os inimigos são malignos/ corruptos/ irredimíveis", o tópico perde o sentido, pois não há arrependimento em se matar todos os inimigos encontrados. e essa é a discussão pertinente.
tudo que eu disse até agora foi uma tentativa de passar a minha visão do contexto histórico desse dilema, de um jogo que começou com aventureiros invadindo o dungeon de uma proto-cidade para pilhar e matar.
Howondalander escreveu:mas daí você acrescenta um paladino, um percival ou um galahad arturiano, e uma nova visão pro alignment, com bem X mal além de ordem X caos. E mais, ainda enfrentamos monstros... mas os monstros passam a lutar por suas famílias, por mulheres e crianças indefesas! claro que você pode racionalizar essa invasão, com mil razões diferentes, mas eu estou na premissa básica (invadir, pilhar, matar, ganhar níveis).
a coisa só vai ficando mais cinza com a chegada dos cenários. agora você tem humanos como inimigos, indivíduos que por vontade própria (não por corrupção, no pior sentido, ou influência sobrenatural) se aliaram ao lado do mal. seja o zentharim em forgotten ou kitiara em dragonlance. e o dilema aqui, pra mim, fica explícito.
o sistema sempre incentivou a matança em troca de níveis, mas com os anos as aventuras deixaram de ser unidimensionais. os jogadores de gygax quiseram explorar a cidade de greyhawk etc.
Howondalander escreveu:dito tudo isso (perdoem-me o post longo), minha opinião sobre o "dilema" é:
acho que pra muitos jogadores a premissa básica ainda está muito arraigada, pelo menos na minha experiência. deixar de dar xp após cada combate ajudou no sentido de mudar essa visão. passar os personagens de nível após N sessões, independente de combates também. existe também a opinião da sociedade. se a guarda ou qualquer instrumento equivalente começar a questionar os PCs após cada matança vista como "desnecessária", isso pode causar uma mudança de paradigma.
claro que, num mundo bárbaro/ sem leis, pode ser perfeitamente aceitável que mesmo discussões sejam resolvidas na 'ponta da espada'. vide o velho oeste, conan e outros exemplos
eu gosto muito de Tolkien, mas isso e uma coisa que sempre me incomodou nos livros dele: os orcs serem sempre malignos. sendo que o proprio tolkien disse que nem os orcs são malignos por natureza
se assumirmos o axioma "todos os inimigos são malignos/ corruptos/ irredimíveis", o tópico perde o sentido, pois não há arrependimento em se matar todos os inimigos encontrados. e essa é a discussão pertinente.
tudo que eu disse até agora foi uma tentativa de passar a minha visão do contexto histórico desse dilema, de um jogo que começou com aventureiros invadindo o dungeon de uma proto-cidade para pilhar e matar.
o sistema sempre incentivou a matança em troca de níveis,
porém ele nunca apresentou uma criatura sequer entre as "Crias de Morgoth" que não seja maligna.
e é exatmente disso que eu não gosto muito. mesmo depois que morgoth foi finalmente derrotado e aprisionado e os orcs se espalharam pelo mundo sem um mestre (até sauron retornar). nenhum deles abandonou o "lado negro"
eu gosto muito de Tolkien, mas isso e uma coisa que sempre me incomodou nos livros dele: os orcs serem sempre malignos. sendo que o proprio tolkien disse que nem os orcs são malignos por natureza
Irônicamente no RPG do senhor dos anéis fala explicitamente que TODOS os orcs são maus e o que o mestre não de cometer o "erro de colocar orcs arrependidos".
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