Parece que o filtro saudosista dos tempos aureos de quando ele jogava permeia o texto, entende?
Sim, há um certo filtro saudosista, mas ele admite todos os problemas, peculiaridades e detalhes nonsense dos "tempos áureos". Alguns trechos que mostram isso:
1. "Our first games were monster slug-a-thons, pitting our heroic adventurers against orcs, ogres, and worse. With each foe defeated, we piled up XP and treasure."
2. "And I am 100% certain, looking back, that we cheated outrageously."
3. "Our battles quickly degenerated into a race to roll double digit numbers on our d20s."
4. "Third, we ignored huge swathes of rules. When we played AD&D, we kept using the Basic D&D combat rules. Speed factor, modifiers based on specific weapons vs. specific armor, the glorious mess that was the surprise and initiative systems—these we never used."
E especialmente:
5. "This fourth point is really important, because when you take away the deadliness of AD&D combat you’re left with a fairly boring system.
There aren’t too many tactical choices to make, aside from attacking enemies from behind. In our version of D&D, fights became fairly dull. Lacking a skilled DM who could bring a fight to life, and trained by a growing body of video games to expect lots of battles in our game, we grew increasingly bored with D&D."
Não tem como isso ser uma descrição saudosista do passado, já que ele lista "n" problemas que ocorriam e que a maioria das solução não vinham do livros da época, mas sim de jogadores e DMs que tentavam contornar o mar de problemas de design (que não eram necessariamente ruins - mas sim limitados e feitos por autores que não tinham 3 décadas e meia de passado para analisar).
E o jabazão do Book of Wuxia Swords.
Que não é um "jabá" (ao menos, não imerecido) - é mero reconhecimento de que tal livro foi o primeiro livro que equalizou e unificou as mecânicas e a gama de opções entre combatentes e conjuradores, algo que é praticamente consenso por essas bandas.
Um efeito colateral interessante disso é que para minha total surpresa, a Quarta Edição pode ser chamada de "A Edição dos Combatentes", afinal, as 4 classes marciais de D&D 4e tem mais opções, builds, talentos e poderes do que qualquer outra classe de qualquer outra fonte. E essa diferença é tão considerável que há até o chiste que a 4e está sob "Lei Marcial".
Por outro lado, classes Marciais tem "Daily Martial Powers", algo que algumas sensibilidades (tolas, eu sei) minhas não toleram de forma alguma.
"Eu não sou católica, mas considero os princípios cristãos - que tem suas raízes no pensamento grego e que, no transcorrer dos séculos, alimentaram todas as nossas civilizações européias - como algo que uma pessoa não pode renunciar sem se aviltar" Simone Weil
When you decide to grant power to government, start by thinking "What powers would I allow the government to have over me if I knew that my worst enemy in the world was going to be in charge of this government?" - Hastings & Rosenberg.