O conflito entre personagens é um assunto recorrente de debate na Spell. Inclusive há um tópico recente do Deicide (Juntando-se ao lado negro da Força, ou algo assim) que aborda alguns pontos desse debate.
No entanto, um aspecto em específico não chegou a ser discutido de maneira incisiva: quando o conflito entre personagens não se dá pelo antagonismo puro e simples entre eles; e qual a posição do Mestre (ou Narrador) diante disso.
Explico-me melhor:
Mestro num grupo atualmente em que um dos personagens é um escravo foragido - o que o torna também um criminoso segundo os preceitos do cenário - que tem por meta desbaratar caravanas escravagistas (por qualquer meio, desde sabotagem a ataques diretos).
Por outro lado, outros dois personagens são membros do exército - cuja uma das funções é capturar escravos foragidos e os levarem às autoridades para as devidas punições (muitas vezes, a morte nas arenas de gladiadores) - e que também servem em algumas ocasiões como protetores dessas caravanas.
Até agora consegui manter o grupo coeso. Mas os próprios jogadores perceberam a dificuldade de continuarem juntos no decorrer da história, caso mantenham a mesma postura. O jogador do escravo inclusive cogitou a ideia de montar outro personagem. Porém, não sei é legal/justo com este jogador que teve tanto cuidado em fazer o personagem (conceito, histórico, enquadramento disto com a mecânica de jogo). Ao mesmo tempo, não quero que ninguém abra mão do que deseja/espera do personagem. E a conversa unânime entre jogadores e Mestre é que também não ocorra uma situação artificial, onde ninguém esteja vendo este conflito.
Então, pergunto: que tipo de solução seria mais apropriada no caso onde o conflito não está na simples "inimizade" entre personagens e sim na escolha que cada um tem para estes? E como o Mestre fica diante disto?