Personagem Não-Jogador como membro do grupo

Essa é a seção para conversas gerais sobre RPG, que não são sobre um sistema específico ou envolvem a sociedade em discussão sobre aspectos culturais, religiosos, comportamentais e educacionais do RPG, a popularização do jogo e o combate ao preconceito.

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Re: Personagem Não-Jogador como membro do grupo

Mensagempor _Virtual_Adept_ em 29 Abr 2011, 16:55

É raro até eu ter NPCs recorrentes. Geralmente, tenho tantas ideias para NPCs que acabo não usando a mesma mais de uma vez.

Se bem que, na "melhor campanha que já mestrei" (os Olhos do Céu), todos os NPCs eram recorrentes, e um deles era quase um DMPC. Porém, acho que ele se encaixava melhor como ferramenta de trama, visto que ele era muito poderoso.

Mais para dar um motivo à campanha de existir, já que TODOS os jogadores tinham poderes de semi-deuses, do que para eu ter um NPC Mary Sue.

(Fora que dois jogadores, sozinhos, conseguiram derrotá-lo em combate, uma vez).
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Re: Personagem Não-Jogador como membro do grupo

Mensagempor Smaug em 29 Abr 2011, 17:15

Blackbird escreveu:
Smaug escreveu:Um dos exemplos mais marcantes foi o clérigo da minha campanha de Reinos de Ferro, era pra ele ser um personagem de uma jogadora. Mas ela nunca apareceu na mesa (eu que fiz a ficha dela), resultado, fiquei de saco cheio de controlar ele, e pedi pra fada começar a rolar as ações dele, ela deu nome, criou história e hj ele é um Personagem-Não-Jogador-Jogador.
Ou o Mecânico Arcano, que também virou um PNJJ. XD
hauhauhua

Pode crer!! Vc deu outra cara (literalmente) para ele ahuahauhau



No mais, das vezes que eu joguei com o Smaug, gostei de como ele inseriu os PNJs.
Ele conseguiu fazê-los presentes, mas sem interferir tanto. O que é, às vezes, um pouco infeliz, porque demora pra tirar do PNJ aquela imagem de um personagem omisso.

Legal, que bom que tem funcionado. Uma das estratégias é fazer a grande maioria dos NPCs mais fraco que o resto do grupo, claro vão existir aqueles de nivel igual ou até maior (entenda nivel aqui como uma medida de capacidade do sistema, não literalmente os niveis de D&D), mas esses são tão raros quanto os PCs.
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Re: Personagem Não-Jogador como membro do grupo

Mensagempor Blackbird em 29 Abr 2011, 18:27

Tem que existir um equilíbrio.

Minha opinião é se resume, basicamente, em

OVERPOWER
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Re: Personagem Não-Jogador como membro do grupo

Mensagempor Lumine Miyavi em 29 Abr 2011, 18:40

Eu ri, Zé, mas depende muito da sua classe, no d2. Vou dar a minha interpretação:


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Re: Personagem Não-Jogador como membro do grupo

Mensagempor banned_guardian em 29 Abr 2011, 19:02

Off-Topic: TG Cid era Godlike, mas tinha história Lumine.
Malak é fraco. Eu gostava de usar a Meliadoul com o mantinho verde porradeira.

O DMPC tem que se situar: 1) Ou faz parte do grupo efetivamente, MEMBRO mesmo, acompanhante, companion, followers e coisa do tipo; 2) Ou auxilia em um "determinado momento" (1, 2, 3 aventuras, que seja) por uma finalidade específica e própria dele, partindo e seguindo a vida dele.

Óbvio que pode se tornar uma figura recorrente, como o Mago do Reino X que pode ser consultado pelos PJ's quando estes estiverem na região e que prestará auxílio na medida do possível [podendo assim se tornar até mesmo um gancho free-fácil {OH MEU DEUS, O MAGO DO REINO FOI ABDUZIDO POR LÊMURES VOADORES}].

Reciclagem é bom em qualque situacão, até mesmo de DMPC's.
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Re: Personagem Não-Jogador como membro do grupo

Mensagempor kaishakunin em 29 Abr 2011, 19:51

Creio que o papel do NPC depende de dois fatores: i) Vontade do "Mestre" e ii) Necessidade do grupo.

Quando o NPC deriva apenas da vontade do Mestre, como quando ele quer participar do jogo de maneira mais incisiva, particularmente, acho uma furada. É difícil tanto encontrar uma isenção por parte do mestre em relação ao "seu" personagem quanto o ofuscamento dos outros jogadores.

Mais complicado é quando o grupo tem necessidade desse elemento, como quando numa mesa de DnD 4e só temos 2 ou 3 jogadores. Aí, outra questão (pensando especificamente a 4e): é válido tê-lo como um personagem completo (no sentido mecânico de perícias, talentos, ítens, etc) ou somente enquanto modelo, como aqueles de classes apresentado no Monster Manual?
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Personagem Não-Jogador como membro do grupo

Mensagempor Ken-Ohki em 29 Abr 2011, 20:15

Tem um caso na mesa de um amigo meu que rolou um dmpc healer que seria usado pra sacrifício mais pra frente (óbvio que ninguém sabia). Só que o healer se tornou peça tão importante pro grupo que na hora do sacrifício na história, abriram mão de um PJ e sacrificaram ele. O cara passou várias sessões sem poder jogar depois disso pq não tinha plot pra ele voltar
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Re: Personagem Não-Jogador como membro do grupo

Mensagempor Deicide em 29 Abr 2011, 21:42

Copiando do outro tópico:

Os 10 mandamentos do DMPC:

  1. O DMPC é um coadjuvante e não um protagonista;
  2. Nunca coloque um DMPC numa posição de liderança no grupo. Conselheiro pode, líder nunca;
  3. Dê defeitos de personalidade ao DMPC, de forma que ele não seja 100% confiável. Explore personalidades que em geral os jogadores não pegariam;
  4. Faça o DMPC cometer erros e sugerir besteiras de vez em quando; Nunca deixe os PJs pensarem que os DMPCs são infalíveis ou sempre sabem como resolver os problemas do grupo;
  5. Faça o DMPC sumir de vez em quando de forma que os PJs se lembrem de que são os protagonistas;
  6. Na hora de dividir os frutos do trabalho árduo, os PJs é quem decidem o que o DMPC ganha;
  7. Dê ao DMPC funções complementares ao grupo; Se o DMPC tiver função similar a um PJ, nunca faça o DMPC "brilhar" mais que o PJ ao realizar essa função;
  8. Nunca faça o DMPC estar no grupo por acaso; Use o DMPC para explorar tramas que não seriam possíveis sem ele;
  9. Não é nada divertido ver o mestre jogar contra si mesmo. Se por algum motivo o DMPC estiver sem nenhum PJ por perto e o que ele for fazer for importante para a trama; inverta o papel com os jogadores e deixe-os "mestrar" para você. Só não faça isso com frequência;
  10. Use o DMPC para divertir os jogadores. DMPCs são ótimas fontes de humor e conflito na trama. Se os jogadores estão gostando da presença do DMPC, e ao mesmo tempo eles não ficam dependendo do DMPC para tudo, você está fazendo as coisas da forma correta.

-------------------------------------

Particularmente, eu gosto muito de fazer DMPCs. Como comecei em geral mestrando para grupos pequenos (dois jogadores em média), comecei a criar DMPCs para completar lacunas no grupo. Logo eles passaram a ser um "elenco de apoio" com funções específicas. Com o tempo, comecei a criá-los também para testar o sistema e buscar personagens interessantes.

Em geral, uso quatro funções para DMPCs. Um personagem pode ter uma, duas, três ou todas as quatro funções:

- Utilitário: Cumpre alguma função que falta nos personagens jogadores. Se o grupo não tem um curandeiro, por exemplo, acabo incluindo um DMPC que faz essa parte;

- Alívio Cômico: O DMPC existe para quebrar a tensão em certos momentos e permitir interações mais "leves" quando o grupo não está em perigo. Em geral, esse DMPC tem alguma personalidade cheia de defeitos, mas é carismático, útil e os jogadores gostam de tê-lo por perto;

- Ferramenta da Trama: Esse DMPC tem algum elo com a trama, ou traz algum tipo de conflito com ele que virá a dar frutos futuramente. Em geral, esse personagem carrega informações úteis, mas sua presença também traz problemas;

- Elo de Ligação: Para grupos disfuncionais, com personalidades muito diversas, esse DMPC tem a função de manter o grupo unido e mediar disputas para evitar que os jogadores comecem a se matar.

Em geral, se vou usar DMPCs, gosto de fazer pelo menos dois. Isso meio que evita o "Mary Suismo" de um DMPC se tornar importante demais. Você faz um ou outro sumir de vez quando, e nenhum dos dois acumula muita importância.

Agora, existem alguns tipos de DMPCs que são perigosos, pois só estragam jogos:

- O fodão: É aquele que rouba a cena. Ele é o vampiro de sexta geração, o guerreiro de nível duas vezes maior que o resto do grupo, etc. Ele rouba as cenas, e os jogadores estão ali para aplaudir as incríveis aventuras dele;

- O líder: Colocar DMPCs é arriscadíssimo. Como mestre, você sabe como a história vai se desenrolar, então ou o DMPC vira o sabe-tudo que sempre tem a solução para tudo (e a aventura cai em rail-roading), ou ele é completamente inapto [apesar de suas estatísticas dizerem o contrário] e só toma decisões burras. Tive um problema com um DMPC uma vez porque, embora não o tivesse criado para ter essa função, os jogadores meio que esperavam isso dele (por ser alguém calmo e experiente) e viviam esperando que ele tomasse as rédeas ou pelo menos opinasse na hora das decisões difíceis. Às vezes, quando fazia sentido ele dar opinião, eu resolvia isso testando a inteligência ou uma perícia do DMPC para ver se ele tinha uma ideia boa ou ruim, mas em geral preferia deixá-lo dizer que cabia ao grupo decidir o que fazer. Depois dele, preferi sempre dar uns defeitos fortes de personalidade aos DMPCs, para evitar que os jogadores tendessem a consultá-los na hora de decisões sérias.

- O Inútil: Às vezes a gente coloca um DMPC que acha que vai ser engraçado, com aquele defeito de personalidade divertido e tal... e acontece que o cara só faz trapalhadas, prejudica o grupo, causa os piores eventos possíveis, etc. Cedo ou tarde o grupo vai se cansar desse personagem pé-frio irritante.

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Tem também uma técnica que gosto de usar com DMPCs: a inversão de papéis. Ocasionalmente, quando o DMPC precisa fazer alguma coisa importante, eu me torno o jogador e os jogadores se tornam o "mestre" daquela cena. Eles controlam as fichas de inimigos, bolam armadilhas, controlam o mini-vilão da cena, etc. É divertido, e os jogadores costumam gostar.

Também ocasionalmente eu compartilho um DMPC com um ou mais jogadores. Basicamente, o jogador pode falar pelo DMPC e tomar ações por ele, ou mesmo assumí-lo diante de uma batalha. Em geral é sempre o mesmo jogador que compartilha aquele DMPC comigo, mas também deixo que todos jogadores sugiram coisas que o DMPC faria em certas situações, agindo como a "consciência" do DMPC, enquanto eu o controlo.
Há incontáveis séculos, houve um reino, Eussey-lah seu nome, que se estendeu por todas as terras do mundo conhecido. Esse tempo acabou quando o rei-destino, Khem, enlouqueceu e quase levou o mundo à ruína. Sete heróis e um oráculo o impediram.

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Re: Personagem Não-Jogador como membro do grupo

Mensagempor Vincer em 29 Abr 2011, 21:50

Odeio dmpcs.

Mas npcs no grupo... já usei muito. Npcs de fato. Tenho certeza que nunca pequei do mal dos dmpcs, até porque nunca criei um que fosse 'um personagem que eu gostaria de jogar'.

Não vejo como um mal se feito da forma correta(como muitos já apontaram). Já usei muito em grupos pequenos... que foram a maioria das minhas mesas até hoje. Sempre com cuidado para não roubarem cena...

porém sou contra npcs aliados 'apagados'. Eles têm de ter vida, personalidade e sim, opinião própria. Tudo depende de como medir as coisas. Três desses npcs que já usei ainda são lembrados com carinho/saudade pelos jogadores e contribuíram para enriquecer a história... e nem por isso roubaram o papel dos protagonistas. Tudo depende de como. Se eu me forçasse a colocar npcs sempre apagados, isso nunca teria acontecido(e os jogos teriam sido menos interessantes).

Eu até costumo pecar por um cliché meu: eles são vocais e tomam iniciativa... mas geralmente para criar tensão no jogo. Falo de não usá-los como dicas ou guias, vocalizar os npcs pelo que eles realmente fariam, mesmo que atrapalhe o grupo ou seja contra-intuitivo. Por exemplo, um esquentadinho impulsivo com baixo auto-controle... só tomar o cuidado das participações serem bem medidas, e não constantes.

Outra forma que uso muito é como um 'guia' para o mundo/jogo, não como um guia para uma aventura pré-moldada(rails). Se o grupo não for grande e a maior parte dos jogadores iniciantes(no cenário ou sistema), eu ofereço um npc guia(de forma não óbvia). A não ser que os jogadores recusem a amizade dele, serve para explicar elementos do cenário sem parar o jogo, dar exemplos e ajuda a passar um feeling.

Eu raramente preencho 'roles' com npcs porém. A maioria dos meus 'dmpcs' são como servos, guias de viagem, parente, etc, etc... quando são mais do que isso podem até ser bons numa habilidade(ex: espadas), mas aquém de um personagem jogador em pontos e versatilidade.
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Re: Personagem Não-Jogador como membro do grupo

Mensagempor Lorde da Dança em 29 Abr 2011, 21:58

Para mim, se um personagem irá participar do grupo ele será uma ferramenta. Eu não gosto de colocar personagens que são importantes para a trama, tem história própria e ainda são membros ativos do grupo; meus jogadores sentem que estão tendo seu espaço tomado (mas eles são frescos, então não importa) e ainda tenho mais trabalho. Se eu coloco um personagem, é por que precisam de alguma coisa: Seja de um personagem para completar os papeis de combate, para trazer informações importantes, ou simplesmente por falta de certas perícias. Neste caso, para evitar que o personagem tome espaço demais, eu faço um que cumpra seu papel e pouco mais.

Digamos que, como citado anteriormente, os personagens precisem de um guia da floresta. Entra Aziel o caçador, que conhece bem a floresta e pode indicar a cabana dos três ursos, mas ele só sabe caçar coelhos e vai se afastar quando o combate com os ursos começar. Os personagens precisam de alguém para lhes informar sobre o sobrenatural, entra um espirito do conhecimento, mas ele fica preso em um crânio, ele pode ser levado para a casa do vampiro para procurar por simbolos mágicos mas ele não vai bater no safado. Falta alguém para mexer nas máquinas ou para abrir portas? O robô mudo e o ladrão hobbit com nanismo podem ser úteis.

Se os personagens não combatentes acabarem em combate, ou eles se afastam de uma vez ou os monstros coincidentemente ignoram o npc. Missões de proteger o incompetente já cansam nos video-games.

Personagens combatentes provavelmente serão pessoas quietas ou que simplesmente não vão falar muito. Nada de carismático principe ou o escolhido destinado, um personagem que eu colocaria seria um mercenário comum, alguns ajudantes que resolveram ajudar a proteger a cidade junto com os personagens ou até mesmo um golem pertencente ao grupo.

Relendo meu texto parece que a solução sempre são robôs.

Se estou usando um personagem combatente, eu sigo o modelo savage worlds e o deixo no controle dos jogadores, de preferência de um jogador que já tem um personagem que não bate muito.

Personagens desenvolvidos existem, mas eles tem problemas próprios e raramente irão ajudar os jogadores por mais de uma seção. Em traveller, um capitão militar era conhecido dos personagens, mas ao invés de pegar um revolver e roubar a cena no motim, ele ficou na sala de comunicações para tentar contactar superiores enquanto que os personagens iriam matar traidores.

Raramente, mas raramente com todas as letras gosmentas e mal cheirosas eu deixo um personagem mais poderoso ou para liderar os personagens diretamente quando eles já estão em campo (o capitão pode dar mensagens pelo rádio, mas o paladino não vai dentro do buraco como chefão do grupo). Apenas se for por um objetivo, como para matar o comandante e deixar o batalhão sozinho em território inimigo ou para que o paladino apanhe feito boi para o vilão e fazer ele parecer mais perigoso. No máximo o personagem poderoso irá derrotar o vilão temporariamente para ele voltar mais tarde e ser derrotado pessoalmente pelos personagens.


Em um blog outro dia eu ví a interessante dica de fazer personagens serem acompanhados por um monstro (se referindo á quarta edição). O que me parece interessante, pois como eles tem uma ficha mais simples os jogadores percebem que o narrador não está tentando enxertar um personagem próprio e não se sentem ameaçados.

Então, é isso.
Rule of threes -Taken five times
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Fifteen factions - All in a row
Looking for meaning
or is it all show?
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Re: Personagem Não-Jogador como membro do grupo

Mensagempor Deicide em 29 Abr 2011, 22:03

Vincer escreveu:Odeio dmpcs.

Mas npcs no grupo... já usei muito.


Qual a diferença que você vê entre eles (DMPCs e NPCs)?

Para mim, DMPC é criado e evolui como um personagem jogador (mas não necessariamente tem o mesmo nível dos PJs), e acompanha o grupo, fazendo "parte" dele de uma forma semi-permanente. Ele é quase um PJ, mas não deve ter a mesma importância e influência de um.

Já o NPC é criado de acordo com a vontade do mestre, com quantos níveis e habilidades ele julgar necessário. Em geral, não evolui, ou evolui em "saltos" ao aparecer mais tarde na história. Ele também não é parte integrante do grupo, apenas está prestando auxílio.

No mais, concordo totalmente com os seguintes trechos:

Sempre com cuidado para não roubarem cena...

Eles têm de ter vida, personalidade e sim, opinião própria. Tudo depende de como medir as coisas.

eles são vocais e tomam iniciativa... mas geralmente para criar tensão no jogo.

Outra forma que uso muito é como um 'guia' para o mundo/jogo


Para mim essas são as essências de um bom DMPC. Gosto muito de usá-los pois criam a sensação de que o grupo é parte de um "mundo" maior. Se bem usados, DMPCs ajudam na imersão no mundo de jogo, pois eles podem ter sotaques, vir de terras distantes, comentar sobre costumes locais, etc.

E é sempre bom criar para eles personalidades fortes que normalmente os jogadores não usam. O DMPC ideal tem uma personalidade que não o faria um heroi por si só. É por estarem no grupo que eles são impulsionados a se aventurar. Sem o grupo, eles seriam apenas NPCs comuns. Em outras palavras, os PJs que dão propósito aos DMPCs, não o contrário.
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Re: Personagem Não-Jogador como membro do grupo

Mensagempor Youkai X em 29 Abr 2011, 22:06

Narrando 4e nunca usei um NPC com ficha de PC, sempre uso fichas de monstros mesmo, e constantemente os PCs tem aliados NPCs, alguns até mais fortes que eles em combate, mas por incrível que pareça em combate quem roubava as cenas eram os próprios PCs, seja pelos combos e estratégias mirabolantes ou por sorte e afins. Claro, sempre há modos de evitar que esses NPCs roubem o brilho dos PCs, incluindo ferramentas de trama ou modo de agir de alguns deles.

Editado: Deicide, basicamente os DMPCs seriam aqueles coadjuvantes mais "patéticos" ou apagados em geral, não? Também pensei nisso de que poderia ter ficha de PC, mas com menos níveis que os PCs de verdade, por exemplo.
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Re: Personagem Não-Jogador como membro do grupo

Mensagempor Deicide em 29 Abr 2011, 22:27

Youkai X escreveu:
Editado: Deicide, basicamente os DMPCs seriam aqueles coadjuvantes mais "patéticos" ou apagados em geral, não? Também pensei nisso de que poderia ter ficha de PC, mas com menos níveis que os PCs de verdade, por exemplo.


Não acho que "patéticos" ou "apagados" sejam as palavras certas. Eles podem ser formidáveis e interessantes a seu próprio modo, mas no fim das contas os PJs devem ser ainda mais.

É como Batman & Robin: o Batman é o personagem central, o Robin está lá para ajudar, mas de vez em quando o Robin faz alguma cena legal, salva o Batman ou tem uma trama centrada nele.

Quando um DMPC tem uma cena mais especial para ele, contudo, eu gosto de que os jogadores participem ativamente, seja através de inversão de papéis ou compartilhando o controle do DMPC com eles.
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Re: Personagem Não-Jogador como membro do grupo

Mensagempor Madrüga em 29 Abr 2011, 22:29

Blackbird escreveu:
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Corrigi pra você. Tá mais do que na cara que você não joga de necro ou paladino.
Cigano, a palavra é FLUFF. FLUFF. Repita comigo. FLUFF

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Re: Personagem Não-Jogador como membro do grupo

Mensagempor banned_guardian em 29 Abr 2011, 23:45

Ou de qualquer coisa que teleporte-walking por aí.
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