Até quanto o fluff interfere em seu jogo?

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Re: Até quanto o fluff interfere em seu jogo?

Mensagempor Lumine Miyavi em 20 Mai 2011, 14:42

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Re: Até quanto o fluff interfere em seu jogo?

Mensagempor Russel em 20 Mai 2011, 14:46

lembra que uma das questões levantadas e que combatentes com habilidades sobrenaturais ou não, dependia do cenario ser high ou low magic. ou seja: o fluff do cenario interferindo nas regras

Deicide escreveu:Eu entendo onde o Vincer quer chegar, e concordo com ele.

Não me importo se um sistema diz que o guerreiro pode lançar sua espada em chamas ou tem uma aura de poder. É uma característica do sistema, mas também indica um cenário mais "high-magic". Você pode conceptualizar um cenário em que "tudo que é treinado à exaustão se torna mágico", e isso é legal.

Contudo, se estivermos falando de um cenário fantástico mais low-magic, tais soluções não são elegantes. Uma coisa é dar ao guerreiro uma força bruta que beira o sobre-humano, mas daí a arder sua lâmina em chamas ou voar é um pouco demais.
Editado pela última vez por Russel em 20 Mai 2011, 14:53, em um total de 4 vezes.
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Re: Até quanto o fluff interfere em seu jogo?

Mensagempor Youkai X em 20 Mai 2011, 14:48

ou o crunch que interfere no fluff e cria o fluff e masein?
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Re: Até quanto o fluff interfere em seu jogo?

Mensagempor arcanix.szat em 20 Mai 2011, 15:04

Lumine escreveu:...então anões são intensamente mágicos, por isso que não usam magia. CERTO.


Lumine, foi uma explicação do porquê elfos drow têm resistência à magia.

Anões ganham um bônus de resistência (não confundir com a habilidade/poder/defesa/ Resistência à Magia) porque são tão desconfiados da magia que desenvolvem uma espécie de defesa contra ela. Isso considerando o mundo pré-3x edição de d&d.

Contradição? Depende do ponto de vista. Vejamos o seguinte exemplo:

O Mestre quer criar um monstro do tipo Fada-mágica-encantada-da-floresta-altamente-mágica. Seria coerente que essa fada, ao lidar com vários tipos de mágica inerentemente, ser imune à magias de low level. Imagine um tipo de dragão! Enfim, o que fazemos? Oh, voalá, vamos criar Resistência/Imunidade à Magia para eles.

O contrário também pode ocorrer. Você cria uma criatura feita para ser uma grande arma contra magos e magias em seu mundo, digamos, de um lugar que os habitantes não gostam de magia. O que você faz? Ele pode ter uma carapaça/armadura/couraça de um material natural raro que o torna... hm... resistente/imune à Magia.


Creio que foi essa a interpretação dos designers do jogo quando criaram os anões, tarrasques, dragões e fadas, por exemplo.

Lumine escreveu:Ou seja, o fluff ignora algumas das restrições arbitrárias impostas pelo fluff AO crunch, e isso é algo bom, ao invés de ser o obrigatório!? =P


Defendo apenas que o se o fluff restringe, há uma razão de ser quando é atrelada ao cenário de campanha/estilo de jogo do grupo. Se não servir para o grupo de jogo, então não serve para nada.

No caso dos druidas, acho normal eles usarem armas restritas e roupas de couro, porque é isso que um druida faz. Eles têm todo um fluff que condiz com sua natureza. Eles por diversos códigos de conduta não usam armas e armaduras de metal.

Já os de Mielikki, como uma divindade dos rangers, têm um conceito e visão filosófica diferente, eis porque usam armas de metal.

Dizer que uma regra jamais deve ter excessão é certamente um absurdo.
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Re: Até quanto o fluff interfere em seu jogo?

Mensagempor Lumine Miyavi em 20 Mai 2011, 15:07

Usando o argumento de que inicialmente não existe cenário entranhando nas regras, então porque as restrições de "anões são desconfiados de magia"?
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Re: Até quanto o fluff interfere em seu jogo?

Mensagempor Agnelo em 20 Mai 2011, 15:11

As classes são feitas pensando em emular determinados conceitos fluffisticos, como clérigos que tem seus poderes advindos de fé ou druidas que usam a força da mãe natureza.

O único jeito de tu tirar toda influência de fluff desse crunch é reescrever as classes novamente, pelo menos é a impressãoq ue eu tenho.

Mas sim, tem casos em que fica demais.
Eu amo você. Você é meu único filho e tenho orgulho de você. Você trouxe à sua mãe e a mim mais alegria do que eu achei que houvesse. Seja bom pra ela e cuide bem dela.

Seja um dos mocinhos. Você tem que ser como John Wayne: Não aguente merda de nenhum idiota e julgue as pessoas pelo que elas são, não pela aparência.

E faça a coisa certa. Você tem que ser um dos mocinhos: Porque já existem Bandidos demais.
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Re: Até quanto o fluff interfere em seu jogo?

Mensagempor Youkai X em 20 Mai 2011, 15:16

em que ficavam restrições arbitrárias demais, no caso da 3.X e antecessores, e coisa que a 4e aboliu, mas que o Essentials pareceu aos pouco e sutilmente recuperar essa coisa maldita.
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Re: Até quanto o fluff interfere em seu jogo?

Mensagempor Russel em 20 Mai 2011, 15:21

Youkai X escreveu:em que ficavam restrições arbitrárias demais, no caso da 3.X e antecessores, e coisa que a 4e aboliu, mas que o Essentials pareceu aos pouco e sutilmente recuperar essa coisa maldita.


quais restrições arbitrarias ?
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Re: Até quanto o fluff interfere em seu jogo?

Mensagempor Youkai X em 20 Mai 2011, 15:29

A dos druidas não poderem usar metal, restrições de alinhamento com paladinos, clérigos, bárbaros, bardos ou monges. saindo um pouco do PHB ainda tinha as restrições do Wu jen na forma de tabus. Por outro lado restrições raciais nesse sentido foram abolidas na 3.X sem problemas. Eu encaro como transição, mas ok.

Editado: ainda assim é inevitável que o crunch afete o fluff. Então se alguém quer transmitir fluff X, que pense em uma mecânica condizente, mas de forma mais elegante do que as meras restrições de antigamente. É só ver que mesmo sutilmente o fluff de D&D vai mudando conforme as edições passam e mudanças de regras e restrições jogadas foras ocorrem. Atualmente na 4e é viável clérigos ou paladinos heréticos, assim como na 3.X era possível enfim ver anões magos ou elfos ou meio-orcs paladinos ou em AD&D enfim elfos podiam ser ressuscitados.
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Re: Até quanto o fluff interfere em seu jogo?

Mensagempor Russel em 20 Mai 2011, 15:34

Youkai X escreveu:A dos druidas não poderem usar metal, restrições de alinhamento com paladinos, clérigos, bárbaros, bardos ou monges. saindo um pouco do PHB ainda tinha as restrições do Wu jen na forma de tabus. Por outro lado restrições raciais nesse sentido foram abolidas na 3.X sem problemas. Eu encaro como transição, mas ok.


no caso dos paladinos e dos clerigos a restrição faz sentido, já que o poder deles vinha de uma fonte divina.

eu não consigo imaginar um deus bom concedendo poderes a clérigos malignos e que vão contra seus dogmas
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Re: Até quanto o fluff interfere em seu jogo?

Mensagempor Youkai X em 20 Mai 2011, 15:36

Pois é exatamente o que ocorre na 4e, onde os poderes divinos não vêm diretamente de um deus, e sim de rituais executados por membros da igreja/instituição religiosa. E mesmo os warlocks e seus pactos retém consigo permanentemente seus poderes e se o ser que concedeu poderes quer tirá-los, certamente não seria ao estilo antigo de "puff, SUDDENLY, você perdeu seus poderes pq você deslizou comigo".
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Re: Até quanto o fluff interfere em seu jogo?

Mensagempor Russel em 20 Mai 2011, 15:40

Youkai X escreveu:Pois é exatamente o que ocorre na 4e, onde os poderes divinos não vêm diretamente de um deus, e sim de rituais executados por membros da igreja/instituição religiosa.


perai. quer dizer que eu posso fazer um clérigo de pelor e sair chacinando inocentes por ai ?
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Re: Até quanto o fluff interfere em seu jogo?

Mensagempor Youkai X em 20 Mai 2011, 15:41

Sim. Daí ele que arque com as conseqüências do resto da igreja dele, que aí sim poderiam caçá-lo, prendêlo e daí um jogador sem ficha XD
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Re: Até quanto o fluff interfere em seu jogo?

Mensagempor Lumine Miyavi em 20 Mai 2011, 15:42

Russel escreveu:
Youkai X escreveu:Pois é exatamente o que ocorre na 4e, onde os poderes divinos não vêm diretamente de um deus, e sim de rituais executados por membros da igreja/instituição religiosa.


perai. quer dizer que eu posso fazer um clérigo de pelor e sair chacinando inocentes por ai ?

Se existisse pelor na 4e, quem sabe?

Em tempo, eu recomendo que você leia, URGENTEMENTE, Eberron pra ver como um "deus" bondoso pode ter clérigos malignos SEM sair de seu dogma.

Editado: E exemplos não-extremos vão bem melhor que só existirem os lados de "santo da fé" e "completo babacão que sai fodendo a vida de alheios". =P
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Re: Até quanto o fluff interfere em seu jogo?

Mensagempor Russel em 20 Mai 2011, 15:49

Lumine Miyavi escreveu:Se existisse pelor na 4e, quem sabe?


ele existe na 4e. ta lá no livro do jogador

Lumine Miyavi escreveu:Em tempo, eu recomendo que você leia, URGENTEMENTE, Eberron pra ver como um "deus" bondoso pode ter clérigos malignos SEM sair de seu dogma.


francamente isso e algo que eu não consigo engolir.

"eu sou o deus da paz e do amor, mas meus clérigos são monstros sem coração"

realmente um deus cheio de moral ¬¬
Editado pela última vez por Russel em 20 Mai 2011, 15:53, em um total de 1 vez.
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