Spell RPG

Léderon, e quando os demais jogadores concordam que o jogador X precisa variar ou tão nem aí pra ele, acho válido o jogador X começar a reconsiderar algumas coisas.

Esses dias até tava comentando com o Joshua sobre que eu tava indeciso de fazer personagem e montei várias fichas diferente se na bagunça ele falando pra eu ficar com o monge humano que fiz, e ele disse que era pra eu variar mais, pq ultimamente peguei muito personagem elitista ou de classe mais elevada (social e financeiramente) enquanto esse meu monge seria um lutador de rua praticamente sem rumo e que convive com os rejeitados da sociedade (talvez até eu pense em fazê-lo ajudar as pessoas contra a opressão de criminosos ou autoridades abusivas, mas com pretexto de sempre arranjar adrenalina de lutas e objetivos street fighter da vida)

Não sei quantos dentre quem joga RPG são pessoas que tentam projetar a própria personalidade nos personagens; mas eu já fiz isso e ainda tento me desvencilhar, então imagino que haja mais gente na mesma situação. É um vício. Que, inclusive, vai contra a proposta de "interpretar" um personagem diferente. E não tô nem entrando no mérito de representar o personagem (o que é até fácil pra quem interpreta a si mesmo), mas de pensar a partir de uma outra visão de mundo.

E o cara só querer fazer só um tipo de personagem se torna um vício, também.
Mas há grupos que não se importam com isso; que o mestre também vive de reproduzir certos tipos de aventura e de npcs, e pros jogadores está bacana porque é aquilo que os diverte. Por outro lado, um grupo que possua uma maior diversidade de jogadores e um mestre que se importe com isso devem se resolver com o jogador vicioso. É um problema particular.

Pra mim é claro que quem se acomoda no uso dos estereótipos deixa de exercitar a parte criativa e abre mão de explorar a riqueza dum sistema, do cenário e do jogo. Ignora que seja possível se divertir de maneiras diferentes. É o cara que diz que não come beterraba porque, quando tinha nove anos de idade, experimentou e não gostou. Vide o exemplo do Nibe.

Então se você é um mestre que se preocupa com isso, converse com seu jogador e implante a ideia. Não é como se você estivesse estuprando alguém.

Russel escreveu:

_Virtual_Adept_ escreveu:Sim, porque o Mestre também tem direito a se divertir, de vez em quando.

Olha, os jogadores muitas vezes "forçam" o Mestre a narrar determinado sistema, em determinada ambientação, num determinado estilo. O Mestre querer que seus jogadores VARIEM de personagem de vez em quando é mesmo pedir muito?

querer ele pode. obrigar são outros 500

o mestre pode chegar pros jogadores e falar:" pô gente, que tal experimentar fazer uns personagens diferentes ? vocês podem gostar".

agora, chegar pro jogador e dizer:"você não vai fazer por que eu não quero", é flórida

Nesse caso, não acredito que o Mestre deva se ver obrigado a mestrar, também.

nem eu

Pô, eu meio que já recusei mestrar uma aventura porque os jogadores queriam hack'n'slash.
Houve outros fatores importantes, mas teve esse motivo no meio.

Youkai X escreveu:Léderon, e quando os demais jogadores concordam que o jogador X precisa variar ou tão nem aí pra ele, acho válido o jogador X começar a reconsiderar algumas coisas.

Esses dias até tava comentando com o Joshua sobre que eu tava indeciso de fazer personagem e montei várias fichas diferente se na bagunça ele falando pra eu ficar com o monge humano que fiz, e ele disse que era pra eu variar mais, pq ultimamente peguei muito personagem elitista ou de classe mais elevada (social e financeiramente) enquanto esse meu monge seria um lutador de rua praticamente sem rumo e que convive com os rejeitados da sociedade (talvez até eu pense em fazê-lo ajudar as pessoas contra a opressão de criminosos ou autoridades abusivas, mas com pretexto de sempre arranjar adrenalina de lutas e objetivos street fighter da vida)

O mesmo Joshua que tu comentou no chat que só faz variante de Kamen Rider, independente do jogo?

Pra mim é claro que quem se acomoda no uso dos estereótipos deixa de exercitar a parte criativa e abre mão de explorar a riqueza dum sistema, do cenário e do jogo. Ignora que seja possível se divertir de maneiras diferentes.

ou talvez o jogador simplismente esteja feliz com o seu "esteriótipo" e não tem vontade de fazer outro tipo de personagem.

eu já recusei a mestrar pra um jogador que sempre queria ser o Arthas.

LuizTroll escreveu:eu já recusei a mestrar pra um jogador que sempre queria ser o Arthas.

caramba e impressionante como ainda existem jogadores assim
Era bem capaz de eu fazer a mesma coisa com um jogador destes

Filho da P@#!
Faz um personagem direito seu Fresco do C!@##!@$#

Eu tive um problema assim com um jogador

Ele sempre fazia um Paladino altamente nobre, que agia com justiça ou um necromante.

e a etratégia dele era repetir o paladino ad nauseum e quando alguém reclamasse ele mudava para o necromante e repetia-o da mesma forma.

e o lance dele não era otimização nem nada, que quando feita de forma "gamística" me broxa deveras também. ele queria sempre ser um personagem destes simplesmente por que achava cool.
caso a ambientação fosse incompatível ele forçava a barra totalmente:
aventura policial "sou um policial que pensa que é paladino"

isso mudou quando eu passei a criar histórias de introdução do personagem, junto com os jogadores.

Antes da primeira seção sentávamos e conversavamos a respeito do que ele queria, do que eu queria e entravamos num consenso.

é incrível como aquele personagem superpoderoso e invencível quando criado como personagem com background fica mais jogável e fácil de se mestrar, visto que ele vai ter discipulos, mestres, inimigos, etc etc.

Lumine Miyavi escreveu:

Youkai X escreveu:Léderon, e quando os demais jogadores concordam que o jogador X precisa variar ou tão nem aí pra ele, acho válido o jogador X começar a reconsiderar algumas coisas.

Esses dias até tava comentando com o Joshua sobre que eu tava indeciso de fazer personagem e montei várias fichas diferente se na bagunça ele falando pra eu ficar com o monge humano que fiz, e ele disse que era pra eu variar mais, pq ultimamente peguei muito personagem elitista ou de classe mais elevada (social e financeiramente) enquanto esse meu monge seria um lutador de rua praticamente sem rumo e que convive com os rejeitados da sociedade (talvez até eu pense em fazê-lo ajudar as pessoas contra a opressão de criminosos ou autoridades abusivas, mas com pretexto de sempre arranjar adrenalina de lutas e objetivos street fighter da vida)

O mesmo Joshua que tu comentou no chat que só faz variante de Kamen Rider, independente do jogo?

Sujo falando do pseudo mal lavado . Mas o que ele disse foi exagero (em relação ele mesmo). Em mesas ele só fez variante de Kamen rider numa mesa de M&M temática dos anos 40 onde ele era um ciborgue japonês (um pouco a proposta dos kamen riders antigos, pelo que entendi), mas em outras mesas ele montou tipos diferentes de personagem, como o mago eladrin maligno da minha mesa paragon, o guerreiro durão e muito impetuoso (eu diria bem Leeroy Jenkins) na mesa online do Frost e agora um kenku vampiro fugitivo (de personalidade e tal só começando a mesa), além de ter feito inclusive um velocista bondoso e velho/experiente numa mesa de M&M. Então não, não é verdade que ele só faça variante de Kamen Rider em mesa independente de situação :p

3libras escreveu:e o lance dele não era otimização nem nada, que quando feita de forma "gamística" me broxa deveras também. ele queria sempre ser um personagem destes simplesmente por que achava cool.
caso a ambientação fosse incompatível ele forçava a barra totalmente:
aventura policial "sou um policial que pensa que é paladino"

This.

_Virtual_Adept_ escreveu:

3libras escreveu:e o lance dele não era otimização nem nada, que quando feita de forma "gamística" me broxa deveras também. ele queria sempre ser um personagem destes simplesmente por que achava cool.
caso a ambientação fosse incompatível ele forçava a barra totalmente:
aventura policial "sou um policial que pensa que é paladino"

This.

Isso aí, VA. Ainda bem que como mestre nunca peguei jogador assim (não nesse extremo de querer usar o mesmo tipo de personagem mesmo em sistemas/cenários muito diferentes). Entretanto a primeira vez que narrei 4e tinha um jogador que tive que dizer "nada de nome japonês pro teu ladino" e ele concordou, e fez lá o ladino (ele sempre joga com essa classe em D&D, mas já vi ele uma vez usar um druida e bem até) tiefling (raça que ele usou pela primeira vez). Até foi uma pena que ele tenha saído prematuramente daquela mesa.

Nossa, a reflexão do VA sobre o mestre querer se divertir e pedir que os jogadores variem um pouco me fez sentir tão menso sozilitário . Lógico que você não precisa variar forçadamente seu tipo de eprsonagem, mas apesar de algumas características que eu acredito que sejam comuns do jogador( eu por exemplo tenho fama de quase semrpe fazer personagens eloquentes, galantes e malandros) , variar conceitos, pecualiaridades, especialdiades do personagem não só não faz mal pra ninguém como tira um pouco aquela consciência de "eu só garanto meu nicho" .
Acho que é sempre elgal tentar inovar nos temas do jogo como mestre e incentivar os jogadores a fazerem personagens diferentes, porque experimentar persoangfens e poscionamentos diferentes é, pra mim, uma das grandes graças do RPG.

Concordco também com o que o Zé Melro falou a respeito de ter-se um compleox de fazer personagens que representem o jogador claramente, e que muita gente se prende a isso por muito tempo, mas acho que é uma coisa que varia de jogador pra jogador e normalmente passa com o tempo.