Versão Curta: é um mané. Nem é realmente preciso ler os artigos após ler os 3 pontos q ele descreve. Por mais dissociada que seja, se é um poder/fenômeno que só clérigos têm(só como um exemplo), ter um desses não estaria em interpretar meu role?Mesmo nos poderes mais nonsense e sem uma interpretação direta, estamos falando de UMA mecânica. Falar que a coisa toda não é rpg por causa disso além de retardado é contraditório. TODO sistema tem alguma mecânica mais disssociada, nem que seja pvs ou os abstratos(e nunca realistas) pontos de experiência. De acordo com ele, nenhum sistema é rpg, uau.
Agora, ele atenta para uma observação interessante. Dá mesmo para separar as mecânicas entre mais ou menos dissociadas, e entendo a raiva dele quanto as totalmente dissociadas. Mas isso diz respeito apenas à função da mecânica no contexto geral do jogo. Muita dissociação=ruim(ao meu ver), mas uma parte ruim ou subotimizada não desqualifica o todo; E os designers da 4e só optaram por esse caminho porque apesar dos contras há vários prós a favor do jogo.
Em outras palavras, o problema para ele não é que o sistema "tem uma associação direta com o cenário", mas sim porque ele quer que o livro perca tempo explicando os pormenores de cada habilidade para torná-las "associadas ao cenário". Ou, de forma mais simples: o cara não quer que os leitores usem a imaginação.
Discordo. Uma coisa não exige necessariamente a outra; Ter um fluff significativo não requer uma ficha explicando cada por menor da habilidade, nem precisaria de um fluff específico(se for pelo caminho do reskin). O ponto é que o sistema não incentiva tais interpretações, pelo contrário, incentiva a seguir estritamente os detalhes descritos do crunch(e apenas ele). A forma como é escrito e apresentado(e até mesmo os exemplos que os desenvolvedores liberaram, de como jogavam em suas mesas) não deixa muito espaço para interpretar os poderes ou reinterpretá-los. Explicando melhor, você dizer que sacou seu espelho para refletir um poder(cujo fluff diz ser um feixe de luz) não é o modo como o jogo foi projetado.
Dá para juntar as duas coisas, deixar livre para os jogadores/narradores interpretarem como quiser E manter impacto no jogo, é só o jogo levar em consideração o fluff usado(eu faço assim e dá certo). Você dar reskin num poder mágico de área para virar um golpe rodopiante deveria sim mudar muita coisa(se você está paralizado ou fisicamente delibitado não consegue; Mas seus bônus em dano melee e etc vão entrar). Não é difícil, de verdade não é. Poderiam sim ter feito o jogo mais flexível e menos dissociado...
na verdade é a wizards quem quer menos invenção e inventividade(quando envolveria crunch) dos jogadores. É só reparar como essa liberdade veio reduzindo nas edições. Ele dizer que d&d4e ñ é rpg é ridiculamente retardado, mas fingir que os poderes não são dissociados e meio vazios também é forçar a barra.
Ter a liberdade de dar o reskin que quiser é uma falsa liberdade se isso não altera NADA, sem qualquer impacto no jogo. Me lembra as opções de diálogo de Dragon Age 2, onde metade delas você tem escolhas que dão no mesmo desfecho. E têm sim problemas sérios de lógica e narrativa.
Tipo: "Deixa eu ver se eu entendi... durante os combates você salta 8m flutuando pelo ar enquanto atira flechas para todos os lados(skin/fluff), mas agora que tá tudo calmo você diz que não consegue flutuar até aquela pedra bem mais baixa ali?"