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O Youkai pediu para eu mestrar D&D 4E, usando o conceito de themes (que estão saindo agora para coisas mais genéricas que Dark Sun). Eu, que já estava com algumas ideias Steampunk encubadas, achei que seria uma ótima ideia usá-las... até começar a tentar executá-las.
O crunch de algumas raças está diretamente relacionado ao Points of Light (como o Fey Step, do Eladrin) e é bem difícil conciliar classes Divinas e Primais num cenário com um tema mais científico.
Então, acabei desistindo da ideia de mestrar Steampunk. Mas achei que a ideia poderia vir a se tornar aproveitável para o início de um projeto na Spell: o primeiro cenário de D&D 4E da Spell, com uma temática mais Steampunk.
Eu gostaria que o cenário proporcionasse uma experiência de descobrimento do novo, com os livros do Julio Verne (especialmente Viagem ao Centro da Terra), e também de experimentar os limites que a ciência, em conjunto com a magia, pode proporcionar. Ainda não pensei num tema unificador, acho que daria uma boa discussão inicial. Gostaria, também, que a magia fosse vista mais ou menos como em Eberron ou Full Metal Alchemist: fazendo parte do dia-a-dia, mas não sendo qualquer um que a conjura.
Sempre que for possível abstrair o crunch para ficar mais fácil de adaptar, gostaria que isso fosse feito. Por exemplo: em vez de criar estatísticas novas para a arma "Rifle", considerá-la mecanicamente idêntica ao Arco, e a classe "Pistoleiro" seria um Seeker ou um Ranger especializado em arco.

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Como o cenário é mais científico, acho melhor deixar a religiosidade no campo da especulação, sendo, inclusive, possível haver personagens ateus. Mas as classes Divinas terão poderes, normal. A questão é que os cientistas consideram isso apenas uma manifestação de magia oriunda do paradigma da fé da pessoa, sem haver nenhuma evidência real de que há um elemento divino por trás. Demônios e anjos podem existir, mas, novamente, poderiam ser explicados como manifestações do consciente coletivo. Se isso parecer forçado demais, podemos eliminá-los, ou torná-los manifestações físicas de outra coisa.
Personagens ressuscitados não teriam lembranças do período em que estiveram mortos, ou se tiveram seriam tão vagas/polêmicas quanto as EQM's.
Ainda não sei o que fazer quanto a outros planos de existência, se existirão ou não. Acho que isso mudaria profundamente o funcionamento de algumas raças (como o Eladrin). No entanto, se não existirem, já tenho uma ideia de como isolar Eladrins e Drows do resto do mundo sem recorrer a planos de existência alternativos:
Eladrins viveriam em cidades voadoras, muito bem escondida das vistas das raças terrenas. Poderiam fazer comércio com outras raças através de dirigíveis (que seriam os mais bem construídos do mundo), mas, de um modo geral, outras raças não podem pisar em suas cidades. O problema dessa abordagem é... como ficaria o Fey Step. Até pensei em transformar num Vôo, com o dobro do deslocamento do Eladrin, mas eu não sei se gostaria que eles fossem naturalmente capazes de voar.
Drows viveriam em cidades construídas abaixo do mundo, como normal, mas também em cidades subaquáticas. Não, eles não seriam anfíbios, mas muitas de suas cidades seriam construídos em ambientes pressurizados a vários quilômetros de profundidade. Por isso mesmo, eles teriam os melhores submarinos, ou talvez mesmo os únicos (seriam os "Capitães Nemo" do cenário).
(Fontes das imagens: http://browse.deviantart.com/?qh=§i ... k#/d25g51t http://browse.deviantart.com/?qh=§i ... n#/d1qfaz8