Spell RPG

Virtual, não quanto isso se encaixa, mas, sobre os tiefling: e se eles estiverem ligados ao colonialismo e à desigualdade social, coisas bem marcantes da era vitoriana?

Como é fantasia, e existe gonzo-tech aliada à magia (isso se magia já não for uma espécie de superciência), talvez alguma potência imperial humana tenha colonizado o que se conhece por... "Inferno". Talvez houvesse alguma matéria-prima muito valiosa por lá quando isso começou, mas tal recurso, atualmente, se encontra exaurido, o dinheiro parou de fluir para lá. As condições estão péssimas, e os tiefling, nativos do local (ou podem ser mestiços), estão imigrando para o centro do império em busca de uma vida menos de merda.

Eles resistem ao calor (fogo, whatever), logo, são ótimos para trabalhar nas abafadas fábricas vitorianas -- e se contentam com salários bem menores que os dos humanos. A reação humana é xenofóbica, e algumas religiões já foram rápidas em defini-los como "demônios", justificando o racismo.

(Claro que demônios humanóides ou mestiços não são a coisa mais científica do mundo. Mas em D&D rolam esses cruzamentos entre espécies que não se deveriam reproduzir -- talvez em vez de cortar por não ser suficientemente científico, seja mais interessante criar uma definição pseudocientífica própria para o caso desses cruzamentos que desafiam a lógica. Pois desafiam a lógica da nossa ciência, mas ciência em fantasia não precisa, necessariamente, ser igual à nossa.)

Eu acho que tem gente querendo misturar muita coisa num mesmo canto...

Por exemplo, não é porque certos elementoss conviveram numa mesma época que eles se encaixariam bem num mesmo cenário... O deslumbramento era marcado pelos gentlemen ala pedro II, mas estes completamente ignoravam os mais pobres. SE for para ter desigualdade social, boa parte do cenário vai ser de pobres e provavelmente o deslumbramento não vai ser algo tão presente...

Eu acho que os posts do VA tão tão "mais para eberron" que daqui a pouco vai ser só um eberron sem a last war... Fazer algo diferente seria um exercício de construção muito mais interessante...

As idéias do Nibe me parecem as melhores até agora.

Darksun e Ravenloft quebram muitos aspectos do que é ser "D&D", não vejo porque não poderiamos fazer isso também... Para mim ser D&D seria manter as raças e as classes. Ponto. O que elas representariam, aí é com a gente.

Uma idéia que eu estava tendo lendo os posts (e dando preferência ao que achei de interessante neles) É construir o jogo imaginando que os jogadores NÃO são naturais do cenário. Algo como Ravenloft. Por algum motivo, eles caíram numa espécie de bruma e foram parar lá. Por que? Porque assim daria muito mais espaço para a exploração e o deslumbramento...

Essa é a alternativa fácil, mas não a mais recompensadora. Se conseguíssemos Criar algum elemento que sustentasse essa mesmo idéia com personagens dentro do cenário seria perfeito. Mas, para isso, a magia não poderia estar ao acesso de todos, na verdade as cidades deveriam carregar claramente um sabor de "boriness", enquanto o mundo lá fora tem muito mais a ser explorado.

Colonialismo no inferno é ótimo.

Imagino também cientistas criando máquinas pra entrar em contato com a feywild, como aqueles experimentos feitos pra validar o espiritismo.

Talvez os eladrins pudessem ter sido trazidos de lá a força nesses experimentos no começo, o feystep poderia ser um mistério que esses mesmos cientistas ainda querem explicar.

Engenharia genética retrô, golens de carne, intrigas na corte, choque com o capitalismo, exploração de planetas/dimensões, viagens no tempo... é muita coisa interessante.

Por isso preferiria que se conversasse em termo de possibilidades de história antes de pensar em regras ou em enfiar dnd no cenario antes de tudo.

que tal um elemento mágico, assim, algo que tenha contaminado os tieflings?
tipo Mist de FF, Orihalcom, Ghost Stone, elerium-115, Zribite, lacrima, etc?

algo que torne a magia mais palpável para que seja usada na Ciência! (FOR SCIENCE!)
e tbm prá fugir do "uso de elementais" de Eberron, na construção das tecnologias

uso de elementais é uma das possibilidades em eberron, coisa de gnomo... Magia como tecnologia é o que mais tem lá...

Eu sou da corrente que tem que ter muito pseudo-science

Pro Pichu:
Considerando que mesmo em Eberron tem as dragonshards como "elemento mágico que facilita a vida e construção de engenhos mágicos" não vejo porque não.

Pro Shido:
A idéia dos tieflings serem os imigrantes ferrados de alguma camada do "Inferno" é uma das melhores até agora. Seriam um misto de operários/escravos de vida indigna com gente com algum charme ou encanto meio ciganos, que causaria um choque bem grande de culturas entre os humanos/anões e as levas desse povo forasteiro.

para todos:
Em que poderia ser dividido o cenário em termos de continentes e "mundos"? Um continente dos principais impérios, um continente mais místico/psíquico, uma região de selvas e as camadas do subterrâneo, além dos mares e mares abissais.

Sobre as raças:
Imagino os anões como um conjunto de povos possuindo desde impérios industriais a massas de imigrantes de baixa estirpe sendo explorados por senhores fabris humanos ou anões. Seus reinos seriam no equivalente a "Europa"

Tieflings:
Adorei a idéia do Shido, mas é difícil acreditar que eles seriam operários dóceis ou algo assim quando eles tem um poder racial que faz com que quem bata neles seja castigado por chamas. Comofas?

Isso me lembra da mitologia grega da série Percy Jackson onde os ciclopes eram mestres artesãos porque basicamente eram imunes a fogo. Mesmo sendo cidadãos de segunda classe, eles eram considerados os melhores na criação de coisas em meio a enormes labaredas das forjas.

Pode ter isso; mesmo um cidadão de segunda classe tem um certo valor indispensável, sabe, como foi no nosso mundo.

Será que vale a pena fazer tudo isso mesmo, mesmo? Para depois de 15 minutos de sessão o grupo ir para o centro da Terra brigar com tiranossauros?

Mas Gegê, eu ainda não vou usar esse cenário, justamente por conta de todo o preparativo que está sendo necessário desde que tive a ideia. Por enquanto, vou ficar no D&D feijã-com-arroz. Depois que já tiver uma base legal, aí eu testo.

Não é isso, eu acho contraproducente fazer 1600 anos de retrocesso histórico de 7 continentes... para uma campanha envolver viagens a lua e ao centro da Terra.

Uma coisa que eu percebi vendo projetos de RPG em geral é que eles não são feitos por serem de fundamental importância pra que se possa jogar RPG.

Eles são feitos porque é divertido.

Tou com o Darin nessa. Aliás, você mesmo(VA) falou que não vai usar agora, e vai ficar no D&D feijão com arroz; Então, quem busca os elementos mais marcantes do d&d 4e já tem uma ótima escolha: jogar o jogo normal. Geralmente, o que rpgistas buscam em cenários diferentes?

Novas experiências.

Se prender muito nas raças e tal do d&d 4e vai deixar tudo... familiar demais. Lembrando que familiar demais dá aquele gostinho de altamente derivado, pouco criativo, etc. Ao invés de explorarem as ruínas de um templo numa parte escura do cenário(pontos de luz) eles explorariam a mesma ruína no centro da terra; Ao invés de ter uma espada mágica flamejante teriam uma espada mecânica flamejante; Você mesmo falou em cortar gentlemans... no fim o feeling é quase o mesmo. D&D (e todos os jogos de fantasia inspirados nele, mesmo os eletrônicos) sempre foram sobre exploração, descoberta e desbravamento. Não mudaria quase nada, talvez só uma classe ou item diferente, um mudança estética e questões políticas(ex: "aqui os tiefling são escravos"), sendo que essa última parte já é o que mais acontece quando cada narrador faz sua interpretação dos pontos de luz.


Mas enfim, seguido o barco de 'usar as raças da 4e', dá para mudá-las ainda mais. Por exemplo, que tal Eladrins ainda mais faéricos? Ao ponto de sequer haver comunicação entre eles e o mundo civilizado, ao ponto do mundo civilizado considerá-los como animais/seres mágicos ao invés de uma raça inteligente? Claro, tanto de um lado(Eladrin) como do outro(Mundo civilizado e demais raças) haveria formas de comunicação... apenas seriam raras ou desconhecidas, ou desprezadas. Talvez um Eladrin que tenha quebrado as leis milenares e aprendeu a língua dos homens, ou quem sabe um mago com uma rara magia de tradução...


E lembrando daquele papo de itens mágicos(e personagens se livrarem de itens), será que rolaria de todo personagem poder ser meio inventor? Guerreiros saberem modificar suas armas, inventores mechas, magos parafernalhas tecnomágicas, atiradores ou rangers armas de fogo... enfim, os itens derivarem dos personagens(e à escolha dos jogadores).

Gegê

Não é isso, eu acho contraproducente fazer 1600 anos de retrocesso histórico de 7 continentes... para uma campanha envolver viagens a lua e ao centro da Terra.

O Youkai sabe melhor do que ninguém o quanto eu sou whatever-ísta. Não pretendo fazer histórico, ainda. Pretendo reunir ideias interessantes (como já falei antes: é um tópico de brainstorm) para DEPOIS encaixá-las num cenário coeso. Se for necessário levantar uma história do cenário para isso, que seja.

Lógico, não vou deixar que tudo se torne uma colcha de retalhos, como TRPG.

Vincer e Darin

Tou com o Darin nessa. Aliás, você mesmo(VA) falou que não vai usar agora, e vai ficar no D&D feijão com arroz; Então, quem busca os elementos mais marcantes do d&d 4e já tem uma ótima escolha: jogar o jogo normal. Geralmente, o que rpgistas buscam em cenários diferentes?

Eu concordo. Eu quero que tenha elementos diferenciais o bastante para ser um cenário novo e característico, ou eu não buscaria Steampunk, que é tão diferente do padrão D&D. O que eu quero são alguns elementos reconhecíveis, e não Points of Light com máquinas a vapor.

Por exemplo: eladrins à parte das outras raças, tieflings sofrendo preconceito, humanos como maioria... esse tipo de coisa. Mas eu quero que sejam coisas permutadas, pervertidas, modificadas para o novo contexto.

Acho que o shido pegou bem o espírito da coisa que eu estou buscando, por exemplo.

Por que não esquecer as raças básicas do D&D e partir para novas raças?
Sei lá, acho que já existem muitos cenários que preenchem o nicho elfos/anões/gnomos e companhia

Se for pra criar um cenário novo eu, por exemplo, gostaria de algo inovador, algo totalmente novo, me ateria à criação de novas raças, quem sabe novas classes?
Do jeito que estão descrevendo algumas idéias, ficou meio um Eberron modificado (Lembrando que Eberron é um ótimo cenário)

Tipo: Os tieflings aqui são escravos, Os elfos são astronautas, os anões são metalúrgicos
Eu não gostaria deste tipo de cenário (eles já existem aos montes)e u queria ver algo novo

Tenho jogado Final Fantasy XIII e sou bastante fã das ambientações da serie, sempre curto os novos cenários que eles criam, Cocoon e Gran pulse me prenderam bastante, assim como Spira em Final Fantasy X, os caras normalmente inovam bastante...

Rain escreveu:Eu não gostaria deste tipo de cenário (eles já existem aos montes)e u queria ver algo novo

Eu gostaria.

Rain escreveu:Tenho jogado Final Fantasy XIII e sou bastante fã das ambientações da serie, sempre curto os novos cenários que eles criam, Cocoon e Gran pulse me prenderam bastante, assim como Spira em Final Fantasy X, os caras normalmente inovam bastante...