E Kasuya, não adianta suporte para classes quebradas. Precisa dar um jeito nelas antes!
No desespero, apega-se com tudo que te der qualquer esperança.

Para ser mais específico,estou me referindo a lista de Talentos,Perícias,Combate e as magias.
Magias: Mesma merda. Essa foi pra chorar.
Combate: Similar, mas tem talentos que deixa o combate um pouco mais estratégicos e tal. Mas nada tão dramatico. Os BMC (Bônus de Manobra de Combate) é uma espécie de BBA para manobras como agarrar, desarmar, etc... Simplifica um pouco as coisas, mas é inútil. Não tem como deixar essa regra palpável no D&D. Não oficialmente.
Perícias: Sem dúvida, a melhor mudança. Fizeram o favor de aglutinar muitas perícias similares, tiraram as complicações de 1/2 graduação, sinergia e bla bla bla que te mantia horas foleando o livro para acertar as contas. Contudo, olhando depois a ficha da 4e, percebo que dava para enxutar ainda mais as perícias. Quanto ao Fly, achei legal a idéia de começo, mas eu tomaria o caminho da 4e: praticamente aboliria de vez essa frescura de voar. A princípio é um efeito mágico legal, mas só atrapalha. Parafraseando com a obra que está dentre as que mais influenciaram o D&D, em Senhor dos Anéis ninguém sai voando por ai e nem por isso ninguém deixa de achar a obra boa. Um único elemento high fantasy indo pro saco não acabaria com o jogo. Definitivamente.
Talentos: Nesse ponto, melhorou e piorou. Melhorou porque agora tem-se mais opções do tipo "nossa, que talento legal, quero pegar esse" (coisa que no 3.5 praticamente não acontecia sem suplementos, aos quais costumavam exagerar um pouco). Mas piorou porque só acentuou o problema estético da "árvore de talentos". Se no D&D você chegava a passar horas projetando como seria a grade de talentos que o personagem iria pegar nível a nível para conseguir pegar "aquele" talento o mais cedo possível (coisa de 12º nível, geralmente), agora você pode chegar a passar a tarde inteira nessa desgraça. Como se talento resolvesse os problemas dos não-conjuradores.
Classes de combate direto ganham bonus mixurucas como um crítico ou +1 dado no dano, uma vez por dia.
Bom, lembro-me bem de ter lido o Pathfinder e vi claramente que esses bônus eram permanentes. Onde você viu que era uma vez ao dia?
Destaque pro Master Craft(..)
Cara, esse era um talento que todo mundo considerava uma boa idéia, mas com uma aplicação ridícula. Eu achava que sso não tinha passado dessa forma na versão final. Tanto que tinha gente reclamando disso.
(...)modifica o sistema de magia inteiro, diminuindo drasticamente os circulos de magia (digamos para 6), troca as magias por dia para magias por encontro, remove/modifica magias muito poderosas.
Que parte do "o sistema vanceano de magias é uma holy cow" você não entendeu?
Lembrando que boa parte do público alvo são old schooler, muitos chegaram a me dizer exatamente isso:
"você é louco em achar que eles deveriam mudar o sistema de magias". Os próprios autores eram taxativos ao dizerem que não mudariam o sistema de magias e que isso estava fora de cogitação. Pra mim? Isso foi MEDO de perder a clientela. Nesse ponto eu adorei a 4e. Ela não teve medo de jogar as holy cows no saco, doa a quem doer.
Esse é só um exemplo. Para não parecer house rules, tem que ter mudanças drasticas e ideias inovadoras.
Reiterando: as holy cows tinham que estar lá (ainda que de forma maquiada), eles teriam medo de lançar o jogo de outra forma. Alterações drásticas não combinam com holy cows, definitivamente.
Lembre-se bem quanto tempo a WotC levou para se livrar do sistema vanceano e você uma idéia do que o pessoal da Paizo deve ter passado ao tomar essa decisão de manter o sistema.
1- Muita gente reclamou
Sempre tem os "reclamãos" de plantão. Mas no geral a 3.5 foi muito bem aceita ao meu ver. Ou você preferiria a 3.0?
2- Quem tinha a 3.0 nem comprou a 3.5, porque viu que não valia a pena, visto que as modificações eram pequenas. Comprar a 3.5 valia a pena pra quem não tinha a 3.0. Acredito que é o mesmo caso com o Pathfinder.
Todos, repito, TODOS os jogadores que eu conheci/vi/presenciei de alguma forma que iniciaram com o 3.0 (e nós começamos a jogar 3.0 desde o início) passaram para a 3.5. Eu me lembro muito bem de que eu tinha esse pensamento também: "ah, vou nem atrás do 3.5 porque é só o 3.0 melhorado". Mas depois que eu dei uma lida nele me vi sem qualquer possibilidades de continuar jogando o 3.0 e creio que isso aconteceu com todo mundo que estava no 3.0.
Já no caso do pathfinder, desde que você não se importe com o sistema vanceano de magias e definitivamente não goste da 4e, até vale a pena sim comprar. O PdF são 10 dólares e, com certeza, será possível mais cedo ou mais tarde arranjar o PdF "pirateadamente" de graça...
Você mesmo falou que eles são uma empresa profissional, se não conseguem equilibrar, não vale a pena! Eu citei um exemplo hipotético de como seria possivel equilibrar, você está me dizendo que uma equipe profissional, trabalhando meses nisso não consegue equilibrar o jogo?
Com o sistema vanceano? Eu não julgo a competência deles. Mas ainda que eles fossem muito, muito bons, eu continuaria duvidando da capacidade deles (e de qualquer um) de balancear o sistema vanceano. Eles se obrigaram a isso (ou os fãs obrigaram psicologicamente), e vão arcar com essas consequências.
De qualquer forma, eu considero as classes combativas bem mais equilibradas entre si e as classes full-casters mais equilibradas entre si. Mas casters equilibrados com combatentes com o sistema vanceano só com um milagre (e dessa vez, ele não gasta XP).
Os talentos têm uma PORRADA de exageros, como ganhar 20% de ocultamento ao se mover (árvore de Esquiva), entre outros absurdos. Tudo isso ao lado de um talento Vontade de Ferro Aprimorada, que te permite, UMA VEZ AO DIA, re-rolar um teste de Vontade. Caro e inútil.
Nesse ponto eu concordo. Tem muitas bizarrices. O dos 20% de ocultamento eu tenho certeza que é culpa do bruxo que tem um poder idêntico. Como colocar isso como poder de classe ia ficar muito descarado, eles colocaram como talento.
De certa forma, não acho de todo mau. Creio que seria viável criar talentos na 3e que concederiam habilidades mágicas e/ou sobrenaturais. O problema é a descrição ser, digamos, MARCIAL. É como disse o madruga: "árvore de esquiva".
O do "role 2 vezes um TR específico 1/dia" também foi um talento muito reclamado e creio que na versõ final ela foi corrigida. Lembro-me que eles até lançaram uma prévia de uma versão mais útil desse talento pra galera opinar, mas não lembro nem de longe como erra ele... =/
Pathfinder não conserta NENHUM PROBLEMA da edição 3,5.
Visto que o maior problema do 3.5 (comporta, mais ou menos 80% dos gradiosos problemas do 3e e ouso dizer que chega a 95% se o único ponto de vista de análise for o do equilíbrio) é o sistema de magias, concordo plenamente contigo. Mas, como da 3.0 para a 3.5, até que houve suas melhoras sim.

Acho exagero você dizer que não resolveu NENHUM problema da 3e (veja as perícias, até que foi um concerto decente), mas concordo que ele parece mesmo D&D 3.5 (creio que essa tenha sido a intenção).