Spell RPG

Esse cenário provavelmente é a "cara" mais conhecida e D&D. Mesmo assim, sei pouco sobre ele (e a maioria através de folhar livros nas lojas e jogar Neverwinter Nights).

Eu sei que existe um trama, bárbaros Uthgarde, magos vermelhos escravocratas, bárbaros Uthgarde, e que a encarnação para a 4e é bem controversa - mas nada muito profundo.

Então, por que esse cenário dentre tantos foi o que marcou e sobrevive até hoje a pleno gás?

Apenas por uma sadia precaução: Não, Magos Vermelhos de Thay não são Comunistas e isso não elo algum como o "Red Fear" que ocorreu nos EUA durante a Guerra Fria. E Sembia/Cormyr não são representações fantásticas dos EUA. Acreditem, eu já li esse tipo de comparação aqui na Spell.

Então, por que esse cenário dentre tantos foi o que marcou e sobrevive até hoje a pleno gás?

Apresenta uma variedade de ambientes clássicos de Fantasia bem detalhados, uma soma considerável de NPCs carismáticos, teve o suporte de diversas "novels" ( de qualidade dúbia ) que trouxeram e mantiveram fãs delas ao cenário de RPG e representava muito bem o tipo de "Fantasia Mais Cute-Cute" que a TSR buscava a partir da metade dos Anos 80 ( período onde D&D era alvo de grupos religiosos devido ao seu conteúdo de Dark Fantasy - e o usual puritanismo maluco de alguns grupos cristãos que viam Satã até em shampoos ).

E fãs idiotas dedicados. Muitos deles.

e que a encarnação para a 4e é bem controversa

Muita gente reclamou da adaptação do cenário para a 4e, principalmente pelo fato do cenário ter que se adaptar ao sistema e não o contrário. Postura que foi revista, por exemplo, com o advento de Darksun.
Do ponto de vista mecânico, eu acho que deram mesmo uma forçada de barra na entrada de raças pouco usuais no cenário (eladrins, dragonborns, tieflings, etc) por exemplo, embora pra mim isso tenha sido uma modificação menor, já que o cenário foi lançado num curto período após o lançamento do sistema.
A história do cenário, ao contrário, sofreu alterações bastante complexas. A destruição da trama, loucura dos arcanos mais antigos e poderosos, a praga mística, e a mudança política dos reinos. Sinceramente pra mim todas estas alterações foram completamente previsíveis. Tenho uma campanha da 3e inteira pra provar isso. De tudo o que ocorreu na 4e, 80% eu já havia previsto nesta campanha. Era mesmo um caminho óbvio a se seguir.
O que me faz perguntar se eles não roubaram minhas idéias.

Existe muita coisa interessante no cenário além dos livros básicos. A maioria está nas novels e nos suplementos específicos detalhando pequenas vilas e cidadelas dos reinos, assim como várias pequenas organizações espalhadas. Daquilo que foi disponibilizado no site da wizards para a 3e, uma fração foi traduzida pelo UDG. São boas histórias que me fizeram me interessar ainda mais pelo cenário.

Admito que joguei pouco, mas o que me parece é que em Forgotten em todo o canto tem um NPC pronto pra roubar a cena de você.

Mas como eu disse, PARECE. Tenho meio que trauma desse cenário.

Acho que o grande ponto positivo era mesmo o material descritivo, que exisita às pencas. Além de, como já foi dito, termos praticamente qualquer coisa em forgotten.

Claro que os NPCs podiam ser uma bênção ou uma maldição conforme o mestre os colocava. Eles podiam ser aqueles super-heróis lá em cima, que quando você interage você se sente "conversando com gente grande". Ou eles podem ser a saída fácil para um problema que o mestre colocar, sendo usados continuamente como muleta.

Eu posso falar de FR para AD&D. E só.

O que eu gosto? A quantidade de material para o cenário. São tantos livros, que acabam descrevendo (quase) tudo detalhadamente. O tamanho de Toril. A quantidade de Deuses.

O que eu não gosto? A relação linha do tempo X tecnologia. Alguns NPCs (Mas isso nunca foi problema pro meu grupo. Basta eles não trombarem com esse npc.)

Tem mais coisas, mas a principio são essas. E como eu sei que mudou muita coisa na história do cenário quando mudou de ad&d pra 3d&d, então, paro por aqui.

Nunca tinha jogado FR até a 4e, agora estou jogando com um grupo fanático pelo cenário, o que eu tenho gostado até agora? Posso jogar com praticamente qualquer coisa de qualquer livro sem ter que inventar uma desculpa mirabolante e um background gigantesco apenas para justificar minha escolha. Lendo os livros da 4e apenas gostei da interação que ocorre no cenário e dessa guerra de Netheril contra o resto do mundo. O que eu não gosto é justamente ser lembrado a cada 5 minutos de que na esquina tem um cara que pode me ferrar só com um olhar torto...

Eu gosto do "feeling" to cenário, high magic e tals.
Eu não gosto que em toda mudança de sistema acontece um desastre de proporções épicas pra justificar.

De uma maneira geral, não gosto de FR. Muito high-magic pro meu gosto, NPCs com mais destaque do que deveriam... e um mundo expandido DEMAIS. Odeio a sensação de que preciso ler 400+ páginas só pra ter uma noção geral do mundo, que dirá se eu quiser me aprofundar em uma região em específico.

Mas gosto de alguns dos romances da época do AD&D. A trilogia de Cormyr ainda é uma das minhas leituras de fantasia preferidas até hoje. Até mesmo o primeiro livro de Elminster é bem legal. A trilogia Azure Bonds também.

E como eu sei que mudou muita coisa na história do cenário quando mudou de ad&d pra 3d&d, então, paro por aqui.

Salvo alguns retcons de pequena escala e um avanço de cerca de um ano entre o último livro publicado para Forgotten Realms para AD&D 2e e D&D 3e, FR mudou muito pouco entre 2e e 3e - ao menos para alguém que acompanhava o que era lançado nesse período. Para brasileiros que viram a Boxed Set e Forgotten Realms: Campaign Setting, a mudança de fato parece maior.

Admito que joguei pouco, mas o que me parece é que em Forgotten em todo o canto tem um NPC pronto pra roubar a cena de você.

Mas como eu disse, PARECE.

Isso se deve, além da estupidez e falta de noção usual de Mestres, ao fato de quase ninguém se lembra de uma das "sidebars" mais importantes de Forgotten Realms, a "The Concerns of the Mighty" da página 84 do FRCS.

Eltor Macnol escreveu:De uma maneira geral, não gosto de FR. Muito high-magic pro meu gosto, NPCs com mais destaque do que deveriam... e um mundo expandido DEMAIS. Odeio a sensação de que preciso ler 400+ páginas só pra ter uma noção geral do mundo, que dirá se eu quiser me aprofundar em uma região em específico.

Essa foi uma das coisas que a 4e tentou mudar sendo pouco descritiva e muito mais direta. Isso foi abraçado por uns e criticado por outros.
Eu gostei disso. Agora mesmo um iniciante pode pegar os livros e logo mestrar uma campanha sem ter que vasculhar tudo para saber um pouco.

Sério?

Huh.

Se um dia meu interesse por FR ressurgir, dou uma chance a eles.

Eu curto Netheril, mas acho que sequer ainda faz parte do lore de FR.

Bah, verdade. Esse livro ainda tá disponível de graça no site da WotC?

Acho que deve estar ainda. Eu baixei todos os livros de FR 2e que eles disponibilizavam.

Em algum deles tinha até uma aventura para personagens épicos cujo objetivo era juntar materiais arcanos para o Karsus' Avatar.
Um componentes era uma glândula do Tarrasque.

Haha, agora lembrei porque eu adoro FR, high magic everywhere.