Vampiro: A Máscara-Edição Especial de 20 anos

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Re: Vampiro: A Máscara-Edição Especial de 20 anos

Mensagempor Deicide em 24 Abr 2011, 18:36

Lumine Miyavi escreveu:Mago também é bem injogável, especialmente nas primeiras duas edições. Se bem que eu jogando / mestrando Mago foi mais para "Supers em Storyteller".

Nível de "Verbena usando pistola de raios com espírito de paradoxo como combustível" de ir contra o fluff.


Bem, levando em conta que, de acordo com os livros oficiais, você podia ser um xamã em Marte lutando contra uma invasão de horrores alienígenas ao lado de um marine espacial tecnocrata, eu não diria que você estava indo contra o "fluff" de mago...

Quero dizer: o jogo tinha coisas como ciborgues ala Exterminadores do Futuro imunes a magia. Ele era meio que voltado a todo tipo de jogo, do seríssimo ao ridículo.
Há incontáveis séculos, houve um reino, Eussey-lah seu nome, que se estendeu por todas as terras do mundo conhecido. Esse tempo acabou quando o rei-destino, Khem, enlouqueceu e quase levou o mundo à ruína. Sete heróis e um oráculo o impediram.

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Re: Vampiro: A Máscara-Edição Especial de 20 anos

Mensagempor Lumine Miyavi em 24 Abr 2011, 18:38

Deicide escreveu:Bem, levando em conta que, de acordo com os livros oficiais, você podia ser um xamã em Marte lutando contra uma invasão de horrores alienígenas ao lado de um marine espacial tecnocrata, eu não diria que você estava indo contra o "fluff" de mago...

Quero dizer: o jogo tinha coisas como ciborgues ala Exterminadores do Futuro imunes a magia. Ele era meio que voltado a todo tipo de jogo, do seríssimo ao ridículo.

Sim, mas os livros e o core se levavam a sério, até em níveis extremos. E colocar um xamã de marte que usa drogas recreativas do lado de um padre fervoroso, um hacker da realidade e um nihilista emo como grupo coeso também não é muito... fácil.
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Re: Vampiro: A Máscara-Edição Especial de 20 anos

Mensagempor Elven Paladin em 24 Abr 2011, 19:08

Mago também é bem injogável, especialmente nas primeiras duas edições.


Mago tem uma primeira edição bem fraca, a ponto dos próprios autores admitirem que a maioria das regras dele não eram bem explicadas e não faziam muito sentido, mas a segunda edição não apresentava nenhum problema que dificultasse o jogo - na verdade, era até mais "fácil" do que a Edição Revisada, onde na 2e conflitos pululavam em todos os lugares: Na realidade material, no mundo astral (Epifanias, Idéias e o Sonhar), na Umbra (Seja no Espaço, seja nas grandes Capelas, seja dos infinitos Domínios e Reinos que havia ali e eram relativamente fáceis de se explorar com alguém com Espírito 3), nas Shadowlands (A intersecção de Mago e Wraith), o Universo era um gigantesco playground de aventuras.

E colocar um xamã de marte que usa drogas recreativas do lado de um padre fervoroso, um hacker da realidade e um nihilista emo como grupo coeso também não é muito... fácil.


Na verdate, não é mais dicífil do que unir um Elfo Paladino Idealista, um Humano Necromante, um Halfling Ladino e uma Barda Sedutora em D&D.

As próprias Tradições sabem que são um grupo de pessoas díspares (Todo Mago é uma pessoa com muita força de vontade e fé - ou seja, teimoso e certo do seu caminho), com ideais muito diferentes unidos por 3 elementos: Sobrevivência contra a Tecnocracia (o mais importante - o Conselho só surgiu devido ao avanço da Ordem da Razão), Preservar o Conhecimento Mágico (De novo, as Tradições são muito diversas, mas todas concordam que a magia existe, tem diversas facetas e todas elas estão tendo sérios problemas com o paradigma tecnocrático) e o Ideal da Ascensão (Todas concordam que ela tem que acontecer e que toda humanidade tem que Despertar). Além disso, as Tradições se uniam devido a ameaça externa dos Nephandi e Marauders, que era grande até a ocorrência da Avatar Storm (A presença desses dois é forte o bastante para por um fim nas hostilidades entre Tecnocratas e Tradicionalisas).
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Re: Vampiro: A Máscara-Edição Especial de 20 anos

Mensagempor Kasuya em 24 Abr 2011, 23:53

Sobre o Vampiro, bom, o que eles puderem fazer para continuar lucrando com a coisa é válido pra eles, né?

Eu fico com as novas ambientações do nWoD, obrigado, acho que A Máscara já deu o que tinha que dá.

Mas discordo com o Elven numa coisa:

Também acho o Lobisomem: O Apocalipse ainda pior. Mecanicamente, eu creio que isso é indiscutível.

Agora em termos de Fluff, putz, vai ser maniqueista assim na China! Pow, isso é D&D ou Mundo das Trevas? Nem falo da síndrome de "Capitão Planeta", não vou nem falar muito sobre o quanto eu acho absurdamente ridículo o nome "Empresas Pentex" (sério, parece até que foi feito para não ser levado a sério). Mas, pow "nós somos o bem, a Wyrm é o mal" foi o fim. Você pode até dizer que há um joguinho de poder aqui, rixa entre tribos ali, mas, no geral é quase nada frente ao tema central do livro básico: "vai, Planeta!".

E a licantropia, nem de longe parecia uma maldição (no caso de vampiro: a Máscara também, não, mas você sentia em alguns momentos). O lance da Fúria aí é meio irrisório. Aliás, eu sempre achei a coisa mais estranha do mundo você ter total controle sobre a sua forma Crinos. Quer dizer, o tema mais básico de lobisomem que é você lutando contra si mesmo, temendo, a cada noite de lua cheia, que você mate seus amigos e entes queridos foi simplesmente pro saco. E fim do clima de tensão entre a matilha.

Pior: ler o Lobisomem: Os Destituídos, me fez odiar ainda mais o Apocalipse, porque eles conseguiram fazer um jogo sobre lobisomens tenso, que você PERDE o controle ao se transformar (ainda que parcialmente, em alguns casos), que você não é o "salvador da natureza", mas nem de longe (você tá mais pra o sobrevivente da "lei do mais forte" e foda-se quem se deu mal), dentre outras coisas.
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Re: Vampiro: A Máscara-Edição Especial de 20 anos

Mensagempor Lumine Miyavi em 25 Abr 2011, 00:01

Kasuya escreveu:Agora em termos de Fluff, putz, vai ser maniqueista assim na China! Pow, isso é D&D ou Mundo das Trevas? Nem falo da síndrome de "Capitão Planeta", não vou nem falar muito sobre o quanto eu acho absurdamente ridículo o nome "Empresas Pentex" (sério, parece até que foi feito para não ser levado a sério). Mas, pow "nós somos o bem, a Wyrm é o mal" foi o fim. Você pode até dizer que há um joguinho de poder aqui, rixa entre tribos ali, mas, no geral é quase nada frente ao tema central do livro básico: "vai, Planeta!".

Cara, isso é parcialmente remediado em... qualquer suplemento além do livro básico. Quando mostram que boa parte da descrição dos clãs, matilhas e whatever são do ponto de vista deles.

Fora dessa autopropaganda, os lobisomens SÃO os mais babacas de todos metamorfos! E eles lutam uma guerra perdida, por pura cabeça-dura!
Kasuya escreveu:E a licantropia, nem de longe parecia uma maldição (no caso de vampiro: a Máscara também, não, mas você sentia em alguns momentos). O lance da Fúria aí é meio irrisório. Aliás, eu sempre achei a coisa mais estranha do mundo você ter total controle sobre a sua forma Crinos. Quer dizer, o tema mais básico de lobisomem que é você lutando contra si mesmo, temendo, a cada noite de lua cheia, que você mate seus amigos e entes queridos foi simplesmente pro saco. E fim do clima de tensão entre a matilha.

"Controle total" quer dizer entrar involuntariamente e fúria alta, comer um colega de grupo. Era hilário.

PS: ...mas a licantropia dos garou NÃO É uma maldição, man.
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Re: Vampiro: A Máscara-Edição Especial de 20 anos

Mensagempor Madrüga em 25 Abr 2011, 00:05

Lumine Miyavi escreveu:PS: ...mas a licantropia dos garou NÃO É uma maldição, man.


Tipo, se o entendimento da premissa está meio torto... XD
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Re: Vampiro: A Máscara-Edição Especial de 20 anos

Mensagempor GoldGreatWyrm em 25 Abr 2011, 00:07

Lobisomem era uma desculpa para tu ser fodão e explodir coisas e cravar suas garras nos infiéis e comer vampiros no café da manhã.
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Re: Vampiro: A Máscara-Edição Especial de 20 anos

Mensagempor Lumine Miyavi em 25 Abr 2011, 00:15

GoldGreatWyrm escreveu:Lobisomem era uma desculpa para tu ser fodão e explodir coisas e cravar suas garras nos infiéis e comer vampiros no café da manhã.

E usar nodaichis, grande klaives e fuzis de assalto! \o/
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Re: Vampiro: A Máscara-Edição Especial de 20 anos

Mensagempor Elven Paladin em 25 Abr 2011, 00:22

Agora em termos de Fluff, putz, vai ser maniqueista assim na China! Pow, isso é D&D ou Mundo das Trevas? Nem falo da síndrome de "Capitão Planeta", não vou nem falar muito sobre o quanto eu acho absurdamente ridículo o nome "Empresas Pentex" (sério, parece até que foi feito para não ser levado a sério). Mas, pow "nós somos o bem, a Wyrm é o mal" foi o fim. Você pode até dizer que há um joguinho de poder aqui, rixa entre tribos ali, mas, no geral é quase nada frente ao tema central do livro básico: "vai, Planeta!".


Eu sei que posso soar ofensivo, mas... você leu Lobisomem? Vamos relembrar os feitos principais dos Garous durante a história:

1. Guerra da Fúria - Os Garous não só perderam os maiores aliados que eles poderiam ter como ou exterminaram algumas raças metamórficas (Grondr, Apis), quase extinguiram algumas (Gurahl) ou ganharam ódios eternos por isso (Bastet, Ratkin).

2. Imperium - Não contentes em reduzir significativamente quase todas raças metamórficas, os Garous dominavam os humanos com unhas e dentes como seu "Rebanho" até que os "Macacos Pelados" se rebelaram.

3. Queda dos White Howlers e Ascensão dos Black Spiral Dancers: Mais um grande feito dos Garous, uma tribo inteira se corrompeu para a Wyrm e os Garous não fizeram nada enquanto ela era pequena e poderia ser vencida porque estavam gastando seu tempo com conflitos internos.

4. Conflito entre os "Puros" e as 'Crias da Wyrm": Okay, eles ferraram os "Fera", por que não matarem uns aos outros?

5. Segunda Guerra da Fúria: Camatotz extintos, o conflito com os Puros continuou e se extendeu até os outros Feras até que a "Storm-Eater" apareceu e uma tribo toda de de Lobisomens se sacrificou.

6. Guerra das Lágrimas: Bunyip extintos por adivinha quem? Garous.

Essa é em resumo, a história dos Garous. Notou que a Wyrm não influenciou em quase nada nisso ? Os próprios Garous sozinhos foderam epicamente tudo que eles tocaram e se meteram. Com uma história como essa, há ótimos motivos para pensar quem de fato são os 'Vilões" da linha Lobisomem.

E a licantropia, nem de longe parecia uma maldição (no caso de vampiro: a Máscara também, não, mas você sentia em alguns momentos).


Virar um Lobisomem não é uma maldição. É ser um "Escolhido por Gaia".

E eles lutam uma guerra perdida, por pura cabeça-dura!


Na verdade, eles lutam porque não resta mais ninguém além da Wyrm ou da Weaver (depende da Tribo) para eles espancar. Vide a história acima. :b
Editado pela última vez por Elven Paladin em 25 Abr 2011, 00:51, em um total de 1 vez.
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Re: Vampiro: A Máscara-Edição Especial de 20 anos

Mensagempor Joshua_Crow em 25 Abr 2011, 00:37

E os Corax lá, inventando a pipoca. :pipoca2:
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Re: Vampiro: A Máscara-Edição Especial de 20 anos

Mensagempor Kasuya em 25 Abr 2011, 01:03

Cara, isso é parcialmente remediado em... qualquer suplemento além do livro básico.


O que nos leva a outro fator terrível do jogo: a profunda desorganização conceitual. Muita gente alega exatamente isso: o jogo só com o básico não é o jogo, você precisa de mais material para não ficar nessa merda. Só que, poxa, eu tenho mesmo que ir atrás de suplementos para o jogo? Quer dizer, o jogo básico, não deveria ser o suficiente para eu jogar?

Pessoalmente, só usei o livro básico do lobisomem. Já foi o suficiente para mim.

Fora dessa autopropaganda, os lobisomens SÃO os mais babacas de todos metamorfos! E eles lutam uma guerra perdida, por pura cabeça-dura!


Hey, só essa autopropaganda de "nós somos o bem, Vai Planeta!" já faz eles parecerem os mais babacas de todos os metamorfos.

"Controle total" quer dizer entrar involuntariamente e fúria alta, comer um colega de grupo. Era hilário.


A grande piadinha sobre lobisomem era: "a forma Crinos resolve tudo, você pode se transformar para abrir uma lata de azeitona, caso esteja com azar no teste de força".

Claro que tem o frenesi e tal, assim como em vampiro. Mas por padrão, eu via muita gente se transformando levianamente e sem se preocupar muito com isso. O caso da fúria alta, tipo, tudo bem, é um problema, mas é algo que você pode administrar. É uma estatística variável na sua ficha afinal de contas. Isso ficou bem melhor nos Destituídos, quando você tem um tempo limite por cena para ficar na forma com controle parcial e todo o resto da cena, só se for sem controle nenhum (tipo, deu aquela sensação de "hey, é disso que eu tou falando!"), porque você não tem uma estatística para administrar sua chances de perder o controle aumentar ou diminuir.

PS: ...mas a licantropia dos garou NÃO É uma maldição, man.


O livro tenta fazer parecer que é, contudo. Veja, quando eu digo maldição, não penso em algo como vampiro "ha, agora você é um condenado por toda a eternidade porque EU te transformei em um". Eu penso em algo como "puta merda, agora que eu sei quem eu sou (e o cenário ao meu redor também) eu tou ferrado e meus entes queridos e companheiros também". Ou seja, a ideia de que, apesar de tudo, é ruim ser lobisomem.
Esse clima o livro tenta passar, mas de fato, no jogo, não parece ser nada mal ser um lobisomem. Quer dizer, que se dane o Apocalipse, sendo humano ou não, eu já não teria que evitar mesmo....

Eu sei que posso soar ofensivo, mas... você leu Lobisomem?


Bah, não tá sendo não. Eu é que fui meio agressivo com os lobinhos. =)

Mas sim, eu li, embora certamente eu deva lembrar de muito pouco da história, porque eu já fui "não gostando" a medida que eu ia lendo.

Essa é em resumo, a história dos Garous. Notou que a Wyrm não influenciou em quase nada nisso? Os próprios Garous sozinhos foderam epicamente tudo que eles tocaram e se meteram. Como uma história como essa, há ótimos motivos para pensar quem de fato são os 'Vilões" da linha Lobisomem.


Mas cara, esse não é o ponto. Veja bem. No contexto histórico, com certeza os Garous fuderam tudo. Mas do ponto de vista do "agora", o que nós temos: Garous x Empresas Pentex. Ou Garou x Vampiros. Ou Garous x [qualquer coisa que o Capitão Planeta lutaria contra]. Se você não se atentar ao passado, tudo que nós temos é uma luta polarizada entre "nós" e "eles", não interessando quem seja o lado mal. Isso, pra mim, não é nem de longe o clima que um jogo de WoD gostaria de passar, mas foi um efeito colateral do jogo, infelizmente.

Na verdade, eles lutam porque não resta mais ninguém além da Wyrm ou da Weaver (depende da Tribo) para eles espancar. Vide a história acima.


E o pior é que isso tem um fundo desgraçado de verdade. Se eles são "o bem", eles precisam de um "mal" para lutar.


PS: outra coisa que eu não disse, mas eu detesto absolutamente: o lance de Tribo == Raça (no sentido de que você NASCE daquela tripo, filho de um membro daquela tribo). Como se tribo não fosse um sistema social e sim genético, ainda mais no mundo globalizado como o do antigo WoD. Além de ser meio idiota (e se eu não concordar com os preceitos da tribo?), é meio limitador (ora, qual o problema com um Cria de Fenris negão?). Em vampiro: a Máscara, pelo menos, os Clãs podem se dar ao luxo de seguirem uma linha ideológica específica porque o Abraço é uma escolha. Tremere nenhum abraçaria um cara irresponsável, preguiçoso, burro e anarquista, só abraçaria quem está mais ou menos na linha do clã, pronto para só conhecer "as instalações". Mas eu acho que esse lance é mais pessoal do que lógico. Não foi do meu agrado.
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Re: Vampiro: A Máscara-Edição Especial de 20 anos

Mensagempor Lumine Miyavi em 25 Abr 2011, 01:11

Hey, só essa autopropaganda de "nós somos o bem, Vai Planeta!" já faz eles parecerem os mais babacas de todos os metamorfos.

Eles não parecem. Eles SÃO os mais babacas dos metamorfos, e isso é uma opinião geral. O próprio livro básico não esconde isso. Nem as tribos se suportam, cara.
Mas cara, esse não é o ponto. Veja bem. No contexto histórico, com certeza os Garous fuderam tudo. Mas do ponto de vista do "agora", o que nós temos: Garous x Empresas Pentex. Ou Garou x Vampiros. Ou Garous x [qualquer coisa que o Capitão Planeta lutaria contra]. Se você não se atentar ao passado, tudo que nós temos é uma luta polarizada entre "nós" e "eles", não interessando quem seja o lado mal. Isso, pra mim, não é nem de longe o clima que um jogo de WoD gostaria de passar, mas foi um efeito colateral do jogo, infelizmente.

Camarilla x Sabá ou Tradições x Tecnocracia. Familiar? Ainda é "nós vs eles".
PS: outra coisa que eu não disse, mas eu detesto absolutamente: o lance de Tribo == Raça (no sentido de que você NASCE daquela tripo, filho de um membro daquela tribo). Como se tribo não fosse um sistema social e sim genético, ainda mais no mundo globalizado como o do antigo WoD. Além de ser meio idiota (e se eu não concordar com os preceitos da tribo?), é meio limitador (ora, qual o problema com um Cria de Fenris negão?).

Não acho que seja falta de mérito do jogo, e sim questão de gosto pessoal. Porque... tribo representa o elo genético, sim. Isso tá escrito no livro, cara. E nada impede de ter um Cria de Fenris negão. Ele só seria tão comum como um humano negão, nascido na zona geográfica dos Crias.

Veja só, você não ter gostado do livro não significa que o que você acha que está lá, esteja. =P
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Re: Vampiro: A Máscara-Edição Especial de 20 anos

Mensagempor Elven Paladin em 25 Abr 2011, 01:50

O livro tenta fazer parecer que é, contudo. Veja, quando eu digo maldição, não penso em algo como vampiro "ha, agora você é um condenado por toda a eternidade porque EU te transformei em um". Eu penso em algo como "puta merda, agora que eu sei quem eu sou (e o cenário ao meu redor também) eu tou ferrado e meus entes queridos e companheiros também". Ou seja, a ideia de que, apesar de tudo, é ruim ser lobisomem.
Esse clima o livro tenta passar, mas de fato, no jogo, não parece ser nada mal ser um lobisomem. Quer dizer, que se dane o Apocalipse, sendo humano ou não, eu já não teria que evitar mesmo....


Mas é ruim ser um Lobisomem, mas não porque você é uma criatura amaldiçoada pela eternidade e sim porque você está metido em um conflito gigantesco que foi gerado porque seus ancestrais foram incompetentes à decima potência e agora vocêm tem a sua frente uma batalha (não necessariamente porradaria) imensa onde fugir dela não é uma escolha (já que um dia e esse dia não vai demorar, "O Grande Adversário" vai bater na sua porta e o Apocalipse vai acontecer) e você não só tem que se preocupar com isso como também em manter um legado decente para as próximas gerações.

A grande piadinha sobre lobisomem era: "a forma Crinos resolve tudo, você pode se transformar para abrir uma lata de azeitona, caso esteja com azar no teste de força".

Claro que tem o frenesi e tal, assim como em vampiro. Mas por padrão, eu via muita gente se transformando levianamente e sem se preocupar muito com isso. O caso da fúria alta, tipo, tudo bem, é um problema, mas é algo que você pode administrar. É uma estatística variável na sua ficha afinal de contas. Isso ficou bem melhor nos Destituídos, quando você tem um tempo limite por cena para ficar na forma com controle parcial e todo o resto da cena, só se for sem controle nenhum (tipo, deu aquela sensação de "hey, é disso que eu tou falando!"), porque você não tem uma estatística para administrar sua chances de perder o controle aumentar ou diminuir.


Aqui vem a grande incompreensão em relação a Lobisomem: A violência não era a única e nem mesmo a melhor solução. A batalha dos Lobisomens não era apenas física e sim espiritual (seja lá qual das corrupções o personagem vai ter que lidar).

Se você não se atentar ao passado, tudo que nós temos é uma luta polarizada entre "nós" e "eles", não interessando quem seja o lado mal. Isso, pra mim, não é nem de longe o clima que um jogo de WoD gostaria de passar, mas foi um efeito colateral do jogo, infelizmente.


Como eu coloquei em um post anterior: O Conflito é entre "Nós e Eles,mas Qual dos "Nós" e qual dos "Eles"?

Existem conflitos Intra-tribos (abra qualquer "Livro da Tribo"), entre matilhas diferentes (por território, por influência espiritual, por Parentes), intra-matilhas (liderança) e entre lobisomens a nível individual. Sem contar que: Quem de fato é o "grande inimigo" dos Lobisomens? A "Louca Weaver" ou a "Corrupta Wyrm"? A Weaver é vista como uma aliada pelos Andarilhos do Asfalto, mas tanto os Stargazers quanto os Garras Vermelhas podem apontar a culpa da Weaver em sair da "ordem natural" e da sua rápida expansão tendo a humanidade como seus campeões. E a Wyrm não é necessariamente "vilanesca" - já que as 3 "faces" dela enlouqueceram, mas é possível que a "Wyrm do Equilíbrio" ainda exista.S em contar que essa batalha necessariamente é em duas "dimensões": Espiritual e Terrena. Weaver/Wyrm está vencendo em Ambas. E a Wyld não é uma aliada confiável.

PS: outra coisa que eu não disse, mas eu detesto absolutamente: o lance de Tribo == Raça (no sentido de que você NASCE daquela tripo, filho de um membro daquela tribo). Como se tribo não fosse um sistema social e sim genético, ainda mais no mundo globalizado como o do antigo WoD. Além de ser meio idiota (e se eu não concordar com os preceitos da tribo?), é meio limitador (ora, qual o problema com um Cria de Fenris negão?). Em vampiro: a Máscara, pelo menos, os Clãs podem se dar ao luxo de seguirem uma linha ideológica específica porque o Abraço é uma escolha. Tremere nenhum abraçaria um cara irresponsável, preguiçoso, burro e anarquista, só abraçaria quem está mais ou menos na linha do clã, pronto para só conhecer "as instalações". Mas eu acho que esse lance é mais pessoal do que lógico. Não foi do meu agrado.


De novo... você leu Lobisomem? Tribo não é Raça - é uma afiliação espiritual a serviço de um Grande Totem.

Alguns Totens como Unicórnio e Barata (Crias de Gaia e Andarilhos do Asfalto) aceitam praticamente qualquer Lobisomem, outros como Falcão (Crias de Fenris) só aceitam aqueles de sua linhagem e com Sangue Puro, enquanto Grifo só aceita aqueles de Sangue Lupino (e Impuros), Pégasus só aceita Mulheres (e Impuros) e Avô Trovão, Fenris, Coruja e Wendigo tem suas restrições, mas são bem inclusivos.

Contudo, Raça (ou "Pureza") é algo importante para algumas tribos (Fianna, Crias de Fenris e Presas Prateadas, notavelmente) e é completamente irrelevante para outras (Roedores de Ossos e Andarilhos do Asfalto), mas ainda sim é uma vantagem pois denota que o personagem descende de uma linhagem nobre ou grandiosa em meio à Tribo, além de ser relacionado ao acesso à Ancestrais do personagem, onde Tribos que não tem linhagens puras costumam a ter problemas em acessar seus Espíritos-Ancestrais (Como os Roedores de Ossos e Andarilhos do Asfalto).
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Re: Vampiro: A Máscara-Edição Especial de 20 anos

Mensagempor arghsupremo em 25 Abr 2011, 09:01

Elven Paladin escreveu:E já vi um Tzismice Antritribu com um Katana de Prata em jogo, algo que eu jamais esquecerei.


Eu já vi um encontro de 3 personagens com a vantagem corpo grande. Era praticamente um requisito do grupo. O mesmo grupo carregava humanos desmaiados porque eram, como eles chamavam, "sacos de suco" e serviam para repôr os litros de sangue até chegar em atributos físicos em 10.

Requísitos básicos:

Destreza 5, armas brancas e de fogo 5, esquiva 5. Força de vontade 10.

Eram os vampiros do grupo.

E isso era altamente divertido! Altas porradarias. O problema era o sistema quebrado, mas ao meu ver, esse era o método certo de jogar vampiro. Jogar se divertindo e não aquela palhaçada de intrigas.
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Re: Vampiro: A Máscara-Edição Especial de 20 anos

Mensagempor Kasuya em 25 Abr 2011, 12:07

Eles não parecem. Eles SÃO os mais babacas dos metamorfos, e isso é uma opinião geral. O próprio livro básico não esconde isso. Nem as tribos se suportam, cara.


E eu concordo. Eu não quis dizer que eles "parecem mas, não são". Eu quis dizer, que só nessa leitura preliminar, o leigo já vai ter ideia do quão eles são babacas, entende?

Camarilla x Sabá ou Tradições x Tecnocracia. Familiar? Ainda é "nós vs eles".


Cara, Camarilla x Sabá nem é bem o foco do livro básico, só pra começo de história. Nem muito menos há um lado de "bem x mal". No caso, ambas só tem uma visão discordante com relação ao tema de "lobo em pele de cordeiro". Uma acha que isso é essencial, a outra acha que é perda de tempo arquitetar uma pele de cordeiro muito verossímil, já que os cordeiros já são "fracos e burros" mesmo...

O problema não é a existência de um antagonista (se não tem antagonista, não tem conflito), o problema é a polarização das coisas. O tema "lobisomem x Wyrm" (ou "bem x mal") não tem meio termo, um encontra o outro é briga (ainda que não necessariamente física). No caso de Camarilla e Sabá, praticamente a grande "polarização" das coisas se dá por causa do território somado a ideologias diametralmente opostas. O que não significa que um membro da Camarilla encontrando outro do Sabá vai dar briga na certa. O problema é: para o sabá propagar sua ideologia, obrigatoriamente, ele estará ferindo a ideologia da Camarilla e vice-versa. No lobisomem não é assim. Eles estão mais para "nós defendemos a natureza e os servos da Wyrm estão destruindo a natureza, nos temos que detê-los".

Em suma, o antagonismo vindo de Vampiro: a Máscara não é o de "bem x mal", maniqueista, é o de conflito de interesses: "o meu interesse x o seu interesse". E isso transcende o conceito de seitas. O próprio livro explica que as brigas internas às seitas chegam a ser mais corriqueiras (principalmente no Sabá). É claro que, na prática, é outra coisa (já vi gente dizendo que o jogo é ruim porque não passa de uma briga armada entre Camarilla e Sabá - não é verdade, mas o livro até faz por merecer esse tipo de reclamação), mas ainda, ao meu ver, é menos pior que o de Lobisomem que é abertamente maniqueista nesse sentido.

Não acho que seja falta de mérito do jogo, e sim questão de gosto pessoal. Porque... tribo representa o elo genético, sim. Isso tá escrito no livro, cara. E nada impede de ter um Cria de Fenris negão. Ele só seria tão comum como um humano negão, nascido na zona geográfica dos Crias.


Foi exatamente isso que eu disse: é uma característica que não é necessariamente um defeito. Eu mesmo disse que isso é mais um problema pessoal meu do que um problema de lógica (ou seja, se isso faz sentido ou não). Tipo, do meu ponto de vista, faria sentido o lance da tribo ser relacionada com a questão genética, se os lobisomens vivessem em tribos propriamente ditas como de índios e suas gerações surgissem dali. Mas não, se um Cria de Fenris sai cruzando com meio mundo por aí e, do nada, nasce um que seja um garou, incrivelmente, ele passaria a ter as mesmas características de um Cria. Do ponto de vista genético, é coeso esperar que ele tenha traços da linhagem (tipo, cor do pelo, aparência geral, etc...), mas não faz sentido que ele tenha as mesmas afinidades gerais de um Cria (físicos elevados, o jeitão impulsivo e meio fatalista, a mesma ideologia) já que ele nem foi exatamente criado pelo Cria em si e tal. Enfim, mas é opinião minha. Eu não gostei disso você nasceu e *pimba* você já é membro da tribo x.

Outro momento do tipo "pow, é disso que eu tou falando" que eu tive foi justamente ao ler nos Destituídos que a tribo é um filhote que escolhe participar, inclusive SE vai ser membro de alguma tribo. Assim, eu posso ser um Garra de Sangue enquanto que o meu Pai é um Mestre do Ferro, por exemplo. Sempre achei que isso fazia mais sentido, e parece que a White Wolf passou a concordar. =)

Mas é ruim ser um Lobisomem, mas não porque você é uma criatura amaldiçoada pela eternidade e sim porque você está metido em um conflito gigantesco que foi gerado porque seus ancestrais foram incompetentes à decima potência e agora vocêm tem a sua frente uma batalha (não necessariamente porradaria) imensa onde fugir dela não é uma escolha (já que um dia e esse dia não vai demorar, "O Grande Adversário" vai bater na sua porta e o Apocalipse vai acontecer) e você não só tem que se preocupar com isso como também em manter um legado decente para as próximas gerações.


Aí é que tá: todo o teu problema é justamente uma preocupação com o futuro, coisa que, como humano, você já tinha. O clima de apocalipse iminente é um dos temas de todo o antigo WoD, não só do Lobisomem. A grande diferença do caso do humano para o caso do lobisomem é que esses últimos vivem esse clima de apocalipse iminente de uma forma mais física/sangrenta, o que não é necessariamente ruim, do ponto de vista do jogador. Ele vai ter a mesma preocupação, só que vai viver combates e "aventuras". Pro jogador isso não torna ruim ser lobisomem, a menos que você assuma que ser um aventureiro de D&D é ruim, porque é exatamente isso que eles fazem: lutar contra o "mal".

Organizando a ideia: o "ruim" de ser algo, está no sofrer condicionado pela essa existência, não no fato de se ter antagonistas. E eu não tou falando do tão relativo "horror pessoal".

Aqui vem a grande incompreensão em relação a Lobisomem: A violência não era a única e nem mesmo a melhor solução. A batalha dos Lobisomens não era apenas física e sim espiritual (seja lá qual das corrupções o personagem vai ter que lidar).


Mas hey, não era você que estava pondo como uma das reclamações do jogo de vampiro o fato de ter encarado Tzimisces andando com Katanas de prata em pleno jogo? Muita gente usa o argumento contra vampiro/lobisomem do antigo WoD de que boa parte dos problemas serem os jogadores em si e tal. Não faz sentido a princípio. O jogo não deveria ser ruim só porque uma parcela dos jogadores é ruim. Mas, nesse caso, para ambos os jogos, até faz sentido, justamente porque o livro acaba que (mesmo que sem intenção) induzindo o jogador a isso. E você há de convir que o Lobisomem é ainda pior que Vampiro nesse sentido, porque aqui mesmo já se chegou a alegar a necessidade de se usar material além do básico para se ter uma compreensão correta/esperada do jogo. E o livro básico do Vampiro, por pior que seja, já dava uma noção razoavelmente clara de como funciona a coisa toda. Pelo contrário, muitos suplementos só estragavam tudo ou mudava a coisa toda de figura "porque sim".

Como eu coloquei em um post anterior: O Conflito é entre "Nós e Eles,mas Qual dos "Nós" e qual dos "Eles"?

(...)


Assim, que há as complicações, eu acho que isso é indiscutível (senão não era WoD, né?). O problema é que o tema do jogo se caracteriza por essa luta maniqueista perdida, entende? Aliás, o nome do jogo é isso: o Apocalipse. Mais cedo o mais tarde o "mal" vai vir acabar com tudo e nós, o "bem", temos que tomar conta de tudo isso e tentar "salvar o mundo" por mais que as chances sejam mínimas, quase nulas.

De novo... você leu Lobisomem? Tribo não é Raça - é uma afiliação espiritual a serviço de um Grande Totem.

Alguns Totens como Unicórnio e Barata (Crias de Gaia e Andarilhos do Asfalto) aceitam praticamente qualquer Lobisomem, outros como Falcão (Crias de Fenris) só aceitam aqueles de sua linhagem e com Sangue Puro, enquanto Grifo só aceita aqueles de Sangue Lupino (e Impuros), Pégasus só aceita Mulheres (e Impuros) e Avô Trovão, Fenris, Coruja e Wendigo tem suas restrições, mas são bem inclusivos.

(...)


Eu li sim o livro e o que eu li me deixou claro que você NASCE membro daquela tribo. Não lembro de ter visto nada sobre um filho de um Cria como um Andarilho do Asfalto. Lembro-me, no máximo, ao ler o Idade das Trevas, alguma menção sobre Fúrias Negras "recrutando" novatas perdias por aí ou algo assim (posso estar enganado, porque faz tempo meu último contato com o jogo e leitura do mesmo).

Agora, se existe alguma regra do tipo trocar de tribo ou não ter tribo nenhuma, confesso que isso me passou batido.

E já que tocamos no assunto de "o jogo e os jogadores", sim, ser um Cria negão É um problema para muitas mesas por aí. Enfim. Isso foi mais só pra registar. Eu, por exemplo, narrando isso, permitiria o Cria Negão dentre outros "choques étnicos" tranquilamente, porque eu acho isso uma grande bobagem.
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