Spell RPG

Madrüga escreveu:Mas um mau exemplo não invalida um bom argumento.

Problema que o argumento dele não é muito bom, especialmente no que diz respeito a essas avaliações de fluffy.
Além do mais, que miséria, parece até que o cara quer que a gente jogue em cenários que sejam exatamente fiéis a mitologias ou religiões da vida real, que é que tem de mais misturar?
Quer dizer que misturar é coisa de estúpido? A mistura pode sair das mais estúpidas, é verdade, mas se for bem-feita... e acho que é esse o caso dos devas.

Ele provavelmente tb ficou irritadinho com a fonte de poder primal, que põe xamãs, druidas e bárbaros no mesmo saco. Basta vc ler as duas páginas iniciais pra ver o sentido dessa classificação, mas não, é uma mistura sem precedentes...

Ademais, que é que tem usar nomes como OUTRAGEOUS EXCLAMATION ou coisa do tipo? Será que ele não vê que isso pode empolgar a vários jogadores na hora de usar o poder? Que é mais importante, vc ter imersão no jogo, ou passar por mais inteligente?

Eu já joguei com um halfling que gritava os nomes bizarros de todos os seus poderes (SURTO ARDENTE! GOLPE IMPRESSIONANTE!) e só se vestia de vermelho, tem algum problema nisso?

sE ELe quer reclamar de algo no PH2, especialmente nomes de raças, reclame de gnomos chamados KU.

Se ele está tão estressadinho com poder primal, imagina o chilique que vai ter ao analisar o poder psiônico que sempre foi tabu pro povo do Ad&d...

Eu já tive essa síndrome de achar rpg coisa elitizada, mas já passou e não quero tornar o rpg mais do que ele é.
Ele só precisa se lembrar de crescer, coisa que todos nós precisamos lembrar de fazer para certos comportamentos e posturas.

Você devia então ter estado numa reunião que rolou anos atrás, em que um cara falou na cara de todo mundo que RPG não é pra todo mundo, e que pagodeiro rpgista é aberração, ou coisa do gênero.

Pelamor, eu sempre achei RPG uma coisa especial, uma mídia equiparável a cinema ou HQ, e não apenas um jogo, mas daí a achar que vc tem que estar acima da média pra jogar...

Eu, pelo contrário, acho que é um entretenimento barato como qualquer outro. Mesmo nível de um Smash Brothers ou algo assim.

O que eu quis dizer por especial é que não é um jogo comum, e que não é também teatro nem literatura, é tão distinto da literatura quanto a HQ desta e o cinema do teatro...

E depois, existe literatura barata, peças teatrais baratas, filmes baratos, etc. O RPG pode ser assim, como pode ser arte. E pode inclusive servir de ferramenta de autoconhecimento muito gradual.

Só que isso não é obrigatório, nem esse pensamento deve servir de elitismo.

E meu ponto nisto tudo é: "pode ser" e não "tem de ser" nem "é assim", como os defensores do rpg como algo de elite ou do suprassumo para o desenvolvimento humano ou diversão apenas para pessoas com intelecto superior, leitores de enciclopédias, nerds, geeks e afins.

O problema é gente que acha que rpg só pode ser elitismo e "alta literatura" e gente tipo o Lumine que pensa que RPG só pode ser "diversão lulz disney feliz e que tudo o mais é pretensão venenosa e logo deve ser descartada." Deixem o RPG se multiplicar pra vertentes as mais diversas possíveis e cada um ficar de bem na sua parte ou qualquer um poder pegar as vertentes que preferirem!

...wait, quando FOI que eu falei que é pra ser APENAS isso nesse tópico?

Ainda bem então
mas do jeito como tu falas em outros tópicos diversos eu sempre pensei que essa fosse tua visão.

Rs, quem se gaba dessa visão de diversão é Mr. Cassaro: o rpg é diversão, um jogo, e *nada mais do que isso!*

É essa parte do nada mais que me incomoda, por mais que, sem a diversão, todo o resto não valha a pena e corra riscos de não funcionar...

Você devia então ter estado numa reunião que rolou anos atrás, em que um cara falou na cara de todo mundo que RPG não é pra todo mundo, e que pagodeiro rpgista é aberração, ou coisa do gênero.

eu conheço um rpgista FUNKEIRO

eu conheço um rpgista FUNKEIRO

Nota a parte: Pancadão. O que é chamado por aqui de Funk é muito diferente do que se entende tradicionalmente como tal.

O problema é gente que acha que rpg só pode ser elitismo e "alta literatura" e gente tipo o Lumine que pensa que RPG só pode ser "diversão lulz disney feliz e que tudo o mais é pretensão venenosa e logo deve ser descartada." Deixem o RPG se multiplicar pra vertentes as mais diversas possíveis e cada um ficar de bem na sua parte ou qualquer um poder pegar as vertentes que preferirem!

O problema-mor não está nessa diferença entre "duas visões", mas sim que uma das visões é marcada por uma necessidade constante e incontrolável de se autoafirmar e denegrir outras formas de jogo, e pior ainda, isso não é limitado apenas a jogadores e fãs, atinge também designers de jogos (exemplos, Justin Achilli em seus comentários no Guia do Jogador de Lobisomem 2ed e John Wyck em... tudo). Vide o título desse tópico também, diga-se de passagem - eu asseguro que se fosse escrito "O Retardo Mental de -Insira nome de Algum RPG Indie ou da White Wolf" no mínimo haveria 12 ataques de pelanca, já se é referido a alguns RPGs, é quase "senso comum" . Engraçado, não?

Porque a opinião de que D&D é inerentemente ingênuo e tolo que jogos mais 'maduros' é algo que a maioria dos jogadores tem, mesmo que de forma velada.

A ironia, do meu ponto de vista, dessas conversas sobre D&D 4e e interpretação, é que antes eu achava o combate de D&D chato, sem graça, e só jogava pra estar com amigos ou pq tinha ideias de mestrar em fantasia medieval e acaba sendo a opção que todso conheciam e tinham acesso.

Agora, eu me sinto muito mais estimulado e empolgado a interpretar dentro de combate. Na primeira vez que ajo com um personagem, eu sempre faço questão de descrever direitinho o que ele tá fazendo com seus poderes, e como esses poderes são diferentes pra ele; isso também é interpretação; mas parece que tem gente que não encara assim.

Esse estímulo me faz interpretar mais fora de combate, porque as particularizações do personagem tomam mais vida e passam para o período fora de combate.

Lumine Miyavi escreveu:Porque a opinião de que D&D é inerentemente ingênuo e tolo que jogos mais 'maduros' é algo que a maioria dos jogadores tem, mesmo que de forma velada.

ou talvez seja apenas inveja mesmo