Diário de Dave Mckean

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Diário de Dave Mckean

Mensagempor Crispi em 26 Ago 2007, 20:10

Aqui seguirá o diário de campanha de meu personagem, Dave Mckean, em uma Crônica do novo WOD, sistema Storytelling. Com licença literária eu romanceio o texto, para retratar melhor as cenas como aconteceram.

Os protagonistas, incluindo ele, são mortais e as sombras do Mundo das Trevas se estendem sobre suas vidas enegrecendo tudo ao redor deles. Quando isso acontece, Dave começa a viver em seu limite, entre a razão e a sanidade. Entre a vida e a morte. Entre escolhas e escolhas.

Mas é quando as trevas cobre o dia que a luz realmente se revela...

Aproveitem...
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Diário de Dave Mckean

Mensagempor Crispi em 26 Ago 2007, 20:15

Nessas páginas que se seguem estou escrevendo meu diário. Sobre tudo que aconteceu nos últimos meses e quem sabe perceber algo que não havia notado antes e entender melhor um pouco dessa merda toda. Se você está lendo isso é porque algo me aconteceu.

Se você acha que eles estão ai fora, nos observando, nos medindo com olhos predadores e brincando com nossas vidas, você é doido de pedra. Tem parafusos a menos, para de ler isso e vai para casa se preparar pra porra do Armagedom. A verdade é mais sutil, mais hipócrita e mais sem vergonha.

Minha história é verdadeira e esse diário serve para provar que há algo escondido nas sombras, atrás de cada parede, de cada fresta, esperando por pessoas que sejam curiosas e burras demais para olharem por através dessas frestas. Ou para provar que eu estou louco. Nessa altura do campeonato, tanto faz.

Vou começar falando sobre mim. Meu nome é Dave Mckean Runsfield, tenho um pouco menos de 1,80cm de altura, cabelos castanhos claros, olhos verdes e corpo atlético. Torço para qualquer time que ganhe e vou a todas as festas. Seja do Manchester ou do Liverpool FC ou qualquer um que ganhe. Bebo socialmente, fumo solitariamente e quase sempre vou para cama com alguma mulher que não me lembro quem é no fim da noite ou na manhã seguinte. Moro em uma casa simples em um bairro simples de Londres. Treino periodicamente kung fu. Sou detetive da polícia de Londres e faço trabalhos particulares para conseguir um extra. Pelo menos eu era quando essa história começou.

Janeiro de 2007

Tudo teve início quando um tipo estranho me ligou. Me contratou para encontrar uma família perdida. Ele tinha uma lista de sobrenomes. Um desses sobrenomes era o meu. Raramente uso meu ultimo nome, Runsfield. É nome de meu pai, que sumiu há anos. Que não voltou quando minha mãe adoeceu. Nem quando o câncer a matou. Nem quando minha irmã foi internada por surtar quando minha mãe morreu. Além de ser uma horrível coincidência com o nome de um general nazista filha da puta da Segunda Guerra. Chamam-me, Dave Mckean. Por isso o sujeito que me achou por um anúncio não me identificou inicialmente, ou pelo menos foi a impressão que quis passar.

Lembro-me que na noite anterior eu estive com uma adolescente bêbada que vomitou em meu carro e passei a noite com uma mulher estranha de quem não me lembro nada, nem da noite. Pode ser mania de perseguição, mas nesse mesmo dia foi a primeira vez que vi um homem de terno e óculos escuros me seguindo e observando. Que sumia do nada e que eu veria nos próximos dias. Sempre pelos cantos dos olhos, através de vidraças, atrás de carros passando e então nada mais.

Enfim, o sujeito me ligou e marcou um encontro. Nos encontramos em um Pub no inicio da noite onde ele me contou sua história. Antes de falar dela, vou falar dele. Ele é alto, 1,85cm aproximadamente. Cabelos louros e olhos azuis. Uma postura forte e imponente. E jovem, mais do que eu. Seu falar era moderado e polido Sua história consistia em que ele cresceu órfão, dado como desaparecido e morto em algum buraco podre de Berlim. Checou os registros médicos e policiais que batiam com sua situação. Chegou a um numero reduzido de sobrenomes que investigou. Nomes que partiram de Berlim, que não existem mais e alguns que migraram para a Inglaterra. Três para ser mais exato. Dentre eles, Runsfield. Recolhi algumas amostras de DNA dele, em fios de cabelo, para comprovação por exame. Mais uma vez eu vi o homem de terno e óculos escuro. Marquei as horas: 18:30.
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Mensagempor Crispi em 26 Ago 2007, 20:20

Ainda nessa noite fui a uma festa em uma república. Encontrei as mulheres que conheci na noite anterior. Tiphany a mais jovem, bela de cabelos negros que vomitou no meu carro. E de 16 anos. A segunda, Mindie, de origem oriental, com quem eu fui para cama. E por ultimo, Wanda, diferente, fechada e um pouco irritante. E de quem não me lembro da noite anterior. Ela parecia mandar nas outras duas, como se não pudessem negar a ela o menor dos capríchos ou o maior dos sacrifícios.
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Mensagempor Crispi em 26 Ago 2007, 20:22

Dia seguinte

No dia seguinte, acordei tarde, com Mindie na cama, gosto de uísque na boca e a cabeça achando que os pontos cardeais estivessem no lugar errado. Quando fui ao departamento para comparar meu DNA ao de Sheridan fui recebido por uma jovem que nunca havia visto. Ela tinha os cabelos negros, a pele clara e um sotaque diferente. Vestia uma camisa com a bandeira de Israel estampada e me entregou um embrulho. Antes que eu fizesse perguntas, me calou com um belo beijo. O que quer que eu diga? Sou facilmente ludibriado com o método e pela pessoa correta. Por que questionar um presente, certo? Errado!

Enquanto faziam os testes abri o presente. Uma velha caixa de madeira forrada com retalho de madeira e com uma estampa da águia sobre a suástica nazista. Dentro, bem, como descrever. Era de ouro, um ornamento talvez, um artesanato. Com sinais estranhos gravados e um entalhe finíssimo. Isso foi o início da merda toda. Algo que eu só descobriria o significado bem depois. Mas não vamos nos adiantar. Encantado e desconfiado do presente. Era ouro, sim, era. Mas já descobrimos o que me passa para trás, não é? Tirei fotos do negócio e mandei que analisassem. O original ficaria comigo, é obvio.

08h30min foi o horário em que vi o sujeito estranho novamente, na noite passada. Então fui ver o que descobria sobre ele com uma imagem dele. Viva a tecnologia e às ruas monitoradas por câmeras. Acessei o vídeo de segurança do pub da noite anterior. Calibrei a hora e pronto! Só imprimir e comparar com o banco de dados da polícia, certo? Errado, de novo. A imagem ficou manchada. Borrada mesmo, o rosto irreconhecível. Porém a do companheiro que me contratou não. Ele também estava lá e a história dele era bem estranha. Pelo menos para o que podia se chamar de estranho até então. Aliás, o nome dele era Harrison Lockheart. Detalhe, como poderá ver em breve. Se tivesse algo a descobrir sobre ele, minha equipe o faria, em seu tempo.

Enquanto isso meu misterioso empregador foi vítima de um incidente no hotel em que estava hospedado. Um sujeito invadiu o quarto dele e manteve uma faxineira na frente do cano de uma arma enquanto não conseguisse, o que posso dizer? Chamar a atenção. E conseguiu. Ele buscava um jornal do ano de 2001 cuja matéria de capa era a da morte de um antigo general de guerra nazista. General Runsfield. Klaus Von Runsfield. Coincidência não?

Bem, em seguida saíram várias notícias. Primeiramente o meu DNA e a do Sheridam combinaram. O que me faz pensar o que diabos meu pai, Frederick Runsfield, tem feito da vida. Nunca penso muito no velho, mas isso já era demais. Bem, em seguida, meu especialista em pesquisa de dados encontrou registros do meu “irmão” em jornais velhos em que um adolescente de uns 12 anos de idade, muito familiar, empunhava uma arma na região da Palestina. Tinha rabo preso com a OTAM e com a ONU.

Mais estranho que isso poderia ficar? Acha que não? Você não tem que achar nada, apenas ler e prestar atenção. Bem, mais estranho que isso – e não perca tempo achando nada – encontrei em uma pesquisa uma descendente do General Runsfield vivendo em Berlim. Uma especialista forense da polícia alemã.

Bem, como não cabia mais tanta informação em minha cabeça marquei um encontro com Sheridam, em um parque, bem público. Quando ele chegou, eu estava a atacar os pombos com pipocas e uma cara amarrada.

- O que houve? – Me perguntou ele, como se inocente.

- Me diga você. Que merda está acontecendo, senhor Runsfield?

- Então conseguiu descobrir de onde é minha família!

- Ô, foi fácil, com seu DNA...

- Então eu sou da família Runsfield?

- Como se não soubesse. O que quer exatamente comigo?

- Não estou entendendo.

Então eu o encarei um tempo, esperando uma mudança de atitude. Como isso não aconteceu mostrei minha carteira de identidade onde constava meu nome completo: Dave Mckean Runsfield. Ele olhou como que incrédulo. Talvez fosse o destino. Mas particularmente acredito que fosse algo mais sacana. Saberá por que, com o tempo. Não muito.
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Mensagempor Crispi em 26 Ago 2007, 20:24

Os acontecimentos a seguir são os mais recentes. Acontecem aproximadamente um mês depois da descrita anteriormente. Que terá continuação assim que acertarmos sobre algumas coisas.
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Mensagempor Crispi em 26 Ago 2007, 20:26

Maio - 2007

Tudo está bem quando termina bem. Não sei quem criou essa frase redundante e idiota. Mas é como nos sentíamos naquela altura do campeonato. Afinal, tínhamos enfrentado os caras e sobrevivido. E ainda por cima pusemos fogo no prédio. Tá, eu sei que isso não é lá algo de se orgulhar, mas no momento pareceu divertido. A situação era a seguinte. Ainda tinha duas semanas e meias de férias, as coisas se acalmaram, estava freqüentando lugares legais com pessoas bonitas, sexo, drogas e rock and roll. E Mike e Wanda pareciam estar se acertando.

Como o bom irmão que sou tratei de dar uma força a eles. Convidei-os para sair para dançar, praticamente deixei os dois pombinhos se resolverem sozinhos. Ela tava afim dele, mas ele é lerdo que nem um poste quando se trata de garotas. Bem, deixei-os a sós e fui procurar companhia porque, afinal, também mereço. Acabei dançando com uma mulher, seu nome era Laila eu acho. Bonita, cabelos negros, pele clara. Depois de algumas biritas e ela estava se esfregando em mim no terraço do lugar. O mundo é um lugar bom afinal. Só custei para descobrir quem era o tal de Herman de quem ela me chamava. Era o ex. Ela bebeu tanto para me confundir com o ex e fazer tudo que ele gostava, para voltar comigo. Quero dizer, com Herman. O que eu poderia fazer, não podia desapontar a moça. Depois de nos divertirmos um pouco, de dizer palavras doces a ela, a levei até sua casa. Ela nem notou que eu não sabia o caminho. Tudo bem, a deixei em casa, segura, me virei e fui embora. Quando sai, dois sujeitos se aproximaram, meio suspeito, como qualquer dupla soturna pode parecer suspeita de madrugada numa rua deserta.

- Boa noite cavalheiros, estou procurando por alguma parada boa essa noite. Por acaso vocês tem algo para vender? – Eu comecei a conversa.

- Cara – começou um deles, da minha altura vestindo uma blusa de frio que cobria a cabeça – eu tenho um bagulho novo cara. É muito bom. Melhor que extasy.

- Bem, é o que?

- É um líquido, bem doce, que vai te deixar maluco por sete noites.

- Sete noites? Só funciona a noite?

- Sim, sete noites. Só a noite. Você vai ficar ligadão a noite toda.

Então ele me mostrou um frasquinho do tamanho de um polegar, cheio de uma substância avermelhada e pastosa. Eu peguei o frasquinho dele, abri, cheirei, olhei para um, olhei para o outro, um afro-descendente, e olhei para um de novo. O que poderia dar errado? Acho que essa frase é algum tipo de ofensa pessoal a Murphy. Tomei o bagulho. O efeito foi quase imediato. Primeiro senti um doce intenso que começou a anestesiar minha língua e então minha cabeça e percorreu todo meu corpo como um calor. Então pude sentir e escutar meu coração acelerando e meu corpo vibrando. Minha visão turvou um pouco e se concentrou em detalhes antes ignorados, como o refletir da luz em uma poça d’água ou no bater na respiração e calor dos corpos próximos de mim. E por fim, eu poderia dançar a noite inteira. E era o que eu iria fazer. Tinha um show do Rammstein na cidade.

- Cara, o bagulho é muito bom! – eu disse animado.

- Eu disse cara, é muito foda.

Então eu paguei a ele.

- Como eu posso conseguir mais disso depois? Contigo mesmo? Qual o seu nome?

- Pode me chamar de Richard cara. Esse é meu número, é só me ligar se quiser mais.

- Pode deixar. Vai pela sombra Rich.

Me despedi dos dois e fui ao show do Rammstein. E que show! As pessoas tão vibrantes, calorosas, belas e a noite era apenas uma criança. É assim com essa droga. A noite se torna curta. Você não consegue suportar que é só um para gastar toda a energia que tem. Certamente beijei muitas mulheres naquela noite. Minha ultima lembrança é de uma morena quase irresistível que passou por mim e de quem não conseguia tirar os olhos. Até que ela desapareceu na multidão e eu, bem, eu acordei era por volta do meio dia, no chão da pista de dança do show, com a maior exaustão que já senti na vida.
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Diário de Dave Mckean

Mensagempor Crispi em 26 Ago 2007, 20:29

Sequência

Depois disso voltei para casa e dormi mais. Mais tarde sai com Mike, fomos almoçar e marcamos um encontro de casais. Mike e Wanda, eu e alguém. Li o jornal, uma das principais matérias dizia que um garoto foi morto no show do Rammstein. Então nos despedimos e eu fui para uma academia treinar. E lá encontrei com a mulher que eu síria à noite. Seu nome era Lola, ela era bonita, inteligente e ruiva.

A noite nos encontramos em um restaurante italiano para jantar. Mike, Wanda, Lola e eu. Jantamos, conversamos e bebemos um bocado lá. Eu queria deixar Mike e Wanda sozinhos, mais a vontade. Ele precisaria viajar para a África para ajudar o pessoal da OTAM com uma coisa qualquer.

- Mike e Wanda estão em uma situação delicada. Que tal deixarmos eles as sós e irmos nos divertir em outro lugar?

- Tudo bem Dave, mas eu não aceito ir para qualquer motelzinho não.

- Tudo bem, você escolhe.

E nós saímos. Enquanto eu dirigia ela sugeriu. Um lugar para irmos.

- Que tal se a gente for para o Museu de História Natural?

- Agora? Pra que?

- Para nos divertirmos por lá.

- Ah... claro, por que não?!

E nós fomos para o Museu de História Natural. Ela queria fazer no salão de egiptologia. Tem doido pra tudo. Então ela desligou as câmeras daquela sala e fomos para lá. Mas parece que naquele lugar ninguém tem nada na cabeça. Alguém tinha tido a mesma idéia antes de nós. Ao nos aproximarmos da sala a encontramos entreaberta e uma parca luz saída de lá. Com cuidado me aproximei para observar pela fresta e vi dois vultos agachados rentes ao chão com uma lanterna e cochichando. Eu estava desarmado. Felizmente não perdi a arma no show da noite anterior, mas para impedir qualquer acidente, deixei-a em casa. Eu estava de férias, pra iria precisar dela?

Eu procurei ao redor por algo que poderia servir de arma e encontrei um extintor de incêndio. Teria que servir. Entrei fazendo a maior quantidade de barulho possível para assustar os dois. E para distraí-los do fato de que o policial estava armado com um extintor de incêndio.

- Parados, polícia. O que fazem aqui? – gritei ameaçando-os com o extintor, pronto para atacar. Eram dois, um de meia idade e um mais jovem, na casa dos 30. Estavam agachados em frente a um pergaminho aberto no chão.

- Calma. Eu sou Joey, sou segurança daqui.

Realmente o segurança dali deveria chamar Joey.

- E esse com você?

- Esse é meu primo Mark. Eu o trouxe para conhecer o museu.

- Joey? O que faz aqui? – Perguntou Lola entrando no salão.

- Eu... ouvi ruídos... vim ver... eram ratos.

Tá, tava na cara que ele estava mentindo descaradamente. Mas ele era realmente segurança do Museu e não via motivos para maiores desconfianças. Vai ver a idade deixou ele meio pirado, obcecado. Quem sabe assistiu aquele filme do museu com fósseis que criam vida durante a noite?

Enfim, lacramos o lugar e fomos nos divertir em outro. Não sem antes verificar do que se tratava o tal pergaminho. Um fragmento do Livro dos Mortos. Nessa altura do campeonato deve estar confuso com alguns detalhes. Lola era uma especialista em criptozoologia, isso é, ela estuda fósseis. E era também diretora pelo Museu de História Natural.

Depois de nos divertirmos em um canto escuro e não vigiado do museu fomos embora. Deixei-a em casa e fui para o show do Rammstein onde comprei mais duas dozes da droga, pulei demais e fui embora. Não antes de ver a garota atraente de novo. Então fui para academia malhar. Loucura? Não. Esqueceu que eu estava drogado com a porra do negócio vermelho. Estava aceso, e não conseguiria dormir, ou mesmo ficar quieto. Então fui treinar. Pouco antes do amanhecer fui para casa e desmaiei.

Acordei, para variar, já se passavam das 1h. Levantei e vi meus recados. Um da Interpol, um da Tiphany, três de uma agencia de auto-ajuda, SPA, seita religiosa ou uma porcaria dessas preocupada com minha alma e bem estar. Dali fui direto para o departamento conversar com o Franz, especialista em toxicologia.

- Cara, você ficou sabendo da nova droga no mercado? Saiu até nos jornais.

- Olha Dave, só o que eu li no jornal. Por que?

- Bem, toma umas amostras dela então – entreguei as amostras que comprei na noite anterior.

- O que? Onde você conseguiu isso?

– É incrível o que se consegue quando não se está com o distintivo. E você pode retirar um pouco do meus sangue para analisar os efeitos em um ser humano.

- Como assim? Você tomou a droga?

- Bem, tive que tomar, não se diz não para uma amostra grátis do traficante.

- Caralho!

Depois disso ele retirou meu sangue e anotou todas as minhas descrições sobre os sintomas. Além de uma reportagem do jornal “O Especulador” que eu tenho certeza que o jornalista tomou da droga para descrever tão bem. Quem pode culpá-lo? A parada é boa mesmo.

De uma sala do departamento liguei para Tiphany. Ela falou pouco, pois estava exausta. Pediu para ligar a noite. Tá, fazer que? Enquanto ligava para ela vi um relatório da Interpol via fax que estava perdido na sala onde estava. Se tratava de roubos de artefatos egípcios em museus. Pois é né? Peguei a ficha de Joey só para confirmar se não havia nada suspeito. Ponto para mim. Ele tinha trabalhado como segurança em diversos lugares, incluindo museus que já sofreram furtos.
Editado pela última vez por Crispi em 02 Set 2007, 21:31, em um total de 1 vez.
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Mensagempor Darin em 26 Ago 2007, 23:09

Só para avisar q eu estou lendo hehe..

E bem... está bem narrado o texto e tudo... Mas acho que algumas ajudar off, mais voltadas para o RPG da coisa, seriam uma boa... Por exemplo falar quais os outros PJs e coisas do tipo...
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Mensagempor Sampaio em 26 Ago 2007, 23:34

Concordo com Darin.

A história tá bacana e tá tudo bem escrito, mas algumas infrm,ações off ajudaria muito.

Idem com relação ao seu outro diário, do Tristan, que ainda não transferiu pra cá
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Mensagempor Mirallatos em 27 Ago 2007, 13:10

Eu também estou acompanhando, mas ao contrário dos colegas acima não sinto a necessidade de saber sobre os personagens, pelo menos por hora.

Você gosta de histórias detetivescas estilo Réquiem em Los Angeles?
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Mensagempor Aluriel de Laurants em 27 Ago 2007, 21:56

Só por curiosidade, esse nome é em homenagem ao artista que faz as capas de sandman ou foi apenas coincidência?
SPOILER: EXIBIR
Imagem Bons tempos aqueles em que você podia por um satã travesti num desenho de criança.


twitter www.twitter.com/aluriel facebook http://www.facebook.com/#!/profile.php?id=100001002584902 , tumblr http://alurieldelusionland.tumblr.com

As vezes a maior sabedoria é parecer não saber nada.
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Mensagempor Over em 27 Ago 2007, 22:26

Só pra reforçar a estada, um leitor a mais nunca é ruim. ^~
Também não sinto falta de... ahmm... "profudidade" nos personas por enquanto.
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Mensagempor Sampaio em 28 Ago 2007, 14:13

ó por curiosidade, esse nome é em homenagem ao artista que faz as capas de sandman ou foi apenas coincidência?


Acho MUITO difícil ser coincidência...rs

Acho que ele só posta fim-de-semana. Tomara que não.
Vamos ter que aguardar.

E passe tb os diários do Tristan pra novo fórum Crispi.

Abraço
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Mensagempor Crispi em 02 Set 2007, 21:27

Sim, o nome é do artista das capas de Sandman. E do diretor do filme cujo roteiro é de Neil Gaiman, "The Mirror Mask". Sim, existe um filme deles. Procurem.

Quantos aos personagens, acho coerencia forma que estrou tratando-os. Lembrando que a narrativa é em primeira pessoa, as informações importantes sobre meu personagem são prioritárias e eu insiro no texto as informações sobre os outros pjs na medida do necessário.

Sampa poderia complementar as informações com com um diário próprio no caso da campanha de Forgotten, da qual ele participa. Mas nãããooo.

No caso da do Dave, os personagens são descritos melhores quando interagem mais. A narrariva no momento tem interação mínima dos outros pjs que estão cada um no seu canto. Mas vou tentar dar uma atenção maior a isso.

Sim, infelismente só tenho tempo certo de postar aqui nos fins de semana. Pelo menos a maioria das vezes.

Abraço gente!
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Mensagempor Crispi em 02 Set 2007, 21:36

Fui até o capitão da polícia e expliquei sobre minhas suspeitas e falei de como aconteceu.

- A senhorita Lola Sparks me chamou para ver o museu porque ela estava desconfiada de alguma atividade noturna. Nós fomos então durante a noite para conseguir um flagrante. O resto era óbvio. Fomos nós dois para o Museu onde um especialista em línguas antigas, Theodore, um senhor já de idade, amigo do capitão, analisou o pergaminho para nós.
Se tratava de uma cópia de um trecho do livro dos mortos, onde fala dos métodos para o embalsamamento e como agir no reino dos espíritos. Existem diversas copias semelhantes a essa por aí, explicou ele, essa é importante por sua conservação.

Depois nos reunimos Brunell, o capitão da polícia na lanchonete do Museu. Conversamos sobre diversas coisas, casos de Londres, de Berlim, e histórias bizarras que fazem parte das lendas urbanas de cada lugar. Como o batalhão de soldados nazistas que, de madrugada percorre certas ruas na zona leste de Berlim para queimar livros, como faziam naquela praça durante a Segunda Guerra. Brunell me falou também do garoto morto no show do Rammstein, encontrado com apenas 30% do sangue no corpo. Sem sinal do sangue ou de qualquer ferimento por onde tenha saído esse sangue. Um mistério.

Então Lola chegou. Abrimos o jogo para ela, sobre nossas intenções de deter seus funcionários para investigação. Ela ficou um pouco assustada e depois nós dois fomos ao museu. Brunell ficou para um café. Ela queria conversar comigo em particular. Entramos no museu. Não havia ninguém. Fomos até a ilha de vigilância, também vazia. As câmeras mostravam Joey e Mark no salão egípcio, com o pergaminho. Realizando um tipo de ritual.

Corremos para o salão egípcio. Durante o caminho a luz do lugar piscou. Quando chegamos lá não havia ninguém, mas havia um cheiro forte no ar, que não reconhecemos. Chamamos por Joey e Mark pelo radio algumas vezes até que Mark respondeu, falando baixo, assustado. Ele estava no armário. Mandei Lola voltar para a lanchonete para encontrar com Brunell e eu iria para o lugar indicado.

Cheguei lá, arma em punho, escutei uma forte respiração do outro lado. Abri a porta e encontrei Mark encolhido em posição fetal e totalmente apavorado dentro do armário. Com ele estavam artefatos roubados, como um anel em forma de escaravelho, um pedaço de um texto antigo e o pergaminho. Ele repetia coisas sobre uma entidade responsável por punir as almas que não eram em vida condizentes com o Maat, vias de regras para a harmonia universal.

Anuit, o devorador. Sobre o ritual para escrever seus nomes na torre de ferro falhou e que Joey foi consumido pelo devorador. Ele estava morrendo de medo de sair ao sol.

Chamei Lola pelo rádio walk-talk. Nada. Peguei os artefatos e corri para entrada. Encontrei com Brunell entrando, mas nada da Lola. Entreguei para ele os artefatos, falei de Mark no fim do corredor, disse para chamar uma ambulância e perguntei sobre Lola. Ela havia saído com alguém. Corri para fora, mas ela já havia partido.

Fui então para a ilha de segurança para ver com quem ela saiu nas gravações. Era um homem jovem e forte que, depois de uma observação cuidadosa, lembrava Joey pelo menos 20 mais jovem. Como em sua carteira de trabalho. Não havia nada que eu poderia fazer. Voltamos para o salão de egiptologia. Depois de analisar com maior zelo encontramos dois círculos feitos de cinzas próximo ao altar. Um no chão e outro no teto. Deixei tudo com Brunell e ajudei à ambulância a retirar Mark do museu. O que aconteceu com muito custo.

Realmente não havia nada a fazer. Estava perdido e provavelmente, Lola também. Liguei para o nosso consultor pessoal de bizarrices. Rabino Ismael. Contei a situação para ele.

Supostamente havia um cara maluco que acredita ter sido punido por Anuit durante uma invocação desastrada para chegar até a torre de ferro seqüestrou uma mulher e sumiu. O que eu faria? Ele me aconselhou a procurar um velho amigo de Berlim. Professor Theodore, especialista em línguas antigas da Universidade de Berlim.

Eu fui atrás do professor e narrei, uma vez mais, a situação. Seu apartamento parecia um pedaço da biblioteca de Alexandria: abandonado, com livros para todo e qualquer lugar, mofado, empoeirado e com diversos adornos de séculos atrás. Com alguma reflexão e a ajuda de alguns livros (como o Daemonia Goethia), chegamos à conclusão que os dois fizeram um ritual errado para acessar o outro mundo e escrever seu nome na Torre de Ferro. Durante o processo algo atravessou o portal vindo do Abismo e possuiu o corpo de Joey. Lindo! Um maluco que achava que estava possuído pelo capeta ou algo assim.

Professor me ajudou a encontrá-los em menos de duas horas, pois em duas horas escureceria e Joey possuído iria usar Lola para abrir um portal para o Abismo e trazer sua turminha para cá. Seria simples. Era apenas molhar um objeto pessoal da pessoa procurada com os nossos sangues, repetir umas palavras esquisitas e amarrar isso na mão. Simples. Ah é. Já ia me esquecendo do besouro. Eu tinha que carregar um besouro para poder identificar quando uma pessoa possuída por alguma coisa vindo do Abismo. Simples. MUITO simples.
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