Interlúdio 2
Após retornar da torre, o grupo começa a investigar as pistas que encontraram na torre. Dissecando os corpos das criaturas encontradas, descobriram que o tal homem-máquina era um humano que foi alterado por alguma criatura sádica, que enxertou muitas partes mecânicas em seu corpo, placas de ferro, garras, fios, etc, e provávelmente a pessoa que foi alterada devia viver uma vida de dor. As outras criaturas seguiam o mesmo padrão, mas não foi possível identificar a criatura base. Dante, Dillen e Naleren começaram a estudar junto com o prof. Charles Helcondate pra decifrar os dados encontrados na torre. Elgin cria luvas que melhoram a habilidade de usar ítens mágicos.
Aventura 3 - Uma noite na Ópera
Três dias se passam depois do enterro de Devron Gaunt e do incidente da torre do Observatório. Pouca coisa aconteceu depois. A Guarda da cidade investigou o caso, mas não encontrou muitas pistas, e acabou atribuindo as mortes aos goblins cultistas. Enquanto isso, todos tentam esquecer as imagens que viram no portal. Ainda de manhã, recebem um recado de Martha, querendo falar com todos.
Todos se encontram na sala de Martha, que os recebe e diz que ela tem uma nova missão pra eles. Ela pede desculpa por terem de sair tão cedo, mas, é algo necessário. Todos ficam apreensivos, com o que pode envolver essa nova missão. Então ela joga um envelope na mesa e manda todos se encontrarem na sala dela as 7 e meia da noite, com suas melhores roupas, pois essa noite todos irão ter uma noite de folga pra sair e ouvir uma boa música.
Todos recebem a notícia e ficam muito surpresos, nunca esperavam receber um convite desses, mas aceiam de bom grado, afinal, os últimos dias foram bem difíceis e um pouco de descanso seria muito bom pra tirar da cabeça os assuntos ruins envolvendo torres e aberrações. Apenas Dillen fica um pouco inseguro, acha que deviam estar trabalhando, mas, no final, é vencido pela maioria, e acaba cedendo.
Martha explica um pouco mais da apresentação. Essa noite, o Noites de Galifar vem tocar na cidade. É uma banda de música que pesquisa muito sobre história, lendas, arte antiga, transforma em música e canta para as multidões. É um trabalho bonito e muitas vezes as pessoas menos letradas aprendem história por causa da música.
Terminada a conversa, o grupo passa o resto do dia preparando as coisas pra sair a noite. Algumas pessoas estavam a tanto tempo fora do mundo social que tiveram muito trabalho pra se arrumarem bem. Mas, bem pou mal vestidos, todos estavam no horário marcado. Dillen, Dante e Naleren estavam muito bem vestidos, Samarah estava bem normal, só Elgin que parecia estar em outro lugar. Pela primeira vez eles vêem Martha com um traje social, um vestido preto com alguns pontinhos brilhantes, que embora simples, realça muito bem as curvas da meio elfa. Seus longos cabelos loiros estão soltos e muito bem cuidados, e algumas poucas joias (Obviamente mágicas) terminam de enfeitar a bela meio-elfa.
Todos então tomam um taxi para o teatro onde vai acontecer a apresentação. No meio da viagem, Dillen continua inquieto, enquanto Martha conta um pouco sobre a banda, revelando ser fã do trabalho deles. Ela fala pra Samarah que o tem um anão na banda que é um druida Guardião dos Portais.
Logo eles chegam ao teatro onde vai ser a apresentação. Há muitas pessoas entrando, pessoas de todos os tipos, desde nobres e comerciantes a pessoas que devem ter economizado alguns meses pra estar ali. Não se demoram na entrada, e logo entram pra pegar bons lugares.
Pouco tempo depois de entrarem, os músicos aparecem e começam a se apresentar, cada um contando um pouco da história da banda e sobre o que tocam nela. Uma mulher entra, assumindo várias feições no meio do caminho. Ela se apresenta como Sharon Delabel, vocalista. Logo depois, um meio elfo muito bonito e elegante, trajando roupas no estilo de Thrane e um lindo símbolo do fogo prateado no pescoço, e se apresenta como David Defers, devoto da Chama Prateada e tocador de alaúde e harpa. Vestindo ropas rústicas e selvagens, entra o anão, Ralf Zdiarstek, e assume a percussão. Um gnominho risonho entra acenando a todos, se apresenta como Tolki Kotipelko, e senta perante uma máquina estranha, que cria luzes e sons diferentes. Logo depois, um humano que tem feições que lembrariam um réptil, chega fazendo alvoroço ao cuspir fogo de verdade.
Ralf então se adianta e abre oficialmente a apresentação: Bem vindos a apresentação de hoje. Esta noite, voltaremos a um tempo de paz, onde as noites eram mais claras, o vinho mais doce, as mulheres mais bonitas e a vida era mais calma. Essa noite, voltaremos as Noites de Galifar!!! Então, as músicas começam uma mais bonita que a outra.
O Mago
Onde o arco-íris encontra o céu
Nas montanhas tão brilhantes e altas
Lá o Mago falou suas rimas
Invocando forças ancestrais
Anos malditos em sua torre
Caçando poderes em tomos antigos
O poder negro ele nunca serviu antes
O amaldiçoou para sempre
Em uma vila muito perto
Uma donzela mostra sua beleza
Seu cabelo longo soprando ao vento
Sonhando com o destino do Mago
E a bola de cristal mostra a salvação
Quando os lobos estão uivando para a lua
Para quebrar a magia e cantar a música
Ela encontra os segredos no meio de mentiras provocantes
Escondida sob os céus da noite
Ela se alia a pessoas corajosas
Ela veio para tocar o cajado do Mago
Para quebrar a magia e o livrar de sua cela
A magia branca sempre prevalece
As pétalas caem
No meio da neve
As músicas ecoam
Na terra das fadas
Então, a magia venceu
E você será aquele
Que vai contar a história do Mago
O Mago
O Mago
O Mago
Só conte da história do Mago...
O Terror
Então, meu colega, você quer ouvir uma história?
Uma história do meu tempo de infância?
Eu tentarei me lembrar, então ouça-me bem
Enquanto te falo desse demônio infernal!
Para a terra dos anões eu e meus companheiros fomos
Para o lugar onde a cidade perdida onde o Clã Noldrun morava
Depois de muitos perigos nos a encotramos, mas uma sombra pairava sob o lugar
Nós achamos uma profecia. Um demônio retornaria algum dia
Em breve o lugar estava tomado por uma onda de Caos, e eramos acurralados
E no salão principal preparamos uma defesa para o ataque final
Embora lutássemos com toda nossa força, nossas esperanças estavam mortas...
Sabíamos que o pior ainda estava por vir
Então esperamos no silêncio tremendo de medo, esperando nosso destino
E o silêncio terminou quando uma tremenda força destroçou o último portão
Queimando como brasa em meio as trevas do portão havia um par de olhos
A encarnação da violência, algo terrível e além da compreensão
Então ele falou com uma voz trovejante, os olhos brilhando com desejo de sangue
"Eu voltei assim como prometido. Bem garotinhos, quem deseja morrer primeiro?"
Como um deus coberto de sangue ele veio, um verdadeiro terror encarnado
Pelo sangue e almas ele veio, um velho débito para ser cobrado
A profecia nos disse que o demônio retornaria
E assim como os Noldrun aprenderam
A glória do passado pode se tornar a perdição do futuro
Quando eles encotraram o terror no interior da montanha
Seu machado se ergueu e desceu em grandes arcos sangrentos
Enquanto castigava os pobres anões deixando um lago vermelho aos seus pés
Mesmo com a determinação de todos na luta
Eu vi um a um todos eles tombarem nas mãos daquela coisa demoníaca
Bem, a história chegou a um fim
Eu espero que tenha gostado da minha história
Mas me ouça, e ouça bem
Eles realmente existem, esses demônios
Então se lembre meu amigo
Que o Caos seduz os descuidados...
A Beleza da Fera
Segura longe desse mundo
Em um sono, um lugar sem tempo
Uma criança, cheia de sonhos
O espelho da mãe, o orgulho do pai
Eu gostaria de poder voltar para você
Sentir novamente a chuva
Caindo dentro de mim
Limpando tudo que eu me tornei
Minha casa está longe, mas o resto está muito perto
Com meu amor perdido sob a terra negra
Você me disse para encontrar o Olho do Lobo
Procure neles e encontrará a beleza da fera
Todas as minhas músicas só podem ser compostas na maior das dores
E cada versó só pode nascer do maior dos meus desejos
Eu gostaria de ter uma noite a mais para viver
Um santo me abençoou, me conheceu profundamente
E jogou fora tuda a miséria em mim
Ainda sim um pecador destrói mil anjos
Dividindo o mesmo inferno que eu
A escolha mais sensata nesse mundo insano:
Cuidado com a besta mas aproveite a festa que ela oferece
Para o Amanhã
Há muito tempo atrás o mundo era apenas um
Caminhávamos sobre florestas jovens
Para uma terra sem sofrimento
Nosso futuro, nossa esperança
Havia alguma coisa no ar
A Era dos Gigantes
Muito além do mar de árvores
Até aonde a visão alcança
"Há um lugar onde o sol brilha cintilante
Há uma montanha que sobe para as estrelas..."
Dia e noite construímos um reino
Com desejo celestial
Suor e sonho fizeram os tijolos
Que ergueram nossas paredes
Pagando tributos aos deuses
E o sangue continuou fluindo
E o desejo pelo conhecimento
Era a vontade de todos
Voe, voe para as estrelas
Alcance-as no alto
Traga de volta as respostas da noite
Role com as nuvens
Cante com os pássaros
Porque um dia vamos ter de dizer adeus!
Aqui vamos nós, caminhando sem mais tristeza
Levantando-se no vento
Caminhando adiante, avançando para o amanhã
Neste caminho sem fim
Muitos anos de harmonia
A mensagem logo chegou
Três grandes estrelas juntas alinhadas
Um calafrio no ar...
O sacerdote estava vestido de preto
No topo da escadaria
Aspirando pelo sacrifício
Daqueles que ousariam
Voe, voe para as estrelas
Depois as deixe cair
Dentro do vazio da noite
Nossa hora chegou
O tempo passa
Pois um dia vamos ter de dizer adeus...
Aqui vamos nós, caminhando sem mais tristeza
Levantando-se no vento
Caminhando adiante, avançando para o amanhã
Neste caminho sem fim
Venha comigo pro Paraíso
Vamos voltar de novo
Vamos voltar de novo!
Para estar perto dos céus
Vivendo num sonho
Vivendo num sonho...
Aqui vamos nós, caminhando sem mais tristeza
Levantando-se no vento
Caminhando adiante, avançando para o amanhã
Neste caminho sem fim
Torre de Marfim
Eu estava em frente a Torre de Marfim
Tão alta quanto eu podia ver
E o vento cresceu nas árvores ao meu redor
Me chamando
Cortinas voaram entro da torre
Carvalhos começaram a se curvar
E os corvos fogem pra escapar da fúria da tempestade
Eu segui os espíritos até a torre
Procurando por meus sonhos
E pela névoa ao redor da velha torre
Eu só encontrei chuva
E pelas frias escadarias
Eu pousei meus olhos em uma imensa criatura
Meu sonho era você!
Meu sonho era você!
O tempo todo estive esperando
Enquanto o sol subia e descia
O tempo todo esperando
Cada hora parecia um dia
Meu medo não é da torre
A prisão só existe aqui
As mentiras lá fora, destruindo meu coração
As mentiras lá fora, destruindo meu povo
As mentiras lá fora, destruindo meu mundo
Nesse ponto a apresentação dá uma acalmada, e Martha sai pra ir no banheiro. Logo depois, o grupo nota uma movimentação estranha pelas fileiras e perto do palco. Pessoas se levantam e sacam armas escondidas, avançando na direção do palco. ao mesmo tempo, quatro pessoas portanto espadas aparecem no palco. Em uníssono, eles bradam: Por Khyber!!!
A banda está sendo atacada, mas, o grupo não resolve deixar barato e resolve entrar no combate. Dillen arranca uma besta de mão do terrorista mais próximo. Elgin tenta o mesmo, mas não consegue. Samarah faz um um dos atacantes no palco fugir de medo. Enquanto isso, os restantes avançam na direção do palco, atacando os músicos, que se defendem como pode. Surpreendentemente, eles se defendem bem, conjurando magias e usando técnicas de luta. Nalerem consegue matar fácilmente um inimigo, e Dante invoca uma aranha pra ajudar os músicos. Dillen, de posse da besta, consegue assustar um dos terroristas. O grupo começa a trocar ataques com os terroristas, desarmando alguns e derrumando outros. Quando Samarah desarma um deles, ele revela uma Marca do Dragão aberrante, e começa a disparar fogo no meio do povo. As pessoas começam a gritar, mas o combate já se mostra nas mãos dos heróis. Um a um, seja pelos esforços do grupo, seja pelos ataques e magias dos cantores, seja por Martha aparecer no corredor atacando os terroristas, a ameaça é eliminada.
A banda desce do palco pra acalmar o público, enquanto agradece aos heróis que os ajudaram a eliminar a ameaça, convidando-os para conversar nos camarins depois que a confusão acalmar. Logo após tudo estar mais calmo e o organizador do evento começar a lidar com a guarda da cidade, todos se reúnem no camarim pra conversar.
Uma vez lá dentro, todos se apresentam, e revelam detalhes sobre a natureza do ataque. Eles além de cantarem, pesquisam informações histórias, e no momento estão pesquisando e obtendo informações sobre coisas que o Culto ao Dragão Subterrãneo quer manter escondidas, só que eles não imaginavam que eles chegariam tão longe pra tentar silenciá-los. Essas informações circulam ao redor de uma profecia, parte da Profecia original que segundo os dragões mostraria todas as possibilidades do mundo. Essa profecia guardada por Miirik e pesquisada por anos deve ser realizada a todo custo.
"Quando a lua encontrar-se com a dragoa de várias cabeças, a cidade dos céus mostrará uma imagem do futuro. A lua se tornará azul e as chaves do local onde a matriarca repousa serão reveladas."
Após ouvir essa passagem, todos começam a imaginar o que pode ser, e logo detalhes começam a encaixar. A conjunção, o evento na torre, a Lágrima de Tiamat, as ligações começam a aparecer, e o grupo se vê envolvido em algo maior do que imaginavam. Miirik e Ralf oferecem ajuda a todos, para que dos dois grupos possam entender essas referências e trabalhar para que o Culto não consiga impedí-los de chegar ao fundo dessa história.
E mais uma vez, nossos heróis retornam para casa, sem imaginar os perigos que os esperam.