Já faz 2 meses que falei pra algumas pessoas e que comentei com o pessoal manaura daqui da spell que eu faria uma campanha de D&D 4E no nivel 11. Acabei passando ela para os domingos e o grupo já ficou definido em 4 personagens.
Richert/Pena de Fênix, Ladino Artful Dodger/Daring Acrobat 11, humano: Um ladino ruivo de 22 anos que usa uma máscara de cores flamejantes e uma grande pena vermelha. Usa como armas um florete bem afiado e um chicote. É muito ágil, confiante e tem uma boa lábia, mas ainda assim não tem defesas muito boas. Ele trabalha como ladrão, caçador de tesouros e recentemente assassino. Mas na verdade esconde um grande segredo relacionado à família real. Além de ter sido ele que evitou com que a família real do reino de Aysirdi (o reino natal do ladino) tenha sido morta em uma tentativa de golpe de estado. Sua identidade secreta é a do mercador Richert, que vive num quarto de hotel numa zona nobre da cidade perto do porto.
Elrik Phantonglance, Druida Primal Predator/Sky Hunter 11, humano: Um jovem de 20 anos e pele meio escuro e olhos amarelados, geralmente está sob forma de animais soturnos e predatórios. É temido pelas Florestas Escuras como um espírito selvagem e feroz, sem clemência cpontra quem tenta destruir sua floresta, que a acolheu após ele ser perder nela, aos 12 anos de idade. Um tanto anti-social, tende a falar muito sozinho, em monólogos intermináveis.
Valek, o comediante, tiefling warlord resourceful/Infernal Strategist 11: Um coronel exilado com pouco mais de 40 anos de idade. Ele pretendia aplicar um golpe de estado em cima do golpe de estado que iria matar a família real de Aysirdi. mas os planos do Pena de Fênix o atrapalharam e entào ele foi descoberto e preferiram exilá-lo, pois matá-lo levaria a mais revoltas. Valek tem a alcunha de Comediante devido ao seu humor negro e cretino, sempre provocando os adversários e aliados com suas observações irônicas.
Invernal Wendigo, shifter razorclaw fighter one-handed weapon/Swordmaster 11: Uma shifter de pelagem branca, listras negras de tigre e olhos azuis. Uma mercenária vinda das estepes do leste. Usa uma grande espada bastarda e um escudo com uma mantícora desenhada nele, além de estranhas botas com caudas de gato saindo dos calcanhares. Ainda Não se pronunciou muito, mas sabe-se que ela largou a tropa de mercenários que ela comandava.
Diário da campanha Retornos Abaladores sessão 1
Dia primeiro de Vidimiário. Durante a meia noite grandes tremores ocorrem estranhamente nas Florestas Escuras, mais precisamente próxima à foz do Rio Lithrai.
Os tremores são muito intensos e até mesmo na cidade-estado de Murdul e em partes do reino de Aysirdi os tremores são sentidos.
Dia 2 de Vidimiário. Na grande capital de Aysirdi, Harvitzorz, um grande navio de luxo considerável retorna do reino de Esdir, um também próspero reino mercante mais ao norte, na ponta da península de Okraya. Desse navio desce um jovem refinado e astuto, que parece ser ora nobre, ora burguês e ora um viajante perdido. Este jovem atende pelo nome de Richert, mas na verdade é o lendário ladrão e agora assassino Pena de Fênix. Por ter estado no mar não soube das novas sobre tremores na foz do grande rio Lithrai que chegaram a Aysirdi.
Ritchert é encontrado pelo seu parceiro de negociações, Vaat, que infelizmente não é nem um pouco agraciado com o dom da beleza. Ele avisa Ritchert através de mensagens secretas em embalagens de doces que ele trouxera a Ritchert sobre um grupo de mercadores contratando aventureiros mais fortes, na Taverna da Ostra Negra, e como seria interessante que o próprio Pena de Fênix fosse lá.
Além de Pena de Fenix, havia mais alguém com interesses em uma missão especial em busca de dinheiro. Uma mercenária encapuzada e intimidadora, de um olhar bestial misterioso. Ela também conseguiu suas fontes para saber sobre os mercadores em busca de aventureiros.
A dupla entra na Taverna da Ostra negra, localizada na região portuária da cidade, embora goze de instalações amplas e com relativo luxo e bom fluxo de clientes. Lá o mercador-chefe Astlin Sargoux (um senhor baixo, careca, meio gordo, de casaco e calças negras e colete verde oliva por baixo, além de um chapéu negro com pluma verde-oliva) e alguns outros mercadores estavam no aguardo de potenciais aventureiros mercenários. Por enquanto chegaram apenas Pena de Fênix e a misteriosa encapuzada, mas a presença súbita e sorrateira do ladino já fez o mercador se apresentar e falar sobre o motivo de querer aventureiros: De acordo com as fontes de informação dele, os tremores acabaram revelando uma grande jazida de minerais preciosos. Os dois aventureiros ainda estão discutindo sobre a recompensa e ainda mal se apresentaram, quando entram pelas portas da taverna alguns homens armados com espadas e porretes, enquanto outros se levantam das cadeiras e atacam companheiros. Em um instante de briga, muitos morrem ou fogem, e sobram 4 bandidos humanos e entram 2 ogros pelas grandes portas, assim como dois encapuzados ocultos, ambos revelam ser guerreiros shadar-kai usando uma dupla de katars e marcas de pintura branca-fluorescentes em forma de garras pela face e armadura.
O combate começa e a encapuzada feroz pula do mezanino para o andar térreo a 3 metros abaixo, sem a menor fadiga. Ela mostra ser uma shifter e intima os bandidos a recuarem, mas eles ainda estão bem confiantes de suas habilidades. O shadar-kai no mezanino tenta atacar o Pena de Fênix, mas o ferindo bem levemente, e então o ladino atira no ar dois baralhos de cartas e em seguida um ataque de seu florete, ferindo de leve o o shadar-kai, mas só por ter aparado com a katar. Os bandidos menores aproveitam e matam os demais mercadores, e nesse momento um acompanhante de um dos mercadores (um meio elfo de cabelos claros e meio andrógino, possivelmente um gigolô), desaparece através de um teleporte. Os ogros atacam a shifter e um deles acerta, mas logo ela gira sua espada e de um só golpe decapita um deles e trespassa a garganta de outro. A shadar-kai no térreo posiciona-se atrás de uma das colunas de madeira que sustenta o mezanino e ataca por trás a shifter, mas errando seus golpes. Enquanto isso o shadar-kai de moicano continua a lutar contra o ladino, e o prende numa rede de sombras, mas o fere pouco. Pena de F6enix usa a magia de sua capa e se teleporta em um lustre, usando seu chicote pra puxar o shadar-kai (que estava se apoiando em cima da mesa) para o andar térreo, derrubando-o em cima de um bandido e matando-o por acidente com seu katar.
E de repente aparece outro vulto pelas janelas da taverna, que corre pelas mesas, cadeiras e parapeitos do mezanino e chega até o mercador-chefe, matando-o com uma corrente com cravos. Chega um outro homem furtivo, de roupas escuras de couro e uma pele bem pálida. Pena de Fênix o reconhece, como Novempt, agora um vampiro.
Embaixo a luta continua entre a shifter guerreira e os shadar-kais, que continuam sem acertá-la com sucesso. Já o ladino se balança pelas cordas e tenta acertar o vampiro, sem sucesso, e volta para as escadas. Os bandidos menores vão até as escadas e tentam cercá-lo, qwuando o ladino decide usar o chicote e usar uma investida acrobática mais especial (um dos encounters) e falha miseravelmente, enquanto é atacado pelas correntes do vampiro. Pena de Fênix desce e ajuda a shifter Invernal como puder contra os shadar-kai, e ela já desmaia o shadar-kai e moicano (que já tinha sido enfraquecido pelos golpes do ladino) comum golpe na cabeça com a parte contrária da lâmina, dividindo o moicano dele ao meio). O vampiro e os bandidos também descem para tentar cercar a guerreira, mas acabam atacando mais o ladino, mas não sem antes o vampiro dominar mentalmente a shifter, ao menos por um tempo. Após ela sair desse estado mental, ela começa a girar sua grande espada, gerando ao redor dela uma “aura” que fere qualquer oponente que estiver muito próximo a ela.
Pena de Fênix usa o grande ataque especial de seu chicote, e acerta o vampiro, imobilizando-o no chão, indefeso a suas estocadas furtivas e ferindo-o bastante, junto aos golpes pesados e potentes da Invernal. A essa altura a shadar-kai mulher ficou muito ferida e decide sabiamente se retirar, enquanto os bandidos restantes flanqueiam o ladino. Quando o vampiro tem chance de se libertar dos grilhões ele morde a coxa de Pena de Fênix, sugando seu sangue e se recuperando ainda mais dos golpes. Mas ao levantar ele que se encontra tamb;em flanqueado, e recebendo mais ataques furiosos por parte de Invernal e do ruivo ladino. Quando percebe que o seu capanga morreu e que em poucos golpes ele já está ferido demais a ponto de nem mesmo sua regeneração ajudá-lo, ele decide virar uma névoa e fugir da taverna. Pena de Fênix o segue pelos telhados por uns tempos e depois ele some.
E o meio-elfo retorna do esconderijo...
Dia 5 de Vidimiário. O isolado vilarejo de Burmè, ainda destruído pelos tremores, tenta se reconstruir. Nesse vilarejo há uma colina e nela há uma mansão. Ela ainda se mantém aparentemente intacta apesar de seu aspecto decrépito e decadente. Muitos guardas rondam e a população olha assustada. Nela atualmente vive um hóspede involuntário. O Coronel Valek ,o Comediante aproveita sua estadia como exilado do reino de Aysirdi ou dos reinos aliados associados, sendo mandado a esta mansão nos confins de um vilarejo nos confins da foz do Rio Lithrai.
Depois de se socializar com os membros do vilarejo em uma taverna, Valek retorna à sua mansão e treina alguns soldados. Após o treino o zelador chama pelo warlord e pelos soldados, mostrando que achou uma adega escondida. Os soldados relutam em entrar, dada a fama de assombrações pelo local. Mas Valek intimida 3 deles e os força a descerem. Depois de um tempo eles Não retornam e ele próprio desce, com o zelador junto e levando um candelabro pra iluminar o local.
Eles descem e vão abrindo as pesadas portas. Quando chegam na aparente câmara final, Valek e o zelador percebe mais uma porta, meio escondida. Valek a arromba com um chute e encotnra mais uma câmara da adega, cheia de barris com vinhos e licores. Mas vê também alguns dos corpos dos soldados. E subitamente aparecem alguns fantasmas pelo local, surgindo pelos barris e porta. Valek Não pensa duas vezes e corta os barris com sua espada e joga no vinho derramado o candelabro, deixando o local em chamas. Ele vai atacando alguns dos fantasmas, assim como as chamas vão destruindo facilmente alguns desses espíritos inferiores. Infelizmente o zelador fora morto por alguns dos fantasmas que surgiram na câmara anterior.
Depois de sair da adega em chamas, Valek anuncia aos soldados que ele precisa de três coisas: Um zelador novo, 3 soldados novos e uma adega nova. E mente, colocando toda a culpa no zelador. Ele também mandou aos seus subordinados que rondem o local em busca de novas assombrações e que as detenham. E se necessário ir à igreja local buscar por um clérigo especializado em exterminar mortos-vivos.
5 de Vidimiário. Nas Florestas Escuras um jovem e poderoso druida sente que há algo de errado e estranho na floresta, 4 luas após os estranhos tremores na região e a sensação de lamentos e incômodos que os espíritos da floresta e de Feywild sentem. O druida encapuzado começa a monologar e retorna ao seu círculo druidico, uma clareira com uma fogueira apagada q sempre parece ter sido recentemente usada, mas nunca é acesa. Criaturas semelhantes a vaga-lumes pairam no lugar, mesmo durante o dia, mas a luz deles, ao contrário dos vagalumes, é constante e mais luminosa. Uma aura azul paira sobre o lugar, quase como uma névoa, e há um octógono feito com troncos ao redor da fogueira.
De lá o druida, chamado Elrik Phantonglance, chama alguns de seus melhores subordinados e os leva em missão de reconhecimento pela floresta aos arredores do Rio Lithrai. Após um tempo, ele ouve alguns gritos de dois de seus companheiros. E encontra na margem de um riacho, um dos companheiros morto, e ali perto uma criatura totalmente fora dos padrões da natureza. Um emaranhado de carne borbulhante de onde surgem e desaparecem dezenas de olhos e bocas em gemidos e murmúrios incrompreensíveis cuja mera exist6encia distorce o solo numa massa de tentáculos e espirais rodopiantes – um abocanhador matraqueante.
Elrik age imediatamente, arremessando de seus cabelos uma semente que explode em chamas, ferindo o monstro e outros monstros menores, que pareciam mãos deformadas com vida própria e alguns olhos e bocas espalhados em seus corpos. Dois desses 4 monstros menores foram carbonizados pelas chamas e os outros ficaram de guarda, enquanto o monstro percorre uma certa distância e assim ficar próximo ao druida e o atrapalha com o terreno deformado. Elrik tenta atacá-lo, mas sem muito sucesso. Os murmúrios do abocanhador começam a afetar o jovem Phantonglance, e subitamente algumas bocas se manifestam, atacando o druida e corroendo sua carne. O druida revida atacando, virando animal, ferindo-o com as garras e depois criando asas coriáceas em suas costas, alçando vôo para o outro lado do rio e embrenhando-se num matagal próximo. O monstro novamente nada para a outra margem, e tanto os murmúrios quanto os ataques com as bocas falham, graças aos galhos e vegetação que o atrapalharam. O druida assume a forma de um lobo gigante e o derruba imediatamente, para em seguida avoltar à forma humana e arremessar espinhos vegetais carregados de eletrecidade. O monstro recebe mais alguns choques e depois tenta fugir nadando pelo rio. O druida o persegue e falha fazer com que vinhas o prendam, mas depois dá um bote feroz e com total fúria selvagem, estraçalha o monstro de bocas e olhos, a ponto de sobrar pouca coisa de tão horrenda criatura.
Terminado o combate, Elrik se põe a rastrear logo outras aberrações pelas redondezas, esquecendo-se completamente de dar um funeral a seus companheiros mortos, que fica a encargo dos demais subordinados.Após um dia interminável seguindo os rastros de aberrações, ele chega às imediações da mansão onde Valek está exilado. Alguns dos soldados se assustam ao avistar uma grande fera negra de asas de morcego perambulando as redondezas. E Valek se irrita com a covardia desses homens e entra na floresta próxima ao “quintal”. Elrik volta à forma humana e encara Valek, mostrando que está aqui em busca do rastro de monstros totalmente fora dos padrões naturais. O tiefling acha tudo isso engraçado e volta a chamar seus soldados. Ele manda dois deles descerem o buraco e seguir o caminho dele. O druida inocentemente fala “você sabe que eles vão morrrer, né?” deixando os homens mais temerosos por seus destinos. Logo após descerem o túnel, eles puxam a corda e depois voltam sem nenhum arranhão. Os túneis estão interditados. Então enquanto o tiefling e o jovem druida de pele morena discutem, um outro soldado chega correndo e anuncia que a igreja da vila está sob ataque, e que algo muito grande e estranho está dentro dela matando guerreiros e clérigos. A recém-formada dupla segue adiante até a igreja, dedicada a Melora, Pelor e Avandra e se preparam para entrar e enfrentar o que seja que estiver dentro...
Fim da primeira sessão.
Comentários técnicos
-O primeiro combate foi o mais demorado. Por sorte eu já tinha arrumado antes da sessão o complicado grid de uma taverna ampla e com um mezanino e muitas mesas, cadeiras e lustres.
-Aqui a dupla ladino + guerreiro não soube ficar bem unida. Se separaram logo no início da luta (embora não tenha sido prejudicial de início)
-Começaram explorando bem o fato de terem ranks maiores de acrobacia e deamis perícias, fazendo muitos manobras acrobáticas, andando em cima de cadeiras e mesas, pulando de 3 metros de altura pra baixo, usando os lustres, etc.
-O que atrasou a luta foi de fato o vampiro e seus muitos PVs. A dupla consumiu praticamente todos os poderes diários e de encontro, mas usaram bem pouco os utilities (té por Não serem os mais adequados a esse encontro em especial).
-A luta do warlord tiefling foi só mesmo pelo XP, pois não consegui pensar numa skill challenge mais elaborada ou algo do tipo. Foi um combate bem fácil pelo fato dele ter usado a adega, álcool e chamas a favor dele, incinerando facilmente os minions, e por ser bem resistente a fogo também .
-A luta do druida contra o abocanhador matraqueante foi praticamente um duelo de controllers, mas também com uma razoável movimentação. E terminou bem em parte porque o druida do Virtual Adept tirou críticos em boa hora.
-Skill challenge básica e fácil. Sem comentários
Pérolas e Awesomeness
-O ladino do Aluriel ia pulando e telhado em telhado pra chegar até a taverna, ao estilo Spirit.
-A cena inicial do combate, onde o primeiro sly flourish do Pena de Fênix foi o fato dele ter usado dois baralhos pra distrair o oponente e então golpear
-A mordida na coxa do ladino do Aluriel. Já começou como a cena mais suspeita de toda a campanha.
-Valek, o Comediante por si só já está rendendo pérolas e dentro do padrão de personagem que foi definido. Especialmente a fala dele após sair da adega em chamas
-Os monólogos do druida. “A floresta chora... A floresta é como minha filha, a minha mulher, a minha mãe, a minha amante... ela me sustenta e me protege em seu seio...”
-O druida, ao ver os soldados do valek irem dentro do túnel cavado por uma aberração desconhecida. “Você sabe que eles vão morrer, né?” E mesmo assim Valek apenas ri.