Blood Street Blues - Capítulo 11 - A Diplomacia Beligerante
Onde acordos aproximam aliados, e o vento sopra o som da batalha.
CENA 01 – Brujo Interroga
Imobilizado e sangrando, o atirador da Máfia não representa um desafio para Brujo e seu cortador de charutos. De qualquer modo, o Atravessador decepa um de seus dedos, apenas para não deixar dúvidas a respeito de quais são as intenções para aquele encontro no beco. Antony Larks, entre balbucios e lamentos, vomita que opera sob ordens direta de Vinnie Ciccione, e que seus alvos são Brujo, Petrelli, Dasha e Sarah Chang. As duas últimas formam eliminadas, e Petrelli está a caminho do hospital. Resta ao Atravessador fazer alguma coisa. Deixando Larks desacordado, ele parte do local, enquanto ouve o som das ambulâncias cada vez mais próximas.
CENA 02 – Ante-sala
Ainda na calçada, nos arredores da Taverna O’Flaherty, Petrelli perde a consciência. Ele tem lembranças vagas a respeito dos paramédicos chegando e prestando os primeiros socorros. Sem uma noção do tempo transcorrido, desperta em uma pequena sala. Um médico, Dr. Herbert West, se apresenta. Identificando o jaleco do Centro Médico de Crise, onde esteve em outra ocasião em que foi baleado, Petrelli ouve que a extensão dos danos obriga a uma cirurgia complexa, com duração de cerca de 4 horas. Depois disso, uma cirurgia estética deve eliminar as cicatrizes. Mesmo atravessando um processo que pode resultar na sua expulsão, o Policial continua coberto pelo seguro da NCPD. Entretanto, a situação delicada obriga a concordância com alguns procedimentos especiais. Sob efeito da medicação ministrada antes da cirurgia, ele mal consegue identificar as linhas do contrato que assina.
CENA 03 – Alça de Mira
Padre Kevin permanece um mistério para Brujo. Por que um homem tão respeitado pela comunidade irlandesa e italiana – que forma o grosso da população do Distrito NorthSide e de Little Italy, respectivamente – estaria trabalhando em favor da Máfia? O resultado mais óbvio da suposta parceria era o assassinato de Dasha. Existiriam outras vítimas? Motivado por essas perguntas, Brujo observa à distância a Igreja Holy Angels.
Seu destino seguinte é um prédio comercial nos arredores do Armazém Meratti’s. O Atravessador chega sem dificuldades até o terraço, onde observa o movimento. Circundado por um grande pátio de automóveis e uma ampla entrada para entrega e saída de mercadorias, o local é uma fortaleza bem-guardada, com vigilância permanente. Ainda que o preço de frutas naturais atinja picos altíssimos em 2020, Brujo sabe que o negócio não declarado de Meratti – armas e munição – alcança valores ainda mais estratosféricos. Registrando tudo por meio de fotografias, o Atravessador solicita a LiveWire algumas plantas.
Por fim, ele visita a Taverna O’Flaherty. Como era esperado, Legião não se encontra. Ele/Ela foi atingida por um projétil no olho durante a troca de tiros do dia anterior. Segundo Millie, passa bem, e se recupera em uma clínica particular. Brujo considera que a habilidade que ele/ela demonstrou pode ser útil, e pega o endereço do local para uma futura visita.
CENA 04 – Palavras de Conciliação?
William “Bill” Duke se dirige ao Centro Médico de Crise movido pela curiosidade. Na noite anterior ele foi procurado por Danny Trejo, conhecido nas ruas como “El Brujo”. O estranho tentou lhe entregar um pacote, que ele não aceitou, e se disse amigo da prostituta morta na troca de tiros no Distrito NorthSide, Dasha. No relatório a respeito da noite em que afirma ter perdido sua arma, Petrelli disse que esteve com a prostituta.
Na conversa com Duke, Petrelli afirma que foi alvo da Máfia porque estava muito próximo de descobrir algo a respeito de Vinnie Ciccione. Ainda que não apresente provas, o Policial relaciona uma série de fatos recentes para convencer o Sargento de que está sendo vítima de uma conspiração que visa eliminá-lo. Dasha foi morta por ser um contato valioso, e Brujo é apenas um cafetão ciumento, afirma.
Duke deixa o local convencido de boa parte das afirmações de Petrelli, ainda que isso nada tenha a ver com o processo por expulsão levado adiante após a morte de dois seguranças na Torre Burleson. De qualquer modo, a possibilidade de alguma colaboração parece mais próxima.
Graças a um telefonema, Brujo repete na NCPD, em conversa com Duke, o mesmo tom adotado por Petrelli. O Atravessador, porém, apresenta uma versão nebulosa quando questionado a respeito de sua participação no tiroteio próximo à Taverna O’Flaherty, alimentando desconfianças.
CENA 05 – Tentativa de Fuga
A constante movimentação de enfermeiras e a diversidade de medicamentos ministrados após a cirurgia deixam Petrelli desconfortável. A existência de um documento assinado sem leitura prévia apenas contribui para exaltar as preocupações mal formuladas. Mesmo com o rosto coberto por faixas e sentindo dores, o Policial decide que ficou tempo demais no Centro Médico de Crise.
Após anunciar suas intenções para um oficial destacado para protegê-lo e uma enfermeira, ele toma o elevador. Desce alguns andares, percorre um caminho tortuoso de corredores e escadas de incêndio, mas acaba sendo encontrado por um segurança do hospital. A contragosto, retorna ao seu quarto. Não demora até que o Dr. Herbert West faça uma visita. Responsável pela cirurgia e pela recuperação de Petrelli, o médico afirma que o Policial poderá deixar o Centro Médico de Crise no dia seguinte, desde que consinta em manter seus ferimentos limpos e continuar tomando a medicação. Em dois dias ele deve ser submetido a uma cirurgia estética corretiva. Petrelli aceita as condições como uma vitória.
CENA 06 – Negociando com os Gypsy Jokers
O apartamento de Brujo finalmente está aliviado de parte das caixas que acomodam cerca de uma centena de armas e muita munição. O trabalho árduo de uma noite transportou o arsenal adquirido nos últimos dias. Saem as armas antigas ou indignas de confiança – adquiridas quando ele, Petrelli e Loa se passaram por membros dos Voodoo Boys – e permanece o moderno equipamento saqueado do Shopping UpTown pelo SlaughterHouse.
Trafegando durante a madrugada pelo quilômetro 62 da Interestadual 828, na direção sul, rumo à divisa com a Califórnia do Sul, Brujo vai ao encontro dos Gypsy Jokers. Não demora até ser abordado por uma dupla em uma motocicleta. Os sinais denotam o reconhecimento mútuo, e em minutos o Atravessador conduz o velho furgão por estradas empoeiradas através da região desolada que é o campo nesses dias.
Após cerca de vinte minutos de poeira e buracos, Brujo chega a um descampado onde, iluminados por fogueiras e faróis, reúnem-se cerca de dez homens. Escancarando as portas do furgão, o Atravessador começa a descarregar caixas de armas, para deleite de Rampage Reynolds, líder dos Gypsy Jokers.
Brujo faz uma série de observações durante a conversa com Rampage: a pele fustigada do grupo, acostumado a transitar pelas estradas constantemente, grita CÂNCER sem parar; apesar da reputados pela sua agressividade, os Gypsy Jokers não parecem especialmente hábeis com armas; por outro lado, eles querem tanto as armas que mal fazem perguntas sobre o trabalho a fazer. Brujo convence Rampage de que Arturo Meratti é um rival que deve ser eliminado, deixando de lado o poder que o alvo tem.
Antes de partir, fica acertado que um grupo de 10 dos Gypsy Jokers irá operar sob as ordens de Brujo durante um dia, em troca das armas já entregues e mais ED$ 1.500.
CENA 07 – Preparativos, e um pequeno acidente
O dia seguinte é todo gasto com preparativos diversos. Depois de descobrir seu apartamento vasculhado, Petrelli procura Brujo, que lhe oferece o cartão da antiga residência de Dasha. O Policial decide rumar para lá, mesmo que a câmera escondida de Brujo tenha detectado a invasão do local, dias antes do assassinato da prostituta. Considerando esses fatos, Brujo também cogita a possibilidade de uma mudança.
Logo ao chegar em sua nova “casa”, Petrelli realiza, sem sucesso, uma troca de curativos. A falta de jeito acaba abrindo pontos e produzindo um grande sangramento. Aparentemente, o Policial se tornou incapaz de passar muito tempo longe dos serviços públicos de saúde.