Entre o primeiro e segundo encontro o grupo decidiu por fazer um short rest. A medida até era necessária, pois mesmo que não tivessem usado second wind (não me lembro se o ogurk usou) o clérigo já tinha gasto um helling word e os demais consumiram bastante seus poderes de encontro. Era perigoso continuar do jeito que estava.
Particularmente em minhas sessões é normal o uso de short rests com alguma frequência, mas aqui eu passei a adotar a filosofia que existe em um tópico sobre a 4e aqui na Spell: "Turno dos Heróis, Turno dos Vilões". Um short rest para os heróis é o tempo necessário dos vilões chamarem um aliado mais poderoso (elevar o nível de alguém, mecanicamente falando) ou plantarem alguma(s) armadilha(s) no caminho dos personagens, ou qualquer outra medida que possa dificultar um pouco o combate contra personagens com seus recursos totais restaurados.
No caso acima, eu elevei o nível das Hounds de 10 para 11, não que tenha feito muita diferença, poucos foram os ataques das Hounds que acertaram no talo. Na verdade, houve uma quantidade admirável de crítios, principalmente em função do ataque de múltiplos alvos que a criatura fazia toda rodada.
A iniciativa foi rolada quando o lagarto do Iothar arrombou as portas da sala. Ele acabou sendo alvo de ataques preparados dos Lashers e ambos o atingiram causando um estrago de mais de 20 de dano. Parece pouco falando assim, mas imagine isso para um personagem de 83hp antes dele conseguir fazer qualquer outra ação. Ponto para os vilões.
Seguindo a mesma linha do combate anterior, Ogurk se infiltrou no meio dos bichos, arriscando ataques de oportunidade só para se aproximar dos artillery. Pra ele isso é simples, muito hp, muitos pulsos de cura e a possibilidade de se curar quase completamente com uma ação menor o encorajam a sempre fazer algo semelhante.
A surpresa no início do combate foi um ataque estremamente tático do Ramesh. Ele avançou diretamente pro meio dos brutos e do soldier e todos pensaram "menos um avenger no mundo", mas ele chegou lá atacou um dos brutos, teleportou de volta para trás do Iothar arrastando a criatura consigo. Cara, como eu me admirei com a manobra. Sério! Agora imaginem o bruto que achava que ia confrontar apenas um Defender, ter que se defender contra paticamente 4 strikers. Nah, quase que aquela Hound sai andando do combate como quem diz "não sabe bincar, não brinca!". Ponto para os herois.
Nas duas rodadas seguinte o combate se instaurou de forma semelhante ao primeiro. Um defender na frente do grupo, segurando os artillery, o outro defender na reteguarda segurando outros bichos e os strikers no meio do bolo fazendo uma festa de Vantagem em Combate. Estou supondo que esta virá a ser uma configuração repetitiva quando o Iothar estiver combatendo montado. Vamos ver o que ocorre quando surgirem mais Lurkers e Skirmishers em um combate. Ah, esqueçam o clérigo "leader healler", esse aí acima soma mais um striker no grupo.
Diferente do combate anterior, o Ogurk agora conseguiu segurar mesmo os artillery. Ele se tornou praticamente o único alvo de seus ataques (poucos miraram os demais membros), mas levou bastante dano também. Eu achei que os brutos iam servir de saco de hp pros vilões, mas me enganei. Eles tinham capacidade de causar dano com uma ação menor e uma ação padrão, e o fizeram com sucesso. A Statue tinha defesas altas e um ataque e dano bastante notáveis. O resultado disso foi Iothar com 8hp perto do final do combate.
No meio do combate uma manobra de mecânica específica me deixou absorto. Com sua montaria (usando a mecânica do elefante) Iothar investiou contra um dos Lashers, mas no meio do caminho atingiu e derrubou um dos Hounds. O ataque da montaria é um investiva de ação padrão, assim como é o ataque de Iothar no final do turno, ou seja, ficou parecendo que Iothar tinha duas ações padrão no mesmo turno. No momento discordei do movimento, mas aceitei para não precisar parar a sessão, uma atitude normal minha quando estes casos ocorrem. Posteriormente eu avaliei o poder e é aquilo mesmo, o personagem tem o talento necessário e a descrição do poder da criatura é específica nesse sentido. Não vejo a necessidade de mudar a mecânica da coisa e seria hipocrisia permitir o uso de um talento como o "Hero of Faith", que é muito mais over, e não permitir esse movimento. A única ressalva é que possivelmente as estatísticas do ataque em si serão modificadas de volta para o original, ainda estou analisando.
No final, o grupo vence os vilões com alguma folga, mas Iothar e Ogurk precisam usar alguns pulsos de cura a mais, 6 e 4 respectivamente para ambos encontros, enquanto os demais membros usaram 2 cada um. Parece pouco, mas proporcionalmente estão bem próximos. Preocupação apenas com a Lícia que possui recursos de cura bastante limitados. Particularmente gostaria de ter feito Ramesh e Claw gastarem mais um pulso e o Ogurk mais uns três, mas como os dois primeiros ainda estão feridos acho que posso considerar a meta atingida. Com o anão, equilibra-se as coisas no futuro.