[região] Ilhas Ohilu

Projeto coletivo de criação de um cenário oriental para o sistema d20, bem como criação e alteração de regras para o mesmo.

Moderadores: Madrüga, Youkai X, Léderon, Moderadores

[região] Ilhas Ohilu

Mensagempor Youkai X em 21 Abr 2011, 21:38

ILHAS OHILU

Não possui


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Gentílico: Ohiluna
Idioma oficial: )], Linguas estrangeiras: Kilwunsu, Bez-shinal, Naga, Yondzu-shyun, Petzim, Kiluvila (língua crioula feita a partir de navilano, kilwunsu e Bimerru, falada como língua franca entre os piratas ou capitães de navios piratas por toda a região e até além)
línguas nativas: linguas Onpa, línguas Tsakmaeral , línguas Bezra Gatar , Línguas Nae ,
Regime: nenhum. Território sem soberania
Regente Atual: Nenhum
Exportações: frutas, marfim, especiarias selvagens, ervas, madeira, flores, tapa, enxofre, couro de répteis, peixes, coral.
Importações: ouro, prata, ferro, bronze, grãos, tecidos (de algodão e linho, em geral), café.
Principais Cidades: Dapung ( sreokan, 35.000 habitantes), den-Uraz (dagunar, 33.000 habitantes),Daganshan (24.000 habitantes), Janra Lyen (hyenhu-ran, 18.000), Balinar (navilano, 15.000 habitantes. Antigamente 41.000), Hayma (sem nacionalidade, 11.000 habitantes), Ili’ara E (gailel Nae, 2.400 habitantes), Mahabi Kila (normalmente 1.200 habitantes, mas sazonalmente chega a 8.500).
Demografia racial: Humanos 70%, vunyas 15%, gailel 10%, nagashi 4%, outros 1%

Características Gerais

Um conjunto de ilhas logo abaixo de Phaak Mlat, e no meio das rotas marítimas de Daguna, Sreok Epsang, Ciwe, Gavagai, Ramkûd e Sakya, estando perigosamente próximo aos mares maculados de Nam-sari. São ilhas e arquipélagos rochosos, com boa parte sendo vulcânica e muitas outras ilhas sendo de formações montanhosas baixas cujos sopés foram submersos há muito tempo, bem antes de qualquer pessoa existir.

São ilhas tomadas por espessas selvas e rodeadas por mares rasos de águas límpidas e formações de coral, onde as praias arenosas e receptivas são estreitas e delimitadas por gigantescas falésias escuras ou por formações rochosas impressionantes, que parecem desafiar a gravidade do modo como foram esculpidas pelos mares revoltos durante as marés altas e monções. Após tais obstáculos, aguardam as densas matas tropicais e sempre úmidas, com vários tipos exóticos de animais e cheias de povos nativos, variando de povos hostis de caçadores de cabeças a povos pacíficos, além de ruínas de todo tipo de fortificação ou entrepostos comerciais de povos “civilizados”.

É uma região muito disputada pelo valor estratégico para as rotas mercantis entre o oriente e o centro oriente/ocidente, existindo desde tempos antigos incontáveis guerras sendo travadas na região, sendo a última das guerras a Sreokan-Dagunar, terminada no ano de 915 com um acordo diplomático entre ambos os reinos. Ainda assim, é um local fortemente patrulhado por navios militares de tais reinos, além das forças defensivas próprias das cidades-estado, tanto para repelir ataques de piratas quanto de tribos hostis, além de ocasionais monstros marítimos que possam surgir.

Mas recentemente, a partir de 1064, começaram a surgir embarcações oriundas de Ciwe busando se estabelecer, mas Daguna e Sreok Epsang decidiram repelir as forças estrangeiras ou colocá-las sob acordos comerciais muito rigorosos, com medo de perder a soberania. Também com o novo acordo dedicaram-se a se unir para combater os diversos grupos de piratas que se escondem por todo o arquipélago. Enquanto isso os almirantes de ambos os lados sentem-se no meio de uma guerra velada por influências e onde ambos os lados possuem uma adaga escondida nas costas. Os nagashi já até cunharam um ditado: Cães e aves podem até se juntar para combater os gatos, mas ainda se enfrentarão um dia, enquanto a serpente espreita.



Religiões

Um verdadeiro caldeirão de diferentes crenças encontra-se nas ilhas Ohilu, especialmente as diversas crenças animistas dos povos nativos, mas nas áreas colonizadas já se encontram populações inteiras convertidas a religiões estrangeiras, como os vunya Gaful e humanos Tatani convertidos ao Uno pelos dagunares, assim como tribos Yua civilizadas por colonos sreokan, que passaram a misturar seus antigos deuses e contextualizá-los no panteão e sistema de crenças sreokan, passando a prestar cultos e homenagens também à família real sreokan.

A maioria das crenças em Ohiru consiste na adoração de deuses associados diretamente a forças da natureza e representados por ídolos de madeira ou pedra, sendo os ídolos de pedra dos Yua e os ídolos de ossos e madeira dos Kopuni os mais elaborados e impressionantes, passando a serem muitas vezes adorados ou temidos até pelos mercadores, piratas e militares estrangeiros que vivem na região. Em muitos desses povos o sacrifício de animais ou pessoas é considerado essencial para aplacar a ira dos deuses ou ter sua passagem de infância para vida adulta confirmada. Práticas de arte corporal, piercings de ossos e marfim e escarificações são comuns também, embora em populações convertidas ao uno tais práticas vão perdendo valor.

Mas se há um conjunto de crenças religiosas nessa região que chama a atenção pelo contraste, são as crenças dos gailel Nae, que diferente da maioria dos povos humanos nativos e suas práticas violentas, são religiões voltadas ao princípio da hospitalidade e acolhimento, tendo algumas de suas aldeias áreas de repouso inteiras dedicadas ao acolhimento de estrangeiros, embora qualquer tentativa de ataque é repelida com expulsão, mas não necessariamente ataques fatais. Com isso surgiu em cidades-estado e entrepostos alguns santuários não-gailel dedicados a deusa La’an, considerada uma grande mãe e provedora da vida e gentil amparadora dos doentes e feridos. Os vunya de Daguna residentes em ohilu acabaram incorporando tal visão da deusa em uma das potestades, retratando um ser híbrido e no qual conseguiram converter 5 pequenas tribos.

Entre os deuses ou entidades demoníacas mais temidas em Ohilu pelos colonos, são: Kahakaro (deus Anmi das tempestades e visto pelos outros povos como um demônio grotesco e temperamental), Solala Ti (rainha dos cantos e do povo fera Lahi, uma raça mitológica de “harpias”, apesar de realmente existir populações de harpias espreitando pelas ilhas. Todos os povos Onpa temem tal deusa e em alguns outros povos existem equivalentes de menor relevância, mas associados a tal figura), Ung Hmun (demônio sobrenatural da noite e das selvas, aquele que tudo vê. Representado como um horrendo híbrido de homem, macaco, morcego e serpente. Os sreokan acabaram associando tal demônio a uma divindade própria deles, Dravla Gunsol) e Bihu (deusa dos mares para os povos Onpa, colérica e ciumenta, um dos principais motivos do porque os povos nativos consideram mulheres um símbolo de mal agouro em navios e o porque de tal crença ter se difundido em piratas estrangeiros há centenas de anos. Em portos distantes observa-se na proa de navios esculturas representando Bihu ou ao menos uma figura baseada em Bihu. Por sorte, os sreokan e hyenhu-ran desenvolveram uma peculiar superstição, a de que uma mulher pode enganar Bihu portando nos bolsos de suas saias ou calças uma grande vagem e nozes, além de comprimir os seios com faixas de algodão e ocultar o cabelo com véus ou chapéus. Evitar o uso de maquiagem também conta para tal simpatia)



Instituições, organizações, guildas


Guildas


Ta Jan Huk: Os famosos caçadores de feras de Hyenhu certamente aproveitariam para abrir células de sua organização nas ilhas Ohilu. Já há relatos de expedições deles desde 850, mas passaram a fixar bases permanentes de vez em 910 em Dapung e em 988 em Janra Lyen. Contam com uma vasta rede de informantes e absorvem rapidamente talentosos caçadores, farmacólogos e herbalistas locais e de diversas origens, especialmente após o Édito do Mérito, criado para melhor absorver técnicas estrangeiras de caça e alquimia. O mais avançado posto deles fica na ravina de Shim, próximo aos famigerados Jardins Selva de Suluta. Confirmadamente há em suas novas fileiras alguns nativos das tribos, assim como vunyas selvagens ou de visão mais flexível da sociedade dagunar, assim como alguns gailel e até mesmo relatos confusos sobre alguns ha-nagashi e haruum.



Principais áreas e cidades

A maior das cidades em Ohilu é Dapung:, localizada na costa sul da grande ilha Snalwam/Popokat. Construída originalmente em um complexo de fortes, é uma das mais antigas cidades coloniais em atividade no arquipélago e certamente uma das mais bonitas junto a den-Uraz. É um importante porto e entreposto comercial, além de importante centro de defesa, bem guarnecida por torres, fortes e uma esquadra naval atenta a qualquer movimento em falso de inimigos. Formada por várias casas e edifícios brancos com telhados vermelhos e dourados ricamente adornados, espaçadas em largas avenidas arborizadas e floridas, sempre ocupada com riquixás, cavalos e carruagens, além de ocasionais elefantes e tricerontes. A cidade é aromatizada com os inconfundíveis e variados cheiros de especiarias, perfumes e comidas, além de marcada por sons de festivais, marchas e apresentações de rua ou de “óperas” em espaços abertos e fechados.

Enquanto isso den-Uraz é a grande jóia dagunar dos mares em Ohilu. Localizada na costa norte da ilha Popokat, é outra cidade portuária e militar importante na região. De maioria vunyatra e com templos pomposos para o Uno, converteu já populações nativas de vunyas, vivendo numa casta especial conhecida como “ensinados”. É uma típica metrópole dagunar, de ruas estreitas e labirínticas, de arquitetura ricamente ornada ao mesmo tempo que é contida. Também possui uma vasta população de cães de rua, a ponto de se tornar uma praga e inclusive motivo de ataques ferozes de tribos selvagens não-convertidas, por considerar os cães animais de mau agouro e uma ameaça a vida selvagem. É nesta cidade que se encontra o Baluarte da Porta Negra, que é um pequeno forte construído em cima de antigas ruínas, marcado por um portão duplo de pedra enegrecida entalhada com inúmeras faces monstruosas. Até agora ninguém conseguiu realmente abrir a estrutura misteriosa, e em noites de lua nova relatos de espíritos hostis feitos de sombras já foram ouvidos, e guardas já desapareceram em muitas ocasiões sem nunca mais retornar durante vigílias.

A humilde cidade de refugiados de Hyenhu conhecida como Janra Lyen:, que começou como um assentamento de náufragos em 961. Desde então refugiados de Hyenhu continuaram a se assentar a e a expandir o local, tornando-se uma cidade portuária bem guardada por uma baía rochosa e várias falésias. Diferente de muitas outras cidades, geralmente governadas por nobres, militares ou mercadores ricos, Janra Lyen é governada por um conselho de anciões de diversas classes sociais, auxiliados pelos cidadãos através de votos dos declarados cidadãos, tornando-se um dos primeiros regimes democráticos nas Terras Sagradas. Entretanto, ainda é um sistema com forte autoritarismo, onde apenas os mais velhos e líderes de clãs e famílias são considerados cidadãos efetivos e onde os demais obedecem com pouca ou nenhuma chance de questionamento. Nesta cidade também se encontram os principais monastérios de artes marciais em Ohilu, dentre os montes rochosos e ruas estreitas, labirínticas e caóticas.

A escondida Hayma: é por excelência o maior antro oculto dos piratas, sendo uma antiga cidade tribal conquistada por piratas navilanos, sreokan e tervatianos há mais de 700 anos. Fica oculta na enseada rochosa da grande ilha de Gahao, sendo uma cidade cortada por encostas e muitos níveis e aclives. É composta por pequenos fortes de rocha cercados por várias casas simples de madeira e palha, vigiadas rigidamente por facções criminosas conflitantes, dividindo a cidade em 4 facções principais (Tubarões de Coral, Espadas do Vento, Presas Atrozes e Pérola de Sangue), que para não mergulhar a cidade em guerra civil e se enfraquecer, precisam tomar decisões políticas a partir dos Jogos da Deusa, uma série de esportes e missões feitas em homenagem à deusa Bimemi da sorte e justiça, Tatunahi. Aos representantes da facção vencedora dos jogos, muito dinheiro e homenagens são prestados, além de tornar por um ano a facção vencedora a líder no caótico Conselho dos Bairros de Hayma, que é a instituição de governo da cidade criminosa. Muitas vezes grupos mercenários e pessoas consideradas com potencial para se unir a uma das facções recebem como teste final de lealdade participar de uma das equipes em tal competição desenfreada. Desnecessário dizer que fatalidades, sabotagens, intrigas e obstáculos monstruosos aguardam os competidores.

A maior cidade de nativos em Ohilu, Ili’ara El:, é de origem gailel Nae, que vivem nos planaltos florestais da ilha setentrional de Talaeala. É uma bela cidade integrada as florestas, com pequenas casas feitas de galhos e ramos entrelaçados ainda vivos para formá-las. Possui várias praças arborizadas e pontuadas por fontes de água fresca e templos usados para abrigar visitantes em busca de repouso, hospitalidade e cura, de acordo com os preceitos da religião Laaha e da deusa La’na. Ainda assim a cidade é guardada por soldados gailel ocultos e dispostos a expulsar qualquer um que abuse da hospitalidade local. Os caminhos para se chegar a esta cidade são confusos e perigosos, sendo dito que apenas aqueles sem violência e ganância em seu coração conseguem achar a cidade. A verdade é que há vários postos de observação de soldados gailel que observam as pessoas em busca da cidade. Quem eles considerarem dignos receberão um sutil apoio. E aqueles que buscam subjugar a cidade encontrarão uma série de obstáculos e caminhos falsos, graças ao trabalho da ordem de sacerdotisas Dedos de Vili.

Localizada no sul da grande ilha de Gahao,Mahabi Kila: é uma cidade sagrada para os diversos povos locais, construída ao longo de uma planície vulcânica fértil e com vista ao Monte Alung/Alun, a maior montanha de todas estas ilhas e também um impressionante vulcão ativo e geralmente emanando suas fumaças tóxicas. Foi construída em um conjunto de ruínas muito antigas, até mesmo mais antigas do que as ruínas de entrepostos do extinto império Vatrayu. Tais ruínas são semelhantes ao estilo arquitetônico nagashi, embora com marcantes diferenças, especialmente a raridade de imagens associadas a serpentes.

Áreas selvagens e despovoadas


O arquipélago Ohilu no geral é belo e tropical, sendo quente o ano inteiro e varrido por monções em épocas específicas do ano, mas mesmo assim sempre úmido e com chuvas torrenciais constantes. Suas matas são densas e profundas, com a copa das árvores atingindo mais de 30 metros de altura e com algumas árvores colossais com o dobro ou triplo de altura e diâmetro se destacando. A variedade de espécies das árvores e demais plantas é elevada e com todas elas muito difundidas e misturadas na extensão das selvas, sendo necessário andar no mínimo algumas centenas de passos para encontrar outro exemplar da mesma espécie de uma planta encontrada.

O solo das florestas é traiçoeiro, sendo encoberto por camadas de folhagens mortas, ervas e arbustos os mais diversos possíveis, de tipos inofensivos a espécies venenosas. Os verdadeiros perigos do solo de Ohilu são as inúmeras serpentes venenosas ocultas e o solo calcário frágil de muitas regiões, que esconde fendas profundas e afiadas ou entradas para complexos tortuosos e ciclópicos de cavernas.

Os subterrâneos do arquipélago são vastos e pouquíssimos explorados, geralmente conectados com baías e rios ocultos abaixo da terra. São locais aparentemente calmos e esculpidos por eras de infiltração das chuvas, onde despontam dos tetos incontáveis estalactites delgadas e pontudas ou colunas calcárias de formas curvas e retorcidas, as quais muitos nativos consideravam corpos de imensos vermes demoníacos ou deuses do mundo inferior.


Ilha Mopoli: Abaixo da ilha maculada de Oskig-atal encontra-se esta outra ilha, também de clima semi-árido e terreno pedregoso, além de cortada por perigosas correntes marítimas. É uma ilha infestada de répteis estranhos, incluindo um grande lagarto com uma vela nas costas, mas uma postura diferente das pernas. No interior da ilha, na única floresta dela, encontram-se um complexo de templos e ruínas de alguma cidade muito antiga, de arquitetura assemelhada a nagashi, mas cujas redondezas são marcadas por milhares de pinturas de ideogramas peculiares e conjuntos intrincados de trepadeiras formando sinais repetitivos e entrelaçados. Há pouquíssimos assentamentos na ilha, sendo todos de gailel extremamente paranóicos e cuidadosos, cuja hospitalidade é um modo de desviar atenções de exploradores de tais ruínas.

Os 4 Deuses: No sul da ilha de Gahao encontram-se uma cadeia montanhosa vulcânica. Pode não chegar nem de longe ao tamanho de Yerenzev, mas são bem desafiadoras e instáveis, se destacando no centro da cadeia 4 grandes montanhas bem íngremes e cônicas, consideradas deuses pelos povos das redondezas. É por excelência o lar icônico dos dragões conhecidos como Bestas Ígneas, sendo que as variedades locais são bem maiores e mais territoriais que as de Ramkûd, Daguna ou do sudoeste do continente, apesar de serem menos predatórias e expansivas. Aqui eles vivem em comunidades até grandes e alimentam-se de thoqquas e outros répteis e criaturas ígneas, incluindo alguns tipos pequenos de elementais de fogo. Dizem nas encostas de uma das 4 montanhas há um templo dedicado aos deuses do fogo, onde há uma ordem de reclusos monges forjadores, que dominaram uma técnica que permite fazer armas flamejantes de metal laranja. Entretanto a jornada é perigosa e o próprio templo, dizem alguns, é rodeado por armadilhas, feras domesticadas, ascetas fanáticos e provações extremas da qual apenas os mais fortes poderiam ter a honra de ganhar uma arma tão especial.

Jardim Selva de Suluta: Em Ohilu há muitos jardins silvestres e uma grande variedade de flores exóticas endêmicas, mas um dos mais impressionantes é o de Suluta, na ilha Hotuna. Já foi alvo de disputas entre os sreokan e dagunares devido as raras flores que servem para a fabricação de perfumes, incensos, especiarias e diversos outros produtos. Entretanto é uma localidade de acesso dificultado por estar nas profundezas de um vale e oculta por selvas e nevoeiros, além de assentamentos de gailels e trolls pigmeus. A região é temida e adorada devido principalmente a alguns tipos de flores com propriedades sobrenaturais ou com aromas poderosos. Uma das maiores ameaças da região são os enxames de abelhas escarlate, que possuem um potente veneno letal e um ímpeto suicida em busca de proteger suas colméias e preciosas reservas de pólen.

Praias de Tham Tuy: Na ilha setentrional de Zam tzo, quase unida ao continente, existem praias de areias enegrecidas e falésias escuras esculpidas pelos ventos e marés, de aspecto intimidador e afiado ou curvos e sensuais. Como em tantas outras praias rochosas em Ohilu, há diversos blocos rochosos esculpidos pelas intempéries de tal maneira que parecem desafiar a gravidade ou lógica, mas as destas praias são ainda mais espetaculares, de uma beleza rara do brilho e polimento, além de alguns riscos de cores vivas quentes destacando-se da rocha cinzenta escura. Aqui vivem algumas aldeias de pesca e pequenos monastérios do povo Joo, aparentados aos phaak, assim como aldeias de Umaheg. Também é o lar de várias colônias de harpias de penugem negra com detalhes avermelhados, e faz algumas décadas que surgiram algumas harpias maiores e mais deformadas, especialmente uma grande harpia fêmea conhecida pelos Umaheg como Kuni Samu-ti, arauto da deusa demoníaca Solala Ti, que possui consciência, fala e poderes ilusórios terríveis. Ainda pior é que duas tribos Joo se tornaram acólitos de tal entidade e alguns dos antigos sacerdotes tornaram-se algo assemelhados a harpias, impondo sazonalmente um regime de terror e cobranças de tributos em sacrifícios humanos. Seus covis ficam nas cavernas dos mais profundos cânions, considerado um portal para o submundo da cultura Joo e portanto um local em que nem os mais valentes ou tolos entrariam.

Atóis de Hoponga: No sudoeste de Ohilu além das ilhas pedregosas existem diversas ilhas menores feitas de areia e atóis de coral, guardadas por afiados recifes. São regiões belas de praias idílicas, mas constantemente exploradas por estrangeiros e piratas, sendo algumas das tribos locais pagas pra extrair o precioso coral. Alguns xamãs Anmi começaram a se juntar e fazer rituais secretos para o temido deus Kahakaro, e de fato pelos atóis ocorreram nos últimos 5 anos alguns furações e monções muito fortes, que já derrubaram navios, além do surgimento de imensos caranguejos cobertos de coral duro e afiado que tem atacado entrepostos. No entanto muitas vilas e assentamentos Anmi também estão sendo devastados por tais monstros e catástrofes.

Fauna


Nas matas, a fauna é vistosa e surpreendente, desde as aves-do-paraíso e calaus a javalis, tricerontes anões, lagartos monitores, crocodilos, rãs coloridas venenosas, roedores silvestres, társios, felinos selvagens e aves terrestres. Mas há ocultas pelas matas muitas criaturas ameaçadoras, como stirges, tigres astutos, javalis descendentes dos porcos trazidos por vários dos povos nativos, assim como cães selvagens trazidos pelos dagunares. As maiores ameaças no entanto são os trolls pigmeus e as harpias, além de algumas espécies de lagartos monitores de grande porte, como os dragões Bakoyka e suas presas tóxicas. Existe pelas matas das ilhas um tipo bem exótico de dragão verdadeiro, conhecido como dragão arco-íris, cujas asas e crista são multicoloridas e que solta rajadas concentrada de gás explosivo que formam fagulhas assemelhadas a arco-iris. Por sorte tais dragões são bem raros, mas muito valiosos e sagrados para a maioria dos povos.

Abaixo da terra habitam milhões e milhões de morcegos, além de uma apavorante, mas pouco conhecida e relativamente inofensiva fauna de baratas, grilos, centopéias, peixes cegos e estranhos anfíbios albinos de aspecto pré-histórico e intimidador. No entanto muitas harpias e tribos de humanos e trolls pigmeus fazem destes complexos seus lares, além de gigantescas centopéias do tamanho de canoas e de algumas espécies de baratas formarem enxames devoradores que atacam sem hesitar qualquer ser que caia nas proximidades, dilacerando-os em questão de minutos. Dos monstros das cavernas os mais perigosos e valiosos são os chuul, do qual seus restos podem ser aproveitados para a confecção de armas e armaduras.

Nas praias e mares a diversidade é estonteante em um festival de peixes coloridos e exóticos e todo tipo de fruto do mar. Entretanto há ameaças como cações e tubarões tigre, arraias e águas-vivas venenosas, além de crocodilos marinhos atrozes e os raros mas letais dragões-tartaruga, capazes de derrubar navios sem grandes dificuldades.

Ganchos para aventuras



Aqui o esboço quase completo da regiào de ilhas entre Phaak Mlat e Nam-Sari/Gavavagi/daguna. Falta ainda colocar o mapa, assim como detalhas algumas organizações, especialmente as dagunares e nagashi, que eu gostaria de ter insights junto ao Léderon e Gegê, assim como a cidade de balinar e algumas idéias de gancho eu gostaria de ter idéias de como se comportariam nagashi e especialmente os vunyatra em um clima de guerra terceirizada (usar outros povos pra travar guerras às escondidas por influência de territórios e posses). Claro, também quero ver se o Lumine gostou do modo como retratei os gailel aqui.
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Re: [região] Ilhas Ohilu

Mensagempor Emil em 21 Abr 2011, 23:01

Cara, eu gostei muito, principalmente por trazer uma participação importante dos gailel, que estavam meio deixados de lado. Em alguns momentos, entretanto, cai naquela coisa meio: "por que essas informações são importantes para mestres e jogadores?". Acho que isso acontece principalmente porque o texto já apareceu aqui pronto, com uma enxurrada de detalhes, e às vezes é difícl saber o que está acontecendo, quem é quem e tal. Nada do que está no texto é inútil, mas acho que é questão de tirar a ênfase do detalhe e colocar no gancho para o jogo.

O que me surpreendeu positivamente foi a descrição da fauna. Assim que vi escrito, pensei "ai, Fab, às vezes você exagera no detalhe", mas acho que foi a parte do texto que eu mais gostei. Dá um cenário legal pra aventuras, e às vezes esse tipo de detalhe dá muito mais vida ao lugar que a invenção de uma nova língua inteira: a simples adição de morcegos e baratas. Sério, gostei mesmo.

O outro problema é com foco: às vezes a gente combina umas coisas, aí você se empolga, cria coisas no lugar, cria uns detalhes bem vivos, e a proposta original acaba se perdendo no meio das criações novas. Aconteceu isso em Bujdret, que no texto não tem nenhuma menção aos rituais de sacrifício voluntário e entrega do corpo para proteger as terras, e aqui acho que você começou pensando no mar maculado, não? Se não foi isso, ignore, paranoia minha.
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Re: [região] Ilhas Ohilu

Mensagempor Youkai X em 22 Abr 2011, 00:15

O mar maculado nunca foi de fato o centro da proposta dessa região. talvez a idéia inicial, mas daí pensei mais em uma regiào que servisse como meio de rotas comerciais marítimas e portanto uma região muito disputada. Mas com certeza adicionarei mais uns parágrafos ou textos de gancho sobre o mar maculado no extremo oeste, apesar de ser um tema mais de uma pequena parte dessa região e o foco ser o fato de ser uma terra de ninguém com civilizações diferentes querendo o controle do lugar, teru ali um bastião e dizer "tenho domínios aqui", afinal é uma passagem marítima vital entre "ocidente" e "oriente".

Quando descrevo a região e seus detalhes o faço assim para que seja visível um pouco os porquês de tal lugar ser assim e como as coisas interagem entre si (ao menos tento XD ) e claro, daí é possível ver como os jogadores se encaixam. Os ganchos não escrevi pq queria discutir um pouco melhor, mas acho que colocarei os básicos logo.


(socorro, temo ter virado vincer :P )
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Re: [região] Ilhas Ohilu

Mensagempor Madrüga em 22 Abr 2011, 18:52

Eu gostei bastante, pelos mesmos motivos do Emi, mas tenho duas ressalvas:

(1) Excesso de idiomas: realmente, sendo um arquipélago, precisa de tanto? Seis línguas francas não... contrariam o objetivo de uma língua franca? Precisa mesmo forçar o "realismo" aí?
(2) Falta de nomes memoráveis: como eu disse, você precisa voltar um pouco ao arroz-e-feijão das sílabas normais e que formem nomes de que possamos lembrar posteriormente. Da mesma forma, faltam títulos, epítetos, nomes que signifiquem alguma coisa: praia dos náufragos, montanha do fogo eterno, ilha do inferno, qualquer coisa assim, compreende? Agora eu só lembro de POPOKAT, que me faz rir e me lembra algo como "bunda de gato" (sério, mude esse nome, XD).

Os trolls pigmeus são o máximo, ainda quero trabalhar neles.
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