Videogame não pode perder o foco, dizem leitores do UOL
HENRIQUE SAMPAIO
Colaboração para o UOL
Canal do 'Previsão do tempo' no Wii: videogame quer ser mais do que 'máquina de jogar'
Cada vez mais, os videogames agregam novas funções que sepultam de vez a imagem de brinquedo e aproximam o aparelho de um verdadeiro faz tudo. Atualmente, para ficar em poucos exemplos, pode-ser baixar filmes e séries de TV no Xbox 360, o PlayStation 3 é também um tocador de filmes em alta definição do formato Blu-Ray; e através do Wii é possível acessar canais de previsão do tempo e notícias.
Nem todos da indústria de jogos aprovam essa mudança. Recentemente o presidente da Square Enix, Yoichi Wada, criticou a Sony pela falta de foco da estratégia de marketing para o PlayStation 3, colocando-o uma hora como eletrônico do família, outra como videogame.
Estariam os consoles fugindo de sua função básica, ou seja, de ser uma máquina de jogar? Alguns usuários do Fórum UOL acham que sim, como Siam Shade: "Videogames devem oferecer só jogos, para que possam ser vendidos por preços acessíveis, como um meio de entretenimento para as massas", defende.
Contudo, muitos leitores acreditam que novas funções são sempre bem-vindas, desde que os jogos sejam o foco do console. "O N-Gage, por exemplo, foi uma fracasso de vendas devido à falta de prioridade: não se sabia se era um videogame com função de celular ou se era um celular com função de videogame", lembra o usuário André Calmon.
O usuário Nerdscape revela que em sua casa seu Xbox 360 já virou eletrodoméstico. "Todo mundo usa; meu pai e minha mãe usam para visualizar fotos da câmera digital na TV; meu irmão usa só para jogar e eu, além de jogar, vejo vídeos, DVDs e ouço música", conta.
Leviathan_BR faz sua crítica: "O que não acho certo é usar um console para vender outro produto. A idéia da Sony é usar o PS3 para massificar o Blu-Ray e com isso forçar os consumidores a aderirem ao formato ao comprar o console".
Apesar das opiniões divergentes, a maioria, perto de 66%, acredita que o console pode ter algumas funções extras, desde que o básico seja jogar, outros 23% acham que nem isso precisava e apenas 9% vêem com bons olhos essa transformação do videogame.
O fato é que as fabricantes tendem a acompanhar o avanço da tecnologia, implementando novas funções em seus consoles para torná-los mais atrativos a novos consumidores. No entanto, a quantidade de novos (e bons) jogos sendo lançados para todos os consoles da nova geração mostra que eles continuam sendo o foco - ainda bem.
Fonte: UOL Jogos