Eltor recomenda: Stubbs the Zombie in Rebel Without a Pulse

[Eltor Macnol]

Vejamos se essa idéia vinga: como eu estou criando o hábito de postar mini-resenhas de todos os jogos que eu termino lá no tópico de "Comente o que você está jogando", me deu o estalo de começar a postar isso em tópicos próprios, e já incentivar o pessoal que já jogou/pretende jogar a comentar o que achou do jogo, e melhor ainda, que mais gente comece a postar avaliações dos jogos que tem jogado.

Então, pra começar...



Pra quem não conhece, é um jogo bem em estilo filme B, o cenário é uma cidade nos anos 50 com várias coisas futuristas como robôs e arminhas laser estilo Jornada nas Estrelas. Você controla um zumbi, pode sair por aí devorando cérebros, arremessando suas tripas, soltando peidos venenosos e criando um pequeno exército de zumbis pra ajudá-lo a espalhar o caos.

Minhas impressões:

Positivo
- O senso de humor do jogo é MUITO legal, em tudo - estilo dos gráficos, trilha sonora, as habilidades do personagem, os diálogos aleatórios dos inimigos, tudo, tudo mesmo. Só as risadas (pra quem tem bom ouvido pro inglês) já valem o jogo.
- A proposta é relativamente original. Todo mundo já jogou enchendo zumbis de balas, mas CONTROLAR um - e poder devorar cérebros e transformar outros em zumbis - é algo bem legal pra variar. Nesse ponto, é parecido com Destroy All Humans, inclusive no ambiente da década de 50.
- As fases são bem variadas, às vezes você dirige veículos, usa plantações de milho pra se esgueirar até os caipiras indefesos, domina o corpo de soldados pra jogar como se fosse um jogo de tiro, descontrola robôs pra saírem matando cientistas, e até em um certo ponto arrisca uns passos de dança contra um chefe de polícia meio doido... hehehehehe.
- A dificuldade é bem equilibrada, alguns pontos mais fáceis, outros mais difíceis, mas na média não tem nada frustrante em nenhum dos extremos.
- A trilha sonora é muito boa, e tem algumas bandas de peso cantando covers de canções dos anos 50. Bem legal.
- Ele é bem leve, não tendo quase nada de loading times, e permitindo um Alt+Tab bem tranquilo.

Negativo
- O jogo é meio curto, comparado com outros parecidos (como o já citado Destroy All Humans).
- Os gráficos deixam um pouco a desejar, em algumas fases os tons esverdeados em excesso enjoam um pouco.
- Um detalhe dos controles atrapalha um pouco - o comando pra devorar o cérebro só funciona quando o inimigo está atordoado, mas é difícil prever quantos golpes vai levar pra atordoar um inimigo, e se você usar esse comando antes, o ataque falha e você interrompe o combo. Seria mais confortável se os inimigos tivessem uma barra de energia visível, ou o botão não funcionasse a menos que eles estivessem atordoados. Mas pegando um pouco de prática, isso acaba não atrapalhando muito.

[Vincer]

Stubbs? Eu amo esse jogo!

De fato ele é meio curto, mas nem tanto, comparado a uns e outros recentes (como FEAR e Crysis). Na realidade ele é um dos poucos jogos curtos cuja duração não me enraiveceu. O jogo termina onde deveria. Criar mais fases seria apenas repetitivo, e esticar mais a história a tornaria obviamente excessiva e forçada. O jogo faz com que se explore todas as habilidades do Stubbs (talvez apenas a cabeça rolante não seja incentivada) e se faça de tudo bastante. Tem muitas missões de matança,muitas em que é preciso fazer hordas de zumbis, muitas com veículos (mais missões com veículos forçaria a barra, afinal, estamos falando de um zumbi), puzzles simples em número suficiente...

Eu dou a este jogo um 10 em quase tudo. Os gráficos,para a época em que o jogo foi lançado eram ótimos. O que me desagradou mais no jogo todo foi a falta de músicas. O menu está cheio delas, o jogo tem músicas ótimas que... só tocam em certos momentos. Você só vai ouvir músicas anos 50 em momentos específicos (como a sensação inebriante de invadir uma lanchonete e comer todos aqueles jovens enquanto o jukebox toca um clássico, o que ocorre perto do fim do jogo), durante todo o restante do tempo é silêncio. Se as músicas tivessem mais presença o jogo teria feito mais sucesso.

Quanto ao momento certo de comer cérebros... isso se torna intuitivo em minutos. Eu nem notava quando estava apertando o botão de devorá-los, torna-se intuitivo. E muito engraçado.

Não reparem nos meus muitos elogios, eu sou fã de zumbis, principalmente de humor com zumbis + anos 50 (como em Fido), logo eu sou suspeito de falar deste jogo...

Destroy all humans não tem para pc né?
Ódio

[Eltor Macnol]

É verdade, o tamanho do jogo não chega a ser curto o bastante pra incomodar. Mas eu tinha que achar alguns pontos negativos pra comentar, senão a resenha não teria graça, hehehehehe.

Sobre as músicas, na verdade o que tu achou ruim eu achei uma bênção. Eu sou do tipo que ou não presta muita atenção nas músicas de um jogo, ou enjoa MUITO rápido de ouvir a mesma música por muito tempo, mesmo que seja uma música boa. Então ter músicas boas mas que não aparecem constantemente, pra mim, é uma combinação perfeita.

Ah, e eu esqueci de comentar que uma das partes mais engraçadas do jogo é se aproximar de um tanque de guerra, soltar um peido radioativo que força os soldados a saírem de dentro dele pra respirar, tomar controle do tanque e sair detonando a cidade, hehehehehe.

Quanto ao Destroy All Humans, nenhum dos jogos dessa série saiu pra PC, infelizmente.