por Vincer em 21 Out 2010, 23:42
Estive jogando muita coisa ultimamente. Tirando o atraso também... eu sempre fico um tempo sem jogar nada, para depois passar um período jogando intensamente(variados títulos).
Primeiro sobre o que estavam falando aqui:
ARCANUM: JOGUEM ISSO. Com toda sinceridade, falo sem medo de estar sendo fanboy... os melhores rpgs eletrônicos já criados são Fallouts(1 e 2), em primeiro lugar, e Planescape Torment - Arcanum(mesmo nível). Acredito ser desnecessário falar dos fallouts e planescape, mais conhecidos... Arcanum é de um pequeno estúdio que separou-se da blackisle, ou seja, mesmo pessoal que trabalhou nos fallouts e que junto da bioware fez planescape e baldurs; só isso já explica muita coisa. Tem suas falhas, mas é fenomenal e vale a pena. Quem gostou de qualquer um dos mencionados não pode deixar esse título de lado.
Problemas:
-Bugs; são o de menos
-Mesmo velho problema de todo rpg tempo real com modo 'tático' de pausas(talvez mais evidente que em outros, como dragon age): cada modo de combate oferece suas vantagens, e percebe-las torna certos combates MUITO fáceis, quando não deveriam.
-Meio quebrado: só notei um ponto realmente gritante; jogar de inventor usando explosivos. Durante a pausa tática, quer seja bug ou defeito, você pode jogar quantos explosivos quiser antes de tirar o pause. Desnecessário explicar o quão quebrado é isso(e mesmo assim foi difícil para mim, pelo motivo abaixo)
-Progressão: seguindo a trama central, o jogo dá pulos de dificuldade enormes. Em outras palavras, mesmo realizando algumas quests laterais, chegará um ponto em que vc estará fraco demais para enfrentar o que a trama central joga na sua frente(nada de equilibrar níveis aqui). A não ser que faça todas as quests laterais, e mesmo fazendo todas, algum grind será necessário(buscar aquele xp extra) para lidar com as partes finais do jogo.
Pontos Positivos:
-Desnecessário listar todos. História legal, como ela se desenvolve melhor ainda, ótimos diálogos com diferentes desfechos, vários npcs... o melhor exemplo disso é o anão cujo nome me fugiu. Fui pesquisar todos os desdobramentos possíveis no diálogo com ele(e quests relacionadas) e a variedade foi espantosa.
-Vale a pena tentar os 3 builds: mago, inventor e misto. Só por esse fator vale a pena jogar umas 3 vezes.
-Tem uma brahmin(vaca de fallout) como um easteregg gritante e só isso me fez abrir um largo sorriso.
-Encontros aleatórios. Todo rpg eletrônico deveria ter isso.
Lara Croft and The Guardian of Light: uma ótima surpresa. Simples, sólido, viciante. Foi o único jogo até hoje a realmente me impelir a re-jogar fases variadas vezes em busca dos achievements e recompensas. TODA fase tem variados desafios propostos(e achievements relacionados) e realizá-los dá um prêmio; o jogo lembra muito rpg, com inventário de armas e a opção de equipar dois artefatos e uma relíquia, objetos mágicos encontrados que dão boosts diferentes e diferentes vantagens. Tanto armas como artefatos e relíquias dos mais interessantes só podem ser liberados/obtidos completando os tais desafios; e muitos desafios são excludentes, como o de completar a fase num tempo limite(correndo) e explorar tudo dela(impossível de completar ambos desafios numa única jogada). Altamente re-jogável, e não cansou re-jogar.
O jogo tem suas falhas entretanto: repetição de inimigos, muito color swap, e dificuldade... fácil. De verdade você não precisa das armas mais poderosas liberadas. Depois que pega o jeito, dá para zerar usando só as pistolas básicas ou a lança, as duas armas padrão de munição infinita. Faltam opções maiores de dificuldade para dar gosto de usar todas as diferentes opções 'overkill' que o jogo dá.
Nota: O co-op online tá chegando, virá de graça num patch.
Nota 2: Porra, tá muito barato. Vale a pena.
Dead rising 2: AMEI. ZUMBIS. SANDBOX. Certa 'alinearidade'. Diversidade de armas, combinações, usar todo o cenário como arma... hilário. Ótima exploração. O tempo curto dá ótima sensação de urgência e precisa de várias jogadas para ver e experimentar tudo, mesmo para enjoar. AMEI, AMEI, AMEI.
Falhas: tem algumas várias. Matar zumbis é muito divertido, mas muito fácil; zumbis só começam a se tornar obstáculo maior mais pro final do jogo(vou evitar dar spoilers). Os controles para ação não são dos melhores, e nos chefões(psychos) isso fica evidente. Todo chefão é questão de decorar o movimento e ou fazer grind para conseguir sobreviver a ele. Na hora de enfrentar os psychos, onde a ação realmente conta, é que fica evidente como os movimentos do protagonista e jogabilidade no geral peca um pouco no sentido de agilidade e na satisfação da ação mesmo. Mas isso não diminui o jogo. VALE A PENA.
Nota: Infelizmente não pude jogar online, por motivos que não convém divulgar aqui. As partidas versus parecem ser bem meh(geral fala isso), mas o co-op parece ser double fun. Vou comprar no steam assim q puder(e q entrar em promoção).
The Sabouteur: GTA durante a segunda guerra, na frança, misturado com toques de Red Faction(explodir tudo por aí), stealth a là splinter Cell e jogabilidade sandbox com MUITOS objetivos para fazer, quests a vontade e arte muito bacana. Foi uma ótima surpresa. Muito bom. Não joguei muito porque deadrising e outros comeram meu tempo.
Alpha Protocol: Que... Lixo. Ótima idéia, péssima execução. É um jogo de espionagem e ação que tenta ser rpg em muitos níveis. Todo diálogo faz diferença, afetando sua relação com os diferentes npcs, que dependendo de ser boa, ruim e o quanto afetam a trama em diversos níveis. Mesma coisa com objetivos(matar esse alvo ou não? muda todo o resto). Nisso o jogo ficou muito bom, mas nem nisso foi impecável(alguns diálogos e relações ficam muito forçados). A trama é sem sal, a evolução de personagem ruim, e o pior de tudo: a jogabilidade é HORRÍVEL. A ação é rasa e sem feeling, o stealth é o mais básico e forçado o possível... Eu tentei gostar do jogo. Eu tentei insistir nele. Eu tive esperanças dele crescer dentro de mim e os pontos altos sobrepujarem o resto... não deu.
Burn Zombie Burn: Eu sou suspeito de falar. Eu amo zumbis. Eu acho o tema hilário, e pontos extras se o jogo não se leva a sério. Eu adoro top down shooters. E eu gosto de jogabilidade arcade. Burn Zombie Burn é tudo isso. Todas as fases e modos de jogo são variações de modo survival, ou seja, tente sobreviver o máximo possível e mirar no melhor score, bater recordes, obter medalhas, etc, etc. A variabilidade pelas fases é pouca, não há modo online ou co-op, e convenhamos, é um port muito porco para pc. Mas o jogo é muito divertido... para quem gosta do estilo. Ele apela à vontade de quebrar o próprio recorde, e só. A jogabilidade é extremamente simples mas dominar o jogo é outro nível; conforme se percebe como agir e sobreviver, os scores obtidos dão saltos assustadores(e ainda estou longe de me aproximar dos jogadores com milhões de pontos).
Muito bem humorado e tem um twiste legal: queimar zumbis. Zumbis pegando fogo dão pontos em dobro quando mortos, e ajudam a aumentar o multiplicador enormemente... mas zumbis pegando fogo são mais velozes, causam mais dano e são mais resistentes(berserk mode). Fica então a decisão de correr atrás do alto score ou sobreviver. Verdade seja dita, o objetivo É queimar muitos zumbis para ter muitos pontos, mas saber a hora de parar e quando não queimá-los(como durante ondas de inimigos mais difíceis), para sobreviver. Zumbis queimando ou não dropam coisas diferentes(cura por exemplo, só pelos que não estão queimando). Enfim, é um conceito bem interessante e dá para explorar diferentes abordagens em cada fase. Mas a jogabilidade é repetitiva.
Rocket Knight: Ele voltou. E ficou muito bom. Para quem não conhece os jogos da raposa/rato/seiláoqueéaquilo com jetpack que sempre foram legais, mas que sempre foi menos descolado que seus adversários sonic e mario, tá aí uma boa pedida para emuladores: roket knight teve variados jogos de plataforma, todos valem a pena. O novo rocket knight(que saiu tb pra pc) não faz feio, não tenta re-inventar a roda e é jogo de ação e plataforma em sua raiz mais pura. E divertido.
Porém... curto. E fácil.
Delve Deeper: Jogo indie muito barato e curioso. Um jogo tático em turnos, 2d e plataforma, sobre anões competindo entre sí para pegar todo o loot das minas enquanto têm de enfrentar goblins, monstrengos variados e até dragões... e os anões inimigos. Tudo para cair nas graças do rei. O que é muito bacana é que a cada turno cada equipe abre um novo túnel, e as fases vão sendo moldadas pelos jogadores na forma que eles escolherem. Obstruir caminhos dos times inimigos, isolando seus anões, e abrir passagem para os monstros fortes pegarem eles é muito divertido. O jogo é carregado de humor e tem co-op(local) para até 4 jogadores. Infelizmente não há muito desafio jogando contra a máquina, mas o hotseat parece ser ótimo. O jogo é bem cru, com poucas músicas e resolução limitada; mas vale o preço e é definitivamente diferente de todos os outros jogos no mercado. E é divertido. Muitos mapas e vem com editor.
Vindictus: mabinogi heroes, nome original, acabou de sair nos EUA como Vindictus. 'MMO' de instâncias e o principal, de ação. De verdade. Ainda em beta e com apenas duas classes(faltam outras 6 do original), todas são focadas na ação(mesmo magos) e em realizar combos, esquivar, bloquear e acabar com inimigos com estilo. É possível agarrar inimigos e derrubá-los, jogá-los uns contra os outros, meter a cara deles na parede e jogá-los do cenário; todo o cenário(objetos, escombros, etc) podem ser usados como projéteis... e de fato o jogo é sobre reflexos e habilidade. Finalmente um mmo de ação mesmo. Opções meio rasas de customização(regras), quests meio repetitivas e o lag são os pontos negativos. O jogo é mmo nas cidades, onde todos se encontram e interagem, mas toda missão é instância com servidor separado apenas para o grupo de aventureiros. A repetitividade de inimigos e quests é muito minimizada por ser um jogo de ação(seria o mesmo que chamar team fortress de repetitivo), então fica a esperança do conteúdo que ainda vai ser adicionado. Infelizmente o Vindictus EUA(primeiro sem ser o oriental) tem ip block, ou seja, é preciso de manhas para conseguir jogar com os gringos(e o lag aumenta). Felizmente as instâncias são como servidores criados por jogador, então jogar com outro brazuca ou solo não é afetado pelo lag.
Depois falo de outros

