Spell RPG

Videogames são para crianças, diz colunista do Times


Duas semanas atrás, Kay Hymowitz, colunista do jornal Dallas Morning News opinou que homens entre 20 e poucos anos e 30 anos deveriam largar seus controles e crescerem. Agora, Kate Muir, da seção dedicada às mulheres do Times, fez coro à colega, dizendo que videogames são brinquedos.

Em seu artigo, intitulado "Idades Médias" ("The Dark Ages", no original), Muir diz que esses "homens-adolescentes" que se refugiam nesses mundos de fantasia oferecidos pelos videogames são pessoas desconfortáveis com o mundo real. No entanto, não critica filmes, livros ou novelas, mas apenas os games.

"Em minha aula noturna na semana passada, dois homens inteligentes, bem vestidos, de trinta e poucos anos - advogados ou gerentes a julgar pelos seus endereços de e-mails - estavam falando sobre seus novos Xbox 360 e do divertimento transcendente que vinha deles. Eu prestei mais atenção. Aparentemente, em 'Gears of War', os mínimos detalhes das maiores batalhas são muito nítidos, em widescreen! Achei que eles estavam discutindo sobre os jogos de computador de seus filhos. 'Xboxes' são brinquedos, afinal de contas", opinou.

Muir parece estar presa ao estereótipo da era dos 8 bits, na década de 80, quando, de fato, os jogos tinham um apelo mais infantil - ou, no mínimo, a tecnologia precária não era capaz de projetos mais ambiciosos. Não que todos os títulos fossem infantis: os mais antigos devem se lembrar de obscuros "adventures" em texto, alguns com roteiros bem elaborados.

Hoje, no entanto, os videogames são muito mais sofisticados, e mesmo que a grande parte dos jogos seja para o público geral, há cada vez mais títulos destinados a jogadores mais velhos, como o próprio "Gears of War", considerado "inadequado a menores de 17 anos", segundo a classificação americana, uma obra que é a prova viva da evolução dos games, com visual realista e a emoção de um bom filme de ação.

Nos comentários referentes ao artigo, muitos opinaram que a visão de Muir é, no mínimo, antiquada, e que o ato de jogar videogames nada interfere em seus trabalhos ou vida pessoal. A grande parte dos que colocaram seus pontos de vista eram homens, mas isso não impediu de as mulheres de criticarem o artigo. "O título é adequado... seu ponto de vista é da Idade Média", disse a internauta Rebecca, de Dallas. "Tenho 29 anos, sou casada, trabalho e jogo games. Onde me encaixo nessa equação?", indaga Paula, da Finlândia.

Talvez, essa mentalidade de que games são "coisas de criança" esteja por trás das críticas às quais os games com violência e sexo estão sujeitas. Muitos opinam que, games assim, de fato, devem ser restritos, e por isso a indústria desenvolveu métodos de classificação etária para jogos, assim como acontece com filmes.

Recentemente, no Brasil, uma decisão proferida pelo juiz Carlos Alberto Simões de Tomaz da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais proibiu a venda do game "Counter-Strike" em todo território nacional. Para o juiz, os jogos (além de "Counter", o RPG "EverQuest" também foi proibido) "trazem imanentes estímulos à subversão da ordem social, atentando contra o estado democrático e de direito e contra a segurança pública, impondo sua proibição e retirada do mercado".


Fonte: UOL Jogos

Vamos apontar e rir!

Uma pena que nesse caso a piada seja feita às nossas custas.

Acredite, Lune, eu ri lendo isso.

Das duas, uma:

- Essa criatura teve alguma frustração ao tentar jogar e só por causa disso acha que videogame é coisa de criança. Mais precisamente, deve ter tomado uma surra épica de algum pirro de 8 anos em um fliperama aleatório (e eu fico pensando nos crianções da Jynx, Maintime, Preload, Gameloft e outras Playwares que me fogem o nome agora. Sempre que arrumam um tempo pra jogar).

- Essa figura não faz a mínima idéia da besteira que escreveu.

Segunda opção é a mais provável.

Na verdade, minto. Eu concordo com ela. Videogames são brinquedos. Supérfluos, você literalmente brinca com eles. Para crianças? De modo algum. Todos precisamos nos distrair, qualquer atividade que faça isso de forma sadia é válida, e os videogames cumprem extremamente bem esse papel. São brinquedos sim, crianças brincam com eles. A questão é a conotação do termo... o fato de ser brinquedo não o limita ao universo infantil. Não na minha visão.

Eu aposto mais em ela ser alguma colunista do tipo que 'interpreta um papel'. No caso, ela deve se achar ultraconservadora/religiosa extremada ou outra bobagem do tipo e achou que escrever sobre videogames ia causar polêmica e agradar ao público dela.
Semana que vem ela vai falar sobre porque o dinossauro Barney é uma afronta a verdadeira explicação científica da vida, o criacionismo.

A questão é a conotação do termo... o fato de ser brinquedo não o limita ao universo infantil. Não na minha visão.

E nem na de muita gente, vincer. Essa repórter nunca deve ter ido a uma sex shop, lá tem muitos brinquedos, não é mesmo?

Não deixa de ser verdade

VAMPIRA escreveu:É ISSO MESMO! São pra crianças sim! É bom que quando mais cedo nossas crianças começarem a jogar videogames elas vão compreender como dar um belo de um headshot, que mulheres com um pouco de dinheiro pode fazer seu personagem ficar muito feliz, e que um pouo de inteligência e muita "cheat" elas poderão dominar o mundo! HOHOHOHOH
E que esses marmanjos parem de jogar essa coisa do demônio e que desvirtua seus valores da sociedade e que não ajuda em nada a não ser a atiçar a imaginação de alguns!
Agora se me dão licença eu vou estar muito ocupada lustrando meus bonecos de Comandos em Ação enquanto assisto a novela na TV e espero chegar o mais novo número dos "Babacas que tem 40 anos e vivem com a mãe" que isso sim é coisa que adultos fazem!!! EEEEEE!!

You Win!

flawless victory!

Em seu artigo, intitulado "Idades Médias" ("The Dark Ages", no original), Muir diz que esses "homens-adolescentes" que se refugiam nesses mundos de fantasia oferecidos pelos videogames são pessoas desconfortáveis com o mundo real. No entanto, não critica filmes, livros ou novelas, mas apenas os games.

Talvez, essa mentalidade de que games são "coisas de criança" esteja por trás das críticas às quais os games com violência e sexo estão sujeitas. Muitos opinam que, games assim, de fato, devem ser restritos, e por isso a indústria desenvolveu métodos de classificação etária para jogos, assim como acontece com filmes.

É o velho pensamento ocidental "Se não tem pessoas de verdade atuando, então é automaticamente para crianças."

Tem um artigo da TV tropes muito bom sobre esse assunto. A parte mais engraçada é que toda vez que sai um jogo que deixa claro pelos seus temas que é adulto, os americanos, Europeus e as vezes até os juizes bitolados brasileiros falam que "nossas crianças estão expostas a essa violencia!" se esquecendo quem diabos é o publico alvo desses jogos.

É o mesmo que você criticar a obra de H.P. Lovecraft por ser assustadora demais para crianças. Faz alguma logica para você?

*Aparece no canto inferior da tela*


Whoooopiii!

Meu deus do céu. É "TOASTY". Não "whooopi".

Releva, Oda, o importante é que ela vai tomar um "taiger robocop"

Mas sério, quanto tempo útil essa colunista perdeu escrevendo essa bobagem? Será que ela não tinha coisa melhor pra fazer? Ler um livro, por exemplo?

Cultura popular, Oda, cultura popular. É errado, mas é mais divertido assim