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Logemked: Fortaleza Anã!

MensagemEnviado: 19 Jan 2011, 17:45
por KYU
Offtopic: Isso é um Let's Play de Dwarf Fortress. Para conhecer um pouco mais entre na wiki do jogo.

Prelúdio: Os enviados à terra prometida

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Como ordenado pelo rei, e seus muitos conselheiros, fica através dessa carta declarada a permissão de ocupar terras distantes a esses sete desbravadores. Deverão eles fundarem uma nova cidade, distante das montanhas e localizada em meio à população de raças exóticas. Na circunstância de expandirem a graça e glória de nosso reino, poderão eles usufruirem de qualquer privilégio que seu controle sobre o novo assentamento possa garatir-lhes. O reinado não fica responsável pela defesa ou abastecimento do novo assentamento, mas enviará uma caravana mercante ao fim do ano para suprir as necessidades básicas e estabelecer um saudável comércio.

Por fim, deseja-se sorte aos aventureiros em sua empreitada. Que as pedras lhes tragam diamantes e nossos deuses lhes abençoem com a dádiva da criação!

Assinado,
Secretário Real

C1

MensagemEnviado: 19 Jan 2011, 17:46
por KYU
Capítulo Um: Logemked
Por Minkot Regudar


Já viajávamos a alguns meses, partindo da capital de nosso reino. Nenhum local parecia ser agradável para nosso assentamento e por algum tempo ficamos a andar em círculos pelos ermos. Finalmente, do topo de um morro vimos uma colina solitária ao longe. Nem muito alta, nem muito baixa, perfeita para uma fortaleza discreta e promissora. Eu olhei para as redondezas e senti que uma brisa fraca carregava o cheiro de rocha. Não aquela da superfície, maculada pelo sol e pela chuva. Uma rocha antiga, subterrânea, pronta para ser escavada e habitada. Uma rocha que pedia para ser cortada e esculpida pelas melhores mãos. Nesse momento, decidi o nome de nossa fortaleza. Uma palavra das mais arcaicas, que significava “rocha profunda”: Logemked.

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Descarregamos nossas coisas ao pé da colina. A carroça parou e os animais puderam finalmente descansar. Ordenei que cortassem madeira, pois a noite seria longa e fria. Enquanto subíamos o acampamento, notei Alath, nosso principal mineiro, encarando severamente a colina. Eu me aproximei e perguntei a ele o que fazia. Ele me respondeu, pensativo: “Procurando a melhor forma de escavar”. Deixei-o a só com seu ofício e fui cuidar de outras coisas. Mais tarde, fui dormi no chão lamacento, sem antes notar Alath encarando a colina imóvel. Quando acordei no dia seguinte, me disseram que ele tinha ficado ali a noite inteira, somente observando, até que um terremoto imaginário lhe fez dançar de um lado pro outro e começar com as escavações.

A escavação da colina se prolongou por alguns dias. A terra era macia e de fácil remoção. Logo fizemos um quarto improvisado e montamos algumas oficinas para começar a construção dos móveis. Uvash e Zas, os encarregados da comida, logo ficaram felizes em saber que abrimos espaço para uma plantação subterrânea de cogumelos, que também poderia vir a produzir as sementes necessárias à criação de nossa necessidade mais básica: álcool.

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Com os passar dos meses, ordenei que os três mineiros avançassem quatro ou três níveis para baixo da colina, a fim de iniciar a habitação do subterrâneo. Abriu-se espaço para um salão central de pedra e, à sua frente, montamos a sala de jantar. Ainda tinham algumas pedras jogadas aqui e ali, mas isso com o devido tempo se arrumaria facilmente. Alath já me disse que reservou espaço para ampliação futura na planta original do forte, como já era de se esperar. Mais alguns meses e esse lugar estará cheio de imigrantes prontos para começarem a vida nova longe das leis do reinado. Na maioria fugitivos, é claro, mas ao menos esforçados. Mal sabem eles que seria preferível talvez permanecerem sobre os olhos da civilização a se aventurarem por essas terras.

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Meses se passaram e o forte avançou a passos largos. Construímos uma série de oficinas no nível do salão principal. Mandei que os bens lá produzidos fossem estocados diretamente a frente das máquinas, para evitar a perda de tempo transportando-os. Também mandamos por algumas mesas a mais no salão de jantar e começamos a escavar nossas novas acomodações nos níveis inferiores. Ah! Não posso esquecer de parabenizar os mineiros por abrirem o espaço da cozinha antes do esperado. Finalmente agora poderemos produzir nosso próprio álcool. Alguns trabalhadores já apresentavam sinais de abstinência.

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Antes da construção da cozinha, ficamos uma semana sem nossa bebida e precisamos recorrer ao uso de água para sobreviver. Consegui ver que alguns dos homens iam até o rio próximo para se hidratarem, fracos demais para resistirem à tentação. No futuro, isso pode vir a ser um problema, pois o rio parece abrigar alguns peixes e, principalmente, karpas. Os viajantes contam histórias desses demônios aquáticos assassinos que subitamente puxam para as águas um anão inocente que só faz beber um pouco dela. Não vi nenhuma dessas criaturas ainda, mas talvez no futuro seja melhor canalizar a água e construir um poço, no caso de ficarmos sem álcool novamente. Melhor prevenir do que ser afogado por um demônio da superfície.

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Esqueci de mencionar também que ordenei a construção de algumas armadilhas na entrada principal. Algumas gaiolas de madeira foram o suficiente para capturar uma raposa que passava por lá. O que faremos com ela é ainda incerto, mas alguns dos anões alimentam ela todo dia.

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Eu também pedi que os anões liberassem os cômodos improvisados da superfície. Pretendo desenvolver ali algo para a defesa do forte, mas isso é assunto para outro ano.

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Recebemos também a visita da caravana que o secretário do rei prometeu. Ela chegou com algumas semanas de atraso, mas ao menos veio. Eu prontamente como líder me pus a fazer a negociação. Venderíamos em sua maioria brinquedos e pequenos utensílio mundanos em troca de pano de seda, que ainda não tínhamos capacidade de produzir. Infelizmente, o negociante que o rei mandou era um pilantra. Por três vezes lhe propus um negócio que era até melhor para ele e por três vezes ele recusou minha proposta, saindo logo depois com seus guardas e mulas pomposas. Atreva-se aquele infeliz a aparecer aqui novamente e o enviarei para o fundo do rio com as karpas demoníacas.

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O ano aqui em Logemked foi muito agitado. Não paramos por um segundo para construir tudo que fosse de nossa mais básica necessidade. Finalmente, a temporada chegou ao fim com a vinda de novos imigrantes. Nova força para a construção de grandes monumentos. Daqui em diante, o que se fará de Logemked está em nossas mãos. Nós temos o poder! Eu tenho o poder!

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Então, ai está o primeiro capítulo. Propositalmente eu fiz ele sem as piadas, tragédias e inconsistências comuns a qualquer jogo de Dwarf Fortress.
Pra quem ainda não entendeu, a malandragem aqui é que vocês podem me pedir pra fazer qualquer coisa, porque o jogo deixa. Mas só pra facilitar um pouco esse início, vou propor dois caminhos diferentes.

    Forte Militar
  • Principal forma de defesa: Soldados altamente treinados
  • Implicações para o início do jogo: Tempo seria gasto procurando por metal e construindo as forjas para a fabricação de armas; No mínimo quatro anões seriam tomados como recrutas

    Forte Religioso
  • Principal forma de defesa: Armadilhas
  • Implicações para o início do jogo: Tempo gasto fabricando armadilhas; No mínimo três anões virariam maçons para a construção de monumentos religiosos por tempo integral


Lembre-se de adicionar qualquer outra idéia que quiser. Se tiver uma idéia de Forte Militar diferente, mas ainda sim interessante, poste ela, pois poderá ser aproveitada.
No mais, quero ver algo diferente e original!

:victory:

Re: Logemked: Fortaleza Anã!

MensagemEnviado: 19 Jan 2011, 18:41
por louc0
Dwarf Fortress é um misto de comédia, masoquismo e bizarria. Grande jogo. Espero por esse let's play ansiosamente.

Re: Logemked: Fortaleza Anã!

MensagemEnviado: 19 Jan 2011, 18:57
por Torneco
Você pretende usar a interface gráfica razoavelmente decente ou a em ASCII mesmo?

Re: Logemked: Fortaleza Anã!

MensagemEnviado: 19 Jan 2011, 19:06
por KYU
A interface gráfica razoável. Não consigo ver nada naquele outro gráfico feioso!
Btw, quem não conhece o jogo preste atenção nessas palavras, pois o gráfico que estarei mostrando é o "bonito"!

XD

Re: Logemked: Fortaleza Anã!

MensagemEnviado: 19 Jan 2011, 19:43
por KYU
Capítulo Um postado, podem escolher.

Re: Logemked: Fortaleza Anã!

MensagemEnviado: 19 Jan 2011, 20:45
por DracoDruida
Nossa, que magia é essa pra ter essa visão de lado? Eu uso a mesma skin de visão de cima que você 8D (E sim, eu me amarro em Dwarf Fortress, já vou ler o post, tive que postar antes de ler porque, well, eu quero ter essa câmera. ;_; )
(Also, "permição" doeu. [/Modo Madruga])

Re: Logemked: Fortaleza Anã!

MensagemEnviado: 19 Jan 2011, 22:10
por KYU
Não da pra jogar com essa câmera. É só um programa (Stonesense) que visualiza seu jogo em tempo real com aquela skin. Mas você só vê mesmo, o jogo fica ainda no outro gráfico.

Re: Logemked: Fortaleza Anã!

MensagemEnviado: 19 Jan 2011, 23:06
por DracoDruida
Ah, entendi! Obrigado!

Re: Logemked: Fortaleza Anã!

MensagemEnviado: 20 Jan 2011, 16:58
por Torneco
Faz um forte militar!!!

SE DF tivesse uma interface gráfica razoável e fosse mais user-friendly eu me interessaria mais.

Re: Logemked: Fortaleza Anã!

MensagemEnviado: 20 Jan 2011, 17:05
por Sr. Pichu
Militar!e use o inferno como depósito de lixo e excrementos XD

Re: Logemked: Fortaleza Anã!

MensagemEnviado: 22 Jan 2011, 17:18
por Torneco
Resolvi dar uma outra chance ao jogo, e estou gostando. Ainda não avancei muito, e estou usando o mesmo tutorial que o Kyu está usando. As coisas estão seguindo um pouco diferente, mas, até agora nenhum anão ficou louco e matou todo mundo. Ainda.

Re: Logemked: Fortaleza Anã!

MensagemEnviado: 22 Jan 2011, 19:35
por DracoDruida
Hm..forte militar me parece meio sem graça. Faz o forte religioso!

Re: Logemked: Fortaleza Anã!

MensagemEnviado: 25 Jan 2011, 16:54
por Frost
Também voto no forte religioso.