[Reino] Ilha de Sumbuda

Projeto de criação colaborativa de um cenário de piratas em alta fantasia.

Moderadores: Dragão de Bronze, Moderadores

[Reino] Ilha de Sumbuda

Mensagempor Seth em 24 Jul 2008, 07:58

Pessoal, tá ai a criança. Espero que seja útil pro cenário, e que vocês gostem, critiquem, etc.

Minha inspiração inicial foi criar uma espécie de "Companhia das Índias" como um reino, dai eu peguei algo sobre a Holanda e a Inglaterra/Grã Bretanha. Mas vocês vão achar um pouco de tudo, creio. Eu deixei muita coisa sem esboçar ou caracterizar, porque ainda não foi discutido.

Espero também que eu não tenha exagerado na empolgação. De qualquer forma, a ela:







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Ilha de Sumbuda:

Regime: Monarquia de natureza liberal.
População: 61.500 em toda ilha.
Cidades principais: Sumbudodhama (12.100 hab.) d’Espadarte (7.800), Portocha (4.800), Rahnudha (4.700), Forte Novo (3.500). A ilha tem uma plêiade de pequeninas aldeias e vilarejos com populações entre cem e quatrocentos habitantes.
Importa: Comida, ouro, ferro, cobre, tintas, papel, linho, seda, pedras preciosas.
Exporta: Madeira de boa qualidade, escravos, material de navegação, vidro, pólvora, peixe, crustáceos, velocinos (lã de excepcional qualidade), aguardente de cana e de batata, pimenta, fumo.
Nível de Civilização: Renascentista/ Idade Moderna.

Geografia:

Sumbuda é uma ilha situada no mar de juncos. Acredita-se que ela é um pedaço de algum antigo continente afundado, já que seu terreno é sedimentar e muito antigo, além de não ter, comprovadamente, origem vulcânica. Seu solo é fértil, e coberto de densas florestas em que se misturam grande variedade de árvores frutíferas com árvores de madeira nobre, perfeita para a construção naval. O norte da ilha tem uma pequena cadeia de montes rochosos, com, no máximo, 200 metros, ainda que o pico mais alto chegue aos 400. Há certa abundância de minério de ferro e de estanho, além de algum ouro e prata. A principal riqueza das minas, entretanto, é a sílica, encontrada em abundância, de qualidade e de fácil extração.

O clima é tropical, mas o calor é mitigado graças aos ventos alísios que atingem a ilha durante todo o ano, soprando ao nordeste ou sudoeste, conforme a época. Ela é bem servida de chuvas, raramente registrando anos mais secos ou mais úmidos. Isso é perfeito para a agricultura, que se desenvolveu satisfatoriamente nas ilhas. A batata, a mandioca e a cana-de-açúcar são à base da alimentação, ao lado do óleo extraído de uma planta chamada Tóptera. A carne vermelha é escassa, e exportada em grandes quantidades. O peixe, camarões e crustáceos oriundos da pesca são à base da alimentação. Algumas espécies de camarões, mais finas raras são comercializadas a altos preços, devido ao sabor superior de sua carne.

No norte mais montanhoso e frio, alguns vinhos são comercializados, e sua qualidade varia da medíocre até a boa, e é direcionado ao consumo interno. A aguardente extraída da cana e da batata, temperadas com açúcar queimado, são um produto de exportação muito solicitado.

A fauna é variada, com destaque para as aves, de plumagem luxuriante e de canto impressionante. As penas e as aves foram, durante muito tempo, um artigo de exportação muito solicitado, mas o decréscimo da população levou a um controle mais rígido por parte dos fazendeiros: com menos aves, muitos insetos destruidores de culturas aumentavam sua população de forma significativa. Os pássaras-de-Con, com sua carne macia e fácil inserção foram trazidos pelos primeiros colonizadores, e é uma importante fonte de alimentos nas cidades. No norte, o cabrito foi inserido inicialmente por causa do leite, e eles ainda são criados com esse objetivo. Há que se notar, entretanto, que algumas espécies de lã mais suave também se adaptaram. Hoje, pela cuidadosa seleção dos criadores, a ilha tem orgulho de proporcionar ao mundo uma lã de excepcional maciez e fineza. Ela é exportada em estado bruto, e seu preço compete, em alguns lugares, com o da seda.

Existem cinco portos – que são as cinco cidades, também chamadas metrópoles – em toda ilha. Sumbudodhama, o principal, fica na baia, e é a mais antiga povoação do reino, com quatrocentos anos de história. As águas calmas, o mar riquíssimo em peixes e crustáceos, bem como a vegetação luxuriante – e relativamente preservada – justificam o apelido de “pequeno paraíso”, dado pelos navegadores que aqui habitaram pela primeira vez. O porto Tyasos, ao sul, é dedicado as culturas de pimenta do reino e de cravo, e, assim como a capital e Forte Novo, é um porto mais comum a corsários e mercadores. Portocha é um ponto calmo no norte, dedicado a reabastecimento e ao negócio com piratas e mercadores, bem como ao comércio de armas. Rahnudha é o grande pólo de comércio de bebidas e fumo, situado mais a leste. Esses dois últimos são mais dedicados ao comércio com piratas.

Forte novo e muito mais uma base naval poderosa do que um porto, sendo completamente amuralhado em todo seu perímetro, e dotado de dois fortes que garantem sua proteção. Muito depois o porto foi criado pela demanda de vidro, mas ainda é a menor das cidades do reino.

Um produto possível de se encontrar aqui, mas raro é muito protegido é a faísca do sol. A infusão dessa planta, bem como seu extrato são muito úteis contra febres variadas, mesmo as mais renitentes e rebeldes. Entretanto, ela é cultivada pelo pessoal do rei, que são proibidos sob pena de Crime de Lesa Majestade de contar os segredos de sua produção, ou de fornecer raízes sem autorização do monarca. Desnecessário acrescentar: o elixir é caríssimo, e o rei absorve uma fatia razoável do preço.
Editado pela última vez por Seth em 02 Ago 2008, 15:59, em um total de 5 vezes.
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[Reino] Ilha de Sumbuda

Mensagempor Seth em 24 Jul 2008, 08:03

História:

Sumbuda foi, originalmente, um dos pontos extremos da civilização. A ilha foi descoberta pelo capitão corsário Sumbuda, há mais de quatrocentos anos. Depois de duas noites inteiras brigando com uma tormenta, Sumbuda avistou uma baía natural, e viu naquele local um ponto para se recuperar não apenas da tempestade, mas para obter alimentos e água potável. Ele encontrou algumas tribos de pescadores seminômades, com os quais ele estabeleceu algumas relações. Ele, no retorno ao lar, deixou até mesmo um grupo de oitenta marinheiros morando na região, pois tinha planos para explorar aquele pequeno paraíso perdido nos mares.

Sumbuda, porém, morreu sem voltar a navegar, e a ilha saiu da história por oitenta anos. Foi o neto de Sumbuda, Sumbudodhama, quem, de fato, fundou o primeiro e principal porto da ilha. Esse é um capítulo das histórias do mar que merece ser recontado:

Sumbudodhama era um homem ambicioso, apaixonado pela vida no mar e com notável tino comercial. Era, porém, uma pessoa que sabia observar as potencialidades de um local além daquelas imediatas; também era muito cético para ilusões como “em nome dos deuses”, ou “pela glória do império”. Na verdade, foi o homem certo na hora certa.

Seu avô morrera pobre e em desgraça, apenas porque apoiara a facção derrotada do governo. Seu pai tinha crescido e reconstruído a boa fortuna da família, a ponto de obter novamente o título de nobreza de seu pai; mesmo assim, era um destino medíocre para o jovem viver apenas em entrepostos comerciais. Um dia, com a morte de seu pai, e uma herança razoável nas mãos, o barão d’Espadarte propôs ao rei uma aventura: colonizar as ilhas e terras que ao longo de quase cem anos tinham sido registradas pelos navegadores. Foi uma empresa destinada ao fracasso, posto que o monarca estivesse ocupado com as guerras de sucessão, e pouco ou nada desejasse das terras além mar que não fossem os lucros.

Sumbudodhama montou, então, sozinho uma expedição com cinco naus, e seiscentas pessoas entre mercenários, colonos e marinheiros. Acordou com o gabinete do rei que um quinto de todo lucro seria do soberano, ao passo que toda terra seria explorada, de forma autônoma, pelo Barão. Não houve especificação quanto à em nome de quem isso seria feito, o que daria margem a grandes discussões, no futuro.

Guiado pelas anotações de seu avô, Sumbudodhama encontrou a ilha sem dificuldades. Naqueles anos, ele tinha se perguntado qual o destino dos oitenta marujos que optaram por viver na ilha, e não tinham sido resgatados. Isso ele descobrira logo depois de sua chegada: eles tinham se miscigenado com algumas das tribos autóctones, e seus descendentes (pois quatro gerações tinham se passado) se espalharam pela ilha. Na baía do Espadarte (pois Sumbuda tinha dado a ilha o seu nome, e o nome do peixe-símbolo do se brasão a baía) havia, agora, uma aldeia com cem casebres de madeira, e um pequeno forte defendendo a área. Como ele soube, depois, naquelas décadas um grande número de capitães tinham estabelecido feitorias, mas a maioria foi hostilizada pelos nativos, ou se fundiram a colônia de Sumbuda voluntariamente. Os descendentes dos primeiros oitenta viviam naquela casa, e seu líder era um dos marujos do avô do capitão.

Ele foi, por isso, muito bem recebido, e sua liderança foi aceita sem maiores contestações – mesmo porque ele estava à gente de cento e cinquenta mercenários muitíssimo bem treinados.
Sumbudodhama cartografou a ilha em poucas semanas, e fez um levantamento das riquezas da região. Ele demoraria cinco anos para retornar a terra natal, não sem antes estabelecer firmemente a colônia, colocando seu filho mais velho à frente dela. Também lançou os germes da exploração de vidro, ao fundar uma cidadela nas montanhas, chamada de Forte Novo.

Ao voltar para o reino Sumbudodhama levava apenas três navios, atulhados de madeira, cana de açúcar, pimenta, aves raras com as penas vistosas, e frutos curiosos. O resultado de sua expedição foi muito lucrativo, mesmo com o pagamento de parte dos lucros ao soberano; eles não eram, entretanto, em um quarto das riquezas que o capitão trouxe da ilha.

Ele espalhou a história que sua colônia fora varrida logo no início, de forma que ele não pudera estabelecer uma rede de feitorias. Naquele momento, ele era o único capitão com mapas precisos (ainda que não se
imaginasse isso, na época) e tripulação experiente, e mesmo com capacidade de custear outra expedição.

Foi o que veio a fazer, dois anos depois.

Dessa vez, ele dividiu a exploração em dois grupos distintos: ele, pessoalmente, lideraria nove naus, com mil e cem pessoas, com o objetivo oficial de fundar uma colônia, nos termos do acordo anterior com o rei. Seu irmão partiria dois anos depois, com seis navios e oitocentas pessoas, e seu objetivo era fundar outra colônia, de forma a criar uma rede de feitorias; na verdade, ambos iriam para a ilha, fortalecer o domínio de Sumbudodhama na região.

A segunda expedição consolidou a ilha de Sumbuda, transformando-a em uma galinha dos ovos de ouro do barão d’Espadarte. Não apenas pelo número de colonos, mas pela sua diversidade: ao lado de camponeses, ele trouxe ferreiros, médicos, estudiosos, enfim, uma gama de pessoas que se dispunham a viver e enriquecer aquela região. De fato, Sumbudodhama queria uma espécie de principado que ele pudesse moldar de acordo a sua visão de mundo e de realidade. Durante outros trinta anos ele manteve o movimento de pêndulo, e chegou, mesmo, a fundar pequenas feitorias em nome de seu rei, mas tinha como objetivo fundamental enriquecer sua ilha.

Ele passou os dez restantes anos de sua vida na cidade que ajudara a fundar e consolidar. Seu filho, agora, era quem realizava o movimento de ida e volta para o reino, complementando, assim, a sua experiência como governante. Já não era possível esconder do rei o que ele fizera a sombra do monarca; mas os tempos eram outros, e não era ele o único monarca que começava a se interessar por terras além do horizonte do mar de juncos.

Ao morrer Sumbudodhama, a Era da Pirataria no mar de juncos acabava de se iniciar. Ele foi chamado, depois da morte, de primeiro Rei de Sumbuda, o fundador da dinastia até hoje reinante na ilha.
Coube ao filho dele, Rahnudha I, conceber uma forma de sua ilha sobreviver ante ao caos da descoberta do novo mar. Rahnudha era parecido com um pai, só que dotado de maior pragmatismo e de espírito mais empreendedor. Assim, ele não se envolveu numa quimera da dominação dos mares (que era impossível em termos humanos), mas sim em se tornar útil aos contentores. Rapidamente sua ilha assumiu o papel de um território neutro, um porto ordeiro e organizado onde qualquer nau poderia parar e abastecer-se de comida e água, obter instrumentos ou concerto, vender ou comprar mercadorias, etc, desde que cumprisse as leis do local e pagasse as taxas. Em pouco tempo, piratas e marinheiros caminhavam e bebiam juntos nas tavernas, para se matar, dali a meses, em combates navais. Piratas vendiam carregamentos e produtos do saque obtidos em seus reides a comerciantes de outras bandeiras, bem como compravam suprimentos dos nativos da ilha, ou tripulações mercenárias. E, como antes, diversas nações iam buscar a pesca, da madeira, e das manufaturas de vidro de alta qualidade fabricados na ilha.

O grande elemento do reinado de Rahnudha foi à inserção de Sumbuda na rota das grandes navegações como um porto seguro. Outro feito digno de nota aconteceu pouco depois de sua ascensão ao trono: ele reuniu, no reino, alguns dos melhores cartógrafos, fabricantes de bússolas e mapas, bem como navegadores experientes, dado que, no reino, alguns estavam sendo perseguidos em face de supostas ligações com piratas. Com essa elite, e uma biblioteca enorme em mãos, Rahnudha fundou a (hoje bicentenária) Corporação dos Cartógrafos e Fabricantes de bússola, cuja função era fornecer, por um preço, instrumentos e mapas de qualidade, bem como conselhos e a localização de determinados locais. Esse grupo de sábios rapidamente ganhou notoriedade, já que eles viviam em um dos centros mundiais de novas descobertas. Os mapas fabricados em Sumbuda eram vendidos a preços altos, e reputados pela qualidade e exatidão – e o rei tinha sempre uma parte apetitosa do lucro.

Sucedeu Rahnudha I seu filho, Sumbuda I. O reinado desse soberano é lembrado pela riqueza que cobriu a ilha, bem como pela reconstrução da cidade de Sumbudodhama. Ao contrário do pai e do avô, homens sem instrução mais apurada, Sumbuda I foi educado desde o início como um marinheiro e como um erudito; foi ele quem redigiu a primeira crônica do reino de Sumbuda, e foi ele quem agiu como mecenas de diversos artistas e outros eruditos de outras regiões do mundo. Como registram estudiosos da época, “em um dos centros comerciais do mundo havia possibilidade de sem encontrar grupos de filósofos discutindo a natureza metafísica do mundo, passear ao largo de dezenas de obras de arquitetura moderna, ou visitar uma das maiores bibliotecas da época. E isso tudo num clima de liberdade inédito em outras partes, onde ainda se proibia a realização de reuniões para debater algo fora do padrão determinado pelas cortes”.

Mas não apenas como mecenas ou historiador Sumbuda deve ser lembrado. Ele também inseriu a venda de velocinos, um mercado que rapidamente proporcionou outros grandes lucros; também foi ele quem iniciou a exportação da aguardente, produto que alcançou grande popularidade. Outro fato que seria especialmente lembrado por seus sucessores foi o de que ele iniciou a diversificação dos negócios privados do rei: ele garantiu que de forma direta ou indireta, o soberano participasse como um mercador de cada nicho de mercado. Seja subvencionando fazendas, seja explorando minas, seja por meio da venda de escravos (que ele multiplicou), seja na produção de mapas e artigos de navegação, seja nas manufaturas de vidro ou madeira, em todos os negócios ele fazia questão de participar.

Outro fato em seu reinado foi que, pela primeira vez, a ilha foi atacada. Ele debelou as duas tentativas com facilidade, mostrando a outros reinos o poderio de sua não tão grande, mas bem preparada esquadra de guerra. Ao mesmo tempo, seus soldados trucidaram os dois exércitos que conseguiram desembarcar, dado que seu treinamento era excepcional.

Morto Sumbuda I, ele foi seguido pelo curto reinado de seu neto, Sumbuda II, morto em conseqüências de uma praga; há, porém, quem diga que uma bruxa amaldiçoou o jovem monarca no dia de sua coroação.

O filho de Sumbuda, chamado de Sumbudodhama era uma criança de dez anos. Nessa época, diversos comerciantes estavam insatisfeitos com o caráter autocrático do governo do rei, e iniciaram um movimento no sentido de limitar os poderes do soberano. O Ato de Autonomia garantiu os direitos, e deu a essa população representatividade na política, ao mesmo tempo em que limitava o papel do soberano.
O tio do jovem príncipe, Rehrydu, foi o grande artífice de um acordo de caráter pragmático: ele sabia que, mais cedo ou mais tarde, seria preciso limitar os poderes autocráticos do rei; assim sendo, que fosse mais cedo e de bom grado, de forma que ele pudesse garantir a seu sobrinho o máximo de autoridade que fosse possível. Além desse fato, dado que seu pai, com suas reformas, tinha aumentado o poder econômico do soberano, não foi difícil apresentar seu sobrinho como dono de um poderio formidável. Nessa época, ocorre a transição do rei para uma espécie de primeiro entre os iguais, e de monarquia consentida.

Sumbudodhama II reinou por longos setenta e oito anos; tendo ascendido ao trono na idade de oito anos, ele viveu por impressionantes oitenta e cinco anos, e é chamado, por alguns, de O Grande. Ele foi o responsável pela total reforma política da ilha, harmonizando e surgindo como árbitro entre a zona rural (fiel a coroa) e aos anseios dos comerciantes radicados nas cidades.

Ele foi substituído por seu filho, Sumbuda III, num reinado sem grande expressão. Hoje, seu neto, Rahnudha II, é quem cinge a Tiara do Espadarte.
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[Reino] Ilha de Sumbuda

Mensagempor Seth em 24 Jul 2008, 08:07

Política:

O rei Sumbudodhama sempre foi um amante da ordem, e, nesse quesito, seus descendentes mantêm essa orientação: desde que paguem impostos, não causem confusão ou roubem, o rei deixa seus súditos em paz. Esse aspecto de neutralidade em relação a brigas religiosas, disputas comerciais ou legais deu ao rei uma popularidade ímpar, que dura até os dias de hoje.

O reino é administrado pelo Grande Conselho, uma assembléia integrada por dezesseis a vinte membros. O rei preside o conselho, tendo poder de veto, bem como poderes emergenciais. Quatro membros do conselho são os Oradores de cada uma das quatro principais cidades. Eles são eleitos pelo conselho de cada uma das metrópoles, a assembléia que reúne os mais ricos cidadãos de cada urbe – e que elege o Capitão do Porto, uma espécie de prefeito, com funções administrativas ligadas a cada uma das cidades.

Ele também é integrado por oito Oradores, eleitos nas circunscrições rurais, e com funções análogas. Aqui, porém, a eleição é aberta a todos os homens acima de determinada idade, já que não existem latifúndios, mas conglomerados de fazendeiros e posseiros com interesses parecidos. Assim como os Capitães do Porto, eles elegem um Capitão do Mato com funções administrativas.
De forma a equilibrar os interesses, os Oradores rurais têm apenas meio voto, ao passo que os urbanos têm um voto inteiro. Também têm um assento no conselho o Chefe da Corporação dos Cartógrafos, o Comodoro da Esquadra de Guerra, e o General do Pequeno Exército.

Apesar do papel importante do Grande Conselho, na prática o monarca tem um conselho privado que desempenha as funções políticas ao seu lado. Seus integrantes são, em regra, membros do grande conselho e outros amigos e aliados do rei.

Toda vila ou distrito rural é protegido por grupos de soldados baseados em fortins e fortes eles garantem o estado das estradas, a paz entre os vizinhos e atuam contra os saqueadores, quando necessário. Nas cidades existe uma milícia formada por cidadãos, comandada por homens do rei. Eles garantem a paz e a segurança nas ruas, e são especialmente severos na capital. Os capitães se reportam aos seus respectivos Capitães do Porto ou ao seu Capitão do mato – e ao rei.
Os soberanos também criaram uma rede de olheiros e espiões espalhados por toda a ilha, com a função de garantir que a corrupção e excrescências sejam mínimas, reportando os abusos a capital. Este dispositivo simples mostra a todos que o rei está atento, e goza até de uma certa “onisciência”.

Cada cidade ou distrito rural possui um tribunal, formado por um juiz, indicado pelo rei. Esse homem é, sempre, um grande conhecedor das leis e dos costumes dos povos das ilhas, e age sempre em consonância com os atos e regras promulgados pelo Grande Conselho. Este, aliás, também é funciona como tribunal de apelação. Mesmo ao final do julgamento pelo grande conselho, ainda é possível apelar ao rei – mas raríssimas vezes o monarca age de forma distinta daquela julgada procedente pelo Grande Conselho.

Crimes e penas comuns incluem:

- Para crimes de Primeiro Grau (Roubos simples, ofensas, agressões, instigação de multidões, desacatos, não pagamento de dívidas por motivo de pobreza, falsificações, e similares): Açoitamento ou prisão por até seis meses, e multa.

- Para crimes de Segundo Grau (roubos com mortes, assassinatos, não pagamento de dívida caso seja capaz, roubos de quantias moderadamente altas, falso juramento ou similares): Açoitamento, prisão por um ano e meio a quatro anos, e multa.

- Para Crimes de Terceiro Grau (corrupção, desrespeito a locais de culto, incitação de outrem ao crime, tortura, seqüestro, assassinato de forma cruel, estupro, venda de outrem como escravo, agressão a uma autoridade ou a pessoa incapaz de se defender, e similares): Açoitamento, multa prisão por cinco a dez anos ou venda como escravo, em certos casos, morte por enforcamento e envenenamento.

- Para crimes de Quarto Grau (lesa majestade, perjuro, traição, assassinatos em série, roubos de elevadas quantias, golpes econômicos contra o estado, e similares): Prisão perpétua, confisco dos bens, morte por enforcamento, tortura ou decapitação, bem como venda como escravo.
Existem algumas tradições curiosas do monarca, em relação às leis. Primeiro, logo após sua ascensão, alguns criminosos recebem o perdão de seus crimes. Outros, pelo comportamento e disposição em denunciar outros criminosos recebem um benefício de redução da pena, ou melhora das condições. A cada dez anos, um criminoso mais velho, ou que tenha agido em caso de necessidade é perdoado.

A escravidão por dívidas foi proibida nos tempos do rei Sumbudodhama II, e ainda é comum que os reis, de tempos em tempos, promulguem um perdão do rei. Tal medida se deve ao combate dos mesmos contra agiotas, em proteção a Bolsa Real, onde as pessoas podem tirar dinheiro emprestado.

As relações internacionais entre a ilha e outras nações são bastante cordiais, no mais das vezes; muito raramente, um rei deseja a inimizade dos monarcas das ilhas, sabendo que será muito mais difícil comercializar com suas colônias.

O atual rei é casado com a uma princesa de um dos países do continente; tal enlace foi o primeiro desde a fundação do reino – antes os monarcas preferiam casamentos com os ilhéus, ou com emigrados. Porém, o dote da princesa foi de tal forma rico que a proposta foi irrecusável: em troca da mão de sua filha, o rei transmitiria dois terços de seus negócios com as colônias para a ilha de seu genro. Dessa forma, tanto as expedições seriam em maior número e mais baratas, sem tantos suprimentos ou tantas escoltas, como um número muito grande de negócios teria como intermediários os sumbudanos, com uma fatia respeitável do lucro. Com seu filho se aproximando da idade de casar, o rei começa a se questionar se deve repetir o ato – afinal, quem pode dizer qual o comportamento de uma coroa que venha a ser preterida em favor de outra?

Levando em conta esses fatos, o monarca talvez acerte o casamento de seu filho com uma filha de algum nobre mercador próspero das ilhas, ou com uma de suas parentas, descendentes de ramos colaterais da casa real.

E ele deve se apressar. Rahnudha II não tem boa saúde, e é provável que não veja mais do que um lustro. A primogênita do trono é uma princesa fútil, casada com um homem ambicioso e destituído de qualquer noção de honra. Não há lei que estabeleça a linhagem masculina como superior a feminina, e há quem diga que o critério é o da primogenitura. Como o rei sente dores no estômago quando pensa que sua coroa pode cair nas mãos de um arrivista, ele vem associando seu filho a função política, nos últimos três anos – e, em menor grau, depois de protestos e brigas, ele faz o mesmo com o genro. Mesmo assim, ele pensa em fazer seu filho Duque d’Espadarte logo que ele se casar, e assim estabelecer de forma incontestável a sua preferência, já que tal título é, tradicionalmente, conferido pelo monarca reinante ao seu herdeiro.

É pouco provável que uma guerra civil venha a estourar nesse momento; mas quem pode garantir que aliados sua filha ambiciosa e seu genro cruel tentariam obter? E, igualmente, será o jovem Sum Sumbudodhama suficientemente forte para honrar a coroa? Será ele digno do poderoroso nome com o qual foi laureado?
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[Reino] Ilha de Sumbuda

Mensagempor Seth em 24 Jul 2008, 08:10

Economia:

Acima de tudo, Sumbuda é uma potência comercial. Esse aspecto se sobressai acima de todos os outros, e tal foi à direção imposta logo por Sumbudodhama I e Rahnudha. Na verdade, as próprias leis são criadas levando-se em conta o comércio, o impacto econômico, que parceiros cortariam negócios, etc.
A ilha, por si só, um local onde podem ser encontrados seis produtos de grande impacto comercial. Primeiro, a cana de açúcar, negociada seja na forma de aguardente, de líquido não perecível ou de pó. O segundo produto valioso nativo da região é o cravo branco, não apenas um tempero, mas um bálsamo considerado por muito como milagroso, especialmente na forma de xarope – esse produto tem uma demanda constante, na região. A pimenta em suas variedades ver e vermelha são outro produto muito solicitado. A lã de alta qualidade, produzida pelas ovelhas das montanhas do norte merece uma menção, posto que ela seja comparada a seda em termos de qualidade, beleza e maciez. O óleo imperecível de Tóptera abastece muitos candeeiros das grandes metrópoles do continente, e é obtido aos barris na região.

Mas de nada adiantaria a ilha ser dotada de todos esses produtos, se eles fossem comprados pelos mercadores de outras regiões, levados e só então vendidos com lucro. Isso faria de Sumbuda uma mera colônia, sem grande expressão ou peso. A genialidade dos primeiros soberanos esteve em perceber isso, e simplesmente agir como um cadinho dos produtos extraídos das colônias. Era muito mais fácil seguro e barato que os produtos das colônias fossem comercializados aqui, e depois revendidos, com uma boa margem de lucro, aos que podiam enviar um navio à ilha - mas não poderiam enviar outro navio as colônias. Essa função de entreposto deu a Sumbuda a posição sui generis que ocupa até hoje, sendo chamada, por alguns, de “pacífica rainha dos mares”.

Hoje, ela até possui uma vasta marinha mercante – e é uma das poucas que raramente tem problemas com piratas – formada pela fusão da esquadra mercante nativa e por mercadores que, pagando um imposto, assumem a bandeira do Espadarte de Ouro, em campo azul, e celebram a paz que nasce da riqueza.

Outro detalhe é que, pela população escassa, e, sobretudo, pela visão pragmática e liberal de seus reis, os pobres e miseráveis são mais bem tratados, e mesmo protegidos por algumas leis, do que seriam em outros lugares. Dado que a ilha também é um monumento a liberdade de culto e a cultura, muitos dos maiores sábios preferem esse aparente exílio que as incertezas relacionadas aos caprichos de um soberano.

Dada a natureza liberal da monarquia, recentemente muitas companhias de comércio, perseguidas por leis e reis mais rígidos, transferiram seus tesouros e seu centro de operações para a ilha. As antigas sedes continentais agora não passam de sucursais, e o lucro maior é decidido nos cinco superagitados portos de uma pequena ilha no meio do oceano, entre as colônias e os reinos.

A moeda padrão aqui é o Espadarte, feito de prata, com um lado retratando o perfil do Rei Sumbudodhama II, e, do outro, um espadarte saltando no mar. Seus submúltiplos são o Delfim, a décima parte do Espadarte, e a Truta, a centésima parte, feitas, respectivamente, de bronze e de ferro. Os múltiplos são o Narval, uma moeda de prata mais pesada e pura, valendo dez espadartes, e o Leviatã, feito de ouro. Todas as moedas têm de um lado o animal que lhe dá nome, e, do outro, a face de um dos reis. O Delfim tem Sumbuda I, e a Truta, o rei Sumbuda III. O rei Rahnudha I está no Narval, e o rei Sumbudodhama I é homenageado pelo Leviatã.

Sociedade, Educação e Cultura:

A sociedade é profundamente dividida, mas não necessariamente antagônica. Um habitante da cidade e do campo, por mais que jamais troquem mais que algumas palavras sempre entendem que um depende do outro – sem a cana de açúcar, a pimenta ou a sílica os comerciantes não teriam o que vender. Assim, são mundos onde há intercessão harmônica constante, ainda que separados.

Nas cidades ela é profundamente ligada ao comércio, às viagens marítimas ou a pesca, sendo que a medida do sucesso de um homem é o quanto ele enriquece durante sua vida. O ritmo é dinâmico, e os trabalhadores são profundamente explorados pelas guildas e corporações aos quais devem se filiar. Os marinheiros, claro, gozam de uma posição de grande prestígio, especialmente os mais famosos, ou oficiais. Ao lado deles, um homem que tenha o título de Cartógrafo é tratado com toda a deferência.

Vale ressaltar, porém, que eles não têm nenhum direito ou regalia, afora aqueles oriundos de suas ocupações ou famílias. Não existe um privilegio de classe, como em outras terras, mas certo tom de glória que confere autoridade em algumas ocupações.

Outra profissão que é destacada é a de vidroeiro, sendo esse um dos principais artigos de exportação. Dado que a sociedade da ilha é extremamente aberta, não é incomum que prostitutas, contrabandistas ou bardos ganhem seu lugar ao sol. Na verdade, como diz o ditado, em Sumbuda “todo mundo tem todas as chances do mundo de crescer... ou de cair mais fundo do que nunca”.

O campo é muito diferente. Aqui, os valores de mundo e de realidade são outros. Um homem que passa a vida nas montanhas, produzindo a melhor lã do mundo conhecido, ou que planta sua cana de açúcar sabendo que sempre haverá compradores não se importa tanto com riquezas. Conceitos como o de honra, dignidade e hombridade imperam na zona rural, o que pode gerar conflitos de sangue – e, em ao menos três casos famosos, vinganças por décadas.

A mobilidade social existe, mas não é tão almejada, como ocorre nas cidades. Um rico fazendeiro dificilmente dará sua jovem filha em casamento a um pobre posseiro, e isso significa diferença de classes. Porém, um fazendeiro remediado não faria tantas objeções apenas pelo fato dele ser pobre. Ainda mais porque não existem latifúndios, e os proprietários dependem em grande parte, de contatos para vender de forma vantajosa sua produção.

Algumas famílias mais ricas ou poderosas são oriundas da fusão de grupos do campo e da cidade, mas tais uniões são raras – de um lado, os comerciantes preferem ligações com o estado, com a nobreza ou com ricos donos de embarcações; por outro, os campesinos preferem que os filhos, nas cidades, se convertam em Cartógrafos ou marinheiros. O fato é que raras vezes a migração se dá por motivos puramente econômicos.

As famílias aparentadas com o rei formam a maior parte da nobreza hereditária; porém, a cada reinado ela se torna menor, porquanto o monarca prefira conceder títulos vitalícios, e pode-se contar nos dedos o número de vezes que um rei concede a alguém esse título. Como, porém, os filhos de um nobre hereditário não são plebeus, é comum chamar esses homens e mulheres de “saer”, como uma forma opcional de deferência.

Atualmente, existe uma família de marqueses, descendentes do segundo filho de Sumbudodhama I, os marqueses de Nyuan, aparentados com a casa real; três famílias condais, duas das quais aparentadas com a casa real; e nove baronais,duas das quais têm origem na casa real. O único duque é o Duque d’Espadarte, o herdeiro do trono. Caso ele tenha um filho, ele é o Marquês d’Espadarte. Os filhos homens de um conde são viscondes, mas suas filhas, se herdeiras, antes da ascensão são, meramente, ladies. Os Lordes são os nobres mais baixos, oriundos dos mais caros companheiros dos reis. Há doze famílias de lordes, sendo três oriundas de filhos bastardos dos monarcas.

Os filhos homens não herdeiros do monarca serão condes, e irão transmitir esse status a seus filhos. Suas filhas, entretanto, serão baronesas, e será esse título que legarão. Durante toda a vida, porém, ambos os sexos serão príncipes, bem como seus consortes. Os membros do Grande Conselho são, sempre, barões vitalícios, a não ser que tenham outro título superior. Outro cargo com esse status é o de Escolarca, o líder do colégio dos sábios.

A população tem um grande respeito pela erudição. Aqueles que são membros da Academia Real, quer historiadores, quer médicos, quer geógrafos, quer naturalistas, quer filósofos, são alvos de estima e do respeito de todos. Geralmente nas cidades não é difícil encontrar ensino, seja junto aos templos, ou em escolas mantidas pelo soberano. No interior, essa função é dos Capitães do Mato, embora tendo em vista a pequena quantidade dessas instituições, o rei mantenha ao menos uma em cada distrito.
Na capital, existe um Parlatório. Nele, os sábios reunidos pelo rei Sumbudodhama I debatiam e ensinavam jovens promissores, tendo seu sustento garantido pelo soberano. Esse colegiado ainda existe, e rivalizam nas áreas de cartografia, medicina e construção naval, com outras instituições mais antigas, localizadas nos reinos. Ainda são poucos os reinóis que vêm até aqui em busca de sabedoria, embora sejam muitos os colonos, especialmente os que não podem pagar por uma educação no continente.

Os Sumbudamos são pessoas naturalmente voltadas para o esforço e o trabalho, mas não de forma a ver o lazer como uma coisa ruim; longe disso, já que todos promovem festivais, bazares e quermesses mensais, destinadas a divertir a população. Aliás, quando se diz que os habitantes da ilha costumam descansar uma vez a cada duas semanas, isso gera grande insatisfação e inveja por parte dos moradores de locais menos afortunados.

Existem quatro grandes festivais por ano, na ilha. O primeiro e o segundo ocorrem na estação chuvosa e na mais quente, coincidindo com a colheita de gêneros e com a época da pesca de camarões e de peixes. No fim da estação há uma grande comemoração de seus dias, em que se agradece ao mar e a terra pela sua fertilidade; muitos casamentos são celebrados nessa época. O terceiro festival, que toma os quatro últimos dias do ano que finda e os dois primeiros do ano que se inicia são dedicados a celebrar a chegada e a renovação das esperanças em todas as famílias. Entre os festivais da colheita há outra festa, o dia da Ascensão da Coroa, isso é o dia em que o monarca reinante e todos os seus sucessores foram coroados. Por uma tradição, após a morte de seu sucessor o novo rei não é coroado imediatamente, mas apenas no próximo dia da Ascensão da Coroa.
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[Reino] Ilha de Sumbuda

Mensagempor Seth em 24 Jul 2008, 08:13

Religião:

Os monarcas da casa d’Espadarte nunca foram muito religiosos, e cuidam de praticar sua fé de forma discreta e neutra, como se nada mais fossem que outro fiel. Questionado pelo alto Sacerdote sobre uma questão onde a fé determinava uma ação mais dura a fiéis de outras religiões, Sumbudodhama II disse “isso convém a Deus, mas não convém ao rei. Que meus súditos paguem impostos e obedeçam as leis, mesmo que veneram o próprio Arquidiabo”. Isso traduz a diretriz do reino com relação às igrejas e religiões: por mais que se odeiem, eles devem conviver em paz e obedecer às leis.

Assim sendo, não é de estranhar que a ilha seja um cadinho com diversos templos, das mais variadas fés (e apesar das palavras do rei, é fato que raramente cultos malignos contam com a benevolência do soberano).

No interior, sobrevivem os cultos das tribos autóctones, bem como algumas outras igrejas bem estabelecidas. Desnecessário acrescentar que mesmo com certa tolerância o cosmopolitismo religioso está restrito a regiões mais próximas das cidades. Casos de agressões são raros, mas é igualmente incomum que um templo se estabeleça rapidamente.

Mistérios:

As Ruínas

Segundo se conta em tavernas, depois de várias canecas de rum e grogue, a ilha de Sumbuda guarda alguns segredos ancestrais – e sinistros.
As ruínas: todo nativo sabe que, centenas de metros abaixo do mar há um continente afundado em eras primitivas, antes que os fogos fossem soterrados e que a terra ganhasse sua atual configuração. Sumbuda talvez seja um platô elevado dessa terra arrasada por alguma catástrofe antiga.

Sabe-se que há ruínas estranhas em alguns pontos da ilha. Desde a origem do reino, há mais de trezentos anos, poucos têm a coragem de explorar esses locais. Quando Sumbudodhama I aqui chegou, séculos atrás, os nativos já evitavam essas “mansões de cinza”, deixando alimentos e enfeites destinados a aplacar os espíritos que acreditavam viver nesses pontos.
Devido ao seu número escasso e tamanho pequeno, não foi difícil para o primeiro governante meramente proibir a entrada de pessoas, e evitar que assentamentos fossem construídos desses locais.

Foi o trineto e homônimo de Sumbudodhama, quem iniciou a exploração sistemática dessas áreas. Dado o seu grande interesse por história, patrocinou pequenos grupos que pudessem estudar as ruínas, e ter alguma indicação de quem, e porque elas foram construídas. Seis desses locais levaram o soberano a conclusão de que outros, no passado, haviam tentado a colonização, mas tal empreitada tinha falhado devido a uma febre que atingiu a população. Seus remanescentes deram origem aos nativos – e isso, na prática, significa que os colonizadores de
Sumbuda eram longinquamente aparentados com os ilhéus. Também foi possível inferir com razoável margem de segurança que de tempos em tempos pessoas chegavam e habitavam na pequena ilha, sendo absorvidos pela população nativa.

Há que se notar que essa história foi completamente registrada na Real Crônica de Sumbuda, da autoria de Sumbudodhama II. Duas ruínas nortistas remotas não são citadas, e a maioria deduz que o caso, com elas, é o mesmo.

Em verdade, o rei decidiu assim depois de pesquisar pessoalmente por vários anos aqueles locais. A primeira coisa que ele notou é que as ruínas eram muito, muito velhas, a ponto de serem ancestrais. Dentro delas, as pinturas e baixos-relevos destacados mostravam um mundo sombrio, e um estranho grupo de entidades sendo adoradas e homenageadas por escravos com feições humanas. Estranhos apetrechos foram detectados, e um grande grupo de estelas e fragmentos de calcário com pictogramas foram desenterrados ao longo de doze missões. Este material ainda é, em grande parte, ininteligível. De qualquer forma, o rei, desde então, proibiu a entrada de pessoas sem o seu selo dentro das ruínas, ordem que ainda é zelosamente cumprida. Mesmo assim, relatos estranhos envolvendo luzes, cerração e sons espectrais tendo como epicentro as ruínas ainda são comuns.



Pico Adamastor:

Formalmente, Sumbuda é uma única ilha, sem nada mais do que afloramentos de rocha próximos em toda sua extensão. O único lugar que poderia ser chamado de “ilha” é a mais alta montanha, o Adamastor, com quatrocentos metros de altura. Realmente, ele é separado da pequena cordilheira do norte da ilha na maré alta, quando a ponte de pedra bruta no nível do mar é engolfada pela água do mar. Duas passarelas de rocha natural ligam as “ilhas” em outros pontos, e são os caminhos geralmente utilizados pelas pessoas.

O Adamastor fica ao norte de Forte Novo, e domina, com sua sombra, toda essa região; mineiros trabalham nas fraldas desse monte, ainda que, geralmente, evitem sequer caminhar em áreas mais altas do pico. Nas áreas mais elevadas fica uma das ruínas ancestrais, da qual se fala com horror no menor dos portos da região.

Há uma pequena enseada protegida do vento e das ondas ao norte, mais ou menos no “meio” do pico. Ali, há cento e oitenta anos, foi fundada a comunidade de Forte, assim batizada porque a sua origem foi uma fortificação destinada a proteger essa região. Havia caminhos, naturais ligando às partes mais altas do pico a comunidade, e ali foram construídas as primeiras galerias de exploração. Entretanto, há cem anos um terremoto ceifou a vida de centenas de mineiros e de milhares de pessoas, e o local, semi destruído, foi abandonado. Mais ao sul uma nova comunidade foi construída, valendo-se das passarelas para atingir as galerias.

Lendas antigas dizem que o pico é o palco onde entidades malignas e seus algozes se enfrentam, e que, por isso, ela é hostil a vida humana. Há quem diga que um ser de poder excepcional habita nas cavernas e rochas dos precipícios ao norte da ilha, e que ele deu seu nome a montanha.

O destino das Feitorias:

Sabe-se que Sumbudodhama I, de forma a impedir que seu soberano soubesse de suas atividades de colonizador, fundou feitorias em outros pontos do mundo. Mais tarde, ele se desinteressou do destino desses assentamentos, já que, afinal, muito pouco ele pingava da menina-de-seus-olhos para esses chamarizes. Ele ainda imaginava que elas poderiam ser utilizadas como cabeças-de-ponte da colonização do continente pela ilha, mas tal quimera foi abandonada por ele mais tarde.

Das quatro que ele veio a fundar, ainda restam, trezentos e tantos anos depois, duas. O destino de cada uma delas será explicado a seguir:

-> Porto Dhuwel: Foi fundada para explorar toda a região da baia de Maunary. E, seu auge, tinha duas mil almas dentro de sua muralha circular de pedra. Seu lorde foi um parente de Sumbudodhama, que, desde o iniciou, tentou um convívio gentil com os nativos do local. Cinquenta anos depois de sua fundação ela foi completamente arrasada por uma praga, que também vitimou milhares de tribos bárbaras.

-> Forno da Cicatriz: Essa colônia foi também fundada por um parente de Sumbudodhama, chamado pelos seus de capitão Cicatriz. Apesar de ser, inegavelmente, um hábil capitão e um hábil mercador, cedo ele se indispôs com os nativos do local. Logo após a morte de Sumbudodhama, a cidade foi cercada e completamente destruída, sendo que seu maligno líder foi assado em um forno.


-> Calçada do Enforcado (Atual Malagiráx): Em um dos casos irônicos da colonização, e pode-se mesmo dizer que essa feitoria ultrapassou sua cidade-mãe.
Seu regente foi Lorde Dovanaprya, um homem cruel e de índole tirânica, mas dotado de grande poder de organização e – se necessário – de muita diplomacia. Com tal cabedal de dons, ele manteve sua colônia forte mesmo após o desligamento das relações entre a ilha e sua cidade. Dovanaprya chegou a reinar sobre seis mil almas, e a manter um exército de mil guerreiros experientes. Isso era necessário se desejasse sobreviver em uma região com tribos hostis e bem armadas.

Rapidamente ele se apresentou para algumas tribos poderosas como um aliado, e, juntos, subjugaram toda a região. Ele consolidou um regime oligárquico, onde os descendentes das tribos vencedoras e dos cidadãos gozariam do status de Aristocratas, ao passo que os outros formariam castas de mercadores, artesãos, trabalhadores da terra – e escravos. Dovanaprya ainda viveu o suficiente para se chamar de rei, governando com mão de ferro aquele canto belo, mas escravizado, do novo mundo.

Com a interpenetração e absorção de colonos pelos nativos e vice versa, foi muito natural que uma cultura mista surgisse. Assim, a cidade passou a ser chamada por um nome nativo, bem como seus soberanos.

Um descendente de Dovanaprya ainda reina sobre os Mal’ax, nome que esse povo adotou após a guerra. Ele observa com cuidado e temor a chegada das grandes naus, e reconhece que poderá precisar de aliados dentro de seu próprio povo, sob pena de ver seu trono ruindo.

- > Pináculo da Estrela: Há quem considere essa cidade como a mais bem sucedida feitoria de Sumbuda, em todos os sentidos. Ao contrário de suas congêneres, ela nunca perdeu contato com a ilha, apenas declarou-se autônoma do governo dos d’Espadarte. A situação era um fato há mais de uma década, e foi aceita pelos ilhéus baseada na seguinte idéia: “de que adianta tentar uma guerra longa e dura, se necessitamos dos produtos que nossa feitoria extrai e envia para nós?” Graças a isso, as relações sempre se mantiveram amigáveis. Um ramo menor da casa d’Espadarte chegou ao poder após a morte dos dois primeiros lordes.

Na atualidade a cidade é um porto agitado, com dez mil habitantes. Seu rei, Bradaratha III é parente do rei Rahnudha II: as mães de ambos eram irmãs. Devido a esses laços, ao fato de que a nata dos habitantes da cidade são educados na ilha, que se fala o mesmo idioma, que a ilha é o grande mercado dos habitantes do continente – os reis do Pináculo nunca mandaram um navio mercante para a longa e perigosa viagem transcontinental – geraram laços de amizades muito fortes. Os reis de um e de outro lugar se visitam ao menos uma vez a cada lustro, de forma a manter vivas as tradições irmãs; e os habitantes de Pináculo nunca se esquecem que foram seus irmãos da ilha os único a ajudar a cidade a manter sua independência, face o imperialismo de algumas nações colonizadoras.

O rei Bradaratha III vem enfrentando vários dissabores na sua família. Seu primogênito morreu, bem como o filho seguinte, que era casado. A esposa de seu filho terminou morrendo ao abortar, de forma que só lhe resta uma filha. Ele pesa com muito cuidado o nome do marido da jovem – ele usará a coroa um dia.

O rei Rahnudha II observa, atento, as ações de seu primo, e julga que um casamento entre seu filho e a jovem pode ser muito valioso – e realizar o sonho de Sumbudodhama I: fundar, a partir da ilha, uma colônia viável. Mesmo assim, ele sabe que terá grandes entraves antes de conseguir sequer cogitar o casamento – e o rei tem pouco tempo.
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[Reino] Ilha de Sumbuda

Mensagempor Eagleyes em 24 Jul 2008, 13:35

Gostei bastante, os nomes ficaram bons também. Notei alguns erros de digitação e o ouro repetido na importação :linguinha:

Só achei meio longo, tente resumir um pouco na a versão final que vai para o livro para não ficar muito cansativo de ler. O que eu mais gostei foi a parte da história :P
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Mensagempor Dragão de Bronze em 24 Jul 2008, 14:52

Seth, ainda nem li e já te amo.

Eu acho que é interessante manter este texto longo, afinal, precisamos explorar a fundo as coisas. Um resumo fica legal na apresentação da região, mas isso dá pra fazer tranquilamente depois.

Estou a ler :P
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Mensagempor Frost em 24 Jul 2008, 16:04

Acabei de ler e gostei bastante! Principalmente dos tais mistérios e das questões políticas. O tamanho para mim está ótimo para a "publicação".
Cenário Pirata da Spell! "Arr!!!"

A máfia está vindo...
SPOILER: EXIBIR
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Mensagempor Dragão de Bronze em 01 Ago 2008, 22:33

Qual seria o tamanho dessa ilha?
Pela população dá pra presumir, mas eu sou meio sem noção com essas coisas.
Não que isso seja lá superimportante, mas eu acho legal saber. Poderia me dizer um país que eu posso levar como análogo pra esse propósito?


Eu ia perguntar qual seria a relação de Sumbuda com a "inquisição" da pseudo-inglaterra, mas como você falou que ainda está montando a parte diplomática, deixo isso pra depois. Mas imagino que seja um mínimo de acalorada, ou talvez tenha um simples "não gostamos deles", pois uma tem uma inquisição, e a outra se mantém longe de ter uma religião oficial.
E os presos fugitivos de Alcatraz? Este seria um provável porto seguro para eles. Se piratas vivem por aqui, eles não poderiam ser presos simplesmente porque são perseguidos de outros reinos.


A parte da bruxa que amaldiçoou Sumbuda II foi genial.
Acho que dá pra inserir algo de supersticioso no meio da família real para quebrar a maldição, algo que a família faça para que a maldição permaneça inativa.
E talvez dê pra explorar essa praga na atualidade com esse elemento de superstição.
...ou talvez não seja necessário. Isso pode ser só um gancho de aventura.


Uma coisa que acho que seria legal: será que há alguns códigos de conduta populares por aí?
Nada oficial do reino, mas aquela coisa que circula pelo povo, passada de boca em boca pros novatos.
Um ditado que seja serve. Algo como "Quem mata alguém é morto também". Pra manter o clima de Sumbuda = Porto Seguro (além desse “todo mundo tem todas as chances do mundo de crescer... ou de cair mais fundo do que nunca”, que não é lá um ditado de coduta).


Venda de outrem como escravo é um crime, mas a ilha lucra vendendo escravos. Imagino que isso seja mais claro pra vocês que são de exatas, mas me explica isso melhor?


Cravo branco - dragão com nerdgasmos detected. Encaixou como uma luva na história das superstições.
O óleo imperecível de Tóptera me dá idéias também... vocês estão fazendo a coisa bem como eu pensei inicialmente.


Muito legal eles serem voltados ao trabalho, mas...
Como o centro comercial vai lidar com o descanso a cada duas semanas? Uma pausa no comércio?


O casamento final também foi genial, e será usado ;)
Aos que não sabem, o genro do rei será um ilustre fora-da-lei, provavelmente irmão de um militar ilustre que tem ódio mortal por ele na pseudo-inglaterra.
Os piratas estão do lado da filha e os militares do lado do filho. Mas sabem que não dá pra discordar muito do rei.
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Mensagempor Seth em 01 Ago 2008, 23:01

Qual seria o tamanho dessa ilha?
Pela população dá pra presumir, mas eu sou meio sem noção com essas coisas.
Não que isso seja lá superimportante, mas eu acho legal saber. Poderia me dizer um país que eu posso levar como análogo pra esse propósito?


Ela não é exatamente pequena. Digamos, nos mapas normais, que ela seja como a Islândia.

Eu ia perguntar qual seria a relação de Sumbuda com a "inquisição" da pseudo-inglaterra, mas como você falou que ainda está montando a parte diplomática, deixo isso pra depois. Mas imagino que seja um mínimo de acalorada, ou talvez tenha um simples "não gostamos deles", pois uma tem uma inquisição, e a outra se mantém longe de ter uma religião oficial.
E os presos fugitivos de Alcatraz? Este seria um provável porto seguro para eles. Se piratas vivem por aqui, eles não poderiam ser presos simplesmente porque são perseguidos de outros reinos.


Ela seria algo assim, especialmente porque, bem, é um abrigo para magos, de certa forma.
Os presos, bom, isso depende do porto. Poderiam ser empregados como mão de obra servil por um tempo, poderiam ser libertados, devolvidos ou vendidos como escravos. Vou tratar disso na diplomacia.

A parte da bruxa que amaldiçoou Sumbuda II foi genial.
Acho que dá pra inserir algo de supersticioso no meio da família real para quebrar a maldição, algo que a família faça para que a maldição permaneça inativa.
E talvez dê pra explorar essa praga na atualidade com esse elemento de superstição.
...ou talvez não seja necessário. Isso pode ser só um gancho de aventura.


Sabe, é um ponto que eu prefiro deixar de gancho.

Uma coisa que acho que seria legal: será que há alguns códigos de conduta populares por aí?
Nada oficial do reino, mas aquela coisa que circula pelo povo, passada de boca em boca pros novatos.
Um ditado que seja serve. Algo como "Quem mata alguém é morto também". Pra manter o clima de Sumbuda = Porto Seguro (além desse “todo mundo tem todas as chances do mundo de crescer... ou de cair mais fundo do que nunca”, que não é lá um ditado de coduta).


Ótima idéia, eu vou cuidar disso.

Venda de outrem como escravo é um crime, mas a ilha lucra vendendo escravos. Imagino que isso seja mais claro pra vocês que são de exatas, mas me explica isso melhor?


Venda de um Sumbudodamano sim. É proibido, e não pode ser nem por dívidas, mas só por crimes. Mais ou menos como na Roma Antiga. Agora, o importante é o comércio, e escravos são um produto importante. Existem leis e punições severas sobre a ação dos escravagistas, mas acontece.

Muito legal eles serem voltados ao trabalho, mas...
Como o centro comercial vai lidar com o descanso a cada duas semanas? Uma pausa no comércio?


Na verdade, há precedentes em alguns países. Mas, nesse caso, são coisas que se diz, e que não são bem verdade... Esse dia existe uma ver ao mês, digamos, e tem sua origem no fato de que é preciso que o dinheiro desses pobres circule. E é preciso que eles acreditem que sei rei cuida bem deles, e se importa que eles tenham diversão. Pão e Circo.

O casamento final também foi genial, e será usado
Aos que não sabem, o genro do rei será um ilustre fora-da-lei, provavelmente irmão de um militar ilustre que tem ódio mortal por ele na pseudo-inglaterra.
Os piratas estão do lado da filha e os militares do lado do filho. Mas sabem que não dá pra discordar muito do rei.


Só que Rahnudha II tem pouco tempo de vida... XD
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Mensagempor Léderon em 04 Ago 2008, 16:12

*com vergonha*

Finalmente acabei de ler XD
Adorei, muito mesmo. Seu domínio sobre conceitos de história, política e economia são fascinantes (leia "invejáveis ¬¬").

Gostei muito, mas muito MESMO das ruínas da ilha, e acho que podemos - e acho que vamos - desenvolver bastante isso aí por trás dos panos.

Parabéns pelo pontapé inicial mais que ótimo! :pidao:
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Mensagempor Seth em 05 Ago 2008, 21:26

Adorei, muito mesmo. Seu domínio sobre conceitos de história, política e economia são fascinantes (leia "invejáveis ¬¬").


De tanta bizarrice que eu escrevo/penso alguma coisa tinha que sair direito ^^XD

Sim, precisamos dar uma olhada nessa questão das ruínas. Algo deve sair dai.
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