por Iuri em 02 Mai 2011, 15:07
Eu gosto da ideia de ter 8 níveis ao invés de 10.
Quanto a modulação das habilidades (compra por pontos):
A modulação ao estilo M&M permite 1) versatilidade, ultra-especialização (em oposição a versatilidade), 2) maior customização e 3) maior coerencia entre a mecanica e o conceito do personagem. Vou dar minha opinião sobre cada um destes pontos isoladamente:
1) Um dos objetivos do e8 é corrigir problemas mecânicos da 3.5, não? Neste caso, adotar regras que permitam PJs ultra-versáteis junto de ultra-especializados em um mesmo grupo parece ir na contra-mão dessa ideia (estabelecer papeis específicos para cada personagem seria -ao meu ver- mais condizente). Essa questão da versatilidade pode também ter consequencias em questão de fluff. O genero de Supers é bastante genérico, e permite um monte de explicações para um personagem ter um monte de habilidades aparentemente desconexas. Não sei como W&W tratou disso, mas em fantasia medieval mais clássica é mais dificil aparecer com explicações condizentes. Claro que não se pode ignorar a capacidade que os jogadores tem de nos surpreender com histórias das mais bizarras que justifiquem as misturebas.
2) Maior customização é sempre desejável. Dizer "este personagem fui eu que fiz, e ninguém tem um igual" é uma das coisas mais lúdicas e divertidas do RPG. Mas a compra de habilidades por pontos não é a única forma de alcançar este objetivo (mas não estou dizendo que não seja a melhor). A separação dos personagens em raças + classes + profissões , onde cada classe possui habilidades "selecionáveis" (arte da guerra para guerreiros, por exemplo) já se move nesta direção, afetando menos o equilibrio.
3) Este é o item que eu acho mais promissor da abordagem. Muitas vezes uma classe dá uma habilidade que o jogador simplesmente não acha apropriada para aquele personagem. Outras vezes, o cara se vê obrigado a fazer multiclasses que o deixam menos útil para o grupo, apenas para deixar mais próximo de seu conceito inicial. Mas ainda é possível deixar isso funcional sem mudar completamente o conceito do sistema. Sugestão: talentos multi-classe semelhantes a 4e, e habilidades permutáveis (por meio de talentos, talvez). Por exemplo: "Andar sem rastros: permite usar a habilidade de mesmo nome, se ela não fizer parte das suas habilidades de classe/profissão. Troque por uma habilidade de 3º nível de sua classe/profissão atual".
Minha preferencia pelo esquema de níveis, mais clássico, se tornou óbvia, não? É algo meio pessoal mesmo, confesso.
Mas vale lembrar que M&M tem o equivalente de níveis sim, que são os PL
CURSE YOUR SUDDEN BUT INEVITABLE BETRAYAL!!!
-- Máfia Firefly. Aqui na Spell, daqui a alguns meses! (dá tempo de rever os episódios!)