Máfia H.P. Lovecraft
Nas últimas semanas dezenas de pessoas desapareceram sem deixar vestígio, muitas se perderam em florestas ou ruas. Os jornais traziam sempre anúncios sensacionalistas, mas felizmente, para o governo e para os fracos de mente, os jornalistas não souberam onde procurar ou a quem perguntar, do contrário o pânico teria se instaurado em toda a nação, talvez até mesmo no mundo, e milhares de pessoas teriam simplesmente enlouquecido.
Nos últimos dias séries de corpos ou partes humanas e de seres não identificáveis começaram a ser encontrados nos mais inusitados lugares e grande parte das pessoas que as encontravam tentavam encobrí-las, tamanho era o horror que crescia inconscientemente dentro de cada um que ainda estava vivo e via coisas que a mente simplesmente não era capaz de suportar.
Os repórteres que tentaram investigar nunca retornaram, por isso ninguém realmente soube de tudo o que realmente estava acontecendo e da magnitude dos acontecimentos. Apenas um pequeno grupo de pessoas percebeu o que estava acontecendo e tentou fugir, mas, durante essa fuga ouviram, nos mais diferentes lugares, sons impronunciávies por seres humanos ou animais conhecidos.
Diante dos sons que os cercavam, viram que não era possível fugir, portanto tentaram se esconder e se proteger da melhor maneira possível, mesmo sabendo que seria inútil. De todos os que tentaram fugir ao ouvir os sons, barulhos e, como alguns poderiam jurar se houvessem conseguido fugir, vozes em línguas antigas e terríveis, apenas treze conseguiram chegar a um velho solar que aparentemente estava abandonado e era precariamente seguro.
Ao ficarem frente a frente uns com os outros, alguns pensaram e falar ou perguntar, mas um silêncio sepulcral se espalhou no lugar ao ouvirem do lado de fora uma expressão de uma origem que, para alguns, era mais do que evidente e por isso apavorante:
“Tiquili-li! Tiquili-li!”Todos estavam cobertos por capuzes, portanto não era possível identificar ninguém e nenhum que ali estava ousava cogitar a possibilidade de descobrir o rosto, talvez a criatura responsável por aquele som estivesse entre os estranhos encapuzados, talvez ela estivesse escondida em algum canto esperando apenas para ver o rosto de seu alvo e arrastá-lo para um destino frente ao inominável.
Todos ficaram em silêncio por quase uma hora, olhando para edições da semana anterior de alguns jornais que estranhamente estavam espalhados pelo chão abertos em páginas onde se comentava o roubo de um livro da universidade que era cercado por boatos e lendas.O livro em questão era o infame “Necronomicon”.
O primeiro dia vai até as 19:00 de segunda-feira (dia 30/03).
O Jogo Começou. Matem-se.