Sim, deveríamos rasgar a Bíblia. Na verdade nem acho, mas não seria um mal maior do que rasgar Mein Kampf. Só que não acho que deve-se rasgar nenhum deles pela relevância para estudos históricos, mas definitivamente devem ser "rasgados" no sentido metafórico: abandonar os ideais presentes ali.
Levando em conta que uma boa soma dos valores dos humanistas seculares tem alguma ressonância bíblica assim como o conceito "moderno" de indivíduo ( que deve, entre outras coisas ao conceito cristão de alma única criada por Deus e dotada de livre-arbítrio, e por isso a única responsável por sua salvação e danação ) e que não há propriamente um set unificado de valores na Bíblia ( assim como na "sabedoria popular"), eu sou bem mais cauteloso em dizer que devemos abandonar os ideais presentes ali.
E se querem rasgar mesmo Bíblia, preservem algumas edições como a Bíblia do Peregrino ou a Bíblia Hebraica ou mesmo qualquer uma que seja baseada na primeira tradução do Almeida.