Interessante o seu relato Obi, também adoro Ravenloft, no meu primeiro contato me tornei fã do cenário, até fiz um site na época que teve bastante visitação, pena o trabalho me consumir muito tempo e tive que abandonar o projeto, mas quem sabe retorno um dia, o Abaddon do antigo site
Ravenloft.com.br me propôs uma parceria em traduções, mas nunca tive muito tempo livre para isso, somente agora eu consegui me organizar melhor e talvez tente novamente, mas sozinho não sei se conseguiria, e hoje a comunidade está mais propensa a colaborar do que nunca, mas não posso me basear somente nessa possibilidade.
Bem... Terça ocorreu a segunda sessão da minha pretensa campanha de Ravenloft, começou tarde e por conta disso não deu para prosseguir muito, mas isso não chegou a ser um problema, o problema maior foi a falta da maioria dos jogadores, em protesto, decidi fazer o jogo assim mesmo se o Thiago assim concordasse, e o legal é que ele concordou!
Já mestrei solo outras vezes, mas Ravenloft é um cenário que precisa de mais cuidado em relação a isso, pois a Terra das Brumas é um local perigoso, vejam o caso de
Rudolph Van Richten...
Fiquei devendo o que aconteceu na primeira sessão, e não vou conseguir escrever agora tudo que ocorreu nela, vou dividir em algumas partes, segue:
Nesta sessão participaram os seguintes jogadores:
Thiago Camargo: Elfo Selvagem chamado Zagor Verdelion, vindo de Faerûn, mais precisamente das Selvas de Chult.
Fernando Rocha: Elfo Ranger chamado Lorith Telien, vindo de Floresta Alta em Faerûn.
Rodrigo Lacerda: Humano Ladino chamado Burt Cobain, Nativo de Ravenloft, nascido em Port-a-Lucine, capital de Dementlieu.
O Início1366 CV - O Ano do Cajado (Forgotten Realms)
750 CB - (Ravenloft)
Lorith e Zagor são elfos com muitas diferenças raciais entre si, pois Lorith é um elfo das florestas, raça também chamada de Elfos Silvestres, ou em sua lígua
Or-Tel'Quessir, já Zagor é descendente dos
Sy-Tel'Quessir, mais conhecidos como Elfos Verdes, ou Elfos Selvagens, mas os dois possuem um espírito livre e bondoso, eles já se conhecem há muitos anos, e são quase como irmãos, juntos já passaram por muitas situações ruins, mas nenhuma delas se compara ao que vou lhes contar agora.
Numa noite escura e chuvosa, Lorith e Zagor percorriam o rastro de orcs que haviam atacado a vila
Wayfarn localizada próxima à cidade de
Brost, foram roubadas várias toras de madeira, os rastros eram claros o suficiente para um humano destreinado seguir sem qualquer dificuldade, mesmo com a chuva fina que caia desde a madrugada anterior.
Eles seguiram os rastros por muitas horas através da floresta, antes que o sol raiasse, eles notaram que estavam sendo cercados por densas névoas que se moviam rapidamente embaçando a visão completamente e antes que pudessem tomar qualquer atitude estavam totalmente engolfados pelas estranhas brumas.
Eles aguardaram o dia raiar e notaram que o sol não nascia, acharam aquilo muito estranho e começaram a caminhar quase que às cegas, até que as névoas cederam, e eles não pareciam estar mais no mesmo lugar, pelo menos não estavam mais na floresta, apesar de não terem caminhado muito.
Foi um grande assombro para os dois quando perceberam que após as névoas cederem, estavam no meio de uma vila e bem ao lado de uma fonte, era uma vila humana e tinha um aspecto sinistro, eles não conseguiam entender como podia existir uma vila bem ali, pois nunca ouviram falar de tal comunidade. Havia uma placa na fonte com os dizerem:
Cosanta na Cathrach.
Logo notaram pessoas saindo de suas casas e uma delas veio em sua direção e parecia não estar surpresa com a presença deles, tinha até um sorriso macabro nos lábios, ele veio e falou na língua comum, mas com um sotaque estranho e antigo. E ele disse:
“Sejam bem vindos, forasteiros!”
Lorith tocou o cabo de sua espada e disse: - “Quem é você, homem? E onde estamos?”
E ele respondeu num tom amargo: - “Vocês estão na Terra das Brumas, e aqui não é seguro, a noite já caiu, o toque de recolher já soou, vocês precisam encontrar abrigo, podem ir para a estalagem e se tiverem como pagar terão onde descansar por esta noite.”
Zagor olhou perplexo para Lorith, e disse: - “Esses humanos são loucos, o sol está pra nascer, não dê ouvidos a ele, vamos sair desse lugar!”. E Lorith respondeu: - “Zagor, eu sinto em meus ossos que esse lugar não é o mesmo que nós conhecemos, sinto um vazio muito grande em minha alma, como se não sentisse mais a presença de meu deus Solonor, você não sente o mesmo?”.
Zagor somente agora percebia que a estranha sensação que ele notara era sentida por Lorith também e concordou com a cabeça meio vacilante pensando em seu deus, Rallathil. O homem apontou em direção a um estabelecimento ali perto e disse rapidamente: -“Ali fica a estalagem, se prezam por suas vidas, vão agora!” E voltou correndo para sua casa.
Eles se entreolharam e meio a contragosto seguiram o conselho do homem, a estalagem estava fechada, e eles bateram forte na porta, alguém abriu uma portinhola, e olho com certo desprezo fitaram-os, e fechou novamente a portinhola, por alguns segundos não ouviram barulho algum, mas em seguida Zagor pensou ter ouvido algum bater de asas logo atrás deles, mas não olhou para trás.
Então com um barulho forte a porta se abriu e um senhor de meia idade mandou-os entrar dizendo: -“Andem, não fiquem aí parados, entrem logo elfos dos infernos!”. Eles entraram e a porta foi fechada bruscamente, aquele senhor trancou muito bem a porta e em seguida olhou para eles e disse: ‘”Vocês estão protegidos agora, não se preocupem, o mal não consegue entrar aqui!”
Fim da primeira parte da primeira sessão ocorrida em: 03/04/2010 entre às 03h e 06:30h de sábado.