Regras e Interpretação - Concordam?

[LuizTroll]

Não que o sistema te force ou não a uma boa interpretação, mas olhando a ficha do 4E, você não sente um empurrãozinho para o Matar e Pilhar sem motivos?

Em Vampiro/Lobisomem/Mago eu tenho o mesmo sentimento de "poder", tenho vontade de ser parrudão e cometer atrocidades pra ser o mais forte possível. Gurps idem.
Desculpa conheço só essas coisas mais básicas de RPG, não saberia dizer de outros sistemas.

[_Virtual_Adept_]

Não discordo de nenhum dos pontos do seu último post, Hagen. Só que você está esquecendo que D&D abstrai algumas coisas em nome da temática, como deixar Destreza e Agilidade como um atributo só, e também esquece que boa parte dos seus argumentos são igualmente válidos para qualquer outro sistema além de D&D.

Não que o sistema te force ou não a uma boa interpretação, mas olhando a ficha do 4E, você não sente um empurrãozinho para o Matar e Pilhar sem motivos?

Sim, para o matar e pilhar (novamente, porque é a temática do jogo). Mas não necessariamente sem motivos (porque isso quem define é a mesa, e não o sistema).

[Iuri]

E se o ladino do exemplo conseguir entrar no local furtivamente, sem chegar a entrar em combates com os guardas, ele ganha a mesma experiencia que teria ganho da outra forma, já que superou o mesmo desafio.

[arghsupremo]

Bom, se o cirurgião tem muita habilidade em fazer cortes e enfiar tubos nos pacientes, mas joga futebol muito mal, não consegue pular um murinho e nem sonha em fazer o que a Daiane dos Santos faz, então ele não tem um alto valor em destreza e sim na perícia médica apropriada.

[Cebolituz]

Sim, para o matar e pilhar (novamente, porque é a temática do jogo). Mas não necessariamente sem motivos (porque isso quem define é a mesa, e não o sistema).

O quote que mata essa discussão.

[Haspen]

Sim, para o matar e pilhar (novamente, porque é a temática do jogo). Mas não necessariamente sem motivos (porque isso quem define é a mesa, e não o sistema).

O "sem motivos" ficou mal explicado... Eu me refiro sem história de personagem, sem conteúdo de personagem.
Claro, isso tudo depende da mesa, eu mesmo sempre tento usar interpretação não importando o cenário, mas o que me refiro é que a ficha e o sistema não buscam isso.

[_Virtual_Adept_]

De qualquer forma, Haspen. Pode ser M&M, Vampiro, D&D, GURPS ou Paranóia. O sistema não vai te OBRIGAR a fazer uma história ou dar conteúdo a seu personagem, assim como não vai lhe PROIBIR.

Isso é de acordo com o grupo e com o jogador.


E pergunto novamente: você já leu o Guia do Mestre?

[Haspen]

Guia do mestre da 4E não...
Para falar a verdade eu fiquei pelo livro do jogador mesmo...
Continuei desatualizado com o meu 3.5 que eu achei melhor.
Questão de opnião pessoal...

Mas a resenha fala justamente sobre isso Virtual... A questão dos sistemas não te encorajar a bolar uma história melhor e mais divertida, fazer um personagem divertido, dar "vida" ao seu personagem e não apenas distribuir pontos para sair atirando dados.

Eu usei o D&D só como exemplo, mas é fato que temos isso em muitos dos sistemas que usamos.
Lembro de uma questão levantada uma vez sobre ter ou não ter Vantagens e Desvantagens e alguém disse: Para que eu vou colocar uma desvantagem no meu personagem? Para que dar brilho a ele se sem desvantagens ele bate muito mais.

É a isso que me refiro.
Claro, vai muito da pessoa, mas vai muito do foco dos sistemas serem sempre no combate e nunca em fazer o seu personagem mais completo.

[_Virtual_Adept_]

Guia do mestre da 4E não...
Para falar a verdade eu fiquei pelo livro do jogador mesmo...
Continuei desatualizado com o meu 3.5 que eu achei melhor.
Questão de opnião pessoal...

Mas a resenha fala justamente sobre isso Virtual... A questão dos sistemas não te encorajar a bolar uma história melhor e mais divertida, fazer um personagem divertido, dar "vida" ao seu personagem e não apenas distribuir pontos para sair atirando dados.

Eu usei o D&D só como exemplo, mas é fato que temos isso em muitos dos sistemas que usamos.
Lembro de uma questão levantada uma vez sobre ter ou não ter Vantagens e Desvantagens e alguém disse: Para que eu vou colocar uma desvantagem no meu personagem? Para que dar brilho a ele se sem desvantagens ele bate muito mais.

É a isso que me refiro.
Claro, vai muito da pessoa, mas vai muito do foco dos sistemas serem sempre no combate e nunca em fazer o seu personagem mais completo.

Leia o Guia do Mestre da 4E, Haspen. Ele fala justamente sobre todas essas coisas que você tem defendido, e de uma maneira magnífica.

Quase não há regras no livro, por sinal.

[arghsupremo]

Bá, o que dizer?

[Haspen]

Leia o Guia do Mestre da 4E, Haspen. Ele fala justamente sobre todas essas coisas que você tem defendido, e de uma maneira magnífica.

Quase não há regras no livro, por sinal.

Então o livro do mestre deveria ser o livro do jogador ...
Com as regras no final.

[_Virtual_Adept_]

Não vejo por quê. A maioria dos grandes sistemas coloca em seu livro básico (no caso do D&D, o Livro do Jogador) as regras, e características mais descritivas em suplementos. M&M e GURPS seguem esse modelo, por exemplo.

O fato de D&D ter colocado características mais descritivas em um dos livros básicos (o Guia do Mestre) é uma qualidade, e não um defeito.

Fora que o fato do Livro do Jogador ter menos elementos descritivos foi escolha dos jogadores, que queriam mais espaço para as regras, já que os elementos descritivos geralmente são coisas a serem criados dentro dos grupos (Storytelling, inclusive, usa um modelo parecido, evitando jogar detalhes de cenário e deixando isso ao encargo do grupo).

Mas acho que essa discussão está começando a se tornar um Off-Topic, e se prolongou por demais.

[Cebolituz]

Leia o Guia do Mestre da 4E, Haspen. Ele fala justamente sobre todas essas coisas que você tem defendido, e de uma maneira magnífica.

Quase não há regras no livro, por sinal.

Então o livro do mestre deveria ser o livro do jogador ...
Com as regras no final.

E tornar o Livro do Jogador uma tomo gigantesco, ou simplesmente limar e deixar tudo faltando, mal explicado e pela metade?

Solução mais simples: coloca tudo isso no Guia do Mestre e tanto regras quanto orientações de interpretação não serão prejudicadas por falta de espaço.

[Haspen]

Solução mais simples: coloca tudo isso no Guia do Mestre e tanto regras quanto orientações de interpretação não serão prejudicadas por falta de espaço.

Mas você não terá regras para interpretação, somente dicas de interpretação, o que são duas coisas diferentes.

Exemplo: um sistema pode quase obrigar voce a ter alguma desvantagem - o q eu acho correto, ninguem é perfeito nem em fantasia. O D&D vai só dizer que você poderia ter alguma desvantagem para dar "brilho" ao seu personagem.
Logo, seu jogador "robótico" vai continuar sendo robótico.

[arghsupremo]

Solução mais simples: coloca tudo isso no Guia do Mestre e tanto regras quanto orientações de interpretação não serão prejudicadas por falta de espaço.

Mas você não terá regras para interpretação, somente dicas de interpretação, o que são duas coisas diferentes.

Exemplo: um sistema pode quase obrigar voce a ter alguma desvantagem - o q eu acho correto, ninguem é perfeito nem em fantasia. O D&D vai só dizer que você poderia ter alguma desvantagem para dar "brilho" ao seu personagem.
Logo, seu jogador "robótico" vai continuar sendo robótico.

Por que eu deveria ser obrigado a fazer uma coisa que eu não quero?