Iuri escreveu:Se você faz ou deixa de fazer algo porque acredita que será punido ou recompensado por Deus, isso abre muita margem para comportamentos como o dos homens-bombas, como o exorcismo e mais uma porção de coisas.
Se a moralidade for atrelada apenas a um único fator, ainda mais um de cunho tão especulativo quanto o temor a Deus (e deixo claro que eu defino o temor como o medo literal. Não estou falando naquele termor que os religiosos geralmente associam com amor a Deus), então, potencialmente, a pessoa estará sujeita a um comportamento imoral.
Me diz uma coisa Yuri, no que a sua moralidade (ou qualquer que seja a moralidade "correta") se baseia/está atrelada? Qualquer moralidade é especulativa/subjetiva, visto que não existem bem e mau de verdade (de alguma forma tangível).
De fato, se a pessoa acha que Deus recompensa e pune, essa pessoa passa a achar que tal código moral É tangível, não possuindo abertura para nenhuma subjetividade (ainda mais com recompensas tão motivadoras quanto centenas de virgens). Por outro lado, a maioria das religiões oferece chance de "redenção", mesmo que tu não siga estritamente tal código.
Mas, o meu ponto é: a Igreja Católia (vou usá-la como exemplo) atualmente não trabalha tanto, ao menos nas paróquias que eu frequentava quando piá, com essa questão de "deus pune". Ninguem da comunidade tinha realmente esse medo de Deus que tu diz ser tão maléfico (não Deus, o medo de Deus).
É, tem razão. Podemos concordar nisso: qualquer moral é subjetiva.
Mas você concorda que basear sua moral unicamente numa religião (o que inclui seus livros e líderes) faz a pessoa sugestionável a radicalismos?