Matheus Borges Ziderich escreveu:Cara, em teoria todos os jogos com d20 são compatíveis uns com os outros. M&M é compatível com D&D, True20 com Ação, etc...
Menos, Matheus.
Linhas como o True20 e o M&M
nunca tiveram pretensão de compatibilidade com com o
D&D 3.5 -- tanto que ambos possuíam um selo próprio. Inclusive, era possível que outras empresas usassem tais selos para produzir suplementos compatíveis não com os básicos da Wizards, mas com os básicos M&M/True20.
Embora, por ser d20, seja possível usar coisas de suplementos de D&D 3.5 no True20, isso não é possível sem aplicar umas regras de conversão. Porque tem compatibilidade e compatibilidade -- é mais fácil jogar algo do Arcana Evolved no D&D 3.5 do que algo do Blue Rose.
Matheus Borges Ziderich escreveu:Só que em jogos OGL você não pode fazer menção ao fato de que o jogo é compatível com D&D, pois não leva o selo d20. Logo aquela linha pode até ser ambígua, mas ainda sim faz referência aos livros de Tormenta e não 3.5.
Só que, diferente do M&M e do True20, o TRPG veio acompanhado de todo um mission statement de "você vai continuar a usar seus suplementos de 3.5 como se essa 4a. edição jamais tivesse acontecido". Eu posso estar enganado, mas eu entendi a coisa toda como "se pudéssemos, continuaríamos a usar o selo d20 -- mas não rola, então vamos com esse básico stand-alone para substituir o Livro do Jogador perdido". Só que não é bem assim.
O TRPG tem base de d20 mas é outro jogo, não importa quantas vacas sagradas tenham sido mantidas. Não é um parente tão distante quanto o True20, mas nem tão próximo quanto o Arcana Evolved. Nem em sonhos se trata de compatibilidade do tipo plug and play -- vai precisar de conversão. Mesmo em se tratando de suplementos da própria linha Tormenta -- um bloco de NPC que possui um daqueles talentos que dava bônus em duas perícias vai precisar ter os valores de perícia calculados novamente, visto que tais talentos substituem os bônus por re-rolagem; se o NPC é de uma classe que mudou um bocadinho, como o bardo, é mais fácil usar só o nível como base e reconstruir do zero pelas regras novas. Mesmo classes de prestígio precisam que os pré-requisitos e algumas habilidades passem por um processo de conversão.
Me parece um pouco confuso. Invocaram o mesmo pronunciamento da Paizo, mas sem manter o sistema suficientemente preso ao D&D 3.5 como é o Pathfinder (e mesmo esse tem suas diferenças). De certo se, em vez de tentar ser "Paizo tupiniquim", se houvesse abraçado a natureza do OGL stand-alone e o fim da necessidade de responder à "metrópole" do LdJ 3.5, o sistema fosse mais interessante. Seria uma ótima chance de equilibrar combatentes e conjuradores -- refazendo o sistema de magia. Se poderia aproveitar as idéias de magia elemental do início do cenário; e dar um jeito de ter um feiticeiro diferente, que não fosse apenas um mago de grimório menor e uma possível avó com tara por criaturas mitológicas. E ainda assim seria perfeitamente compatível -- é só prover as diretrizes de conversão necessárias.