Armitage escreveu:Emil escreveu:Tudo que eu queria fazer era o SIlva entender que esse negócio de "o budismo não usa opressão pra conseguir mais ovelhas" era fruto de uma visão deturpada tanto sobre o que ele chamou de religiões abrâmicas, quanto sobre as religiões orientais
E não teve sucesso, diga-se. Afinal, você mostrou o que o homem faz com a religião budismo, não o que o corpo de ensinamentos do budismo prega. Repito: você (ou qualquer outro) só vai me fazer mudar de idéia quando mostrar trechos e citações budistas contendo insinuações a culpa, medo, intimidação, maniequísmo, ou qualquer outro artificio covarde para convencer o espectador.
Que o budismo tem sua carga de fantasia/sobrenatural, preconceitos e discriminação? Ok, concordo. Até natural, tendo em vista o contexto cultural em que foi desenvolvido. Mas não é esse meu ponto - monstrem-me trechos em seu corpo de ensinamentos análogos ao Elijah "children-slayer" ou a fabula de adão e eva, ou os ensinamentos de apedrejamento e banimento de filhos rebeldes e mulheres adulteras, ou ainda o caminho único e exclusivo de salvação através de Jesus (em outras palavras: ou tu tá com jesus, ou tu tá fodido).
Continuo esperando.
Na verdade, tem um, sim. Só que eu não lembro o nome.
Conta a história de uma prostituta que estava a caminho de visitar o Buda, mas em determinado momento, viu seu reflexo na água, e pensou "sou muito bonita. Adotar a vida monástica seria um desperdício para tamanha beleza".
O Buda viu isso e se disfarçou de uma mulher extremamente bela, que se apresentou a ela. Ambas começaram a voltar para a cidade, quando precisaram parar para descansar.
Estavam conversando, quando a segunda mulher derrepente cai nos braços da primeira, morta. Imediatamente, ela vai se decompondo, revelando ossos e podridão.
A primeira, então, pensa "oh, minha beleza não é eterna, eu vou envelhecer e ficar feia, e morrerei. Não posso me apegar a essa ideia". Nesse momento, o Buda assumiu sua verdadeira forma, e os cabelos da prostituta caíram ao chão. Ela aceitara a vida monástica.
Editado:
Na verdade, pelo que sei, o cânone em pali (ou Tipitaka), do Budismo Theravada, é aceito por praticamente todas as escolas Budistas (exceto as baseadas no movimento de Nitiren Daishonin, mas ele usava apenas o Sutra do Coração e ignorava completamente as diretrizes básicas do Budismo, como as Quatro Nobres Verdades, então acredito que não conte).
Felizmente ou Infelizmente, não há um cânone "universalmente aceito" entre os Budistas e eu tenho que saber quais tradições você considera "Budistas de Fato".
Na verdade, pelo que sei, o cânone em pali (ou Tipitaka), do Budismo Theravada, é aceito por praticamente todas as escolas Budistas (exceto as baseadas no movimento de Nitiren Daishonin, mas ele usava apenas o Sutra do Coração e ignorava completamente as diretrizes básicas do Budismo, como as Quatro Nobres Verdades, então acredito que não conte).