Olá a todos,
Apesar do discurso apocalíptico do ELTOR no minuto 18 contra a humanidade
(E o pior é que os pontos são dolorosamente verdadeiros), o PODCAST foi bom pacas, pois trouxe a tona a clareza de que TODOS SOFREM com “os mesmos problemas” nas mesas de jogo.
Bem, as experiências narradas espelham o que quase todos os mestres já viram em suas aventuras e campanhas.
PERSONAGENS MALIGNOS NA MESAEu tenho estas passagens claras em minha campanha.
Vejam, no início, a campanha que coordeno era chamada de “A CAMPANHA DOS HALFLINGS”, todos PEQUENOS LADRÕES.
Imaginem quatro pequenos halflings, ladrões, com suas habilidades e artes ladinas, egoístas, espertos e com atitudes beirando a malignidade.
Soma-se a isto dois elfos e um humano também ladinos.
E agora imaginem como mantê-los juntos, mentindo sempre uns para os outros, lutando por pequenos furtos, desde jóias aparentemente valiosas, até garfos usados.
Acredito que maioria dos jogadores e mestres já testemunhou algo assim.
Ora, SE um jogador decide montar um personagem LADINO, ele não quer salvar donzelas em perigo certo?
Ele não quer dividir moedas certo?
Mesmo que ele diga que sim, acreditem, ele NÃO FARÁ ISTO.
Neste ponto o ELTOR enfatiza um ponto com o qual concordo plenamente, apesar de nunca ter conseguido somar estes indivíduos com moral elevada e bondosa em um só grupo de heróis.
Um grupo de heróis pouco malignos é realmente melhor para o jogo. Ou teoricamente seria uma vez que, novamente ressalto TEORICAMENMTE, eles não vão querer fazer mal uns aos outros.
O acúmulo de poder é sedutor demais.
Como foi também ressaltado, estes personagens acabam de destruindo dentro de suas próprias mesas.
Aliás, é muito comum a luta pelo poder, que é CHATA PARA CACETE, entre jogadores, gerando mal estar e desconfiança, além de acusações mútuas o tempo todo.
ORCS MAUS X ORCS BONS?Bem, foi lembrado que os humanos são sempre os bons na história, ou na maioria das vezes.
Tive sorte desde o início de minha experiência como mestre pois minha primeira e grande aventura era baseada justamente em um problema que ORCS sofriam e que era mal interpretado pelos “humanos, anões e elfos bondosos”
Também naquela época jogar com outras criaturas era impensável.
(Como assim jogar com Tiamat ou com o Vingador?)
Depois conheci logo AL-QADIM e uma das características mais impressionantes do cenário é o convívio natural entre diversas criaturas e humanóides. Ou seja, logo aprendi a colocar “reações humanas” em criaturas vistas como monstruosas apenas.
Hoje, meus jogadores convivem e interagem com meio-orcs, ogres e até mesmo – Pásmem – mulheres lagartos. (Sem fetiches ok?)
RAVENLOFT foi bem lembrado como cenário onde a transformação dos personagens pode ser bem observada e com conseqüências claras.
Não vou falar de CoC..... uma experiência verdadeiramente sinistra.
ACEITAÇÃO DE PERSONAGENS MALIGNOSAtualmente confesso, confio no meu taco de mestre para aceitar qualquer tendência e personagem em minha campanha. Mas como dizem meus amigos, sou um cara diferenciado, justamente por conseguir manter estes caras na rédea curta através da narrativa e controle de suas ações corretas.
(Vou, aliás, pedir a um de meus amigos que venha aqui soltar o verbo, pois vai que estou por demais sendo meu alter-ego), huahuahuaha....
E é claro, como também foi ressaltado no podcast, temos que ter o olhar clínico para perceber que o jogador possui a maturação necessária.
AÇÕES MALIGNASA “sociopatia” citada também é algo comum a muitas mesas.
Vejam, é possível que alguns jogadores MOLDANDO seus personagens acabem seguindo realmente tendências malignas.....
Neste caso, cabe ao mestre avaliar se A INTERPRETAÇÃO está sendo pertinente, e se as ações CABEM no enredo.
Quem sabe um deus ou deusa maligna não acabe colocando sua mão sobre o personagem....
Em minha campanha eu também, a exemplo de uma passagem narrada, tive um personagem que cometeu um crime (Na verdade três assassinatos na cidade mais rigorosa de toda Zakhara, que lembrem, possui regras baseadas no Islã) e como conseqüência foi julgado, preso e condenado a trabalhar em um mina de sal.
O jogador o entregou a mim como mestre, se despediu e até hoje sonhe com a sessão em que tentará fugir antes de morrer em condições insalubres....
No mais eles sempre estarão por aí....
Um abraço a todos,
OBS: Rapazes ouvi uma trovoada sinistra no fundo de uma das falas... além de um miado de gato e um grito ao fundo. Um verdadeiro trem fantasma....
OBS2: O CAVALEIRO SOLITÁRIO me reportou imediatamente ao COWBOY +20 que Clint fazia no cinema.
OBS3: O
KRAKEN foi citado. Clássico e sensacional. Um brinde a ele ter sido usado em uma campanha e ter vencido!!! (Afinal causou um naufrágio não?)
OBS4: Só um susto na quarta edição? Então não a leu toda ainda... hehehehehehehhe.