Locke escreveu:Tchê, o Grêmio foi com time reserva, na casa do adversário, jogar uma competição que não lhe interessa... Tu esperava que ele ficasse no ataque?
Que o jogo foi ruim eu concordo, mas o Grêmio cumpriu o objetivo.
A obrigação não era do Inter. Quem é o primeiro do Brasileirão?
Time reserva? HA! Sem Paulo Sérgio e com Reinaldo o Grêmio só tem a ganhar. Souza também estreou. Não era esse o "grande craque"?
Pode ter cumprido o objetivo, mas não vem tentar dizer que a obrigação de ganhar era do Inter. Tentaram inverter os papéis. O Inter anda em má-fase e em décimo do Brasileiro. Em clássico assim, creio que o time que está indo melhor é que tem o favoritisimo. Para todos propósitos, o time indo melhor é o Grêmio.
Cebolituz escreveu:E outra é essa mania de achar que futebol é só ataque...
Ultimamente o que vem dando mais resultados expressivos são times com defesas sólidas e marcação forte, deixando pouco espaço para os adversários. A época do "futebol arte" já se foi faz tempo.
Até por isso que hoje em dia se tem mais equilíbrio no campeonato brasileiro, que agora tem times de fama e de dinheiro lá na zona de rebaixamento. As outras equipes de fora do "eixo" agradecem.
Futebol não é só ataque, mas não é só contra-ataque. Time tem que ter criação, meio-campo expressivo, se não vai levar ataque atrás de ataque, e, eventualmente, tomar o gol. Depender apenas e puramente do contra-ataque como o Grêmio fez, que não dá. E era a isso que eu me referia.
E os times que têm resultados expressivos não são apenas os com defesas sólidas. Não que isso não venha em conta, mas dá para citar claramente o caso do primeiro lugar do Brasileiro, o arqui-rival Grêmio:
Taticamente, é o time mais preciso do campeonato. Não importa qual peça entra, qual peça sai, e ele continuará jogando no mesmo formato. Um bom exemplo é o Roger chinelinho, que saiu e o time chegou a melhorar.
A defesa sólida, como disse, foi o primeiro passo, apenas. Celso Roth recriou o time da defesa para frente, e, agora, já tem um dos melhores ataques do campeonato. O técnico foi por um conceito básico: primeiro, eu não tomo gol. Depois, eu marco.
O meio-campo tem uma formação e comportamento básico de jogadas. Além disso, o time marca por área, não por jogador, o que facilita a volta dos atacantes para ajudar na marcação. Faz tempo que não vejo um jogador sem fazer nada em um ataque adversário, lá na Azenha.
O Grêmio tem um time compacto, entrosado, bem-definido e eficiente. Contra o Inter, jogou na retranca. E retranca é pra empate. Conseguiu empatar porque o Inter não foi mil maravilhas, mas aquilo estava longe de "defesa sólida". Era retranca mesmo.