Criando um background rico

[arghsupremo]

Eu preferiria menos perguntas e mais genéricas.

[Corvo da Tempestade]

Pessoalmente não sou fã dessas perguntas:

Gosto de criar a personalidade do personagem DURANTE a campanha

[_Virtual_Adept_]

Eu gosto de dar um enredo do personagem, e só. Questão de criar personalidade, crio na hora H.

Geralmente, sempre acaba ficando completamente diferente do que eu esperava (Besuku que o dia, não é, Joshua?).

[Deicide]

Atualmente, minha postura para os jogadores é (nas palavras de um deles): "O que o jogador não definir, o Mestre define". Em algum momento tem flashback de um personagem, e a gente vai jogando o passado dele. É divertido, tem uma carga emocional legal, e em geral as adições que faço (sempre respeitando o tema do personagem e o que o jogador decidiu para ele) deixam os jogadores empolgados. Alguns descobriram que têm irmãos ou mestres que nunca tinham parado para pensar, e em geral isso torna os personagens mais "vivos". Um jogador gostou tanto, que ele faz sempre que possível o personagem ficar pensando no passado, esperando que eu adicione mais detalhes...

[GoldGreatWyrm]

Criando um background rico

Safado, quer pegar a CdP Nobre de Valkaria, né.

[Vincer]

Cada vez mais sou menos à favor de um background encorpado pré-jogo. É muito bacana e muito útil para o mestre mas... não necessariamente. O mestre pode criar ganchos com background mesmo na falta dele(já fiz como o deicide falou), embora esse método eu desaconcelhe com jogadores com os quais não tenha intimidade(já sabe do que o jogador gosta, etc).

Prefiro e levanto a bandeira do 'defina a personalidade DURANTE o jogo'. A questão é... porque o background não pode sofrer do mesmo?

Já usei isso bastante, e até tenho bolado formas interessantes de inserir os jogadores nessa idéia mas... ainda assim é algo que depende pouco do narrador. Com ou sem questionário, com ou sem ferramentas, respaldo e suporte do narrador... o jogador que não se interessa por um background rico não o fará.

Grande questão: deveria?

Já houve um tempo que me sentia incomodado com personagens vazios e sem um passado... mas de verdade, o jogo andou, todos se divertiram inclusive os donos de tais personagens. Precisa levá-los a fazerem algo que não querem e não precisam para se divertirem?

Eu vejo narração como mais do que gerenciar o jogo... o narrador pode(e eu diria deve, em certos casos) também ser como um guia, professor e maestro. A única coisa que faz falta de verdade a um personagem na mesa é cor(o que é possível sem um background/passado), e há formas sutis de levar o jogador a gradativamente perceber que seu personagem é muito mais sem graça sem ela, e que se diverte mais encorpando-o. E isso se faz durante o jogo.

Mas posso estar exagerando. Seria exigir demais que todo narrador se preocupasse em ter esse tipo de jogo de cintura... já é uma atividade complexa demais, isso seria apenas mais carga. Então acho que um diálogo durante a criação de personagem ou primeiras sessões, uns toques, já bastam.

E o background... deixe como o jogador fizer.

Depois de ver seus companheiros terem tramas interessantes que emergiram do background deles, provavelmente num próximo jogo ele fará um background legal. Deixar o jogador sentir o que melhoraria a experiência é melhor do que qualquer diálogo, falo por experiência própria.

[Lumine Miyavi]

...eu vou fazer uma pergunta realmente relevante.

No que saber sobre a família do meu personagem, se eles não forem recorrentes, vai ajudar?

[Iuri]

Porque é o relacionamento com a mãe que vai definir seu psicológico quando adulto

Sério, gostei muito dessa ideia "surja com um modelo e crie o resto durante o jogo". Muito interessante mesmo.

[Vincer]

Recentemente estou tentando incorporar melhor essa idéia com outras necessidades minhas... eu gosto de modularidade, e dependendo do jogo eu mudo a distribuição de pontos na criação de ficha, com parte deles vindo conforme histórico(regra opcional). É tipo tudo experimental e praticamente a cada jogo eu testo algo novo(daí sistema próprio, mas fácil brincar com diferentes idéias).

Esse tópico vai direto no ponto que mais me ocupa nos últimos tempos: usar essa regra sem forçar background ao jogador. Então aproveitando o tópico, aceito sugestões

A solução que arrumei até agora foi postergar(que já uso em outras coisas), ou seja, o jogador empurrar a decisão para depois(durante o jogo) mas... não funciona bem com histórico(e pontos/bônus vindos dele), porque aí o jogador teria passado uma ou mais sessões sem aplicar esses bônus por não ter pensado no histórico ainda...

se acharem offtopic demais ignorem, já pretendia criar um tópico sobre isso, então posso levar essa pergunta para um novo tópico.

[Batousa]

Vincer, que nada, pode usar o tópico. Vamos dizer que ele está ligado a tudo que se refere a background.

A ideia do narrador ser um verdadeiro "Mestre" e lidar com todas as situações realmente é a melhor. Ele saber guiar os jogadores dando a eles liberdade de escolha é a real função, mas ai eu digo, um iniciante saberia lidar com isso?

As perguntas não precisam ser respondidas só por elas existirem, é simplesmente um guia pratico para construção do background. Ja conheci muitos casos de BKG serem escritos em 1 paragrafo, ou serem a história do Hiei, simplesmente porque o cara não tem a minima noção de como fazer, e um mestre iniciante (que era eu com 15 anos), não conseguia ajuda-lo.


Lumine
Cara, se Luke fosse orfão como a maioria dos PJs (pelo menos que eu ja presenciei), a frase mais clássica do cinema não existiria.
Usando Luke como exemplo, o fato de saber que ele tinha um pai (que todos guardavam segredo de quem era), e uma mãe que morre no parto, fez toda a diferença para Star Wars.
E quando fala pais, é só um exemplo de família pelo fato de PJs "nascerem" relativamente jovens. Mas eles poderiam ter filhos, irmãos, meio irmãos e etc.



Ja vi que tem uma tendencia aqui, de deixarem os PJs com um passado mais leve e abrangente. Eu acredito que fui muito influenciado pelas aulas de cinema que tive. Na faculdade nos ensinavam a construir um personagem bem detalhado, o background é essencial para a formação do personagem no filme, tanto é que eles vem sempre com muita bagagem . Muitos são criados baseados em uma ou mais figuras históricas com ideais e etc, mesmo que isso fique nas entrelinhas do filme.

[arghsupremo]

...eu vou fazer uma pergunta realmente relevante.

No que saber sobre a família do meu personagem, se eles não forem recorrentes, vai ajudar?

Se não tem, não faz diferença.

Se tem, eu gosto de saber qual o tipo de relação. O filho pode virar um desafeto? A mulher aprova? Qual a opinião dos pais? O pai pode ser o Darth Vader (melhor não, né?).

Uma vez eu tava mestrando e 3 do grupo eram anões irmãos. Um morreu e com preguiça de fazer uma ficha nova, apagou o nome e disse que era um quarto irmão. Aceitei numa boa, mas me senti obrigado a perguntar mais quantos irmãos eles tinham

Acho que essa história deve ter me influenciado um pouco.

[Lumine Miyavi]

Porque são recorrentes! Se a família ficar só no bg, é supérfluo.

[Agnelo]

Tinha um pinta na spell que tinha na assinatura algo como: "Mestre, converse com seus jogadores".

Eu não acho que precise de um background de 25 páginas a não ser pra jogar Mago, o que precisa é de uma boa conversa do mestre com os jogadores pra todo mundo entender o que cada um espera e o que cada um tem pra oferecer pro jogo funcionar.

Eu acho o máximo sentar com o jogador e ver que tipo de cena ele gostaria de ver o personagem dele passar, que tipo de reviravoltas ele tem pra oferecer como mudança no enredo e tal.

[Aluriel de Laurants]

Eu nunca fui muito adepto do questionário para criar personagens. Eu geralmente vejo o conceito que quero e começo a montar uma trama em cima, faço isso com todos os personagens e costuma render resultados interessantes. (Né povo da maoçonaria?)

[Lumine Miyavi]

ITT: Manauara Brolove.