A decisão editorial dos caras em privelegiar Tormenta se provou acertada, já que a revista ficou mais 61 números na mão deles. Deram um material que o público queria. Todos os lançamentos da época foram resenhados. Mas a responsabilidade de produção de material de cada jogo é da editora que o publica. Inclusive eles não podiam lançar legalmente material pra nada que não fosse sistema aberto, como Storyteller e Gurps. Se você olhar bem a linha de tempo, vai ver que a revista se aproxima mais das "pratas da casa" com o tempo, na tentativa de sair dessa situação.
Achei hilario essa afirmação. Tostines vende mais porque é mais fresquinho ou é mais fresquinho porque vende mais?
Concordo contigo nos dois pontos. Na verdade no primeiro não exatamente, porque eu não lembro agora o que foi dito exatamente na RPGCon. Mas pra mim o material só evoluiu até aqui. E como eu disse, testar só aponta as falhas. Se o produto final saiu com erros que não comprometem o sistema, então tá funcionando.
Testar faz muito mais do que isso.
Testar coloca a prova a conceitualmente as intenções do autor. Percebe por que é essencial? Não é uma questão apenas de mostrar o que há de errado, mas o que há de certo e o que pode-se melhorar.
Concordo. Só não vejo problema em haver uma fanbase. M&M é o RPG com maior fanbase do mundo e isso não causa problemas ao produto.
Na realidade este seria atualmente o D&D 4e. Entenda que eu quero que você compreenda o motivo de Tormenta vender tanto é irrelevante ao material públicado porque ele foi construido a partir de propaganda, a partir de uma fanbase inicial que investiram em Tormenta por genuinamente terem gostado do que viram. É por isso que Tormenta é popular aqui e não em outros países. E é por isso que no Brasil GURPS e WoD tiveram um sucesso momentâneo. Eu estou mostrando os motivos.
Não sou seu "caro amigo".
E por que não seria? Está em minha casa e está argumentando - o motivo de minha casa existir.
E ninguém analisa o próprio produto com imparcialidade.
E quem aqui está falando dos produtos deles, nesse quesito de parcialidade? Me refiro como eles resenham os possíveis competidores falando coisas absurdas. O exemplo mais na cara e o D&D 4e, mas fizeram o mesmo com Mítica e outros cenários/sistemas.
É um risco, mas é melhor correr o risco do que atrasar o produto por isso.
Então concordamos que o que eles fizeram é uma afronta ao Game Design? Não me interessa se é algo que funciona ou não. O que me interessa é o trabalho por trás.
Playtest nada mais é que um teste em condições reais de uso pra ver se o produto atende as expectativas sobre ele mesmo.
Quando o assunto são jogos, playtest é bem mais do que isso. Testa intenções do autor, se estão de fato sendo traduzidas pelas regras, testa as reações dos jogadores, se é o que o autor esperava, testa a qualidade do produto pelo prisma do público alvo, testa para ver se as coisas estão funcionando como se esperam.
Conseguem entender porque um filho de 3.X precisa mais do que nunca playtest? Esses novos conceitos adicionados ao jogo precisam ser minunciosamente testados para ver o que eles trazem a mesa.
Faz o favor, critique a porra do material pela porra que ele é, e não pela porra que ele poderia ter sido ou deixado de ser.
Como estudante de Design que envolve game design como uma de suas vertentes, eu me senti ofendido como profissional ao ver o processo de criação do novo Tormenta. Se não gosta de ler isso, eu recomendo fingir que não leu, pois minha opinião é tão válida quanto a de qualquer um meu caro amigo Trolloide.
Querem criticar? Peguem o livro, e mostrem onde isso fez falta, quais defeitos seriam sanados.
...Mas nós estamos fazendo isso.
Deixa eu chutar: Você não leu a discussão e pensou que estávamos apenas falando mal da decisão deles não?