Ela pode não ter a intenção de acertar seu amigo, já que com 6 anos ela ja sabe o que é dor, mas isso pode acontecer, e as chances são muito altas, já que ela tem 6 anos!!
Certo, fatalidades acontecem. Mas ninguém vai virar psicopata porque o amiguinho lhe acertou um golpe de verdade sem querer. É como querer impedir crianças de brincar de "pique-esconde" ou "pega-pega" (poxa, esse nome soava menos duplo sentido quando eu era criança

Esse tipo de "superpreocupação" quando o tema é criança é que torna o tema ainda mais delicado quando na realidade não é bem assim.
E eu não estou falando de coisas como "as crianças veem violência o tempo todo na TV". Ainda que isso não ocorresse, não seria deplorável supor a violência abstraída como um simples conflito. Ainda bem que vocês, que estão reclamando, aparentemente não leram um dos meus posts mais anteriores em que eu mencionava que o próprio pdf sugere ao mestre (AKA pai ou tio) dar um pedaço de doce toda vez que um jogador acertar um golpe no monstro.
E os efeitos visuais eram fracos porque eram limitados. e mesmo que não seja por isso, com certeza o público alvo deles ainda assim era mais velho que isso.
Cara QUE efeitos visuais? Você acha que todo desenho infantil atual abusa da violência como um God of War -like?
Com toda a tecnologia, toda a violência desses desenhos voltados para crianças continuam sendo abstraídas. No máximo, aparece uma pancada corpo a corpo, como um soco (o que não é muito diferente do passado, onde tinhamos uma legião de fãns de um personagem que atacava com milhões de socos por segundo enquanto evocava um certo pégaso de sua constelação).
E eu acho que debater sobre essas considerações iniciais, tipo o nível de violência, é importante sim para que o projeto ande mais rápido depois.
Não é. Sabe por que? Porque o fato de serem crianças não as tornam pessoas burras ou idiotas. Pelo contrário. Quanto mais simulacros você criar na mente dela, mais você vai atrapalhar o desenvolvimento da consciência crítica da criança. Elas sabem o que é violência e elas convivem com a mesma o tempo todo, com ou sem TV. Primeiro porque violência é o método básico de infringir o direito do outro e crianças, que não tem o conceito totalmente formado do funcionamento da sociedade e sobre o fato de que não é legal infringir o direitos dos outros ainda que isso lhe dê prazer ou vantagens, acabam por apelar para isso por motivos pífios (como o clássico "eu quero brincar com o seu brinquedo").
Não acho que induzir o trabalho em grupo vai ser algo difícil.
Não é raro encontrar crianças extremamente competitivas que querem ser o melhor em tudo. Esse tipo de criança costuma dificultar as coisas. A questão da ênfase em trabalho em grupo se torna ainda mais difícil se você se contextualizar nos tempos atuais, onde boa parte da diversão que as crianças tem acesso é advinda de hobbys solitários (onde só um se diverte).
O exemplo de Zelda é horrível.
É como dizer que Soul Nomad, que é "Teen" (13+) e fala sobre escravidão, prostituição, genocídio, morte, doenças, tem palavrões é próprio pra idade "permitida".
Com isso você quer dizer que Zelda: Ocarina of Time é um jogo impróprio para crianças?
Francamente, a sua analogia é que foi horrível. =)
Se violência e a morte de personagens é um problema, não seria melhor fazer uma aventura de super herois?
Mas aí é que tá: ela não é um problema porque ela não ocorre da forma como muitos estão idealizando. Tudo pode ser abstraído com um simples "*puff*, o monstro foi derrotado e o bem venceu mais uma vez".
Ninguém vai falar de sangue, membros decepados, olhos arrancados, sequer lembrar que a espada corta.
Afinal, os personagens podem simplesmente não matar os inimigos, prendendo-os, as crianças (ou pelo menos as que eu conheço) são mais familiares com super herois do que com fantasia, e neste tipo de aventura é mais adequar as coisas para o publico infantil.
Sim, isso é fato e pode ser muito bem utilizado. Lembrando que a violência continua "existindo", ela só não é explicitada, mas abstraída.