DIRETO DO FUNDO DOS POÇOS DO CAOS~Agora no novo padrão de descrição dos reinos. Logo eu edito o tópico, dou uma limpada (com a ajuda do Madruga) e deixo só esse post com os comentários subsequentes, pra ficar mais organizado.
DAGUNADàgunarateg SvàtraGentílico: dagunar.
Idioma oficial: Bez-shinal.
Regime: Teocracia.
Regentes Atuais: Ansira Reshni e Mohut Dravna.
Exportações: Itens alquímicos, tecidos (seda, casimira), açúcar, frutas e pescados.
Importações: Principais Cidades: Audrara, Deshvara, Gefet.
Demografia racial: 50% vunyatra, 20% gnolls, 10% privodnaha, 10% humanos, 5% "lizardfolk", 5% outras raças.
Características Gerais: Daguna fica ao sul do deserto de Pehelnaur e dos domínios de Meshvanikrasta, ainda que de sua fronteira seja possível vislumbrar a torre de Nef-Tehab. Ao leste, se estendem as planícies de Pndapetzim e as estradas para o norte através de Neerghul. Avkhass e Chemkrë contornam Daguna pelo oeste, e toda a região sul do país é banhada pelo oceano.
Toda a nação é composta de planícies, muitas regiões fartas em florestas e, especialmente em seu centro, elevações montanhosas consideráveis. Alguns rios cortam Daguna, mas nenhum do porte do rio Naros, que marca sua fronteira norte.
Nos primórdios, as terras da atual nação dagunar não passavam de um ajuntamento de tribos de diversas raças, porém com predominância dos gnolls e dos vunyatra, que viviam em disputas eternas por território. Um elemento comum a esses povos era a figura do drizuntu, uma espécie de mentor espiritual e líder, sua ponte com os deuses, que os guiavam em toda questão.
Os drizuntu formavam conselhos, mesmo que pertencendo a tribos inimigas. Sua sabedoria é lendária até os dias de hoje, mesmo seu tempo tendo sido enterrado há mais de mil anos no passado.
Com o advento da religião do Uno, que se originou em Tervat e chegou ao oriente por meio de Chemkrë, Daguna converteu-se completamente por volta de 600 anos atrás, tornando-se praticamente um bastião dessa crença. Todo o seu sistema político e cultural atual é baseado nos Dogmas Únicos, e o país é conhecido pelos seus exageros relacionados à religião.
Ainda que fechada religiosamente, Daguna é soberbamente avançada na observação do céu e da natureza; não é incomum que um dos seus se destaque no campo das ciências ou da arte – esta última especialmente em seus trabalhos intrincados e incrivelmente elaborados em tecidos e tapeçaria.
Também conhecida fora das fronteiras dagunar é a arte da Alquimia, explorada em diversos campos e aplicações, desde mágicos, como reanimação de cadáveres, a mundanos, como fertilizantes nas plantações do interior.
ReligiõesDaguna é uma nação que foi construída sobre os alicerces da religião do Uno. A Igreja, originária de Tervat, teve seus ensinamentos passados aos vunyatra há séculos, ainda na época da Secessão dos Gnolls. Ainda que seja uma das nações mais representativas desta crença, Daguna segue uma vertente diferente da fé por ela pregada.
Ainda que os ideais primordiais do equilíbrio sejam os mesmos, os vunyatra crêem em metempsicose: após a morte, os seres vivos têm suas vidas pesadas pelo Uno, e a partir de seus feitos e pensamentos, seu destino na próxima vida é decidido, como um novo ser na escala evolutiva.
Obviamente, para os vunyatra, a última espécie de ser vivo na escala de evolução espiritual é a sua própria, sendo que a partir de então, há dois destinos disponíveis para um deles quando morre: renascer como um vunyatra melhor, numa vida mais próspera e sem preocupações mundanas, ou, caso já esteja em seus últimos ciclos, unir-se perenemente ao Uno, no Equilíbrio Eterno, ou ser banido dos círculos do mundo, tendo a alma jogada nos Poços do Caos.
Instituições, Organizações, Guildas e etc.:O Pêndulo: no topo de qualquer hierarquia social de Daguna encontra-se o Pêndulo, chamado localmente de Arhat. É o sistema de governo teocrático e nepotista único dos vunyatra. Há mais de seiscentos anos, duas famílias, os Dravna e os Eritau, que se digladiavam pela liderança do povo, entraram num acordo, passando a governar juntas. Ambas são representadas pelo seu membro vivo mais velho.
Essas duas figuras são as vozes que calam a boca de qualquer pessoa dentro das fronteiras da nação. Tudo o que dizem é considerado sagrado, e todas as suas decisões são acatadas sem reservas. Os Dois, como são chamados, proclamam as leis de Daguna, formuladas e debatidas pelos Alto Conselho – os demais membros das duas famílias. Nenhuma palavra supera uma proclamação dita em uníssono pelos Dois.
Quando um deles morre, o outro deve se sacrificar para que o Equilíbrio – um dos Dogmas Únicos – seja mantido. Nessas ocasiões, o Sacrifício do Arhat é feito de forma cerimoniosa, amplamente festejada; os próximos membros do Pêndulo assumem em seguida, sendo respeitada a ordem dos mais velhos.
O Santuário das Potestades: talvez o maior templo da religião do Uno já construído, com dezenas de andares acima e abaixo da terra, todos construídos em forma de octógono, o Santuário abriga a Ordem dos Executores Únicos, um grupo de soldados de elite que reporta apenas ao Arhat, cujo trabalho é temido tanto quando respeitado – caçam hereges e traidores do Estado, ainda que seus critérios sejam nebulosos. Conhecidos como “as lâminas do Arhat”, poucas pessoas sabem suas verdadeiras identidades.
O Grande Observatório de Irashir: maior centro de pesquisa celeste de Daguna, o Observatório regulamenta o calendário e os registros históricos do país, além de servir de base para os maiores alquimistas e cientistas dagunar. As lentes de suas lunetas e de seu telescópio, porém, não ficam voltadas apenas ao céu: muitas delas buscam os mares além de Ramkûd, e anseiam por explorar o desconhecido.
A Associação dos Tecelões: representantes da arte mais característica de Daguna, os tecelões do país se organizam de maneira a expulsarem qualquer tipo de concorrência com seu trabalho. Ainda que pareçam simples trabalhadores, muitos se envolvem em atividades ilícitas e tramitações duvidosas para compra e transporte de muitos tipos de matéria prima – especialmente seda, produzida em muitos lugares no norte do país.
As Castas: A hierarquia do sistema teocrático é seguida até as últimas conseqüências em Daguna. O povo (em sua maioria) segue as leis rigidamente, ainda que muitas dessas pareçam absurdas e abusivas. Cada um tem o seu papel específico na grande pirâmide social, e é muito comum a submissão cega de uma classe à imediatamente superior. O Arhat determina, religiosamente, a separação dos “níveis espirituais” (castas), que são seguidos há mais de 600 anos e inculcados na mentalidade da população como algo natural.
- Trabalhadores da terra, lavradores e pessoas que vivem do que plantam são a casta mais rasteira e pobre, chamada etak, ficando acima apenas dos escravos de Gefet. Percebe-se que, nesse nível, o preconceito com os gnolls torna-se declarado, e um desses, quando muito pobre, é tratado com verdadeiro desprezo pelo resto da sociedade.
- Acima dos etak situam-se os produtores de mercadorias, artesãos, vendedores e demais comerciantes, chamados de gavit. Estes pagam impostos em dinheiro, ao contrário dos etak, cujos tributos vêm, normalmente, em formas de bens de consumo, como alimentos, animais e tecidos. Viajantes e mercadores de outras nações, quando de passagem por Daguna, recebem tratamento como se fossem gavit.
- As famílias mais ricas, os descendentes dos antigos nobres e as demais pessoas bem-nascidas fazem parte da nobreza sita, sempre ousada, que despreza as castas inferiores e afronta as que estão acima.
- O exército sacro e as demais guardas das cidades e vilas estão incluídos em uma casta à parte, a dos guerreiros hateg, e respondem apenas aos seus e às ordens do clero. Um hateg tem um salário, e pode dividi-lo com seus familiares, mesmo que estes sejam etak, mas seus ganhos nunca podem ser dados a escravos (nem usados para comprar sua liberdade).
- O clero, ou mera, responde apenas ao Alto Conselho, estando acima de todas as outras castas. Costumeiramente encontrados em templos, não raro um sacerdote pode ser visto entre as tropas do exército ou diante de todo um batalhão, tendo tomado para si uma posição militar e assumindo ataques em ordens diretas do Arhat.
Principais áreas e cidades:Audrara (capital): Centro cultural e econômico de Daguna, Audrara é a maior cidade do país, sendo nela localizado o Palácio do Arhat. Construída numa elevação próxima do litoral, a capital tem diversos níveis de muralhas e ruas largas, tortuosas e bem cuidadas. Nela é possível encontrar pessoas de todos os povos, ainda que os vunyatra predominem. Pontos de destaque são as Duas Casas, dos Eritau e dos Dravna, construídas em distâncias iguais e opostas do palácio central.
Em Audrara encontram-se o Grande Observatório de Irashir, o Santuário das Potestades e o Mercado Maior de Daguna – onde, periodicamente, os maiores comerciantes do país e dos reinos vizinhos se reúnem para vender seus artefatos e especiarias.
Gefet: cidade costeira nos limites orientais, Gefet abriga um grande número de escravos reptilianos, que trabalham nos sítios de exploração dos Pântanos Azuis, em busca especialmente de materiais alquímicos, muitos sendo orgânicos, encontrados apenas naquela região. Merecem destaque a
Casa de Nakesh, uma casa de apostas famosa por muitas de suas funcionárias serem reptilianas habilidosas; e o
Pasto de Kainkar, uma das menores e mais pobres fazendas locais, ainda que seja a mais bem localizada, próxima a uma mina e, graças a isso, amplamente invadida e depredada, deixando o seu dono, Kainkar Tesh, famoso por sua rabugice e ataques de fúria.
Deshvara: situada nos limites da floresta e das montanhas de Taara, Deshvara é a segunda maior cidade de Daguna, e é por ela que passam praticamente todos os viajantes que fazem a travessia Oriente-Ocidente. Sendo de suma importância política e econômica, parece ser ainda mais segura e armada que a capital, tendo muitos de seus recursos sendo bancados pelos grandes negociantes da cidade – que a governam por baixo dos panos.
A Praça das Sombras, no centro de Deshvara, é circundada por diversas tavernas e hospedarias conhecidas por praticamente todo viajante.
Áreas selvagens e despovoadas:Taara: a região central de Daguna é tomada por uma floresta densa que, há muitos milênios, pode ter sido parte de Avkhass. Tanto as matas quanto as montanhas levam o mesmo nome, Taara, “vazio”, em bez-shinal, que se refere à inospitalidade do local. É dito que em eras passadas muitas das tribos que deram origem à Daguna viveram nessas montanhas, sendo possível encontrar resquícios de sua presença, ainda que os perigos do lugar, como criaturas famintas e caminhos labirínticos afastem qualquer um da empreitada.
Os Pântanos Azuis: antigamente um reduto de reptilianos, os pântanos têm esse nome por seu peculiar lamaçal de tom azulado. O rio Naros, em grande parte estancado no local, arrasta toneladas de seixos coloridos e pedras (talvez preciosas) para o mar, todos os dias. Alguns grupos de caçadores se estabeleceram no local em busca de criaturas que só existem ali – muitas delas com as peles incrustadas de pedras azuis e, dizem alguns, portadoras de capacidades mágicas.
Vaus do Séli: o rio que nasce em Taara e passa por Audrara traz, em suas passagens tortuosas, cascatas que escondem grutas, muitas delas verdadeiros complexos subterrâneos inexplorados, de beleza estupefaciente. A proximidade de algumas dessas grutas com os vaus próximos às estradas torna o local propício a abrigar bandoleiros e todo tipo de criatura que busca comida fácil.
Ganchos para Aventuras:Os Escravos de Gefet: muito se diz, nas vizinhanças de Gefet, que não são apenas os reptilianos os únicos escravizados na cidade. Muitas pessoas afirmam já ter visto todo tipo de gente trabalhando nas minas e nos pântanos, como escravos dos senhores locais. Resta saber com quem – e por quê – isso vem acontecendo.
A Travessia dos Reinos: a estrada que vai de Pndapetzim a Chemkrë, e corta Daguna no sentido leste-oeste, demora praticamente um mês para ser atravessada, caminhando. Ainda que existam algumas dúzias de vilas e comunidades ao longo do percurso, a proximidade com diversas planícies selvagens transforma a viagem numa aventura por si só.
Os Executores: nunca se sabe quando uma das lâminas do Arhat está por perto. Pessoas são condenadas por coisas estranhas e incompreensíveis, embasadas em argumentos religiosos, caçadas como animais e executadas em praça pública, nos terraços altos de Audrara.
Tem muita coisa que ainda precisa de desenvolvimento (personagens, principalmente), mas prefiro ouvir sugestões antes de continuar! Comentai, comentai!