por Luminus em 28 Set 2008, 19:26
Azelon é um vasto continente, estendendo-se dos trópicos até à região polar de Onírea, abrigando em suas terras e mares numerosos povos e civilizações.
As regiões mais densamente povoadas estão ao norte, onde o clima ameno e as vastas planícies e terras férteis próximas ao litoral permitiram o desenvolvimento e a multiplicação dos humanos. Indo para o sul, as extensões de terras cultiváveis diminuem, o que reduz as populações no continente. Ao mesmo tempo, os tritões do Mar dos Espinhos multiplicam-se, assim como as fadas das Ilhas do Arco. Seguindo-se ainda mais ao sul, muitos dos povos desaparecem, e apenas os humanos e gigantes sobrevivem ao gelo polar.
Indo do litoral para o centro de Azelon, surgem outros povos. Anões, Orcs, Elfos, Goblins, Gnomos, Kobolds, Gnolls e tantos outros povos misturam-se em todas as regiões, disputando as terras que crêem pertencer ao seu povo. Muitas extensões de terras selvagens aguardam aventureiros dispostos a conquistá-las, e é melhor que eles o façam, ou outros povos o farão...
Um interessante aspecto sobre as raças é a sua distribuição, os diferentes modos em que povoaram Azelon. Enquanto os humanos esparramaram-se praticamente por todo o continente e criaram pequenos núcleos de cidades interligadas que então evoluíram para países, os elfos do clã Caethir seguiram um caminho oposto: têm como terra pátria a grandiosa floresta de Caethill, que ocupa todo o centro do continente, e de lá espalharam-se e formaram novos clãs dispersos por todo o continente. Outras raças povoam suas terras há séculos, sem grandes expansões ou contrações em suas terras. É o caso dos anões da dinastia Orim, que praticamente não saíram de suas terras iniciais, evoluindo vagarosamente, porém com organização e metas, criando o maior reino conhecido, que é hoje a extensão da primeira cidade desse clã. Ao contrário, os orcs sempre povoaram desordenadamente a região conhecida como Orkhath, enviando exércitos e espiões a todos os reinos vizinhos. Há ainda povos que não têm mais um grande reino para chamarem de lar: Halflings e Gnomos hoje vivem em terras pertencentes aos humanos, após um exílio milenar que sucedeu a perda de suas terras durante uma guerra ancestral. De maneira similar, os Gnolls hoje seguem uma tradição tribal, após terem sua sociedade massacrada por uma aliança de orcs e bugbears. Hobgoblins, ogros, goblins, kobolds e taslois também são vistos entre várias das outras raças, mas não são conhecidos grandes centros populacionais dessas raças, embora haja rumores de que, no subterrâneo, os kobolds e os goblins possuam vastas cidades e até mesmo impérios.
Se muitas sociedades são conhecidas no continente, pouco se pode dizer a respeito dos povos do mar, ou daquelas que vivem nas Ilhas do Arco. Sendo em boa parte insondável, o Mar dos Espinhos é o pano de fundo de muitas lendas entre os povos continentais, e portanto qualquer visitante vindo de lá é visto com suspeita e assombro. Sob as águas do Mar dos Espinhos temos muitas outras criaturas, mas os tritões são a única civilização conhecida. Similarmente, as Ilhas do Arco são vistas com maior suspeita, pois seus emissários são invariavelmente criaturas mágicas, caracterizadas comumente como "fadas", que nunca procuram o continente com algo mais palpável como um acordo de comércio ou um pedido de ajuda. Sua interação com os povos continentais ocorre pontualmente, muitas vezes trazendo notícias e convites para bailes e festividades, para onde os convidados são enviados magicamente, não guardando qualquer memória do caminho pelo qual seguiram.
Além das sociedades de terra, água e ar (dizem as lendas que os dragões têm um império entre as nuvens), há muitos grupos isolados de indivíduos das mais variadas raças, que formam núcleos de poder e influência deslocados e protegidos das grandes cidades. Muitos grupos de aventureiros aposentados vêem vantagens em abandonar os grandes centros e procurar lugares remotos, de onde podem observar as verdadeiras ameaças que circundam suas terras. Outros, com propósitos menos nobres, escondem-se além da civilização (ou em seus subterrâneos) para melhor alcançar seus lucros e traçar suas teias de influência e manipulação. Há ainda aqueles que perambulam entre as cidades de seu povo, ou mesmo entre as terras de várias raças, levando e trazendo notícias de um lado e de outro. Essas pessoas são vistas por muitos como as mais importantes, seja para o desenvolvimento de alianças, seja para a evolução de conflitos. Muitos aventureiros escolhem esse caminho, especialmente aqueles que não possuem o vigor físico e a disciplina necessários às expedições que desbravam as terras selvagens. Assim, poucos são os mensageiros que representam os interesses de seus mecenas antes dos seus próprios planos, e não raro é seu instinto de auto-preservação que desenvolve oportunidades para alianças ou guerras entre dois povos, ou duas raças.
Este é, portanto, um breve panorama sobre Azelon, o mais fervilhante continente do mundo de Onírea, que abriga numerosas raças, que se organizam e inter-relacionam das mais diversificadas maneiras. Seus povos vivem conflitos internos e externos, e os feitos de seus aventureiros, por mais marginais e insignificantes que possam parecer, podem trazer novas cores e dar novos contornos àquilo que é tido como certo e determinado por vilas, cidades e reinos, dos mais próximos aos mais distantes.
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